segunda-feira, julho 03, 2006
coleccionar com doçura
Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente. Os pacotes de açúcar dão rosto a pessoas e acontecimentos exemplares na solidariedade, no saber, na afectividade
Um Café de Califas e outros Clientes
Cumprir horários e compromissos acordados tem sido um desígnio da minha vida. Nesse dia não foi excepção. Manhã cedo, uma manhã que se apresentara nebulosa e a ameaçar chuva, fiz-me ao caminho com a antecedência suficiente para, enfrentando os habituais engarrafamentos de trânsito, pudesse chegar a horas ao ponto de encontro, um café de culto na Estrada de Benfica, via que atravessa a cidade de Lisboa, desde Sete Rios até às Portas de Benfica, já ali à beira da antiga Porcalhota.
Inesperadamente o trânsito fluía bem na direcção de Lisboa para que vinha da margem sul do rio Tejo, o mesmo já não se poderia dizer quanto ao sentido inverso, pelo que por meia hora de antecipação ali encontrei justificação para tomar um café sentado a uma mesa com vista para o largo fronteiro.
Café de culto, sentado tranquilamente, porque não... “_Dá-me um café em copo de vidro por favor!”. Á memória veio de súbito aqueles cafés de saco, a escaldarem, servidos em copo de vidro grosso de formato anatomicamente arqueado. Vidro grosso que preservava a temperatura do café e que não deixava “queimar” os dedos que o seguravam mesmo a jeito pela zona ligeiramente curva.
Tomado ali onde me encontrava, no Café Califa, ou tantas outras vezes bem perto do rio, na zona do Cais do Sodré, na luta contra o frio nevoeiro que já não existe mais nas manhãs de invernia, pois a Corrente do Golfo desviou o seu percurso, era um bálsamo que superava qualquer remédio de farmácia ou mesinha caseira.
O café lá veio servido em copo de vidro, vidro fino, copo de meia de leite, ou de meio galão, pois aqueles copos grossos, lapidados que pareciam cristal já vão escasseando no mercado. Se trouxesse registo de marca aquele copo, com certeza, não havia sido fabricado na marinha Grande, mas antes numa qualquer exploração do ser humano, lá para os lados do Oriente longínquo.
Sinais do progresso...
Também nos pacotes de açúcar que o Café Califa sempre pugnou por serem personalizados a evolução teve o seu lugar...
Um Café de Califas e outros Clientes
Cumprir horários e compromissos acordados tem sido um desígnio da minha vida. Nesse dia não foi excepção. Manhã cedo, uma manhã que se apresentara nebulosa e a ameaçar chuva, fiz-me ao caminho com a antecedência suficiente para, enfrentando os habituais engarrafamentos de trânsito, pudesse chegar a horas ao ponto de encontro, um café de culto na Estrada de Benfica, via que atravessa a cidade de Lisboa, desde Sete Rios até às Portas de Benfica, já ali à beira da antiga Porcalhota.
Inesperadamente o trânsito fluía bem na direcção de Lisboa para que vinha da margem sul do rio Tejo, o mesmo já não se poderia dizer quanto ao sentido inverso, pelo que por meia hora de antecipação ali encontrei justificação para tomar um café sentado a uma mesa com vista para o largo fronteiro.
Café de culto, sentado tranquilamente, porque não... “_Dá-me um café em copo de vidro por favor!”. Á memória veio de súbito aqueles cafés de saco, a escaldarem, servidos em copo de vidro grosso de formato anatomicamente arqueado. Vidro grosso que preservava a temperatura do café e que não deixava “queimar” os dedos que o seguravam mesmo a jeito pela zona ligeiramente curva.
Tomado ali onde me encontrava, no Café Califa, ou tantas outras vezes bem perto do rio, na zona do Cais do Sodré, na luta contra o frio nevoeiro que já não existe mais nas manhãs de invernia, pois a Corrente do Golfo desviou o seu percurso, era um bálsamo que superava qualquer remédio de farmácia ou mesinha caseira.
O café lá veio servido em copo de vidro, vidro fino, copo de meia de leite, ou de meio galão, pois aqueles copos grossos, lapidados que pareciam cristal já vão escasseando no mercado. Se trouxesse registo de marca aquele copo, com certeza, não havia sido fabricado na marinha Grande, mas antes numa qualquer exploração do ser humano, lá para os lados do Oriente longínquo.
Sinais do progresso...
Também nos pacotes de açúcar que o Café Califa sempre pugnou por serem personalizados a evolução teve o seu lugar...
Comments:
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Boa noite, Vitor:
Parabéns pela estória "dos copos de vidro grosso" que partilhaste com os teus leitores. Fez-me procurar outras anteriores, pois nem todos os dias tenho tempo de dar cá um salto. Adorei a do Bill Gates: é muito provável que ele te tenha mesmo escutado!
Quando penso em criar um blogue, penso precisamente em contar estas estórias, mais do que um meio para fazer trocas. Mas ainda não tive tempo... Tenho esperança de que o dia chegará.
Até lá, vou lendo as tuas "andanças e desandanças"...
Um abraço,
Rui
Parabéns pela estória "dos copos de vidro grosso" que partilhaste com os teus leitores. Fez-me procurar outras anteriores, pois nem todos os dias tenho tempo de dar cá um salto. Adorei a do Bill Gates: é muito provável que ele te tenha mesmo escutado!
Quando penso em criar um blogue, penso precisamente em contar estas estórias, mais do que um meio para fazer trocas. Mas ainda não tive tempo... Tenho esperança de que o dia chegará.
Até lá, vou lendo as tuas "andanças e desandanças"...
Um abraço,
Rui
Caro Rui. Muito obrigado pela visita. Espero a tua presença na blogoesfera para enriqueceres este espaço de partilha. Na verdade, é muito agradável mantermos um bligue. Conto contigo nestas andanças. Um abraço.
Um pouco de informação ,com a tão bela escrita história do vidro grosso,que nos conduz a saborear........Ligia
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