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sexta-feira, julho 07, 2006

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


Onde estão “senhores ministros”?

Logo que a oposição se mostra menos activa, de imediato o governo da Nação se retira da agenda da política nacional, como se não lhe competisse ser a entidade promotora de debates construtivos para se avançar na resolução dos problemas graves que afectam o País. Executam uma série de acções de propaganda pura no campo da utilização das tecnologias emergentes, embrulham os acontecimentos na vibração patriótica dos portugueses perante os acontecimentos futebolísticos e quedam-se tranquilos e silenciosos.

Dos embustes trazidos para a ribalta do conhecimento pelos órgãos de informação, no que concerne às tecnologias emergentes da informação, parece que grande parte dos portugueses já não têm qualquer dúvida. São resoluções de impacto momentâneo e passageiro, que daqui a meses não surtiram qualquer efeito e que ninguém já se lembra de perguntar pelos resultados, embrulhados que somos em outras tantas nova acções do mesmo tipo.

Os problemas de fundo, o cerne da questão, são deixados intocáveis, primeiro por inépcia própria de ministros de formação puramente tecnocrata que sempre viveram afastados do real sentir das populações, segundo porque as directrizes que têm de governar são de cariz puramente economicista e, mais grave, de sacrificar os que menos capacidade têm de defender os seus próprios interesses.

Enquanto o comum dos cidadãos espera ansiosamente o recebimento do subsídio de férias ou a devolução do excedente pago de IRS, dinheiro seu que o Estado capitalizou em proveito próprio, para liquidarem aquela dívida de parcos euros que não foi possível fazer com o curto rendimento do mês (já não escrevo sobre os desempregados ou aqueles que auferem salários de miséria), os nababos da nossa sociedade, que passam a vida a transitar entre a política e o tecido empresarial espanejam-se despudoradamente em viagens de “ir-e-vir” para assistir aos jogos do Mundial, nas praias e hotelaria de luxo.

Os membros do governo da Nação, esses então, desapareceram da cena política, esconderam-se na sombra dos seus gabinetes, no deliberado calar dos órgãos de informação, que recebem somente as notícias que as “empresas de comunicação” pagas a peso de ouro entendem divulgar, pois trabalho jornalístico puro é cada vez mais difícil de realizar.

Se um jornalista, no desempenho da sua função de informar, efectua uma pergunta menos cómoda a um qualquer “senhor ministro” recebe no retorno algumas palavras de desprezo ditas no alto do seu poleiro da soberba que chegam a raiar a má educação. Contudo, são sempre acompanhadas do propagandístico slogan “o que fazemos é a melhor solução para as pessoas”. Como o “Botas” gostava que fosse escrito: “A Bem da Nação”.

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