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quinta-feira, outubro 02, 2008

machado de assis "inspirou" a oficina

No passado dias 29 de Setembro fez 100 anos que morreu Machado de Assis, romancista e contista brasileiro, autor de grandes clássicos da língua portuguesa. Autor do romance Dom Casmurro onde o mistério, a dúvida, a incerteza sobre a verdadeira índole da principal personagem, Capitu, até hoje se mantém.

Machado de Assis, poeta e romancista brasileiro, nascido em 1839, veio a falecer em 1908, tendo deixado importante obra literária. Machado de Assis é uma glória da literatura brasileira, observador da vidas das gentes, dotado de uma ironia indulgente e graciosa. É um escritor de muito agrado na Oficina das Ideias.

Terá sido premonição, sintonia ou o tão falado “efeito borboleta” percorrendo caminhos que o racional não explica?

Este blogue foi criado em 5 de Julho de 2003, embora a génese do seu nome Oficina das Ideias venha de 2001, quando um grupo de gente idealizava a constituição desta oficina que veio a consubstanciar-se num blogue.

Atente-se...

A minha querida amiga Cathy, do Bailar das Letras, fez-me chegar em 29 de Setembro de 2004 (29 de Setembro!!!!) uma autêntica pérola literária, da autoria de Machado de Assis, que me sensibilizou não somente pelo conteúdo e sentido, como igualmente pela cumplicidade, afinidade e, muito em especial, sintonia que me transmite.

Quando o carteiro chegou a Vale do Rosal trazendo consigo uma encomenda vinda do Brasil, trouxe também uma fantástica luminosidade. De Machado de Assis o livro “Melhores Contos”, selecção de Domício Proença Filho, 300 pgs, Editora: Global Editora e Distribuidora, São Paulo – SP, 15ª edição, 2004, CDD-869-9308, Colectâneas, Contos, Literatura Brasileira.

Da dedicatória que não transcrevo na íntegra, por pessoal que é, mas dela destaco uma passagem relevante para o conteúdo deste texto: “...este presente que se faz especial pela referência ao seu Oficina das Ideias... “. Fui ler algo que a Cathy já me havia referido... e que agora transcrevo, do conto Teoria do Medalhão, publicado em 1882 na compilação feita pela Editora Lombaerts & Cia., do Rio de Janeiro e designada Papeis Avulsos.:

"...O passeio nas ruas, mormente nas de recreio e parada é utilíssimo, com a condição de não andares desacompanhado, porque a solidão é oficina das ideias, e o espírito deixado a si mesmo, embora no meio da multidão, pode adquirir uma tal ou qual actividade..."

A curiosidade está no facto de a própria Cathy ter encontrado esta frase no decorrer dos estudos que desenvolveu sobre Machado de Assis, no âmbito da sua formação académica, de uma forma fortuita e inesperada.

Que inspiração, que “pai de santo”, terá baixado sobre mim em Julho de 2003 (ou mesmo antes em 2001) para adoptar semelhante designativo para nome do meu blogue? Este texto embora publicado em 1882, nele encontrei apadrinhamento para o nome deste blogue que com todos os leitores partilho.

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