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domingo, outubro 05, 2008

o monte da penha

É rápida a subida, poucos minutos são suficientes, desde a zona envolvente da Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, em Guimarães, até a quatrocentos metros de altitude, à montanha da Penha, utilizando um moderno teleférico de pequenas cabinas.

A vegetação luxuriante, a estrada de alcatrão que permite a deslocação em automóvel a serpentear montanha acima, as inúmeras latadas donde se vindimam uvas para o tão apreciado vinho verde, são visíveis enquanto ascendemos ao topo do monte. Aqui e ali uma pequena mansão dá conta de uma vivência que já fez moda habitar na encosta íngreme da Penha.



Chegados ao cimo e enquanto enchemos o peito do ar lavado por frondoso arvoredo de espécies variadas, algumas endógenas e raras, somos surpreendidos por enormes penedos de granito, boleados pelo tempo passado, que escondem estórias e lendas de moiras encantadas e de outros habitantes ainda mais remotos.

É local de repouso e de meditação, mas não deixa de envolver profundo mistério que emana das grutas e cavernas, das íngremes encostas e dos espaços tão vastos que nos deixam ver o oceano em tempo de calmaria. E a imaginação popular junta-lhe a ideia de esconderem tesouros e riquezas, local de alquimia.



Perante tamanha calmaria e tranquilidade perguntamo-nos a nós próprios que falta fará por aqui “parar” Santo Elias, o santo patrono da sonolência, que indolente, olhos a fecharem pelo peso que o deus Morfeu exerce nas pálpebras, se resguarda numa das mais belas grutas.

De surpresa em surpresa deixamos o nosso olhar perder-se na linha do horizonte sem preocupação de fronteiras que tão perto e tão longe se encontram.

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