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quarta-feira, outubro 08, 2008

o nobel saramago

Foi há dez anos, 8 de Outubro de 1998, que Portugal vibrou com a notícia de que tinha sido atribuído ao escritor José Saramago o Prémio Nobel da Literatura. O escritor regressava a Espanha da Feira do Livro de Frankfurt e quando se preparava para embarcar no avião foi “obrigado” pelo seu editor a regressar à Feira pois havia sido dada a notícia da atribuição do Prémio Nobel.

Já escrevi diversas vezes na Oficina das Ideias a admiração que tenho pela obra de José Saramago e também o facto de ter sido a sua leitura, primeiro os Diários de Lanzarote e depois a restante obra que me trouxe de volta à escrita. Modesta escrita, bem sei, mas feita com muito prazer. Por trás dela está a força inspiradora de José Saramago.

Recordo-me que no ano de 2005 respondi a um desafio feito pelo escritor Prémio Nobel através da Internet donde nasceu este modesto texto que uma vez mais convosco partilho.



A ponte da solidariedade

Chegado à Terra contactei os homens bons que ainda por cá existem e que continuam a lutar por um Mundo melhor, sem oprimidos, sem humilhados, sem discriminados, sem refugiados. Um deles abriu-me o coração e ofereceu-me um pote tapado, recomendando-me que na próxima alvorada numa planície doirada de espigas de trigo lhe retirasse a tampa e deixasse o tempo fluir.

Quando realizei esta tarefa que um homem bom me havia recomendado logo se desprendeu um Arco-Íris que fluiu na direcção do espaço, na direcção de Marte sem dúvida, donde das suas sete cores se destacava uma lista azul luminosa. Do lado de cá do Arco-Íris estava na realidade um pote, não cheio de moedas de oiro, como é da tradição, mas cheio de muito querer por um Mundo melhor.

E da ponta de lá? Aquela que chegou a Marte? Uma porta, melhor, um portão maravilhosamente trabalhado e um convite à comunhão do melhor que cada uma das civilizações continha. A partir desse momento, por uma ponte onde somente a Solidariedade podia passar uma permuta constante de bem estar veio engrandecer o Universo.

Tempos mais tarde os resultados estavam bem visíveis. Marte continuava a ser o que sempre fora mas com todas as cores que a Natureza lhe proporcionou. Na Terra os senhores do Mundo, os senhores do poder e da guerra não resistiram a tanta solidariedade e as pessoas voltaram a sorrir e cada terráqueo passou a ser responsável por todos os terráqueos.


Parabéns José Saramago. Viva Camarada!

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