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quinta-feira, outubro 08, 2009

na rota dos cordofones portugueses

Há mais de 40 anos que José Lúcio (José Lúcio Ribeiro de Almeida) investiga e colecciona cordofones portugueses, possuindo cerca de 300 exemplares todos em perfeitas condições de ser tocados, possuindo ainda um arquivo discográfico de cerca de 3.000 exemplares e uma vasta biblioteca sobre a matéria.

Desde há mais de 20 anos que procura encontrar apoios para colocar todo esse seu vasto espólio e, igualmente, o profundo saber sobre a matéria, ao dispor do público e investigadores interessados. Além de ter participado em dezenas de programas de televisão para divulgação da cultura popular, escreveu 4 livros e editou dois LP’s em vinil e 8 CD’s.

Há cerca de dois anos recebeu um convite da Universidade de Baltimore para ser criado em Portugal um museu vivo, cujo projecto se designa por “The Center of Portuguese Guitar and Cordophones”, cujos estudos prévios apontaram como viável de realizar.


O investigador e coleccionador José Lúcio


A Charneca de Caparica na rota dos cordofones portugueses

Depois de várias visitas a Portugal, a diversos museus, oficinas de construtores, casas de Fado, o grupo de investigadores da Universidade de Baltimore ligados ao referido projecto estiveram, no passado dia 5 de Outubro de 2009, na colectividade charnequense Clube Recreativo dos Amigos da Quinta da Saudade (C.R.A.Q.S.), onde numa iniciativa do musicólogo António Bizarro se realizam com regularidade sessões de Fado ao pulsar do nosso Povo, onde tocadores e cantores vivem o fado na sua expressão mais pura. O Fado Tradicional.


O musicólogo e considerado “o melhor gravador de fado” António Bizarro


No decorrer desta sessão foi decidido avançar com o projecto da construção do Museu e assinado um protocolo entre o investigador e coleccionador José Lúcio e representantes da Universidade de Baltimore (onde pertence o Prémio Nobel da Química deste ano) e representantes da Universidade do Minho.


[fotografia de António Bizarro]

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Comments:
....conhecia a 'estória' e gostei desta prosa completa.
 
Haja quem dê valor à nossa verdadeira cultura. Nem que sejam os intelectuais dos Estados Unidos.
Abraço
 
A cultura portuguesa é muito rica e fico feliz quando é estimada e valorizada. Bjs
 
Contra tudo e contra todos ainda há quem valorize e lute pela "nossa cultura".
Não gosto de fado, mas não há som mais belo do que o de uma guitarra seja ela qual for.

Obrigado por me dares a conhecer algo que desconhecia!
 
Amigo Victor

Seria ouro sobre azul conseguirmos a instalação deste Museu aqui nas freguesias "rurais" do Concelho de Almada.

Vamos ver...

Um abraço.
 
Amigo Lino

Concordo perfeitamente... e não é que o José Lúcio não tenh feito esforços enormes para que as nossas entidades públicas "pegassem" no assunto...

Um abraço.
 
Querida Sara

Temos uma riqueza imensa... há que a conhecer e partilhar esse conhecimento. Passos importantes estão a ser dados no que se refere aos "cordofones portugueses".

Beijinhos.
 
Querida Fatyly

O som da guitarra portuguesa é realmente único, com uma doçura sem igual...

Quanto ao Fado... neste espaço de que falo canta-se somente o fado tradicional, não o fado de autor, com as músicas e as letras originais...

É difícil de ouvir "este" fado em qualquer outro lugar.

Beijinhos.
 
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