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segunda-feira, agosto 31, 2009

uma flor para... o david





mais um ano de vida de um filho íntegro, trabalhador, amigo é motivo de muito orgulho

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apertar-se as mãos

“…o que te faz pensar que mereço tudo de bom? ...parece que conheces o meu passado...”

Esta frase com uma interrogação, seguida logo de uma afirmação cheia de reformulações de um passado recente, ficou gravada no meu sentir com tamanha intensidade, que passados meses após a ter ouvido ainda se mantém nas minhas interrogações de vida, como antes se dizia, nas minhas dúvidas existenciais. Sempre está presente na minha memória, levando-me à necessidade imperiosa de encontrar para si seguimento, entendimento, explicação.

Na realidade é um conhecimento recente, mas de tal forma intenso que havia sentido profundamente cada palavra das conversas que tivemos e absorvido todo o brilho do seu olhar pleno de mensagens que a própria boca se negava em pronunciar, ou por recato, ou por pudor.

É interessante como uma simples palavra dita serenamente por uma boca que expressa todo o seu significado pode ser de uma riqueza desmedida que é partilhada e que se espraia por todas as nossas memórias. Então, o tal “conhecimento do passado” passa a ser uma realidade.

“…mereces tudo de bom…” não deixa de ser uma frase de sentido muito vago, mas que em si contém mais do que uma simples afirmação, um querer urgente, que se sente subir das entranhas até ao peito… até ser vocalizada de partilhar, apertar as mãos numa dádiva que é total.

Os olhares trocados brilham, pérolas de sal que são emoção forte, não é sofrimento, antes a satisfação total de um momento. Efémero? Que importância tem se é profundo, total, intenso.

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domingo, agosto 30, 2009

tempo de festejar

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na senda do “tempo de pedra” 26

na senda do “Tempo de Pedra”
O adro da igreja é o centro do universo nas pequenas aldeias. Lugar de conversa, de passar notícias e de aumentar um ponto a um conto, é sítio de mercar a jorna e de adquirir alguns pertences. É no adro da igreja que o tempo passa. Para contar o tempo que passa e para marcar o ritmo da vida existe o relógio de sol à vista de todo o Povo.



No Marco da Légua, no sítio denominado Casal do Canha, Bemposta - Alenquer


Os “Marcos da Légua” construções características do reinado de Dona Maria I, na sequência de projectos do governo do Marquês de Pombal, destinavam-se a marcar as distâncias das principais vias de comunicações da época. Para que indicassem o tempo aos viajantes, muitos tinham também um relógio de Sol.



É um relógio de sol esférico, que coroa uma base piramidal assente em poderosa base paralelepipédica, em cuja face principal se inscreveu uma longa epígrafe comemorativa da construção do monumento, donde salientamos a respectiva datação e a numeração da légua: “NO ANNO DE MDCCLXXXVIII” (1788) e “N. VII LEGOA”.



É um relógio de sol vertical com o mostrador esférico, orientado a Sul, construído em calcário. As marcações horárias são em numeração romana (VII VIII IX X XI XII I II III IV V), correspondendo ao período das 7 horas às 17 horas (tempo solar). O gnómon seria constituído por um triângulo em ferro, mas está ausente.





Para saber mais:
As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios


“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos
no Jardim Doutor Santiago, Moura
na Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Montelavar, Sintra
na Igreja de Nossa Senhora de Rocamador, Cheleiros, Mafra
na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nova, Mafra
na Capela de São Julião, São Julião, Carvoeira, Mafra
na Praça D. Lourenço Vicente, Lourinhã
na Casa Senhorial da família Catanho Menezes, Toxofal de Baixo, Lourinhã
na Quinta da Moita Longa, Toxofal de Cima, Lourinhã
na Igreja de S. Domingos, Reguengo Grande, Lourinhã
em Casa Particular, Reguengo Grande, Lourinhã
na Igreja de Nossa Senhora da Consolação, Arrentela, Seixal
na Praça da Europa, junto ao Porto de Pesca – Figueira da Foz

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sábado, agosto 29, 2009

jóias aladas

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em ascot

O jantar estava aprazado para um restaurante campestre nos arredores de Ascot e a marcação havia sido feita com uma antecedência significativa, pois garantiram-nos ser muito difícil conseguir lugar se assim não fosse.

Ascot fazia parte do meu imaginário da vida da faustosa da sociedade tradicional britânica, com as célebres corridas de cavalos, senhoras de vestidos farfalhudos e amplos chapéus de abas e os cavalheiros vestidos com o rigor dos pares do Reino. Nunca me havia passado pela cabeça que o nosso amigo de Londres aí nos levasse a jantar.

O nosso grupo era constituído por quatro pessoas. Eu e um colega de emprego, convidados para esta viagem de trabalho a uma empresa dos arredores de Londres ligada às tecnologias emergentes. Um delegado dessa empresa em Portugal. E o nosso anfitrião, português, funcionário da referida empresa na sua sede dos arredores de Londres.

Sentimo-nos pequeninos quando uma enorme limousine nos veio buscar ao hotel e nos conduziu ao restaurante campestre nos arredores de Ascot. Quando chegámos ficámos mais tranquilos, ou talvez não. A nossa limousine seria a mais pequena de entre as que se encontravam estacionadas no parque do restaurante.

O restaurante era dirigido por uma esbelta filha de Albion, muito loira, com um corpo magnífico. O pessoal de serviço às mesas era predominantemente feminino. A confirmação da marcação foi feita num enorme livro, forrado a coiro lavrado, onde lá estava registada a reserva para quatro pessoas. Qual não foi o meu espanto, ao levantar os olhos do livro, deparei na parede em frente com uma série de fotografias da proprietária do restaurante em trajes de caça e equitação. Mas com uma particularidade: estava completamente despida da cintura para cima evidenciando uns esplêndidos seios.

O jantar foi magnífico. As conversas em português animados, mais ainda sempre que a referida senhora se aproximava da nossa mesa muito bem vestida, mas fazendo trabalhar a nossa imaginação. Muito boa disposição foi a tónica do jantar.

A hora dos cafés foram pedidos quatro mais os respectivos digestivos. Os cafés foram servidos sem açúcar. Fizemos a natural reclamação e obtivemos uma resposta adequada, no mais correcto inglês. “Os portugueses têm fama de serem tão docinhos e querem açúcar para os cafés?”

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sexta-feira, agosto 28, 2009

florais momentos

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voar no sonho

Nas singelas pesquisas que são realizadas pelo pessoal da Oficina das Ideias fomos desencantar um breve apontamento manuscrito, talvez há uns 20 anos atrás, onde se transcrevia uma quadra de origem popular, publicada em documento de que já perdemos o rasto e alusiva a uma das lendas da Nossa Senhora do Cabo Espichel.

Curiosamente a lenda e, consequentemente, a quadra popular que lhe é dedicada evocam o acontecimento de um sonho comum e simultâneo por duas pessoas diferentes a viverem em terras distantes. É uma lenda, é uma quadra popular, é uma simples estória que trouxe ao sentir da Oficina das Ideias tantos outros sonhos em que se cruzam quereres profundos de difícil explicação.

Contava-nos, a propósito, um dos operários da Oficina das Ideias...

“Há muito tempo atrás, tanto que se esconde no fundo do baú das memórias, [isto do tempo que passa tem muito que se lhe diga...] um acontecimento marcou-me para toda a minha vida. Sonhei que voava...

Sonho que se tornou recorrente, noite após noite, ano após ano, vida vivida, em que livre de qualquer peso, voava! Voava terras sem fim, passava oceanos e montanhas, ultrapassava obstáculos que se apresentavam como inultrapassáveis. Voava sempre, conduzindo o meu caminho com um simples gesto de braços.

Era pássaro, mas era também velho fotógrafo, louco marinheiro que conversava com o mar, com o “meu” mar. Esse mar eterno, azul, profundo, ora romântico e terno, ora violento e furibundo. E voava sempre...

Nesses voos sem fim encontrei doce companheira de sonhos, que me disse um dia referindo-se ao meu mar “esse teu mar que tanto me assusta, que tanto me aflige...” mas que sonhou voar no meu sonho para além do mar. E, então, voávamos sempre...”

Aqui o operário da Oficina que nos contava este sonho calou-se. Uma lágrima rolava no seu rosto sem ser pedida, deixando marca profunda, caminho de nomadismo do pensamento, porque não do sentir...

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quinta-feira, agosto 27, 2009

pescarias desejadas





pesca "ao cerco" no mar do Grande Areal

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um burro como dote

Contam os mais antigos que quando nascia na Charneca de Caparica um filho varão a melhor prenda ou dote que lhe era oferecido, de um modo geral, pelos pais ou padrinhos era uma burrita de tenra idade.

Ia crescendo conforme acontecia ao mancebo e ser-lhe-ia muito útil para conseguir “fugir” um pouco à dura labuta dos campos. A melhoria de vida que os seus pais lhe tentavam dar estava em deixar de trabalhar os campos sol-a-sol o poderem dedicar-se às tarefas de almocreve.

A burra era de grande utilidade para dos pinhais circundantes à Charneca de Caparica transportarem lenha e pinhas secas e, nos dias em que tal era autorizado, trazer o “pico” para com ele fazerem as camas para o gado.

No Pinhal do Rei pagava-se uma licença às terças-feiras para colher as ramadas secas dos pinheiros e às quintas-feiras para a apanha do “pico”, designação dada à caruma seca dos pinheiros.

Em pleno mundo rural, ensaiavam-se os primeiros passos para um sector terciário, onde os jovens mancebos que tinham tido a benesse de receber uma burra à nascença, depois de cumprido o serviço militar, passavam a trabalhar, furtando-se às agruras dos trabalhos do campo.

Eram os almocreves, os carreiros e os recoveiros que se tornaram famosos pelas suas viagens até Sesimbra e para Cacilhas.

Almocreves = homens que alugavam e conduziam animais de carga utilizados para o transporte de mercadorias.

Carreiros = Homens que dirigiam um carro de bois

Recoveiros = Homens que transportavam mercadorias, bagagens, mediante pagamento, utilizando animais de carga.

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quarta-feira, agosto 26, 2009

cinquenta postais





se pretender beber vinho tinto beba-o de excelente qualidade e com muita moderação; uma pequena porção é suficiente para apreciar os seus aroma, paladar, cor e fim-de-boca

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nuvens rendilhadas

Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas

[Cesário Verde, Poesia Completa]



A minha amada caminhou na areia doirada do Grande Areal, mas eram tão leves as marcas dos pés que deixava na sua passagem que mais parecia flutuar envolvida no odor da matinal maresia. Não me olhou, antes lançou seu longo olhar, de tantas cambiantes de cor como a paleta de um pintor, para o mar azul que se agitou em laivos de verde e prata.

Não conhecem a dimensão do seu coração, aqueles que afirmam que os seus olhos mais parecem lâminas de espada. A doçura que emana do seu olhar faz que o mar se agite e procure urgente lançar uma vaga prateada sobre a orla da areia seca de forma a lhe beijar os pés. Homenagem.

Mas não o faz de forma encapelada, antes com suavidade espraia sua espuma como um “mar de damas” como lhe chamam os pescadores endurecidos pela faina das artes e de tez crestada pelo sol e pelo sal dos tempos a fio passados a navegar.

O rendilhado das nuvens é como o prateado da rebentação das ondas que num instante se transformam em pequenas gotícolas que o Sol intenso logo evapora. São assim os amores à beira praia, sobra o sonho que continua a fazer avançar os sentires como avança com o mundo rumo à esperança.

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terça-feira, agosto 25, 2009

pétalas duma rosa

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vinte e sete versos X quatro

Alvorecer
Melancólico alvorecer
De outonal sentir
Dos doirados e castanhos
Das azeitonas negras
Das vinhas vindimadas
Parras encarquilhadas
Veredas
Da vida percorrida
Passado o tempo
Que não perdido
Na vida com sentido
Ontem
Sol poente tingido
De vermelho
Hoje é a romã que pinta
Dependurada
Na árvore do sonho
Sonho alado
Por montes e vales
E pelo oceano
Percurso repetido
Na lareira perdido
No aroma da erva-doce
Na saborosa jeropiga
Que amacia a voz
Para mais uma canção... de AMOR



De Amor?
De amor se tinge o coração
De vermelho
De paixão
Que é renascer
Ao som metálico do banjo
Tocado em contraponto
Porque a guitarra maviosa
Ecoa nos campos
Nos olivais
Nos vinhedos
Mais além os castanheiros
Verde feito castanho
Desejo tamanho
Caminho sentido
No sonho ganho
Logo perdido
Escolho vencido
Raio de sol
Coado pela amarelada folhagem
Na curva da vereda
Sentido do poente
Hoje diferente
Depois renovado
Como é dos tempos
Passados vividos
De boa memória.



De invernia tempo
Foi de viagem
Para as terras do sul
Tempo de esperança
Chegou
Para viver o momento
De coragem sentimento
Abóbada de azul
Sinal de temperança
Como muito nos apraz
No sentir no renovar
Em permanente mudança
No arco-íris furtado
Daquela gota tão límpida
Uma flor de lilás
Que ilumina veredas
Do pensamento
Da vida
Que desta forma sentida
Qual estrela fulgente
Nos encaminha no sonho
Das montanhas
Dos mares
Para lá do horizonte
No brilho de um tesouro
Teu coração de ouro
De afectos é a fonte.



Sementeiras
Tempos de renovar
Da invernia esquecidos
São sentires
De que maneira
As sementes vão à terra
Terra castanha
Fica prenhe
De esperança bafejada
Pelos ventos
Da mudança
Os campos floridos
Amarelos azuis
Salpicados de lilás
São flores do meu jardim
São rosas
E o jasmim
Cravos vermelhos
Sentidos
Olhos brilhantes
Amantes
Palavras ditas
Na brancura das flores
Margaridas
Pétalas esvoaçantes
Pólen
Favos de mel.

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segunda-feira, agosto 24, 2009

crescente levantino

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a maçã

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião




Aveludada, doce no tocar
Curvilineamente sensual
Os dedos percorrem-na sem parar
Excitam sua pele sideral (cidral)

O olhar pousa em breve carícia
Reflecte em si a ternura do sentir
Profundo ritual que é malícia
Pensamento fixado no devir

O olfacto, dos deuses privilégio
Deleita-se nos sentidos viciosos
Em sonhos ou será em sortilégio
Embala num alazão dos mais fogosos

O paraíso dos sentidos exacerbados
Na loucura das mais íntimas carícias
Local da vivência dos iniciados
Na sensualidade de infindáveis delícias

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domingo, agosto 23, 2009

pétalas sem mácula





Nos jardins de Tocha, Cantanhede

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na senda do “Tempo de Pedra” 25

na senda do “Tempo de Pedra”
O adro da igreja é o centro do universo nas pequenas aldeias. Lugar de conversa, de passar notícias e de aumentar um ponto a um conto, é sítio de mercar a jorna e de adquirir alguns pertences. É no adro da igreja que o tempo passa. Para contar o tempo que passa e para marcar o ritmo da vida existe o relógio de sol à vista de todo o Povo.



na Praça da Europa, junto ao Porto de Pesca – Figueira da Foz


Situa-se na Praça da Europa, no seguimento da Avenida Saraiva de Carvalho, entre o edifício dos Paços do Concelho e o Porto de Pesca, integrando-se num projecto de arquitectura paisagística, em zona conquistada ao rio Mondego.



O relógio de sol, de grandes dimensões, tem excelente exposição solar, visto a Praça ter sido implantada num eixo N-S perpendicular à foz do rio Mondego, constituindo o principal elemento arquitectónico da referida praça pública.



É um relógio de sol horizontal meridional, com o gnómon na orientação N-S, com o quadrante em semi-círculo construído em calcário e em mármores brancos, com as marcações em mármore cinzento. As marcações horárias são em numeração romana e estão, igualmente, assinalados os meses e as estações do ano com os signos do Zodíaco. O gnómon tem a forma de uma vela de caravela, construído em aço, com 10 metros de altura e 11 passos de comprimento e 2 toneladas de peso.





Para saber mais:
As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios


“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos
no Jardim Doutor Santiago, Moura
na Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Montelavar, Sintra
na Igreja de Nossa Senhora de Rocamador, Cheleiros, Mafra
na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nova, Mafra
na Capela de São Julião, São Julião, Carvoeira, Mafra
na Praça D. Lourenço Vicente, Lourinhã
na Casa Senhorial da família Catanho Menezes, Toxofal de Baixo, Lourinhã
na Quinta da Moita Longa, Toxofal de Cima, Lourinhã
na Igreja de S. Domingos, Reguengo Grande, Lourinhã
em Casa Particular, Reguengo Grande, Lourinhã
na Igreja de Nossa Senhora da Consolação, Arrentela, Seixal

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sábado, agosto 22, 2009

mão de fátima





Porta com batentes "mão de fátima" na Cidade de Évora

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batentes "mão de fátima"

A Oficina das Ideias tem publicado, em ocasiões diversas, imagens de batentes recolhidas fotograficamente em portas que mantêm a tradição, em diferentes regiões do nosso País. Trata-se de um trabalho de pesquisa e recolha do nosso amigo/irmão/gémeo Olho de Lince.

São variadas as fontes de inspiração dos escultores/ferreiros na criação destas interessantes peças do nosso património imaterial: antropomórficas, do reino animal, no reino vegetal e do imaginário místico e fabuloso. Todas elas terão um significado que vai muito para além do que o olhar de um simples passante pode alcançar.

Um dos batentes mais interessante, na nossa modesta opinião, e que temos publicado com alguma frequência é aquele que representa uma mão e que muitos estudiosos do tema usam designar por “Mão de Fátima”, com a curiosidade de muitas vezes apresentarem um anel, nem sempre no dedo anelar. Outras vezes é simplesmente a mão lisa de qualquer adorno.

Muitos leitores da Oficina das Ideias e de outros blogues que dedicam a atenção a estas peças tão vulgares nas aldeias, e em tempos idos quando a electricidade ainda não havia chegado aos lares, em todas as localidades, se interrogam da relação existente entre a designação de “Mãos de Fátima” e o culto tão português a Nossa Senhora de Fátima, em terras da Cova da Iria.

Acontece que a existência e utilização deste tipo de batente é muito anterior à evocada “aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos”, dizem os entendidos, Nossa Senhora do Rosário, depois modificada para “de Fátima” que terá tido lugar no ano de 1917 e ainda hoje fonte de polémica quanto à sua realidade.

A mão é um símbolo fatimida, com génese em Fátima, a quinta filha de Maomé, muitas vezes com o sentido de “pare!”, donde a designação de “Mão de Fátima”, “tendo muito a ver com o “tesouro”, convidando a quem julgue possuir a “senha” para o desenterrar a pensar muito bem se está na hora de o fazer...”.

Assim acontece nas portas das casas, dos lares, o “tesouro”, em que o batente “Mão de Fátima” convida a primeiramente chamar o dono “truz! truz! Está alguém?” e somente depois entrar.

Leitura recomendada:
Sintra Serra Sagrada, de Vítor Manuel Adrião, Livros Dinapress, 2007

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sexta-feira, agosto 21, 2009

suaves tonalidades

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a culpa continua solteira

O Brasil é um dos poucos países no Mundo que coloca uma “data de validade” nas saquetas de açúcar, aquelas que acompanham o “cafezinho” e cujo conteúdo se destina a adoçar o mesmo, para quem goste de o fazer, o que não é o nosso caso que sempre bebemos o café sem açúcar (nem adoçante).

Procurámos uma explicação para o facto, uma vez que o açúcar devidamente acondicionado tem uma duração longa e, de um modo geral, os fornecedores imprimem uma grande rotatividade de forma a garantir o efeito “publicidade” para o qual a grande maioria das saquetas é utilizada.

A razão desta prática no Brasil destina-se, fundamentalmente, a ilibar os fornecedores de qualquer problema do foro “qualidade alimentar” se o prazo impresso na saqueta já tiver sido ultrapassado. Um pequeno “gesto” no fabrico, a impressão de uma data de segurança, pode resolver importantes problemas legais.

Vem esta conversa a propósito…

Ao correr da nossa costa Atlântica, especialmente nas zonas de arriba escarpada, e em alguns areais, encontram-se colocados pequenos cartazes, muitos já deteriorados por efeito da corrosão natural, alertando para o perigo de derrocadas ou de aluimentos de terras.

Com esta atitude, as entidades oficiais responsáveis por salvaguardar o bem-estar das populações e a pela sua segurança, consideram ilibada a sua responsabilidade para qualquer acontecimento e cumprida a sua missão de serviço público.

Resolver o problema de base? Para quê se colocaram lá um cartaz de alerta? E as verbas que teriam que ser envolvidas para resolver as situações? E a dimensão da nossa costa com tantos e diversificados problemas?

A catástrofe quando existe uma possibilidade de vir a acontecer, ACONTECE MESMO. É sempre uma questão de tempo. Os políticos, os filósofos da governação, isso deveriam saber. Contudo…

Os acontecimentos recentes na Praia Maria Luísa vieram confirmar o que acima deixamos escrito, tal como o grave acidente acontecido em Entre-os-Rios há alguns anos. E tal como então aconteceu é assistir com espanto (com espanto?) ao fugir às responsabilidades, ao “empurrar” entre entidades, ao encontrar justificações bacocas… Na verdade no topo de toda essa gente de mau-porte, corrupta, irresponsável, cobarde… está o Governo da Nação.

Responsáveis? As pessoas que utilizaram aquela praia naquele momento fatídico, muitos que perderam a própria vida, outros salvos por uma nesga de fortuna… Os governantes e os seus “funcionários directos” gente paga a peso de ouro para dar cumprimento ao que a Constituição determina… garantir a segurança de um Povo… esses vão diluir as culpas na morosidade dos Tribunais, nas prescrições, nos relatórios inconsequentes…

Que gente esta que nos governa… hem?

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quinta-feira, agosto 20, 2009

o sol como leme





Gnómon de um Relógio de Sol de grandes dimensões, junto ao Porto de Pesca, Figueira da Foz

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junto ventos

Como o menino da história
Gostava de capturar o vento
Guardá-lo em frasco de vidro
Bem rolhado, junto ao peito...

Guardar o suão doirado
Que em tempo de remoinhos
Das terras do Sul é soprado
Solto em voo de estorninhos

Guardar a brisa do mar
Com salpicos de água pura
Que as ondas vem espraiar
Maré vazia, doçura

Guardar o odor dos pinheiros
No pôr-do-sol, no devir
O cheiro dos jasmineiros
Da terra prenhe o sentir

Abro o frasco lentamente
Junto ventos,
brisas,
aragens
A magia dos odores
Os estranhos sabores do deserto
O enleio do mar tão nosso
A esperança do pôr-do-sol

Chegam moiras encantadas
Ninfas de duas margens
Tágides do rio mais belo
Musas dos vates poetas
Que dançam, dançam de roda.

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quarta-feira, agosto 19, 2009

coloridas singelas

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olha que quatro

À volta duma mesa se fazem amizades” ou “Os amigos gostam de se sentar à volta duma mesa” são duas formas de dizer o prazer que há em conversar à volta de um bom repasto, embora com sentidos algo diferentes. Mas o que impera nestes dizeres é o factor aglutinante que um bom repasto quase sempre provoca.

E assim foi nesta maravilhosa noite de verão quando amigos que habitualmente convivem se reuniram para degustar comida dita “chinesa” num restaurante conceituado do burgo e com quem se juntou também pessoas somente de alguns conhecidas. É uma forma agradável de aumentar um grupo de gente boa.

Seis comensais prontos a degustarem “chao min” “crepes” “arroz chauchau” e tantos outros aprimorados sabores da cozinha chinesa em Portugal instalada. Contudo, um deles iria ser surpreendido com a presença de alguém que somente conhecia virtualmente.

Foi uma acção iniciática da mais pura praxe… todos conheciam a situação, menos um. Trocadilhos, ditos e desditos, meias-palavras e frases dúbias tudo valeu…

Até que…


Olha que quatro, hem!


[uma saúde a “Leonor” (MagyMay), do Trivialidades e Croquetes, Lilá(s), do Perfume de Jacarandá, Victor, do Des-Encantos e Vicktor (mais o Olho de Lince), do Oficina das Ideias]

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terça-feira, agosto 18, 2009

flor tatuada

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momentos inesperados

O homem totalmente vestido de branco, calças e camisa de manga curta, percorreu o areal em passos lentos mas determinados dirigindo-se à beira-mar onde as ondas espraiavam suavemente na doirada areia. Visto de costas a mancha branca parecia ainda maior pois o longo cabelo, algo desgrenhado, era igualmente imaculado.

Sentou-se na areia onde a espuma do mar parava naquele vai e vem de maré vaza. Nem a sétima onda se atrevia a chegar mais acima. Ali ficou longo tempo admirando a ondulação e o mar amplo até à linha do horizonte onde envolta em neblina densa se desenhava a silhueta do Monte da Lua.

Um turbilhão de pensamento provocava forte agitação no homem que há pouco ali se sentara: “...Sintonia, bem-querer, saudade de alguém ou memória como quisermos chamar, a verdade é uma só: um simples toque, o ruído de uma voz e a felicidade. De amizade, de amores ou somente coincidência... acredito em pensar forte, desejar.”

Sabia que iria encontrar resposta às suas interrogações lá longe onde a sua vista alcançava, ele que tantas vezes percorrera veredas pisadas por Lord Byron na mágica Serra de Sintra e que agora a neblina encobria. Na consolidação: “Que a amizade se consolide, que o amor nasça com a força dos quereres e dos sentires de ambos. Afinal o que seria de nós se na vida não houvesse o amar e o ser amado.

O mar, o seu mar, o mar dos amantes que se querem é cúmplice: “Uma história de amizade que talvez venha ou não a ser uma história de amor. Ter saudade e memória de alguém.

Uma bonita estória que aqui narro como me a contaram pessoas atentas aos sentimentos mais sublimes que podem envolver os seres humanos “...uma bonita história, estes momentos podem ser inesperados e podemos mesmo não perceber o seu sentido imediato mas são os que sabem melhor porque são autênticos



[Agradeço o afecto dos comentários das queridas amigas Lis, Isamar, Elvira e Sara que estiveram na base da inspiração deste texto]

segunda-feira, agosto 17, 2009

sociedade desumana

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o sentir

Nem o próprio saberia explicar, quanto mais eu modesto narrador de uma estória forjada naquele estranho sentimento que os portugueses usam chamar “saudade” mas que eu prefiro dizer “memória”, sedimento de sentires agradáveis que nos faz desejar que ganhem vida, se repitam, estejam sempre presentes.

Nem o próprio saberia explicar porque razão naquele dia, naquela hora, sem razão especial aparente a não ser a da tal “memória” resolveu utilizar um equipamento das novas tecnologias, que por motivos que não vêm à estória até abomina, o telefone portátil, o telemóvel.

Com uma tecla apenas, a primeira letra do nome a quem iria telefonar, um menu listava uma série de nomes e a escolha foi imediata. Após um número reduzido de toques de chamar uma voz atendeu: “Estou…” E a resposta: “Olá… boa tarde… estou somente a telefonar-te para te piscar o olho!”. No retorno uma gargalhada aberta.

Quando se haviam separado em tempo de férias ele havia lhe dito: “Telefono-te de vez em quando, se tal não for incómodo, nem que seja para te piscar o olho”. Mais gargalhadas, contentamento pelo contacto estabelecido, o contar de como as férias estão a ser desfrutadas, os concertos, os passeios, as idas à praia. “Estou castanha de tanta praia!” O perigo não seria grande pois a tez escura naturalmente ajudava a protecção solar…

Depois uma pergunta com algum sentido. “Porque me telefonaste hoje? E não ontem? E porque não amanhã?”. “Sinceramente não sei… foi um impulso de momento. Não saberei explicar o porquê”.

Muito menos saberei eu, o narrador, como antes já deixei claro.

“Sabes? Hoje é o dia do meu aniversário! Sei que não tinhas disso conhecimento. Nem sei o que pensar”. Ele ainda retorquiu sem saber bem o que dizer: “Como ambos não acreditamos em coincidências… e as coisas não acontecem por acaso…”.

“Eu sei… Por isso somente te posso responder – beijo-te muito!”

Como simples narrador desta estória, uma coisa posso garantir, do que da vida conheço, sabedoria de cabelos brancos e desgrenhados, muito mais situações destas se virão a verificar entre os dois porque têm ligados entre si os quereres e os sentires.

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domingo, agosto 16, 2009

verde pino

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goiabada e romãs

Outras mãos de virtuosa gente, delicadas
Maceram no almofariz
A polpa aromática e sedosa
Perfumada
Enlevo dos deuses
Que dançam bailares mágicos
Transformando o fruto em doce manjar
Goiabada dos amantes
Cúmplices e sensuais
Em carícias de muito querer
Em seu sentir
Êxtase
Cântico dos cânticos
Ao amor...

Ao amor...
Magia e tradição
Fertilidade
Bagos do fruto
Vermelhos, luminosos e festivos
Fogosos cavalos alados
Ritos de adivinhação
Encantamentos pelas bruxas controlados
Nas danças de roda, no fogo
Que tempera o ferro
Forjado
São as romãs, de Roma maçãs
Pela Natureza coroadas
Outras mãos de virtuosa gente, delicadas.

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sábado, agosto 15, 2009

uma flor para... a rita






[[A minha querida amiga Rita tem a voz mais melodiosa do Universo; tem o olhar de Maio, da Primavera]]

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imaginação

Estacionei o carro vermelho na zona ribeirinha de Cacilhas e de cabelo desgrenhado, tinha feito toda a viagem até aí com a capota aberta, fui cumprir o ritual de atravessar o rio Tejo num “cacilheiro” àquela hora de meia-manhã com muito pouco movimento: tirar o bilhete, aguarda a chegada do “próximo barco” e passado algum tempo embarcar para fazer o atravessamento.

É muito raro, hoje em dia, deslocar-me à margem norte do rio Tejo. Tempos houve que por imperativos profissionais o fazia diariamente, mas agora deixo-me ficar do lado que mais perto está dos caminhos do Sul, e do Sol, e por aqui encontro ocupação intensa para os tempos que passam. Neste dia assim não foi, pois determinado estava que não seria, por razões que a razão não explica.

Ao que ia, então, neste dia de intenso sol, para abrir a tal excepção que acontece de tempos a tempos, sem data nem ritmo marcados, ao correr do acaso. Mas nada acontece por acaso nem fruto de coincidência, antes é resultado de uma força interior que nos leva a quebrar a rotina. Na realidade, atravessei o rio Tejo para o lado norte mas não me afastei da beira-rio. Por ali fiquei a olhar a margem por onde a terra quebrou quando o leito do rio se abriu e por isso mais agreste e alcantilada.

A nossa sociedade por muito racional que pretenda ser, ou que as forças dominantes queiram que seja, nem tudo entende no sentir das gentes. Caminhei sozinho mas sentia-me acompanhado. Uma mão suave segurava-me mesmo no braço e conduzia-me num percurso de conhecimento de coisas novas, espaços arquitectónicos modernos, gentes de toda a Europa.

Cheguei a um amplo espaço no topo do edifício, esplanada aberta e sobranceira ao rio Tejo, donde as embarcações tomavam dimensões reduzidas e, lá ao, longe no cais de Cacilhas o “Farol” restaurado recentemente e a ser entregue ao Povo dias depois. A tranquilidade e o bem-estar tomaram conta de nós, de nós?

Na minha imaginação a conversa era longa, suave, necessária. Pareceu-me ouvir uma suave voz que dizia: “…é de facto maravilhoso ter pessoas como tu na minha vida, é fantástico, devo dizer... estou a receber tanto, sem sequer ter feito nada…” Estava aí a razão daquele forte chamamento para atravessar o rio Tejo.

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sexta-feira, agosto 14, 2009

o gigante e o desnorte






[["Norvegian Blue" frente à Praia da Trafaria]]

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bico e tacão

Nas cálidas noites de Verão, no Largo do Mário Casimiro, bailava-se até às tantas, onde não faltava nunca a dança do "bico e tacão"




Árida planície agreste e ressequida
Que o sol dardejante implacável fere
A força do homem que luta pela vida
Transforma, cultiva assim sonha e quer

Na lavra foi rendeiro foreiro agricultor
Fez verdejar campos com seu trabalho
Quando o mar era de feição foi pescador
Nele desabafou seu sentir seu tresmalho

De charneca resta o nome e a tradição
Dos vinhedos corre néctar das bacantes
No Mário Casimiro dança-se “bico e tacão”

Das hortas vão os mimos abundantes
Das matas o pinhão a lenha e o carvão
E nos regatos deliciam-se os amantes

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quinta-feira, agosto 13, 2009

uma flor para... a cathy






[[A Cathy é uma querida amiga brasileira que tem o blogue Bailar das Letras com quem desde há muito a Oficina tem tido profícuas parcerias, especialmente no campo da Literatura Portuguesa; a Cathy foi o contacto 10.000 da Oficina das Ideias]]

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recordar uma parceria... com a cathy

Em tempos de parcerias a minha querida amiga Cathy, do Bailar das Letras, escreveu e desafiou. Aqui fica o escrito poema...

Nada.
O princípio do muito,
O calar do momento,
A certeza do esperado...
Nada está no tudo.
Tudo.

E o desafio...

“Eu já disse o que penso do NADA, espero que me digam o que pensam do TUDO”

Esta é a modesta resposta da Oficina das Ideias ao desafio:

Tudo.
O fim do pouco,
O falar eternamente,
A dúvida do inesperado...
Tudo contém o nada.
Nada.

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quarta-feira, agosto 12, 2009

o tempo duma jura






[[Narciso da Praia, ou Lírio da Praia, ou Lírio das Areias - Grande Areal da Costa de Caparical]]

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chegou de surpresa

Chegou de surpresa, com a cor mais bela do mundo, trazido por mão amiga…

Viajou das terras do muito longe, de Asgard, o Olimpo dos vikings, onde um arco-íris serve de ponte para o mundo dos humanos. Foi do “arco-do-universo” retirada uma pequena pitada da cor que serviu de capa a este caderno mágico:



Nele, com caneta de tinta permanente de cor turquesa, escreverei inspiração mensagens de afecto e bem-querer os dizeres da sabedoria do Povo… e escreverei AMOR.



Na magia do desfolhar das suas páginas surgirá aos olhos de que quiser ver um magnífico contador de tempo em pedra talhado, quantas vezes terá indicado o tempo de viver o tempo de labuta o tempo de amar.





Uma inspiração da minha querida amiga Lilá(s), do blogue Perfume de Jacarandá
Imagem do “relógio de sol” do meu amigo Victor N, do blogue Des-Encantos

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terça-feira, agosto 11, 2009

sol poente






[[Sol Poente na Praia do Sol, Costa de Caparica, Grande Areal]]

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o genebra de redondo

a olaria tradicional
se há trabalhos do imaginário popular que melhor espelham a alma de um povo são as peças que saem da magia das mãos de um oleiro. peças utilitárias ou decorativas contém em si os desenhos e as cores que representam o sentir e as vivências das gentes da região.



Mestre Xico Tarefa, oleiro do Redondo, é o autor desta peça em tudo semelhante à que outrora se utilizava para conter a “Genebra”, bebida com graduação alcoólica de 35% a 54% em volume, obtida de destilados alcoólicos simples de cereais, redestilados, total ou parcialmente, na presença de bagas de zimbro (“Juniperus communis”).



Loiça vidrada interiormente para a “tarefa das bebidas alcoólicas” por evitar que o conteúdo perca as suas características originais, loiça sem vidrado para a “tarefa da água” pois torna-a mais fresca por efeito da porosidade do barro.

A decoração da loiça na olaria de Mestre Xico Tarefa é uma decoração de traço e cores suaves com representação floral da região, por exemplo com flores das estevas, e zoomórficas com uma avezita e uma abelha, representadas na peça aqui apresentada.



Para que registado fique e como curiosidade para os mais interessados é esta a “marca” da Olaria Xico Tarefa



A importância da loiça do Redondo para a sua população, especialmente, a utilitária era tão grande que nos séculos XVII e XVIII, os oleiros estavam proibidos de a vender para fora do concelho sem primeiro terem fornecido a população local. Tinham que a vender todas as segundas-feiras no mercado sob pena de avultada multa.

A loiça sobrante era levada pelos almocreves que deslocando-se de monte em monte a iam apregoando “Cá stá o louceiro... Tachos panelas alguidares” e vendendo por conta e risco dos oleiros a quem somente pagavam a loiça vendida.

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segunda-feira, agosto 10, 2009

aroma floral






[[Coroas Imperiais (rosa (lilás em fundo branco) dos jardins de Valle do Rosal]]

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Banhas teu corpo...

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião



Banhas teu corpo nas salsas ondas do mar amante
Gotas salgadas percorrem tuas curvas suavemente
Acariciam cada sonho de teu sensual instante
Traçam caminhos de prazer e do sentir irreverente.

Teus lábios molhados tomam mais brilho mais carmim
São pétalas de rosas beijadas pelo orvalho da manhã
Que na aurora do sentir e muito querer são um festim
Da boca sequiosa que os colhe em sua doçura temporã.

Teus seios de mamilos muito erectos pela forte emoção
Da carícia de mil gotas que os percorrem com ternura
Suplicam para beijados serem em cúmplice ondulação
Recebem pétalas que de teus lábios retirei com candura.

No remoinho das veredas que as gotas de água vão traçando
Encontram mil devaneios em teu umbigo de rara beleza
Nos sentires atingem o cume do desejo e do desmando
E mergulham celeremente em teu tesouro de princesa.

No recato, na intimidade de teu tosão de oiro qual fulgor
O desejo já iguala as gotas de água que não param de chegar
Ligeiramente entreabres tuas pernas talhadas por um escultor
Realiza-se o encontro, sonho de prazer traçado no muito amar.

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domingo, agosto 09, 2009

primavera do amor

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o côvado e a vara

“O Homem é a medida de todas as coisas”, escreveu o filósofo grego Protágoras, há mais de 2.500 anos. Uma observação perfeita para a época e que continuou a ser válida, praticamente, até aos nossos dias, até à implantação do sistema métrico, que mesmo assim, ainda não é universal.

As primeiras medidas de comprimento tinham. Alias, referências explícitas a partes do corpo humano: o palmo e o pé. Não eram medidas absolutas, sempre dependiam da constituição física do sujeito e, pensa-se que, com o evoluir dos tempos terá mesmo aumentado em termos relativos com o desenvolvimento do corpo humano.

Somente cerca de 3.000 anos a.C. se terá criado no Egipto uma medida padrão de comprimento – o côvado – medida média tirada do cotovelo até à ponta do dedo médio, equivalendo a cerca de 52 centímetros no sistema métrico.

Numa recente viagem que realizámos à vila do Redondo, pertencente ao distrito de Évora, no Alto Alentejo, percorremos o possível da muralha do castelo, de tempos medievais, até à Porta da Ravessa uma das que davam acesso ao povoado amuralhado.



Por aí acediam os almocreves e outros negociantes que para entrar no interior do povoado teriam que passar por essa porta e pagar os respectivos impostos, Tal como acontecia na maioria das povoações também na Porta da Ravessa se encontra gravado no granito do portal as medidas padrão que os comerciantes deveriam utilizar: o côvado (cerca de 52,4 centímetros no sistema métrico) e a vara, igual a cinco palmos de craveira (cerca de 1,1 metros).



Quem visitar a vila de Redondo e pretender ver a fabulosa paisagem que se desfruta das muralhas do castelo, somente terá que seguir as indicações…

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sábado, agosto 08, 2009

vila de ruas floridas





[["Ruas Floridas", Redondo - Alentejo - Portugal]]

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Há noites assim
Feitas madrugada dos sentires
É tão forte o nó que nos aperta a garganta
Que a mão nega-se a escrever nem que seja somente
Uma palavra

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sexta-feira, agosto 07, 2009

uma flor para... a ana margarida





[[A Ana Margarida é uma querida Amiga, de cumplicidades muitas, que tem o blogue Maçã de Junho]]

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na rota da loiça tradicional do redondo

Viajar para Redondo, já no profundo Alto Alentejo, é hoje coisa de somenos. A auto-estrada até Évora encurtou em muito o caminho que se realiza com o máximo de comodidade. Redondo é conhecido como a Vila das Olarias Populares atendendo à grande tradição oleira e às suas reconhecidas características artesanais.

De terra em terra, de monte em monte, os almocreves, no caso concreto os louceiros, anunciavam e vendiam o produto do trabalho dos oleiros, tachos, panelas e alguidares. À característica utilitária da sua loiça juntaram padrões decorativos únicos. As flores de cromatismo muito original e os elementos decorativos caracteristicamente alentejanos são os mais utilizados.

Bonitas casas em loiça, em que as portas e janelas são utilizadas para a circulação do ar, são excelentes contentores para os alhos e as folhas de louro, uma vez mais juntando o elemento decorativo ao facto utilitário, como é da tradição na loiça de Redondo.

Até que o barro chegue à roda do oleiro muito trabalho, algum de certa dureza, há que realizar. Desde a recolha do barro em bruto até que se obtenha uma pasta moldável pela arte e saber das mãos dos oleiros.

Depois de escavada a terra nos chamados “barreiros” e transportada para a olaria em tractores, outrora em carroças puxadas pela força animal, burros ou machos, iniciam-se as tarefas de preparação do barro.

1. Retirar as areias, realizar o “falheiro” (lavagem) e coar o barro;
2. Amassar ou sovar o barro

Só a partir dessa altura será possível iniciar as tarefas do “torneamento” das peças já realizadas na “roda de oleiro”.

As peças que saem da Olaria Maquinista, desta vila alentejana, aproximam-se mais do estilo produzido em S. Pedro do Corval do que o que o é localmente. Apresentam, contudo, muita inovação e bom gosto, resultante da aplicação da filha da família Maquinista, moça nova e cheia de ideias.

Claro que tudo tem os seus segredos, além da imaginação e arte. Aqui ficam os passos da produção na olaria, que os segredos me não quiseram confessar:

1. Moldar na roda do oleiro;
2. Secar ao sol forte do Alentejo;
3. Limpar com uma esponja húmida;
4. Tintar com caulino para poder marcar;
5. Secar a pintura do caulino;
6. Riscar o desenho pela artista da casa;
7. Pintar o desenho, as ajudantes fazem o cheio;
8. Limpar os excessos de tinta;
9. Enformar para cozer;
10. Primeira cozedura a 960 graus;
11. Dar o vidrado;
12. Limpar os fundos;
13. Cozer no forno o vidrado a 1060 graus;
14. Desenformar.

Depois de uma visita à Olaria Maquinista fica-nos a garganta seca e o estômago a “dar horas”. O almoço, com base na deliciosa gastronomia alentejana, fica para outras estórias. Mas de certeza não vamos sair do Redondo sem um farto repasto de excepcional confecção.

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quinta-feira, agosto 06, 2009

luar de agosto





[[Luar de Agosto, Lua Cheia e Plena 00:56 horas]]

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as ruas floridas de redondo

O papel, a cor e a criatividade deram as mãos na vontade das gentes do Povo e nasceu como fruto desse labor a harmonia e o encantamento sentidos pelas pessoas que rua abaixo rua acima em número de muitas centenas, milhares mesmo, trouxeram animação aos pacatos arruamentos da Vila de Redondo.

As ruas ganharam cor com milhares de flores de papel pacientemente executadas pelas mulheres de cada “comissão de rua” - e contámos trinta e uma – para responderem ao tema que lhes foi atribuído.




Temas tão variados como sejam “A Aldeia de Asterix” na zona fronteira ao Tribunal, a “Boutique das Noivas” numa das ruas que desce desde o largo da Porta do Castelo, passando pela rua dedicada a “África” ou às “Máscaras de Veneza”.




A rua do “Bar da Praia” lembra a nostalgia sentida pelas gentes do interior alentejano relativamente à Costa Atlântica, tão perto utilizando as modernas estradas e tão longe devido às barreiras culturais e de hábitos de vida. Também a principal actividade da região, pelo menos a mais emblemática, está presente na rua da “A Olaria de Redondo”.

Embora para bem saber sobre esta arte da olaria que remonta na região aos tempos da presença do Império Romano nada melhor do que visitar o Museu do Barro recentemente inaugurado, situado no Convento de Santo António da Piedade, já fora das muralhas do Castelo depois de sairmos pela Porta da Ravessa.



Museu do Barro
Alameda de Santo António – Redondo
Telef. 0351.266989216


Em despedida deste dia de sonho voltamos às “Ruas Floridas” para naquela que é dedicada a “O Parque de Diversões Infantis” recordarmos outros tempos e outras brincadeiras, sempre em trabalhos mágicos de flores de papel. Escrevemos este apontamento, como singela partilha do muito que nos foi dado apreciar.


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quarta-feira, agosto 05, 2009

uma flor para... a margarida i.





[[a Margarida I. é uma querida amiga, cúmplice de caminhadas no sentir dos sítios e das gentes]]

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é uma honra… ter este “quadro de honra”

Nos 73 meses de presença continuada na blogosfera, a Oficina das Ideias sente orgulho imenso em poder contar no seu “quadro de honra” mensal um vasto número de blogues de excelentes qualidade e conteúdo.

As visitas atingiram a cifra de 669.919 (segundo o “SiteMeter”) e de 893.284 (de acordo com o “NeoCounter”), com origem em 156 países dos 199 existentes. A média de visitas na última semana deste período foi de 248/dia.

No âmbito da interactividade na Oficina das Ideias foram feitos 282 comentários com a contribuição de 34 dos nossos leitores e amigos.

Um agradecimento especial a Blogger.com/Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.


Quadro de Honra

Paula Raposo, do As Minha Romãs (Portugal)
MagyMay, do Trivialidades e Croquetes (Portugal)
Fatyly, do Uma Nova Cubata (Portugal)
Isabel, do Cata-Vento (Portugal)
Amigona, do Instantes da Vida (Portugal)
Alves Fernandes, do O PreDatado (Portugal)
Lilá(s), do Perfume de Jacarandá (Portugal)
Sara, do Carpe Diem (Portugal)
MdSol, do Branco no Branco (Portugal)
João, do Espaço do João (Portugal)
Gwendolin, do A Cantora (Brasil)
São, do O que eu quero... (Portugal)
Lis, do Flor de Lis (Brasil)
Gasolina, do Árvore das Palavras (Portugal)
Paula, do Esperança (Portugal) [*]
Véra Rk, do By.xinha (Brasil) [*]
São, do São (Portugal)
Josy&Rosy, do Sonhar é Preciso (Brasil) [*]
Lualil, do Traduzir-se… (Brasil)
Victor, do Des-Encantos (Portugal)
Stella T, do Manual do Inseguro (Brasil) [*]
Milu, do Miluzinha-Blog (Portugal)
Dyanna, do A Single Season (Roménia)
Nocturna, do Perdida na Noite (Portugal)
Maria João, do My Travel Secrets (Portugal)
Fa, do Retalhos e Rabiscos (Portugal) [*]
Maria Clarinda, do Sombras de Mim (Portugal)
Clarinda Galante (Portugal)
Rabiscando, do Eu Rabiscando… (Brasil) [*]
Gaivota, do MarETerra (Portugal)
Verônica, do Momentos de Vida (Brasil)
Tulipa, do Momentos Perfeitos (Portugal)
Toino das Mines (Portugal)
MFC, do Pé de Meia… (Portugal)



A TODOS o nosso MUITO OBRIGADO


[*] muito em breve nos nossos “indicadores de leitura”

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terça-feira, agosto 04, 2009

monte da lua





pôr-do-sol na praia de Costa de Caparica (Praia do Sol) com o Monte da Lua (Serra de Sintra) ao fundo

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novos indicadores de leitura

De acordo com os critérios editoriais da Oficina das Ideias criamos, frequentemente, novos apontadores de leitura. Três razões fundamentais nos levam a essa decisão:

1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.

Esta permuta desinteressada de indicadores de leitura é uma das características mais positivas da blogoesfera e de quem a utiliza com espírito construtivo e solidário que coloca acima dos seus pessoais interesses a satisfação dos leitores.

Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.


Novos indicadores:

Paula Raposo, do As Minhas Romãs (Portugal) – “O pequeno bago vermelho da romã que me leva aonde já fui ou o ténue fio da memória que na lonjura nos une infinitamente”

Sara, do Carpe Diem (Portugal) – “Fui para o bosque para viver deliberadamente. Queria viver profundamente, para sugar todo o tutano da vida. E não, quando morrer descobrir que não vivi. – Henry David Thoureau”

Maria Clarinda, do Sombras de Mim (Portugal) – “No espelho não é eu, sou mim. Não conheço mim, mas sei quem é eu. Sei sim! Eu é cara-metade, mim sou inteira… Quando eu nasceu, mim chorou… Eu e mim se dividem numa só certeza: Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma, In “Eu e Mim” by Rita Lee”

Regina Coeli, do Deusa Odoyá! (Brasil) – “Sou uma pessoa guerreira e espiritualista. Gosto de fazer amizades, viajar e ir ao encontro de novas culturas. Fiel aos meus princípios, sou amorosa. Adoro escrever, sonhar, namorar, tomar banhos de cachoeira e viver a vida intensamente…”

Tulipa, do Momentos Perfeitos (Portugal) – “Aventuras de uma vida_ são viagens míticas, nem sempre facilmente realizáveis, mas que garantem as férias mais inesquecíveis de sempre. Basta ter coragem, espírito de aventura, tempo disponível e, se possível, algum dinheiro…“

Nocturna, do Perdida na Noite (Portugal) – “É isso mesmo, Perdida na Noite, procurando outros perdidos. A noite dá confiança, liberdade, descontracção, traz vida. Depois vem o dia…”

Elvira Carvalho, do Coisas Minhas (Portugal) – “Poesia, artes decorativas, fotografia, viagens…”

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segunda-feira, agosto 03, 2009

caminho de luz





no "paredão" da praia de Costa de Caparica (Praia do Sol)

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agosto, tempo de lazer

Quase em final de exibição, creio que esta exposição somente se manterá até meados do mês de Agosto, fui visitar a “Majestic Historic Romantic TITANIC”, ou simplesmente “Titanic Lisboa” que se encontra patente numa excelente instalação na Estação de Caminhos de Ferro do Rossio.



Trata-se de uma nova maneira de apresentar a tantas vezes e de tantas formas contada história do naufrágio do paquete Titanic na sua primeira viagem transatlântica quando somente faltavam dois dias para ser concluída e já se festejava a bordo o êxito da mesma.

Na realidade, é uma comovente exposição de artefactos pessoais e de pedaços do navio que foram recolhidos no fundo do mar, na zona envolvente do naufrágio e que se mantinham e se conservam ainda em bom estado de conservação.

Muitas estórias são contadas com os simples e triviais objectos encontrados e sistematicamente expostos e com os depoimentos recolhidos pelos sobreviventes do naufrágio do que era à época considerado o navio mais seguro e incólume a quaisquer escolhos de navegação.

Veio a verificar-se, e que grande lição para a Humanidade, que nunca deveremos ser soberbos perante as forças da Natureza. Mas conta igualmente os actos de sacrifício pessoal e de heroísmo que ocorreram durante este trágico acontecimento.

O Titanic, começou a sua viagem inaugural zarpando de Southampton (Reino Unido) em 10 de Abril de 1912, tendo naufragado em 14 de Abril de 1912 ao embater num icebergue.



Seal cantou e encantou uma vasta plateia que assistiu ao seu espectáculo realizado na Cidadela de Cascais, no encerramento do Cool Jazz Festival. Muitos dos presentes não resistiram ao chamamento das suas músicas e dançaram, dançaram, dançaram…

Uma querida amiga admiradora deste cantor não faltou ao encontro. E não é que dei por mim a ver cuidadosamente as fotografias do evento na procura de encontrar entre a assistência o seu bonito rosto… [a imagem está correcta, pois também nela a minha amiga lá se encontra]

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