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quinta-feira, maio 06, 2010

elogio da audácia

[poema dedicado às mulheres e aos homens de quatro gerações que entre 1971 e 1997 desenvolveram na maior empresa de Portugal os mais elevados acometimentos no âmbito das tecnologias da informação, do conhecimento e do saber, na verdade vos digo]



Quarenta anos passados
Desde a aurora dos tempos
Por caminhos caminhados
Vencendo os mil tormentos.

Vindos por tantas veredas
Com saberes tão diversos
Para construírem a estrada
Larga estrada do saber
Da comunicação do poder
Da junção dos universos.

Os primeiros desbravaram
Coisas dos velhos restelos
Uma lança colocaram
Em processos já passados.

Rasuraram letra francesa
A inglesa endireitaram
A mecanografia sepultaram
Para renascer o pensamento
Para aumentar a memória
Que do passado ao futuro
Embora seja outra história
Também é caminho duro.

São horas e horas a fio
Vinte e quatro quantas vezes
Para vencer o desafio
Que um dia juntou gente
Para modificar o presente
Para criar inovar diferente.

Outros depois cimentaram
Com juventude e querer
Esculpiram desenharam
Soluções mirabolantes
Por circuitos delirantes
Até onde a imaginação alcança
No arco-íris da esperança.

Foram carne para canhão
De uma sociedade emergente
Que na mira do fácil lucro
Da utópica globalização
Quis destruir os quereres
Pela base alinhar saberes
Transformar o próprio eu
Na sua imagem sem vida.

Mas na força da razão
De dar dignidade ao Homem
Sempre souberam lutar
Caminhos percorrer
Na integridade sentir
E dizer sempre bem alto:
Que a máquina execute
O que o pensamento ordena!

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