sábado, julho 26, 2003
do tua à foz com a fotografia beleza
Ofereceram-me recentemente a obra "Do Tua à Foz com a Fotografia Beleza", uma edição cuidada da Lello Editores, onde são compiladas maravilhosas reproduções de vidros do espólio da Fotografia Beleza e que nos mostra a terra e as gentes do Douro em todo o seu esplendor.
Desfolhar esta autêntica obra de arte da fotografia e do grafismo é realizar uma inolvidável viagem ao âmago duma região que produz um néctar que levou o nome de Portugal ao Mundo.
Mas é, igualmente, conhecer a história e costumes, conhecer as terras e as gentes que as habitam, Conhecer os seus labores vinhateiros, as suas preocupações e as suas crenças.
Imagens na sua totalidade a preto e branco deixam à nossa imaginação usar uma paleta de cores imensa, as tonalidades de verde e de castanho e o doirado que um rio que de azul que é fulge ao sol que amadurece os bagos dando-lhes o sabor único que o bom paladar nunca rejeita.
Esta obra mostra-nos o Douro com um olhar especial. O mesmo olhar de ternura com que homens e mulheres apreciam os cachos de uva que o sol aloirou no vale cavado pelo Douro na sua permanente caminhada para a Foz. Imagens que bem podiam fazer parte de um filme de Leitão de Barros, por tão bem darem a imagem desta gente laboriosa e sacrificada, mas que sempre mantém um sorriso nos lábios.
É uma viagem de revisitação que começa no vale do Tua, desce lentamente à Régua, mostrando os rios, os seus afluentes, as margens, passando pelo Pinhão direcção à Foz do rio de oiro.
E o vestir das vindimadeiras? Trajes simples de moçoilas simples da região, mas por cujas mãos passaram os frutos que iriam dar origem ao mais delicioso néctar, conceituado universalmente pela apreciação dos maiores conhecedores.
Cabelos soltos ao vento ou protegidos por lenços de uma beleza singela. Rostos límpidos, de pureza extraordinária, concentrados no trabalho da vindima, colhendo os cachos um a um e sempre que possível retirando os bagos apodrecidos pelo tempo por forma a que nos lagares o mosto tenha maior leveza
Da vinha até ao lagar, a vindima nos socalcos e o transporte em grandes cestos nas costas dos homens curvados pelo peso da uva, sempre acompanhados pela música das concertinas que animam e ajudam a vencer as agruras do trabalho.
Tudo isto e muito mais que as palavras têm dificuldade em descrever são nesta obra magistralmente retratadas.
(cf. Do Tua à Foz com a Fotografia Beleza/ Maria do Carmo Serén/ ed. Lello / 1ª edição, Dezembro de 2002 / 263 pp.)
Desfolhar esta autêntica obra de arte da fotografia e do grafismo é realizar uma inolvidável viagem ao âmago duma região que produz um néctar que levou o nome de Portugal ao Mundo.
Mas é, igualmente, conhecer a história e costumes, conhecer as terras e as gentes que as habitam, Conhecer os seus labores vinhateiros, as suas preocupações e as suas crenças.
Imagens na sua totalidade a preto e branco deixam à nossa imaginação usar uma paleta de cores imensa, as tonalidades de verde e de castanho e o doirado que um rio que de azul que é fulge ao sol que amadurece os bagos dando-lhes o sabor único que o bom paladar nunca rejeita.
Esta obra mostra-nos o Douro com um olhar especial. O mesmo olhar de ternura com que homens e mulheres apreciam os cachos de uva que o sol aloirou no vale cavado pelo Douro na sua permanente caminhada para a Foz. Imagens que bem podiam fazer parte de um filme de Leitão de Barros, por tão bem darem a imagem desta gente laboriosa e sacrificada, mas que sempre mantém um sorriso nos lábios.
É uma viagem de revisitação que começa no vale do Tua, desce lentamente à Régua, mostrando os rios, os seus afluentes, as margens, passando pelo Pinhão direcção à Foz do rio de oiro.
E o vestir das vindimadeiras? Trajes simples de moçoilas simples da região, mas por cujas mãos passaram os frutos que iriam dar origem ao mais delicioso néctar, conceituado universalmente pela apreciação dos maiores conhecedores.
Cabelos soltos ao vento ou protegidos por lenços de uma beleza singela. Rostos límpidos, de pureza extraordinária, concentrados no trabalho da vindima, colhendo os cachos um a um e sempre que possível retirando os bagos apodrecidos pelo tempo por forma a que nos lagares o mosto tenha maior leveza
Da vinha até ao lagar, a vindima nos socalcos e o transporte em grandes cestos nas costas dos homens curvados pelo peso da uva, sempre acompanhados pela música das concertinas que animam e ajudam a vencer as agruras do trabalho.
Tudo isto e muito mais que as palavras têm dificuldade em descrever são nesta obra magistralmente retratadas.
(cf. Do Tua à Foz com a Fotografia Beleza/ Maria do Carmo Serén/ ed. Lello / 1ª edição, Dezembro de 2002 / 263 pp.)