Partilhar
sexta-feira, dezembro 31, 2004

o mar da caparica no final do ano


tempo de balanço

Hoje é o dia do ano que reservo, desde sempre, para realizar o balanço de vida. Balanço que se não fica pelo período de tempo a que se refere, recua muito no tempo e olha bem longe o futuro. Dele retiro ensinamentos que me permitem estar cada vez mais próximo dos meus amigos e com eles partilhar sentires e quereres. Ser cúmplice!

Em termos pessoais, para mim o aspecto menos importante de uma vida, o ano foi gratificante. Fiz novos amigos, colhi dos seus jardins inspiração, partilhei a vida e recebi muitos saberes. Cheguei ao dia de hoje mais rico do que quando o ano comecei.

Contudo, em termos de vida, grão de areia que sou neste Universo tão amplo, me quedei triste e assim vou começar o ano de 2005. O Homem que a si próprio atribui a posse do dom da inteligência, sugerindo muitas vezes ser o único ser inteligente do Universo, continua a negar o sentir tão simples que é a Amizade.

Por ela seria um ser solidário.

Mas segue na sua caminhada cega para o abismo físico e social, fazendo a guerra, sendo egoísta e canalha para com o seu semelhante. Ainda se não apercebeu que é um ente cada vez mais solitário.

Nas excepções que ainda existem está a Esperança de um Mundo melhor!

quinta-feira, dezembro 30, 2004

louvação


curiosidades 2

Completamos hoje a publicação de algumas curiosidades da vida na Idade Média, tal como nos chegou até hoje, acrescidas de algumas curiosidades linguísticas, com algum fundo de verdade, mas igualmente rodeadas de lenda e de deturpação que o “passar de boca em boca” sempre nos trazem.

Os créditos destes dados são devidos ao meu afilhado Alexandre que me fez chegar um correio electrónico com a compilação dos mesmos.

Não deite fora o bebé...
Naqueles tempos de escuridão cultural e de higiene os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água vinham os outros homens da casa por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças.
Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto! Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebé lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressados...

Acordas “morto ou vivo”?
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou outras beberagens. A combinação do óxido de estanho com o álcool deixava, por vezes, o indivíduo "k.o.". Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro.
O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha durante alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz wake, de "acordar".

Salvo pelo gongo
A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados para um ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Por vezes, ao abrir os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo.
Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.

quarta-feira, dezembro 29, 2004

santuário de fátima


ano novo com amizade

Da minha querida amiga Deméter, do Segredos de Deméter, recebi a seguinte mensagem via correio electrónico:

“Para meus queridos amigos
DESEJO-LHES
Que no despertar do ANO NOVO
possamos entrar em um novo ciclo de realizações,
cultivar bons amigos, dividir alegrias e vivenciar
valores que nos levem ao encontro dos nossos mais
íntimos sonhos.
Agradeço-lhes pelo carinho e amizade.”


Privei com esta minha amiga, mais de perto, tanto quanto as auto-estradas da informação o permitem, durante um período atribulado da sua vida. Mulher forte, além de inteligente e sensível, conseguiu ultrapassar dificuldades sem fim.

As sua palavras, expressas na mensagem recebida, são palavras de saber, onde também nunca faltam os afectos. Na amizade está, sem dúvida, o encanto desta vida, que deve ser vivida intensamente.

Com amizade é impossível a guerra. E é tão fácil ser-se amigo!

terça-feira, dezembro 28, 2004

uma flor para... a alfonsina


Parabéns minha querida Amiga

fátima terra de fé

Viajámos com a família até terras de Ourém, mais concretamente até Fátima, “Fátima Terra de Fé”. A Fé é dos sentires de maior dificuldade em explicar. Pois não tem que ser forçosamente irracional, e a maioria das vezes o não é, mas igualmente aparece de uma forma em que o pensar não tem controlo.

Mesmo quem se diz ateu, acaba por aceitar acreditar em algo, que não é religioso, muito menos cristão, menos ainda católico. Encontram-se algumas justificações na força da Natureza e grande parte dos fenómenos são explicados com o recurso à Ciência. Depois, fica uma franja de acontecimentos para os quais não se encontra explicação cabal. Contudo, o seu número reduzido leva ao esquecimento.

Assunto polémico este, hem?

A verdade é que fomos a Fátima, não porque algo houvesse prometido, mas porque tive vontade de ir dar um pouco de luz ao Mundo. Modesta contribuição, sem dúvida, mas imperiosa.

E porque nestas coisas, e não é falsa modéstia, eu é que conto menos para mim próprio, pensei:

Nos meus filhos e restante família
Numa amiga que atravessa um momento difícil de saúde
Nos meus compadres e nos quase compadres
Nos meus amigos, TODOS estiveram comigo quando necessitei

Deixei modesta luz em Fátima. Regressei mais tranquilo!

segunda-feira, dezembro 27, 2004

costa alentejana


curiosidades

É muito raro, por uma questão de definição inicial, utilizarmos aqui na Oficina textos que não sejam originais, acontecendo o mesmo com as fotografias publicadas. Acontece uma vez ou outra abrirmos uma excepção em resultado de algum escrito que nos chega e que pretendemos partilhar com os nossos leitores amigos.

É o que acontece hoje e num dos próximos dias em que daremos “à estampa” algumas curiosidades que nos chegaram por correio electrónico. Fizemos algumas adaptações seguindo o “livro de estilo” desta Oficina.

Curiosidades com origem, provável, na Idade Média:

O “bouquet” das noivas
Era hábito na Idade Média os casamentos realizarem-se no início do Verão, especialmente no mês de Junho, pois o primeiro banho do ano seria tomado em Maio, o que garantia à data do casamento um odor corporal ainda aceitável. Entretanto, para obviar aos odores que já se iam fazendo sentir, as noivas tinham por uso levar “bouquets” de flores junto ao corpo.
Daí ser o mês de Maio conhecido por “mês das noivas” e ainda se manter a tradição de a noiva levar consigo um “bouquet” de flores.

O "veneno" do tomate
Os senhores feudais, os ricos daquela época, possuíam uma panóplia de utensílios de cozinha feitos em estanho, ainda hoje presentes nos trens de cozinha dos palácios da época. Certos tipos de alimentos, confeccionados com tomate ou outros ingredientes de certa acidez, oxidavam o material, sendo que o óxido de estanho é altamente venenoso. Daí resultava que muitas pessoas morressem envenenadas com esse tipo de alimentação.
Por esse facto, durante muito tempo, o tomate foi considerado um alimento venenoso.

Chove "gatos e cães"
Nos tempos da Idade Média os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem. Cães, gatos e outros
animais de pequeno porte como ratos e besouros por aí permaneciam no tempo invernoso. Quando chovia, começavam as goteiras a pingar, pelo que os animais que se encontravam no travejamento pulavam para o chão.
Assim a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente em inglês no "it's raining cats and dogs", está a chover gatos e cães quando a chuva é muita.

domingo, dezembro 26, 2004

lua natalina


para a minha querida amiga montse

Bañas tu cuerpo...

Bañas tu cuerpo en los perejiles ondas del mar amante
Gotas saladas recorren tus curvas suavemente
Acarician cada sueño de tu sensual instante
Trazan caminos de placer y del sentir irreverente.

Tus labios mojados toman más brillo más carmim
Son pétalos de rosas besadas por el rocío de la mañana
Que en la aurora del sentir y mucho querer son un festim
De la boca sequiosa que los cosecha en su dulzura temprana.

Tus senos de pezones mucho erectos por la fuerte emoción
De la caricia de mil gotas que los recorren con ternura
Suplican para besados sean en cómplice ondulación
Reciben pétalos que de tus labios retiré con candura.

En el remoinho de las veredas que las gotas de agua van trazando
Encuentran mil devaneios en tu ombligo de rara belleza
En los sientas alcanzan el cumbre del antojo y del desmán
Y bucean celeremente en tu tesoro de princesa.

En el recato, en la intimidad de tu toson de oro cual fulgor
El antojo ya iguala las gotas de agua que no paran de llegar
Ligeramente entreabres tus piernas talladas por un escultor
Se realiza el encuentro, sueño de placer trazado en el mucho amar.

sábado, dezembro 25, 2004

uma flor para... a zinda


Parabéns minha querida Amiga

a consoada

A animação é, mais do que de ninguém, dos mais novos. A impaciência pela “chegada” do Pai Natal é mais do que evidente. Noutros tempos esperava-se até à manhã do dia de Natal, madrugava-se claro, dando oportunidade a que, durante a noite, o Pai Natal executasse a sua tarefa de descer as chaminés e colocar as prendas nos sapatinhos lá deixados depois da Consoada. Depois tornou-se hábito procurar as prendas logo após a meia-noite, quiçá depois de regressarmos da Missa do Galo.

Hoje em dia tudo é mais acelerado, sinais dos tempos. A Consoada inicia-se à hora habitual do jantar, termina lá por volta das 22 horas. Depois, não há quem segure a criançada, até porque a Missa do Galo já é vista na televisão, evitando a tradicional deslocação à Igreja Matriz do burgo.

A Consoada, apesar da impaciência dos mais novos, lá foi decorrendo consoante o ritmo da noite. O tradicional bacalhau com todos, especialmente com as batatas e as couves, foi substituído desde há alguns anos pelo bacalhau com natas, embora o acompanhamento das couves, couves das Terras da Costa, não falte. Um bom vinho das Terras do Sado é o beber adequado para confortar os estômagos.

Depois são os doces: arroz doce, sonhos e filhós, mousse de chocolate enformada e o tradicional bolo-rei, embora o bolo-rainha já vá sendo pedido por alguns. Ficará para a Passagem do Ano.

Bom... não foi possível resistir muito mais tempo à pressão da rapaziada, após o repasto. E aí vamos à abertura das prendas. Não vou aqui deixar a lista das prendas com que o agregado familiar foi contemplado. Por curiosidade, ficam as minhas... embora não me tenha portado lá muito bem em 2004:

Um conjunto de cremes para a pele, pois um homem tem que cuidar-se
Um Jogo do Galo em grés, uma bela peça de artesanato urbano
Um telemóvel, com câmera e muito mais pois fotografar é preciso
A Bíblia dos Jerónimos, uma cuidada edição da Bertrand

feliz natal


sexta-feira, dezembro 24, 2004

uma flor natalina


conto de natal

Água e Luz no sapatinho

O seu dia-a-dia é consumido no caminhar, logo pela madrugada, da povoação onde vive para a praia, e no regresso ao cair da noite. Entre esses tempos trabalha arduamente numa companha de pesca artesanal, no amplo areal da Caparica.

Em troca de uma pequena “teca” de peixe ou de uns parcos euros quando a pescaria é generosa e rende mais para a companha, ali passa os dias a ajudar a puxar as redes para terra ou na escolha do pescado.

As poucas horas de descanso vive-as num casebre meio destruído que já fora habitado por seu pai que ali vivia por favor dos proprietários que há muito por lá não vão..

Tem um filho deficiente que nas voltas da vida foi apanhado pelas garras do roubo e do pequeno crime, para onde a sociedade madrasta de tantos seres nossos iguais o empurrou. Há muito que o tribunal o retirou do convívio de sua mãe e o colocou numa casa de protecção a menores que de qualidade somente mudou o nome de outrora, reformatório.

A única esperança que esta mãe tem de voltar a ter o filho na sua companhia é conseguir encontrar um lugar para habitar menos degradado e que, fundamentalmente, tenha água e tenha luz. Assim o decidiu o juiz de família.

E tem sido essa a sua luta desde há longo tempo. O peixe que traz da praia não o utiliza na sua alimentação, mas vende-o para conseguir uns euros mais para pagar a renda da desejada habitação, cedida igualmente por favor. Mas não tem água nem tem luz.

As suas preces, os seus pedidos ao Menino Jesus e ao Pai Natal tem sido para conseguir algo a que todo o ser humano tem direito. Mas as burocracias e os muitos papeis, requerimentos após requerimentos têm sido um entrave. Especialmente para quem há muito esqueceu as poucas letras da sua aprendizagem.

Nesta época de boa vontade, voltou a pedir ao Menino Jesus que neste Natal de 2005, em Portugal, a 15 quilómetros de Lisboa, lhe desse água e luz para a sua modesta casa. Para que o seu Menino Jesus com ela pudesse voltar a viver.

quinta-feira, dezembro 23, 2004

da rua do laranjal


"piercings" para o umbigo da oficina

Do João Tunes, Água Lisa

Por amizade, por reconhecimento, por cumplicidade, por gosto de partilhar chegam-nos mensagens e citações que representam verdadeiros brilhantes para o umbigo desta modesta Oficina.

Quis o João Tunes no seu extraordinário blogue Água Lisa atribuir-nos o Prémio de Porcelana escrevendo: “Não explico os critérios porque eles não têm explicação. Uma mera questão de gosto. E de estima. Mais de apreciação do trabalho para que comuniquemos. Com saúde de espírito, é claro.”.

O nosso agradecimento ao nosso querido amigo João Tunes. Aos restantes contemplados os nossos parabéns!


Do João Espinho, do Praça da República em Beja

A Oficina das Ideias foi destinguida com o Diploma que representa o Pelourinho de Oiro atribuído colectivamente aos participantes na Convenção da Paparoca, realizada na Infanta Planura, no passado dia 18 de Dezembro. Escreve João Espinho: “...realçando a excelência deste evento e simultaneamente manifestando a sua solidariedade para com todos os que, à volta de nacos alentejanos cantarão loas aos Bacos adormecidos...”

Bem hajam pelo vosso reconhecimento!

quarta-feira, dezembro 22, 2004

banhas teu corpo...


espaço de poetar

Banhas teu corpo...

Banhas teu corpo nas salsas ondas do mar amante
Gotas salgadas percorrem tuas curvas suavemente
Acariciam cada sonho de teu sensual instante
Traçam caminhos de prazer e do sentir irreverente.

Teus lábios molhados tomam mais brilho mais carmim
São pétalas de rosas beijadas pelo orvalho da manhã
Que na aurora do sentir e muito querer são um festim
Da boca sequiosa que os colhe em sua doçura temporã.

Teus seios de mamilos muito erectos pela forte emoção
Da carícia de mil gotas que os percorrem com ternura
Suplicam para beijados serem em cúmplice ondulação
Recebem pétalas que de teus lábios retirei com candura.

No remoinho das veredas que as gotas de água vão traçando
Encontram mil devaneios em teu umbigo de rara beleza
Nos sentires atingem o cume do desejo e do desmando
E mergulham celeremente em teu tesouro de princesa.

No recato, na intimidade de teu tosão de oiro qual fulgor
O desejo já iguala as gotas de água que não param de chegar
Ligeiramente entreabres tuas pernas talhadas por um escultor
Realiza-se o encontro, sonho de prazer traçado no muito amar.

terça-feira, dezembro 21, 2004

regresso


solestício de inverno

Às 12 horas e 43 minutos de hoje começou o Inverno, coincidência astronómica com o Solestício de Inverno. . O Solestício de Inverno marca a noite mais longa do ano. Depois de se atingir o apogeu da noite inicia-se a decadência da escuridão, no caminho da luz, neste constante bascular do Universo.

As culturas europeias de época neolítica atribuíam grande importância a estas alterações nos ciclos do percurso do Universo, dedicando-lhes muitas construções megalíticas, ainda hoje discutindo-se se se tratavam de santuários ou de observatórios astronómicos. Ou de ambas as coisas em simultâneo. Quando tivemos oportunidade de visitar Stonehenge sentimos bem a força telúrica que emana deste monumento megalítico e todo o respirar esotérico.

A Primavera irá retornar em breve. Com ela virão os resultados do Solestício de Inverno, da união entre o masculino Sol e a feminina Lua, no esplendor do renascimento e da preservação da vida.

Os antigos ignoravam que existisse uma parte da Terra onde houvesse o Verão enquanto os europeus e asiáticos viviam o Inverno. Julgavam que o Solestício de Inverno marcava a época da mais longa noite para a Terra inteira.

Os ciclos solares eram então considerados uniformemente para todo o planeta Terra, o que dele se conhecia à época, pelo que consideravam o nascimento do deus Sol quando os dias começavam a crescer (Solestício de Inverno). A sua juventude era marcada pelo Equinócio da Primavera. O deus Sol atingia toda a sua força e pujança no Solestício de Verão, entrando depois na sua regressão de vida no Equinócio de Outono.

Entre os povos do Oriente, o sol nascente era representado por um menino no colo de uma Virgem celeste, sua mãe. Os egípcios, em especial, celebravam todos os anos, no Solestício de inverno, o nascimento do pequeno Horus, filho da virgem Isis, e sua imagem era exposta, num presépio à adoração do povo.

Quando Júlio César recorreu ao astrónomo alexandrino Sosígenes para refazer o calendário em uso à época e que se mostrava com muitas imperfeições, o dia 25 de Dezembro tornou-se, no novo calendário imposto ao império romano, como data oficial da festa que celebrava um por toda a parte o nascimento do Sol, de Horus egípcio, do Mirtha persa, do Phebo grego e romano.

A Igreja quando se sentou no trono imperial um século depois, aproveitou a festa do Solestício de inverno, do menino Horus nos braços da Virgem Isis para transformá-lo em festa do Natal, que se comemora até aos nossos dias.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

convenção da paparoca

Toda esta “agitação” que teve lugar nas terras da Infanta Planura, na rua do Laranjal, numa taberna a preceito mantida pelo taberneiro Isidoro, deveu-se à realização da CONVENÇÃO DA PAPAROCA, em boa hora promovida pelos castelões que vivem na Torre de Menagem.

Quanta conversa... Quanta permuta de afectos... Quanta boa disposição... Valeu a pena!

O Luís Ene, do Mil e Uma... e a pequenina Laura ofertaram os presentes com duas histórias de encantar (já para não falar de um soberbo licor):


Tudo de Bom, de Luís Ene
Uma criança de seis anos passou a acreditar no Pai Natal no exacto momento em que o viu assaltar uma estação de gasolina. Riu-se muito quando o Pai Natal disparou para o ar e não se assustou nem um bocadinho quando ele a tomou como refém. Mais tarde apareceu em todos os noticiários televisivos, muito sorridente e compenetrada, a explicar tudo o que tinha passado. Recebeu muitos presentes e muitas mensagens de apoio e simpatia. Foi ainda contratada para fazer anúncios comerciais e participar numa série televisiva. Tornou-se famosa e os pais enriqueceram rapidamente. Vão acreditar sempre no Pai Natal.



A Pulga Vegetariana, de Laura Nogueira
Era uma vez um reino de pulgas onde vivia uma pulga vegetariana. O rei das pulgas soube disso e mandou-a chamar para lhe propor três desafios. O primeiro desafio era sugar o sangue todo da malvada serpente dragão, a segunda tarefa era fazer comichão ao maior número de pessoas que ela conseguisse, e por fim, seria sujeita ao teste da comida, se ela escolhesse vegetais seria expulsa para sempre da colónia das pulgas e não podia ir para a universidade; se ela preferisse o sangue continuaria no reino e poderia ir para a universidade.
“Eu prefiro vegetais em vez de sangue. Não me importa se for expulsa do reino, porque assim poderei ir viajar, explorarei o mundo, e, nunca mais serei escrava de ninguém!” Disse a pulga vegetariana. E em todos os países, cidades e florestas do mundo verão a pulga vegetariana a explorar de canto em canto.


O nosso amigo Alfredo, do Santa Cita, lá nos trouxe da Cidade dos Templários um apelo “beija-me depressa...”, doce tradicional e conventual que já passou em tempos por esta Oficina.

Todos os confrades presente foram agraciados pelo Diploma representativo do Pelourinho de Ouro atribuído colectivamente aos participantes na CONVENÇÃO DA PAPAROCA, pelo Presidente da Academia dos Republicanos Desiludidos, João Espinho.



Presentes estiveram:

>>>O Victor e a Ana, do A Verdade da Mentira, “Algumas verdades, com uma ou outra mentira, talvez um pouco de ironia e algum humor”
>>>O Alfredo, do Santa Cita, "Algumas verdades, com uma ou outra mentira, talvez um pouco de ironia e algum humor"
>>>O José Gonçalves e esposa, do Blogquisto
>>>O Francisco Nunes, do Planície Heróica
>>>O Domingos, do Albardeiro, "Albardas e Alforges... nunca vi nada assim! Minto... já vi!"
>>>O Pedro Gomes Sanchez, do EpiCurtas, "O prazer é o principio e o fim de uma vida feliz. Epicurus"
>>>O Luís Ene e a Laurinha, do Ene Coisas, "Um blogue que se quer literário e libertário"
>>>A Helena, do Digitalis
>>>O Carlos Araújo Alves, do Ideias Soltas
>>>O Piotr Kropotkin, do Anarca Constipado, "Vale tudo mesmo tirar olhos"
>>>O Vicktor e a Teresa, do Oficina das Ideias, As ideias brotam livres da nossa mente. Temos que evitar que a folha de papel as aprisione
>>>A Guida Alves e o Fernando, do Vemos, Ouvimos e Lemos
O Isidoro de Manchede, do Alentejanando, "Blogando à bolina na República do Gerúndio"

domingo, dezembro 19, 2004

estas mãos são mágicas 2



As mãos são do nosso amigo Carlos, que nos brindou com uma magia de sons.

A magia das suas mãos está bem patente no interesse da criançada, os mais genuínos apreciadores dos sons e da harmonia.

Em tempo... parabéns Ana e João Espinho.... Acertaram!

degustar afectos na sulitânia

Quando atravessámos a porta vermelha sangue de boi entrámos no mundo da taberna e veio-me à lembrança os tempos de menino e moço que de garrafa na mão lá ia à Cova Funda buscar a litrada de vinho tinto para a refeição de meu pai.

Nessa taberna onde o Amilcar entrou um dia fazendo o seu pedido habitual:
_ Ó Luís dá-me um copo de três!
Quando deitou a mão ao copo cheio que haviam colocado no tampo de mármore do balcão, o copo estilhaçou-se no chão espalhando todo o vinho.
_ Então Amilcar o que aconteceu?
_ Deste-me um copo de dois e eu já tenho a mão feita para o copo de três, então...


Bom... voltemos à taberna, à casa de comes-e-bebes, à Sulitânia. Acolhidos afavelmente pelo Joaquim Pulga que também é Isidoro e é de Manchede, lá nos fomos aconchegando no primeiro andar da taberna, lugar mais adequado aos comeres, na boa companhia dos amigos que iam chegando.



Rever amigos, conhecer novas caras de quem já apreciávamos os escritos, receber afectos mil. Como escreveu Carlos Alves, do Ideias Soltas: “Contente, contente fiquei por ver o Vicktor que, apesar da presença de bloquistos está com muito melhor aspecto após ter desquitado, quiçá fruto de alguma terapia que por lá se foi fazendo.”. Obrigado amigo pelo teu contentamento.

Lá nos fomos animando com as entradas onde não faltaram a manteiga de vaca, o azeite aromático, a cabeça de xara de porco, tapas de toucinho com alho, farinheira frita... Recomendado o Monte do Pintor 2001, tinto alentejano, foi aprovado e servido profusamente.

A cor de rubi – Ao olfacto respondeu com frutos vermelhos e um pouco de madeira – Ao paladar disse presente com a madeira apropriada, cheio de boca e a permanência adequada. Boa escolha, para vinho recomendado pela “casa”.

Quanto aos pratos principais caracterizaram-se, não só pela qualidade da cuidadosa confecção como, especialmente, por apresentar traços de tradição que nem mesmo os restaurantes ditos “alentejanos” respeitam. Aqui podem ser degustados pratos que em nenhum outro restaurante se encontram.

A escolha da Teresa foi para uma Sopa de Feijão com Pataniscas, estas últimas de “estalo” que eu bem as provei. Pela minha parte, optei por Carne de Porco do Alguidar com Miolos de Tomate. Sabor único. Mesmo ao nosso lado, a Margarida A., do Vemos, Ouvimos e Lemos, e marido escolheram a Açorda de Espinafres com Amêijoas e deliciaram-se.

No final do repasto a satisfação estava patente no rosto de todos e de cada um.



sábado, dezembro 18, 2004

estas mãos são mágicas


Sabem a quem pertencem?
E porque são mágicas estas mãos?


Respostas no post de 19 de Dezembro de 2005

por terras da infanta planura

Manhã cedo. Ao raiar da aurora, rumámos ao Alentejo, na procura de um saudável convívio com gente de quem tanto gostamos. Além do que se escreve e do que se lê na blogoesfera, a permuta de afectos dá-nos força e esperança para continuar rumo a um futuro melhor, especialmente para nossos filhos e netos.

Embora o justificativo da viagem fosse a perspectiva de um agradável repasto numa “casa de comes e bebes” no termo da Infanta Planura, não muito distante do local onde as bruxas se encontram para brincarem e fazerem outras travessuras, o mais importante iria ser a permuta de conheceres e de saberes, de sentires e de quereres.

Ao chegarmos bem cedo, melhor, muito a tempo, ao largo do coreto do Vimieiro, logo houve troca de olhares e sorrisos cúmplices com outros que da mesma arte, da blogoesfera, vinham ao mesmo, na procura de afectos para a alma e para o estômago, conforme promessa dos homens da Torre de Menagem e compromisso do Isidoro de Manchede.

E dali partiram em digressão pedestre dois Victores, uma Ana e uma Teresa (A Verdade da Mentira e Oficina das Ideias) não sem antes lançarem uma mirada, de baixo para cima, à Igreja Matriz, bem ao estilo da planura alentejana, construída em cruz grega e em honra de Nossa Senhora da Encarnação do Sobral.



Rua abaixo, rua acima a Igreja do espírito Santo ficou para trás, enquanto apreciávamos as chaminés de “escuta conversas” e recantos de encantar.



Quando na Rua do Laranjal deparámos com o Sulitânia (casa de comes-e-bebes) nem sonhávamos o que iríamos encontrar desta porta para lá...



sexta-feira, dezembro 17, 2004

uma flor para a... paula


Parabéns minha querida amiga

o livrinho "moleskine"

Mão amiga me ofereceu recentemente um pequeno livrinho “Moleskine” de capa preta para os meus apontamentos e lembretes destinados a futuros escritos. Quem sempre se lembra destas coisas é o meu amigo Pedro, do Sintra-Gare. A primeira frase já lá está escrita:

“Banhas teu corpo Maria nas águas salsas do mar”

O que me leva a escrever estas linhas singelas que são também homenagem a um bom amigo é o facto de também ter sido ele que em finais do ano 2000, mais concretamente, no mês de Novembro desse mesmo ano, quem me ofereceu um ”Âmbar” preto formato A5 onde passaram a ser escritas “crónicas do tempo que passa” que mais tarde viriam a ser vertidas para esta Oficina.

Aliás a primeira dessas croniquetas tem data de 1 de Dezembro de 2000 e é dirigida a um PAI. Dizia assim:

“O Pai mais do que uma referência é a nossa memória, memória do que fomos e do que vivemos mas que já não recordamos, memória dos nosso crescimento e formação, memória do tempo e de gentes que permanecem no nosso imaginário mas cujos contornos temos dificuldade em visualizar. Quando perdemos o Pai muito do que somos se perde também. A razão de continuarmos a viver está no facto de sermos também, para os nossos filhos, mais do que uma referência, parte importante da sua memória.”

quinta-feira, dezembro 16, 2004

contadores de tempo

Aqui na Oficina voltamos hoje ao tema “do tempo que passa”. Mais concretamente para falarmos sobre contadores de tempo, apresentado dois que têm importante significado para nós e que desejamos partilhar com os nossos amigos leitores.

O Omega que foi à Lua


Este contador de tempo foi adquirido em 1967, curiosamente com o fruto dos meus dois primeiros meses de trabalho e, ainda hoje, é referido como o relógio que o Homem levou à Lua, pois seguiu no pulso de Amstrong. Foi em 20 de Junho de 1969 que se deu o evento. Nessa altura já eu o ostentava “cheio de vaidade” no meu pulso. Coisas da tenra idade.

O relógio que contraria


Este contador de tempo, que já foi figura de charneira num filme de longa metragem e esteve em exposição no pavilhão da Suíça da Expo’98 contraria a frase feita “no sentido dos ponteiros do relógio”. Na realidade, as suas especiais características já têm proporcionado diálogos interessantes entre clientes e o Silva, um dos carismáticos proprietários do British Bar, onde o relógio se encontra.
Cliente: _Este relógio está a andar ao contrário...
Silva: _Engana-se! O Mundo é que anda ao contrário!!!!

quarta-feira, dezembro 15, 2004

mistérios invernais


a origem da "bica"

Vai um cafézinho?

Quer queiramos quer não, sempre somos levados, numa ou noutra circunstância a ouvir o que se conversa na mesa ao lado no restaurante onde fomos almoçar. Especialmente, se ouvimos uma palavra ou uma frase chave de um tema que nos interessa. Foi o caso. E a frase chave “sabes qual a origem do nome bica dado a uma chávena de café?”.

Pois fiquei atento. Então ouvi o desenvolver de uma teoria feito por um homem já idoso, talvez nos seus 70 anos. Foi uma explicação quase técnica que vou procurar reproduzir.

Noutros tempos o café era preparado nas chamadas cafeteiras onde a água fervente dissolvia o café moído, outras vezes a cevada, para o chamado “café de cevada”. Preparava-se, então, uma beberagem onde o café não dissolvido se formava nas chamadas “borras”, tão amargas e tão incómodas. Mais tarde, para resolver esse problema surgiram os “sacos” porosos que serviam para coar o café, evitando, assim as borras. Ainda hoje quem aprecia o designado “café de saco” recorre a esse tipo de aparato, embora, com desenho e funções bem mais avançadas.

E continuava o senhor idoso...

Apareceram, depois, uns cilindros dentro dos quais o café era dissolvido, coado e pressionado. Estávamos no tempo dos antepassados do que hoje conhecemos por “café expresso”. Depois do café devidamente preparado era vertido para as chávenas, ou para os tradicionais copos de vidro grosso, através de uma bica. Daí a BICA.

Existe porém outra versão...

Claro que todos conhecem a versão da origem da bica, mais romântica e romanceada. Quando apareceram as máquinas de café, beberagem amarga e ainda pouco nos costumes dos portugueses, a Brasileira do Chiado para que os seus clientes se habituassem ao que viria a ser um autêntico culto, culto altamente lucrativo, com margens de ganho superiores a 100%, colocou um cartaz que dizia:

BEBA ISTO COM AÇÚCAR, logo surgiria o termo BICA

terça-feira, dezembro 14, 2004

uma flor para a... paulinha


Pela luminosidade do seu espírito

os amigos são assim mesmo

Os amigos são assim mesmo. Olham-nos fundo nos olhos, perscrutam-nos a alma, procuram os nossos sentires e preocupam-se. Preocupam-se se estamos bem e para isso procuram os sinais da alma que se espelham no nosso olhar, no nosso sorriso, no nosso rosto.

O jantar de convívio do grupo de amigos solidários, na vivência e na esperança, decorreu no ambiente saudável de gente que se quer bem. Comidas e bebidas e, muito em especial, conversa, muita partilha de afectos.

A minha querida amiga Paulinha vislumbrou no meu olhar, talvez um sorriso que não me aflorou aos lábios em tempo, que estaria sentindo alguma preocupação, talvez um pouco “murcho”.

E como amiga que é tratou de me acarinhar... Ofereceu-me esta bela flor!



segunda-feira, dezembro 13, 2004

olhar de loba


A loba Murta - Centro de Recuperação do Lobo Ibérico

a loba murta

Quando há dias escrevi aqui na Oficina a propósito do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (C.R.L.I.) tive oportunidade de referir o facto de ser padrinho da loba Murta e de publicar uma fotografia sua. E que olhos maravilhosos tem a Murta. Como na altura escreveu a minha querida amiga Lualil, do Traduzir-se... “Mas olha que cara de dengosa tem a Murta!!
auuuuuuuuuu...”.

A Murta tem actualmente oito anos de idade, é natural do C.R.L.I. e é filha do Manchas e da Clarinha. É um animal saudável constituindo actualmente alcateia com o lobo Prado, onde formam o casal dominante da alcateia, casal alfa.

A Murta é uma loba muito sociável, viveu durante alguns anos com os seus irmão Teixo, Feno, Zimbro e Prado, este último com quem constituiu casal. Vivem num dos espaços mais belos do Centro e defendem o seu território garantindo a harmonia social da família.

São raras as vezes em que os visitantes, quando se aproximam do cercado onde vive a loba Murta, não são brindados com a sua vinda junto do aramado, primeiro ela, logo depois, o lobo Prado, que não deixam de vir controlar o movimento das redondezas do seu cercado.

Aqui deixo novamente o convite para visitarem e apoiarem o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, em plena serra nos arredores da Malveira. Por certo a minha “filha adoptiva” os virá saudar.

domingo, dezembro 12, 2004

uma flor para a... teresinha


Parabéns à companheira de 35 anos

tempo de aniversário

Dia de aniversário, mesmo que não seja o nosso, é sempre o momento de pensar sobre o tempo que passa, esse fugaz caminhar que primeiro foi contado olhando o Sol e os seus efeitos sobre a Terra e hoje é feito com a aplicação da mais alta tecnologia, medido até aos milésimos de segundo. Contudo, o tempo que passa, esse é o mesmo.

Os contadores de tempo, hoje tão corriqueiros no pulso de cada um e até nas tanguinhas de praia das mulheres que sempre querem acompanhar os tempos no “sentido dos ponteiros do relógio”, já serviram para marcar o “exame da quarta classe”, os “vinte cinco anos da casa” e até para perpetuarem o “meu primeiro ordenado”.

Desde a invenção do “parafuso e alavanca” por Arquimedes (290 a.C.) e do Relógio de Cresibio de Alexandria (170 a.C.) que contava o tempo com um ponteiro que subia consoante o nível da água num depósito que ia sendo cheio “gota a gota” até aos tempos actuais em que o valor de um contador de tempo está nas suas “complicações” muito avançou a tecnologia. Não tanto a civilização!

O “sentido dos ponteiros do relógio” algo desmentido pelo relógio extraordinário existente no British Bar, no Cais do Sodré, em Lisboa serviu de orientação ao ser humano depois da sua invenção. O Relógio de Magdeburgo foi, na realidade, o primeiro relógio de rodas /século X), construído por empenhamento do Papa Silvestre IL.

E na voz do Povo?

Quando a fome aperta, “o estômago está a dar horas!”. E aqui bem perto desta Oficina existiram em tempos passados “os relógios de Almada”, quando os burros que estacionavam em Cacilhas começavam a zurrar.

Outros ditos existirão. Os leitores assíduos desta Oficina não deixarão de dar a sua contribuição...

sábado, dezembro 11, 2004

trabalho árduo


espaço de poetar

En la Búsqueda

Caminar en el arco iris para las tierras de Gaudi
En la búsqueda del siendo deseado, mujer hermosa y sensual
Mi vicio, en ausencia más sentido, dulzura angelical
Ojos color de miel por quién un día me perdí

En la otra extremidad del arco celestial encontré el tesoro real
Pasado que habían sido mares, montañas y tormentos
Explosión de maravillosos cariños y sentimientos
Te encuentro en el amplio espacio del dorado arenal

Qué perla ofreció por el mar azul y profundo
Rodó entre mis dedos, fue abrazada en mis brazos
Excitó mi sentir en espacios tan amplios
Felicidad más grande se sentía en las vivencias del mundo

Tu melodiosa voz me encanta, cual serena
Murmuras palabras blandas de mucho cariño
Estoy asombrado con la belleza total de tu ser
Me entrego en tu cuerpo que con afecto me enlejía

sexta-feira, dezembro 10, 2004

gaivotas em pescaria


pelos mares da comunicação

Desde os tempos em que o registo da memória me permite saber que tenho navegado nos mares da comunicação, comunicação bidireccional ou comunicação multidireccional, aquela que proporciona maios interactividade, aquela que não destingue o emissor de receptor.

Os mares por onde tenho andado, umas vezes azul outras não tanto, mais para o acinzentado, têm sido fundamentais para o meu crescimento como ser humano, pois tenho encontrado nessas águas ricas o local ideal para a partilha do saber.

Percorri as rádiocomunicações, populares e livres, que quebraram fronteiras na Europa muito antes da existência da União Europeia, aliás derrubando fronteiras no Mundo inteiro, independentemente da religião, da política, do estatuto social das gentes que comunicavam entre si.

Percorri os caminhos da aprendizagem mais do que do ensino, aprendizagem, quantas vezes feita à distância, com o recurso às tecnologias da informação emergentes, percorrendo as auto-estradas do saber partilhado.

Rejeito ou utilizo com cautela a comunicação em que me “obrigam” a funcionar exclusivamente como receptor, especialmente quando detecto intenções de intoxicação, o que acontece amiúde nos debates televisivos, nos discursos dos políticos, nas conferências de imprensa.

Não quero com isto dizer que numa comunicação dialogante não aprenda mais com o que oiço do que com o que digo, mas não invalida que não aceite ser forçado a ouvir quem nada tem para partilhar, antes pretende impor a sua “verdade” como dogma, logo, sem discussão.

Como há dias dizia um popular entrevistado por uma cadeia de televisão “eles falam muito mas nós não percebemos nada”. E quando o Povo não entende não sou eu suficientemente iluminado para aceitar ouvir.

Revejo na blogoesfera esse mundo maravilhosa da verdadeira comunicação, da partilha do saber, da permuta de afectos, da interactividade enriquecedora do ser humano. Também ela muito azul, muito luminosa em que o cinzento surge como em tudo na vida, mas logo é afastado pela força do muito querer.

quinta-feira, dezembro 09, 2004

artes em mar alteroso


blogoesfera é tema de tese universitária

Esta Oficina, à semelhança de várias dezenas de outros blogues, foi contactada para colaborar com Luís Melo, estudante da Universidade Católica Portuguesa, que se encontra a elaborar um trabalho sobre a blogoesfera, que virá a ser a sua tese numa cadeira do curso de Comunicação Social.

Luís Melo seleccionou um conjunto de blogues portugueses a cujos autores está a enviar um inquérito com o qual pretende desenhar o perfil do blogueiro português.


Na realidade, a blogoesfera é hoje o espelho de uma parte da comunicação tendo sido um factor determinante para derrubar barreiras que provocam a incomunicação entre as pessoas.

Este meio de comunicação, de custos razoáveis e de fácil utilização tem cada vez mais utilizadores, podendo-se afirmar sem receio de errar que “uma em cada 100 famílias portuguesas” tem um blogue no seu seio.

Os governos não podem ignorar a força social que a blogoesfera representa, donde ser exigível o reconhecimento da importância deste meio de comunicação “de todos”.

A colaboração solicitada por Luís Melo recorre às tecnologias emergentes, como seria de esperar, é realizada online, tem cariz de anonimato e confidencialidade.

Aqui fica expresso o desejo de que Luís Melo atinja os seus objectivos para dignificação da blogoesfera e concretização de seus estudos.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

mar


santo antónio em budapeste

Visita obrigatória de quem viaja para Budapeste, a Igreja Mátyás situa-se na zona antiga da cidade, designada por Buda, e nela estão contidas todas as destruições e reconstruções a que esta maravilhosa cidade se viu sujeita com o decorrer dos séculos.

Originalmente Igreja Paroquial de Santa Maria, foi edificada entre os séculos XIII e XV, alguns dos estilos presentes datam do reinado de Segismundo, embora tenha ido buscar o nome pelo qual é actualmente conhecida ao rei Mátyás Corvinus que lhe introduziu modificações arquitectónicas profundas. Foi descaracterizada quando em 1541 foi transformada em Grande Mesquita dos turcos.

Esta igreja foi quase totalmente destruída aquando da libertação de Buda, tendo sido reconstruída ao estilo barroco pelos monges franciscanos. Mais tarde foi restaurada ao estilo neogótico. Pode, por esta descrição, concluir-se da miscelânea de estilos que constituem a Igreja de Mátyás.

Esta igreja é igualmente conhecida por Igreja de Nossas Senhora da Assunção.

Quando em Outubro de 1990 visitámos pela primeira vez esta igreja ficámos deveras surpreendidos quando num altar ao fundo da nave principal deparámos com uma imagem de Santo António de Lisboa. Foi uma emoção indiscritível a tantos milhares de quilómetros da capital de Portugal encontrarmos a imagem do seu santo padroeiro.

Passados menos de dois anos, em Maio de 1992, voltámos a visitar a Igreja de Mátyás. O que havia sido uma maravilhosa surpresa transformou-se numa imensa desilusão: O altar e a imagem mantinham-se no mesmo local, a designação da imagem mudara – Santo António de Pádua.

A Hungria já encetara a aproximação à, então, Comunidade Económica Europeia... A pressão italiana a par com a alemã era sentida até nestes pequenos pormenores.

terça-feira, dezembro 07, 2004

uma flor para a... dora


Parabéns minha querida amiga

transparências

Pequenita, formosa, jeitosinha até
Morena, mais escura ainda
Algo cigana.

Caminha prazenteira empurrando um carrinho de bebé
Onde transporta s filha de seu ser
Pedaço da sua carne, do seu íntimo.

Os olhos que a fixam abrem de espanto
Incrédulos
Olhar agora mais atento, semicerrado.

Por debaixo da blusa branca, transparente
Vislumbram-se seios bonitos, atrevidos
Com os bicos muito escuros, arrogantes
Querendo trespassar a ténue protecção
Diáfana fantasia, imaginação.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

a loba "murta"


Fotografia do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico

vamos salvar o lobo ibérico

A existência do maior carnívoro de Portugal - o lobo, encontra-se ameaçada por sucessivas acções de predação da responsabilidade dos seres humanos, quer provocando directamente a sua morte, quer destruindo o seu “habitat” e dos seus meios de sobrevivência. A perseguição desenfreada conduzida pelo homem associa-se à ausência de presas silvestres e à destruição e à fragmentação dos seus locais de vivência.

Actualmente a população lupina ibérica encontra-se fragmentada em três núcleos: um no Noroeste da Península Ibérica (Portugal e Espanha); outro na região Sul do rio Douro (Portugal); e uma terceira na Serra Morena (Espanha).

A população de lobos ibéricos é reduzida, tendo o núcleo a Sul do rio Douro cerca de 6 a 8 alcateias, com uma média de 2 a 3 indivíduos por cada agrupamento familiar. É nestas situações da reduzida dimensão e de isolamento que a acção do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico se torna determinante.

O Centro de Recuperação do Lobo Ibérico encontra-se instalado em óptimas condições para os lobos e para os visitantes, em terrenos situados no Município da Malveira, onde um grupo de voluntários dá a sua preciosa contribuição. As pessoas ou instituições podem (e devem) contribuir para os elevados encargos financeiros desta iniciativa, para o que existe um esquema de “apadrinhamento” dos lobos.

Pela parte dos familiares desta Oficina damos a nossa modesta mas dedicada contribuição para o que apadrinhamos três lobos:

O David é padrinho do Manchas
O Ricardo é padrinho do Prado
O Vicktor é padrinho da Murta

Para saber mais sobre o C.R.L.I. consultar: Centro de Recuperação do Lobo Ibérico

domingo, dezembro 05, 2004

brincos de princesa


moscatel de setúbal

O Moscatel de Setúbal é um vinho licoroso, cuja graduação alcoólica varia entre os 18 e 20 graus, sendo preparado na região demarcada de Azeitão, donde têm origem as uvas que lhe servem de base.

Os vinhos mais jovens, engarrafados após permanecerem cerca de cinco anos em cascos de madeira, apresentam uma cor alaranjada raiada de ocre e um sabor com notas adocicadas a moscatel. Com 20 ou mais anos de reserva na madeira ganham em cor, mais profunda e intensa, prevalecendo os aromas a laranja, amêndoas e flores silvestres.

Existem dois tipos de Moscatel de Setúbal, o branco e o roxo, elaborados, respectivamente, a partir das castas Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo.

A área geográfica correspondente à Denominação de Origem "Setúbal" abrange os concelhos de Palmela, Setúbal e parte da freguesia de Nossa Senhora do Castelo, do concelho de Sesimbra.

Consoante o tempo de permanência na madeira, assim o Moscatel de Setúbal se torna mais raro e especial. Em primeiro lugar, situam-se os vinhos jovens, entre 5 e 10 anos de reserva em madeira; depois, com grande qualidade os que têm 20 anos de reserva; finalmente, os mais exclusivos, aqueles que permanecem 50 anos em reserva de envelhecimento.

Algumas raridades estão cotadas ao nível dos melhores vinhos do Mundo:
Vinho Moscatel de Setúbal 1934 - €299,50/75cl
Vinho Moscatel de Setúbal 1900 - €514,73/75 cl
Vinho Moscatel de Setúbal “Trilogia” (1900 + 1934 + 1965) - €124,86/50cl

sábado, dezembro 04, 2004

rosa choque


coisas da minha terra

As rolas turcas

São minhas companheiras todas as madrugadas, quando na caminhada diária de passeio das minhas cadelinhas percorro pouco mais de um quilómetro pelas ruas e veredas de Valle do Rosal. Estou a falar das rolas, rolas turcas como lhes chamam por cá, por ser a partir da Turquia que iniciaram há anos a migração para terras de Portugal, particularmente para esta zona da Caparica, desde a orla marítima até aos arvoredos da Mata dos Medos.

Embora nos primeiros tempos seguissem os caminhos normais das migrações de aves, com a vinda para cá e o regresso aos lugares de origem meses mais tarde, estou em crer que tal como acontece com o ser humano quando se sente bem numa terra de acolhimento, também as rolas, as rolas turcas, acabaram por se fixar definitivamente.

Relativamente às rolas autóctones, são de maior dimensão e distinguem-se, especialmente, pelo arrolhar muito característico, muito mais forte e musical, com fortes requebros que dão musicalidade ao ambiente quando iniciam o seu voo.

São aves bastante afoitas no relacionamento com o ser humano, voando normalmente em casais, em voo alegre embora sublinhado com um cantar algo nostálgico, a recordar quão longe estão da sua terra de origem.

A cada ano que passa, procriando num ambiente natural que lhes é propício, as rolas turcas aumentam a dimensão da sua colónia, poisando nos fios de transporte de electricidade e no alto dos pinheiros bravos dando um novo encantamento aos locais que elegeram para viver.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

estrelícia do paraíso


espaço de poetar

A maçã

Aveludada, doce no tocar
Curvilineamente sensual
Os dedos percorrem-na sem parar
Excitam sua pele sideral (cidral)

O olhar pousa em breve carícia
Reflecte em si a ternura do sentir
Profundo ritual que é malícia
Pensamento fixado no devir

O olfacto, dos deuses privilégio
Deleita-se nos sentidos viciosos
Em sonhos ou será em sortilégio
Embala num alazão dos mais fogosos

O paraíso dos sentidos exacerbados
Na loucura das mais íntimas carícias
Local da vivência dos iniciados
Na sensualidade de infindáveis delícias

quinta-feira, dezembro 02, 2004

doiradas flores de acácia


lenda da capa-rica - o seu a seu dono

O Jornal de Notícias está a publicar, com a sua edição dominical, a obra em vinte volumes designada “História das Freguesias e dos Concelhos de Portugal”, obra meritória, embora de informação reduzida, baseada nos dados do Censos 2001, os últimos disponíveis.

No I volume constam os concelhos de Abrantes a Almada, pelo que logo tive a curiosidade de ver o que se dizia das freguesias mais próximas da minha residência: Charneca de Caparica e Caparica. Sobre a primeira são apresentados dois temas o que é algo redutor – A Quinta da Rosa e Vasco Morgado e a sua Quinta de Monserrate.

Quanto à freguesia de Caparica são tratados os temas: Convento dos Capuchos e Lenda da Capa-Rica. É sobre este último tema que este meu escrito se debruça. Sobre a Lenda da Capa-Rica, transcrevemos: “...havia no lugar uma velha senhora muito pobre que andava sempre envolta numa longa capa. Um dia, transmitiu à população o desejo de após a sua morte, doar a capa ao rei de Portugal, para que fosse utilizada da melhor forma possível em prol da localidade. Finados os seus dias, a capa foi levada ao rei que, ao abri-la, encontrou um recheio de douradas flores de acácia, colhidas no vasto acacial que ainda hoje existe na zona litoral localizada entre a Trafaria e a Fonte da Telha. Emocionado, o rei ordenou que fosse erigida a Igreja de Nossa Senhora do Monte, conferindo a toda a área a designação de Caparica, derivado do termo capa-rica.”

Ora a lendas tradicionais sobre a povoação Caparica referem sempre que a dita capa-rica continha dobrões em oiro e não flores da acácia. A versão que refere pela primeira vez as flores de acácia e não dobrões de oiro foi escrita em 1999 e houve o cuidado de acrescentar: “Versão ficcionada por Victor Reis”. Esta referência e o respectivo autor foi-se perdendo e, inclusive, a Câmara Municipal de Almada já incluiu esta versão, sem referência do autor, em publicações suas.

Para que conste, aqui transcrevemos a versão da Lenda da Capa-Rica ficcionada por Victor Reis:

Em tempos imemoriais, quando as terras do litoral situadas ao Sul do rio Tejo eram praticamente desertas e inabitadas, casas isoladas e pequenos lugarejos, distantes uns dos outros muitos quilómetros, constituíam a única estrutura habitacional, donde se destacavam dois povoados de maiores dimensões: um no interior, na zona mais elevada, o "monte", e um outro, junto ao mar, a "costa".

No interior, a vida era ganha nos trabalhos da lavoura, na produção de vinho e na exploração dos materiais que os vastos pinheirais produziam, especialmente madeiras e resina, enquanto que junto ao mar as populações se empenhavam na faina da pesca, cuja arte foi evoluindo ao correr dos tempos fruto das influências trazidas pelas correntes migratórias humanas, ora da zona dos avieiros de Ílhavo, a Norte, ora da região de Vila Nova de Milfontes, a Sul.

Conta a tradição, que de pais para filhos vem sendo transmitida, que há muitos muitos anos vivia na região interior uma misteriosa mulher idosa de quem não era conhecida família nem origem e que habitava num velho casebre, isolada de toda a restante população da zona.

Também ninguém recordava quando a velha tinha aparecido pelas redondezas e muito menos ao que viera. O mistério era agravado pelo facto de se desconhecer do que se alimentava pois não lhe era conhecido modo de vida nem fonte de rendimento e, muito menos, alguma vez fora vista na loja adquirindo bens alimentares ou outras compras.
Não tinha amizades, poucas palavras eram ouvidas da sua boca e o seu ar estranho e o desconhecimento da sua ocupação criou o mito entre a população de que ela se dedicava à bruxaria e a estranhos e inexplicáveis ritos.

Uma coisa era certa: Efectuava diariamente longas caminhadas, sendo vista em diferentes pontos da região, distantes entre si de muitos quilómetros, sempre envolvida numa longa capa que lhe ocultava as formas do seu corpo, pelo que ninguém sabia se era bonita ou feia, se esbelta ou disforme.

Na época da Primavera as suas ausências eram mais prolongadas do que no restante do ano e constava entre a criançada que nessa época vislumbravam no interior da sua capa vasta riqueza de moedas de oiro sem fim, daí dizer-se que a sua capa era rica, capa-rica.

Nos finais de Março início de Abril daquela era que a memória das gentes não reteve, sentiu a velha mulher que os seus dias do fim se aproximavam, fazendo então constar o seu desejo de que a capa de que nunca se apartava fosse entregue ao rei de Portugal para que ele lhe desse a aplicação que melhor soubesse servir o Povo.

Quando a velha mulher faleceu, poucos dias depois, a população apressou-se a dar cumprimento ao seu desejo, tanto mais que a sua fama de feiticeira não lhes permitia hesitações, fazendo a entrega da referida capa ao rei de Portugal.

Quando a capa foi presente ao rei e este verificou o seu interior encontrou-a profusamente repleta de douradas flores de acácia, colhidas no vasto acacial que ainda hoje existe na zona litoral compreendida entre a Trafaria e a Fonte da Telha.
Impressionado com tamanha sensibilidade mostrada por aquela velha mulher que tanto sofrera em vida, o rei fez constar da riqueza daquela capa, uma capa-rica, daí o topónimo hoje mundialmente conhecido por Caparica, compensando a população com a construção duma igreja, a Igreja de Nossa Senhora do Monte e confirmando toda aquela região com o designativo de Caparica.

Costa de Caparica - Monte de Caparica - Charneca de Caparica - Sobreda de Caparica - Vila Nova de Caparica - Sto. António de Caparica - S. João de Caparica - Lazarim de Caparica

quarta-feira, dezembro 01, 2004

da venezuela, "feliz navidad"

Pelas 13 horas de Portugal, fui agradavelmente surpreendido por uma mensagem vinda da Venezuela, seriam por lá cerca das 9 horas da manhã. Escrevia a minha amiga Alfonsina, residente em Caracas, na Venezuela: “Buenos Dias Victor! Feliz Navidad!”

Mensagem agradável, contudo, surpreendente por ser hoje dia 1 de Dezembro, estamos, pois, ainda distantes do Dia de Natal. A explicação não tardou: “Es costumbre en Venezuela, dar el saludo en el 1 de Diciembre” (desejar Feliz Navidad aos amigos).

Senti-me sensibilizado, especialmente, por esta prova de amizade. Tive oportunidade de retribuir os desejos de Feliz Natal, aderindo prazenteiramente a este costume venezuelano.


Presépio peruano - colecção de micro-presépios desta Oficina


Também hoje, no Cerro El Ávila, em Caracas será iluminada a Cruz del Ávila que passará a iluminar todas as noites “caraqueñas” até final do ano.


Cruz del Ávila - via Alfonsina, Caracas, Venezuela


em novembro de 2004 a oficina das ideias publicou:

Textos
Dia 1 – Corpo de Mulher – as coxas [poemas]
Dia 2 – Tranquilidade [afectos]
Dia 3 – Rota da Esperança [afectos]
Dia 4 – Rota da Esperança 2 [afectos]
Dia 5 – Rota da Esperança 3 [afectos]
Dia 6 – Pão por Deus [comemorações]
Dia 7 – Mais afectos para a Oficina [afectos]
Dia 8 – Responder a um poema poetando [poemas]
Dia 9 – Gatos de Valle do Rosal [afectos]
Dia 10 – Livrinho especial [afectos]; Prosa Poética com poesia prosada se paga [poemas]
Dia 11 – S. Martinho [comemorações]
Dia 12 – Os segredos do mar [divulgação]
Dia 13 – Apontadores de leitura
Dia 14 – Teus lábios de carmim [poema]
Dia 15 – Portagens nas cidades [opinião]
Dia 16 – O Poeta Aleixo [comemorações]
Dia 17 – Amazónia brasileira [opinião]
Dia 18 – Brasil hoje [opinião]
Dia 19 – O Verão que se espraia Outono fora [a minha terra]
Dia 20 – Uma pizza ao jantar [divulgação]
Dia 21 – Amizade [afectos]
Dia 22 – Inspiração [opinião]
Dia 23 – Defender a lusofonia [opinião]
Dia 24 – Lengalenga [poema]
Dia 25 – Ginja dos monges do Convento da Rosa [sabores]
Dia 26 – Navegar na blogoesfera [opinião]
Dia 27 – A força do associativismo [coleccionismo]
Dia 28 – Teu corpo, uma jóia [poema]
Dia 29 – Águas, há muitas... [divulgação]
Dia 30 – Madrugar [poema]

Uma flor para...
Dia 1 - ... a Cathy, parceria inspiradora
Dia 6 – ... a Alfonsina y Ricardo, por 10º Aniversario de sus Bodas
Dia 23 - ... a Cecília, muitos parabéns querida amiga

Imagens
Dia 2 – Esplendor
Dia 3 – Paixão de viver
Dia 4 – Para além da religião...
Dia 5 – Luminosidade da amizade
Dia 8 – Rosinhas amarelas
Dia 9 – Encantamento
Dia 10 – Luz no caminho
Dia 11– Paixão
Dia 12 – Protejam o nosso mar
Dia 13 – Singeleza dos jasmineiros
Dia 14 – Com estas pétalas desenhei teus lábios
Dia 15 – Preservar as matas da Caparica
Dia 16 – Luminosidade
Dia 17 – Florzinha azul
Dia 18 – ...em fundo de Esperança
Dia 19 – Convivência
Dia 20 – Tonalidades de rosa velho
Dia 21 – Flor amarela com malmequer
Dia 22 – Suavidade
Dia 24– Flor maravilhosa
Dia 25 – Vai uma ginjinha?
Dia 26 – Rosa de pétalas vermelhas
Dia 27 – Maresias
Dia 28 – Rosa de pétalas laranja
Dia 29 – Invernia e desolação
Dia 30 – Flor de encantar

This page is powered by Blogger. Isn't yours?