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quarta-feira, dezembro 31, 2008

uma flor para... a cláudia

que a tua arte e encanto
nos continuem a serem brindadas
com muita saúde e felicidade



A minha amiga Claudia Perotti é uma artista da imagem e das palavras e tem o blogue Cor de Dentro

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5, 4, 3, 2, 1, 1... viva 2009

O último minuto do ano de 2008, aquele minuto cujo final festivamente se atinge numa contagem decrescente, normalmente a partir do 10, demorou mais a passar este ano. O último minuto de 2008 teve precisamente 61 (sessenta e um) segundos.

Este facto deveu-se á necessidade de corrigir uma pequena anomalia, devida ao abrandamento da velocidade de rotação do planeta Terra, introduzindo o designado “segundo intercalar”, acertando, dessa forma, os relógios atómicos com o tempo astronómico.

Os “segundos intercalares” são utilizados para manter sintonizado o Tempo Universal Coordenado (UTC) com os registos variáveis das escalas astronómicas, Tempo Médio de Greenwich (TMG) e Horário Universal (UTI), estando, contudo, em cima da mesa uma proposta da União Internacional das Telecomunicações (UTI), que engloba a maioria das administrações de telecomunicações de todo o Mundo (191), para que esse “segundos intercalares” sejam substituídos pelo acréscimo de uma hora a cada 600 anos.

Esta medida tem profundos efeitos políticos e de hegemonia do “controlo” do tempo que actualmente se baseia e refere à hora do Meridiano de Greenwich (Inglaterra) e que com a alteração proposta pela UIT, que aliás tem sede em Paris, deslocaria para a cidade-luz durante algumas centenas de anos o meridiano de referência.

Na noite de fim-de-ano vamos poder assistir a mais uma das curiosidades que a Natureza, a ciência e o tempo que passa nos reservam. Como escreve Fernando Correia de Oliveira a sequência do tempo vai ser:

31 de Dezembro de 2008, 23 horas, 59 minutos, 58 segundos
31 de Dezembro de 2008, 23 horas, 59 minutos, 59 segundos
31 de Dezembro de 2008, 23 horas, 59 minutos, 60 segundos
1 de Janeiro de 2009, 00 horas, 00 minutos, 00 segundos

E acrescenta

A esmagadora maioria dos relógios digitais não está preparada para mostrar "23h59m60s", passando imediatamente dos 59s para os 00s. Neles, o acerto terá que ser feito manualmente. Mas há pelo menos um relógio que poderá seguir comodamente, em casa, e que lhe dará a possibilidade de "ver" esse segundo extra, enquanto tocam as doze badaladas e você tenta não se enganar na escolha dos desejos e na deglutição das tradicionais passas.

Falamos do relógio que se encontra no site do Observatório Astronómico de Lisboa, a entidade que em Portugal superintende no Tempo e na Hora Legal. Assim, se na Passagem do Ano, tiver o computador ligado a
http://www.oal.ul.pt/ terá oportunidade de ver o segundo intercalar e começar 2009 no passo certo.

Termino com uma observação que é, igualmente, uma curiosidade que espero ver satisfeita: “Como se comportará o “célebre” relógio do British Bar de que já temos falado na Oficina das Ideias, ou os maravilhosos relógios “Inverso”, obras de alta relojoaria do Museu do Relógio, de Serpa?



Saber mais:
El Mundo
20 Minutos
Saber Curioso
Observatório dos Relógios Históricos, de Fernando Correia de Oliveira

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terça-feira, dezembro 30, 2008

uma flor no cabelo

uma flor vermelha do meu jardim
vai dar cor e vida ao cabelo duma mulher
amanhã que é noite de luz e festa



uma flor para a minha querida amiga C.G. do blogue Árvore das Palavras

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minha terra é meu sentir

Vivo na terra para onde desejei vir viver e não naquela onde nasci. Aliás a terra onde nasci nada tem, hoje em dia, a ver com a aldeia onde vi a luz do dia. Como já tenho escrito na Oficina das Ideias sou saloio, com as origens lá para as longínquas paragens do Egipto donde imigraram os meus antepassados por parte da minha mãe. Do lado do meu pai sobra em mim o sentir nómada dos magiares.

Na minha terra, adoptiva podem muitos dizer, que eu afirmo ser do coração, habituei-me a conhecer os sítios e as gentes. Como os sítios se desenvolveram ao ritmo das civilizações, tantas vezes contrariando aquilo que sentimos ser o desígnio telúrico, mas seguindo o ritmo dos tempos. As gentes, conhecendo as suas origens, os seus anseios, a evolução do pensamento, tantas vezes com falta de genuinidade.

Resulta tudo isto de uma globalização que muito tem de financeira e económica e tão pouco de solidariedade; Duma pressão constante dos “média” que formatam os pensares ao jeito das classes dominantes; Dum permanente apelo à competitividade que destrói, muitas das vezes, os mais profundos laços de amizade e de fraternidade.

Tenho uma paixão pela minha terra somente comparada à que tenho pelas mulheres “tous les femmes sont belles” e pelos meus entes mais queridos. Admito que tal sentir por vezes me tolde a razão e me leve a perdoar alguns defeitos que tem e que eu não encontro.

Mas esta paixão de mais de 30 anos pela minha terra é fruto de a ter sentido crescer, evoluir, ser cada vez mais bela, por dentro e por fora, alegrando o meu olhar a cada pormenor que todos os dias descubro no seu todo.

A minha terra tem o mais belo céu azul de todos o universo, o mar mais cúmplice que do azul água ao mais profundo esverdeado, já lhe encontrei tonalidades de lilás, deixa transparecer todos os seus sentimentos, um rio de sonho que traça esses no seu caminhar até se diluir no mar adoçando-o, tem uma frondosa mata de verde pintada que extasiaram reis e rainhas, príncipes e princesas, e o Povo que nela encontrou o seu sustento.

E a minha terra tem GENTE! Que soube construir um património ímpar, a cultura da solidariedade...



[vivo na Charneca de Caparica, concelho de Almada, à beira do Mar Atlântico, com o Monte da Lua à minha direita e o Barbárico Promontório à minha esquerda]

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segunda-feira, dezembro 29, 2008

alameda ribeirinha

quantas vezes aqui me quedei
a espiar o namoro do tejo
quando se espraia docemente no oceano



Alameda Ribeirinha, Trafaria,Almada - Portugal

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onde o tejo namora o mar

Não tem pressa do caminho, está seguro
Estreitos vales e amplas lezírias de sofrer
Pois namoro antigo é tempo de reviver
Selar a cumplicidade do sentir maduro.

Vem de longe seu destino e seu querer
De hispânicas terras traz o bom auguro
Caminho destemido de progresso e futuro
No oceano vai espraiar sua frescura de viver

Em terras de gente boa se veste de azul
Que é cor dos sentimentos de quem trabalha
Gente que é do rio, do mar, que é do sul

Que o acolhe nas lides do arrasto, da tresmalha
No carinho do mar ora esverdeado, logo azul
Como se dos seus fosse, logo ali do mar da palha.

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domingo, dezembro 28, 2008

uma flor para... a alay

neste dia de muita felicidade
desejo-te as maiores venturas
no teu merecimento verdadeiro
en este dia de tus cumpleanos
te deseo las mayores venturas
que mucho las mereces




Alay, é a minha querida amiga Alfonsina da Venezuela, uma bela mulher do Caribe

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a sabedoria do tempo

Muito tenho meditado, por vezes aprisionado numa folha de papel, uma vez ou outra partilhando neste espaço com todos vós, sobre o fenómeno do “tempo que passa”, na sua existência concreta e na forma como o ser humano o sente fluir.

Júlio Pomar, um magnífico artista plástico português, disse um dia que “nunca vi o tempo”, nem tão pouco “tenho dele uma imagem real”. Acontece o mesmo comigo, somente os meus sentidos, que não a vista, vão dando conta da sua passagem.

Durante muitos anos não usei relógio, voltei a tomar essa atitude de há alguns meses para cá, outros tempos houve que usava um em cada pulso, vivia ao ritmo da actividade que desenvolvia. Já usei e ainda hoje o faço, um relógio que divide o decurso de um dia em mil partes iguais. Olho muitas vezes para um relógio que contraria a frase feita “no sentido dos ponteiros do relógio”.

Muitas vezes o passar do tempo é lento, como acontece neste momento com o arrastar dos últimos momentos do ano de 2008, na procura de abandonar um ano que foi bissexto e que parece querer demonstrar à evidência pensares de antigas tradições: “ano bissexto, tempo aziago”.

Foi um turbilhão de tempo que em grande parte das gentes, não somente em Portugal como no Mundo, deixa um sabor amargo e um sentimento de frustração, pois todos poderíamos ter feito melhor. Pelo menos, não ter cruzado os braços a deixar o tempo passar.

Claro que os arautos do poder universal, aquele que vive do tráfico de armas e de drogas e das permanentes agressões ao património natural, continuam a amachucar as gentes na pressão de uma crise para a qual o Povo não contribuiu mas que com ela é quem mais sofre.

Amachucar, oprimir, denegrir para reinar. Já não basta dividir, é necessário calcar forte, trazendo-me à recordação aqueles cartazes antifascistas do tempo da II Grande Guerra em que o Povo era espezinhado pelas botas do poder.

Sonho sentir o Povo que se “alevanta” e uma vez por todas diz NÃO! Porque a esperança não morre, a opressão definha.

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sábado, dezembro 27, 2008

aquecer a alma

como manda a tradição
a boa castanha assada
aquece as mãos e a alma



Castanhas assadas, Feira dos frutos secos, Tomar - Portugal

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companheira de um ano inteiro

Chegou à minha mão a tempo de me poder fazer companhia um ano inteiro. Mão amiga me a entregou em tempos de nascimento do sol invencível, marca de um renascer de ideias e de conceitos, inspiradora nas palavras que colocadas em sintonia possam ter novos significados, abrir caminhos nunca anteriormente percorridos.

Fez as delícias, foi amante, nos dois últimos séculos de artistas e pensadores da Europa e do Mundo, como Van Gogh, Picasso, Bruce Chatwin e Ernest Hemingway, de quem foi companheira e confidente.

Foi cofre-forte e guardiã de esquissos, apontamentos e sugestões, de lembretes e de notas que deram origem a magníficos textos, a desenhos e pinturas de excepção que hoje iluminam os museus e fazem vibrar os sentidos dos eleitos que a elas têm acesso.

Antes de chegar à minha mão passeou-se nos mais chiques “boulevards” parisienses, frequentou as papelarias míticas onde tantos e tantos escritores adquiriram as folhas de papel que transformaram em poemas e pensamentos.

Esteve quase a desaparecer, mas em 1998, graças à cumplicidade de um pequeno editor de Milão renasceu, tornou-se mais bela, sensual, atractiva e retomou a sua viagem pelo Mundo, capturando os detalhes das terras e das gentes com um extraordinário charme e encantamento.

Esta legendária agenda voltou ao seu fadário de passar de mão em mão, de bolso em bolso, acompanhando os trabalhos criativos, o imaginário do nosso tempo. A aventura da Moleskine não pára. Chegou a mim com as suas paginas de papel sem ácido em branco. Vai estar disponível todo o ano de 2009 para registar os meus apontamentos.

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sexta-feira, dezembro 26, 2008

doirado da adiça

quando o sol mergulha no oceano
os pinheiros centenários da mata
refulgem doirados da adiça



Pôr-do-Sol, Mata dos Medos, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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pelos trilhos da mata dos medos

Segue pelo trilho de areia, bordejado de pinheiros mansos que mais não têm do que dez anos, já plantados depois do grande fogo e caminha na direcção do poente, com o azul do amplo mar a servir de rumo e orientação. À tua esquerda empoleirado num tronco estará um pequeno pássaro a chilrear, dos muitos que andam a esvoaçar de árvore em árvore.

Quando estiveres na beira da arriba, com o casario da Fonte da Telha a teus pés, olha para a tua direita, para Norte. Terás, então, lá bem longe, a ampla visão da Serra de Sintra, envolta no seu mistério e romantismo, para muitos é o Monte da Lua. Verás também toda a costa Norte e o mar a namorar o Tejo, namoro de milhares de anos.

Daí mesmo, sem arredares pé, quando olhares para Sul, verás o longo promontório que conduz até ao Cabo Espichel, o Barbárico Promontório no dizer dos antigos, onde um farol de luz intermitente continua incansável a orientar os navegantes de um mar belo mas perigoso, o mais perigoso de toda a costa portuguesa. Nossa Senhora do Cabo cuida dos homens do mar.

Neste emaranhado de trilhos de areia que desenham na Mata uma densa rede de comunicações prevalece a visão da cor verde, agora que a invernia já se aproxima da sala de entrada do tempo que passa. Mas tenho para ti uma surpresa bem guardada. Olha agora nesse virar de caminho frondoso arbusto coberto de pequenas bolas vermelhas.

Outro arbusto coloriu a suas bagas de um branco leitoso e algo translúcido. A sua doçura é muito apreciada pelas abelhas que produzem um mel de sabor único nas colmeias da Mata. Cuida para que te não mordam, pois andam no seu trabalho e não querem ser interrompidas. Mas não deixes de apreciar a beleza destas bagas.

Quando regressares à tua origem recordarás sempre este mar profundo numa mescla de azul e verde inconfundível e também o azul, muito azul dos céus da Praia do Sol. O verde da Mata na sua abertura sinfónica do Inverno. Mas também os pescadores que diariamente enfrentam o mar com as suas artes de pesca, cujo labor podes observar dede o topo da arriba.

E volta...

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quinta-feira, dezembro 25, 2008

uma flor para... a adosinda

este é dia de nascimento do sol invicto
que ele ilumine a tua vida
como muito é o teu merecimento



A Adosinda é uma amiga querida, consultora matemática da Oficina, mas especialmente AMIGA

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dia do sol invencível

O dia 25 de Dezembro de cada ano é data de celebração do Natalis Solis Invictus, o mesmo dizer do Nascimento do Sol Invencível, sendo o tempo de o Sol iniciar a sua triunfante ascensão, significando, a luz que nunca morre e sempre é vencedora, com o tempo que passa.

Foi o imperador Aureliano no ano de 274dC que determinou a celebração do Sol Invencível, após o seu triunfo no Oriente, celebrações militares que incluíam corridas de cavalos, mas igualmente populares, onde o vinho corria dos tonéis.

Contudo, estas celebrações encontram justificação mais profunda e ancestral como resposta do Povo às suas dúvidas, temores e preocupações resultantes de factos para os quais não encontravam, ao tempo, explicação.

Logo após o Equinócio do Outono, em que a duração do dia é igual à duração da noite, está última começa a ganhar terreno rapidamente. Os dias vão sendo cada vez mais curtos e as noites mais longas. Os antigos Povos do norte da Europa, não tendo explicação para o que acontece, temiam que a escuridão vencesse definitivamente a luz do dia, transformando o Mundo num espaço terrível sem luz nem calor.

Recorriam, então, a um ritual mágico para afastarem a ameaça, donde fazia parte decoravam os lares com azevinho, hera, visco, lauréis e outras sempre-vivas, pois estas plantas pareciam ter a capacidade sobrenatural de sobreviver a todas as desgraças. Velas e fogueiras eram acendidas na tentativa de ressuscitar o sol moribundo.

Na Mesopotâmia, onde muitas civilizações posteriores se inspiraram, chamada por essa razão “mãe da civilização”, inspirou-se a cultura de muitos povos, como os gregos, que assumiram muitas das celebrações tias como a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, através da Grécia, o costume chegou aos romanos, sendo absorvido pelas festividades chamadas Saturnais (em homenagem a Saturno).

Estas festividades de Inverno começavam em 17 de Dezembro e durava até o dia 24 do mesmo mês. Outros afirmam que se prolongavam até a 1 de Janeiro. A vida transformava-se em confusão nessa época, as pessoas deixavam as ocupações sérias, e, quando não estavam festejando na casa uns dos outros, deambulavam pelas ruas dizendo uns aos outros: “Io Saturnalia”, assim como dizemos hoje: “Feliz Natal”.

À época os romanos enviavam presentes aos familiares e amigos, acompanhados de um papel com versos curtos, imaginando dar assim um cunho mais erudito numa época em que se vivia pleno deboche. Aliás, muitos desses versos eram flagrantemente imorais apelando ao erotismo.

Mal terminavam as Saturnais, os romanos celebravam a festividade de Ano Novo, as Festas das Calendas, em autêntica folia geral, havendo um dia reservado para a adoração do Sol, cujo aparente renascimento no Solstício de Inverno fornecera originalmente a desculpa para todas estas desregradas festanças pagãs. O dia de adoração do Sol cai agora, feitas as adaptações dos calendários, no actual Dia de Natal.

O cristianismo recuperou tardiamente este Dia do Nascimento do Sol Invicto como Dia de Natal, dia do nascimento, dia do nascimento de Jesus. O actual Dia de Natal resulta, pois, da fusão das actividades populares quer dos Povos do Norte da Europa, quer da antiga Roma.

A Igreja primitiva travou uma verdadeira batalha contra as Saturnais e as Calendas - estas realizadas quando o ano mudava e durante as quais se trocavam presentes como ritual. Os pais da Igreja, nomeadamente São João Crisóstomo, não apoiavam a transigência com o paganismo. Contudo, na dúvida da data exacta do nascimento de Jesus não hesitaram em utilizar a data dos Saturnais. Assim, a simbologia do renascimento do Sol tornou-se na do nascimento de Jesus Cristo.

Apenas após a cristianização do Império Romano, o 25 de Dezembro passou a ser a celebração do nascimento de Cristo. Conta a Bíblia que um anjo, ao visitar Maria, disse que ela daria a luz ao filho de Deus e que seu nome seria Jesus. Quando Maria estava prestes a ter o bebé, o casal viajou de Nazaré, onde viviam, para Belém a fim de realizar um recenseamento solicitado pelo imperador, chegando na cidade na noite de Natal. Como não encontraram nenhum lugar com vagas para passar a noite, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado numa manjedoura, usada para alimentar os animais.

Natal é uma adaptação católica de antigas festas pagãs. Estas festas eram promovidas por culturas ancestrais para comemorar o Solstício de Inverno e trazer boa sorte na agricultura. O Solstício de Inverno é a noite mais longa do hemisfério norte, e acontece no final de Dezembro. Depois do Solstício, o sol vai gradualmente aumentando o seu tempo de exposição no céu. A celebração do Solstício é atribuída a épocas anteriores ao nascimento de Cristo. Na antiguidade, significava uma mudança das trevas para a luz - o renascimento do Sol.

Até aos primeiros três séculos da era cristã, a humanidade não celebrava o Natal como conhecemos hoje. Foi preciso que o Império Romano adoptasse o cristianismo como religião oficial, no século IV. A partir desse momento, a Igreja passou a conferir significados católicos para as tradições e os simbolismos pagãos. Foi a apropriação destes cultos que acabou por criar o Natal, com a data de nascimento de Cristo sendo celebrada no dia 25 de Dezembro.

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quarta-feira, dezembro 24, 2008

um natal com muita luz

neste dia mágico para as gentes universais
os trabalhadores da oficina das ideias
desejam "tempus" de muita luz



Trabalho em PhotoShop de "Olho de Lince", adereços "Angelic"

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natalis

Como diz o nosso Povo:


"...dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"



Natalis - nascimento do Sol Invencível, da Esperança, de Gente Simples do Povo, da minha amiga Adosinda, de Cristo (segundo a liturgia cristã)

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terça-feira, dezembro 23, 2008

altivo e vigilante

ao pôr-do-sol voou para o ramo mais alto
do pinheiro que na mata se ergue
vigilante altaneiro mar à vista



Corvídeo do Pinhal, Mata dos Medos, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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recolher pinhas

Na quadra natalícia que atravessamos que muitos dos habitantes da Charneca de Caparica só distinguiam, absortos que andavam nas suas tarefas diárias de cuidar dos campos, pelo clima que era cada vez mais agreste e pelo rugir do mar para lá da arriba fóssil, era tempo de recolher na Mata dos Medos, que era igualmente Pinhal d’El Rei, os rabiscos de pinhas e os pedaços de troncos que dos pinheiros se tinham solto.

Era invernia dura de suportar a quem vivia em casebres toscamente construídos, era o agravar das coisas desde o Agosto, primeiro de Agosto primeiro de Inverno reminiscências de calendários coevos que na cultura do povo foram permanecendo embora o tempo crispado somente depois de Outubro se sentisse com maior impertinência.

Numa necessidade interior de sentir a recreação dessas idas ao pinhal pela gente do povo que dessa forma recolhia alguma lenha para queimar nas lareiras ou nos fogões de cozinha dando um pouco mais de aconchego ao lar, caminhei até à mata, à Mata dos Medos, com a silhueta do Monte da Lua à minha direita e a do Promontório Barbárico à esquerda, abrindo espaço ao azul profundo do mar até à linha do horizonte.

Uma vastidão de verde cobre todo o terreno que no Verão era seco e árido. Trevos e chorões escondem uma camada imensa de húmus onde, aqui e ali, despontam cogumelos selvagens, desprendendo um intenso odor de humidade e de bolor, mas que são seiva para as centenas de espécies de flores selvagens que irão dar colorido na época do renascer.

Curvo-me sobre o solo para recolher o rabisco de pinhas que resta do Verão passado e sinto o mesmo chamamento telúrico que os meus antepassados teriam sentido. A atracção da terra no seu todo, a vida existente em cada centímetro quadrado desta mata que deliciou os reis e que serviu para acoitar ladrões e foragidos da cidade.

Regresso já com o sol a descer no oceano, onde “os caranguejos o irão comer”, fim de tarde tranquilo mas onde a vida continua a ser preponderante. No ponto mais alto de um pinheiro decrépito um corvídeo está alerta enquanto no solo duas fêmeas esperam no eterno trio de corvídeos do pinhal.

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segunda-feira, dezembro 22, 2008

texturas

são marcas do tempo que passa
nos belos pinheiros centenários
no encanto da mata dos reis e do povo



Textura do tronco de pinheiro, Mata dos Medos, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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países que visitam a oficina

É de 157 países diferentes a origem dos milhares de visitantes que em mais de cinco anos nos deram a honra de entrar as portas, aliás sempre francas, da Oficina das Ideias. Para sermos mais precisos, se retirarmos as visitas cuja origem estão identificadas como “Europa”, “Ásia Região Pacífico”, “Satelite Provider” e “Anonimo Proxy”, são exactamente 153 os países que nos visitaram. Numa totalidade de 199 países torna-se cada vez mais raro a visita de um novo país.

Aconteceu esse facto esta semana e daí aqui estarmos a festejar e a partilhar convosco este acontecimento. Fomos visitados por um habitante do

República do Haiti


O Haiti (em francês: Haïti; em crioulo haitiano: Ayiti) é um país independente das Caraíbas que ocupa um terço da ilha Hispaniola, faz fronteira a leste com a República Dominicana. Os territórios mais próximos são Bahamas e Cuba, a noroeste, Turks e Caicos, a norte, e Navassa, a sudoeste. A capital é Porto Príncipe. (fonte: Wikipedia)

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domingo, dezembro 21, 2008

uma flor para... a ivone

"apesar disso um brinde!", é esse o teu desejo
brindemos então ao futuro
de luz, de cor, de sentir profundo



A Ivone é uma querida amiga, artista das palavras, que tem o blogue Um Silêncio de Paixão

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a noite mais longa do ano

Às 12 horas e 4 minutos de hoje começou o Inverno, coincidência astronómica com o Solstício de Inverno. O Solstício de Inverno marca a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Depois de se atingir o apogeu da noite inicia-se a decadência da escuridão, no caminho da luz, neste constante bascular do Universo.

As culturas europeias de época neolítica atribuíam grande importância a estas alterações nos ciclos do percurso do Universo, dedicando-lhes muitas construções megalíticas, ainda hoje discutindo-se se se tratavam de santuários ou de observatórios astronómicos. Ou de ambas as coisas em simultâneo. Quando tivemos oportunidade de visitar Stonehenge sentimos bem a força telúrica que emana deste monumento megalítico e todo o respirar esotérico.

A Primavera irá retornar em breve. Com ela virão os resultados do Solstício de Inverno, da união entre o masculino Sol e a feminina Lua, no esplendor do renascimento e da preservação da vida.

Os antigos ignoravam que existisse uma parte da Terra onde houvesse o Verão enquanto os europeus e asiáticos viviam o Inverno. Julgavam que o Solstício de Inverno marcava a época da mais longa noite para a Terra inteira.

Os ciclos solares eram então considerados uniformemente para todo o planeta Terra, o que dele se conhecia à época, pelo que consideravam o nascimento do deus Sol quando os dias começavam a crescer (Solstício de Inverno). A sua juventude era marcada pelo Equinócio da Primavera. O deus Sol atingia toda a sua força e pujança no Solstício de Verão, entrando depois na sua regressão de vida no Equinócio de Outono.

Entre os povos do Oriente, o sol nascente era representado por um menino no colo de uma Virgem celeste, sua mãe. Os egípcios, em especial, celebravam todos os anos, no Solstício de inverno, o nascimento do pequeno Horus, filho da virgem Isis, e sua imagem era exposta, num presépio à adoração do povo.

Foi no Império Romano que o Solstício passou a ser considerado em data fixa, tendo sido feito coincidir com o nascimento do “salvador da humanidade”, filho de Deus, e já não filho do Sol como as civilizações mais antigas consideravam. No ano 336 da nossa era, o imperador romano Constantino I, anunciou aos povos do Império, no decorrer dos festejos do Solstício da Luz, a nova religião, refazendo a história de forma adequada.

Quando Júlio César recorreu ao astrónomo alexandrino Sosígenes para refazer o calendário em uso à época e que se mostrava com muitas imperfeições, o dia 25 de Dezembro tornou-se, no novo calendário imposto ao império romano, como data oficial da festa que celebrava por toda a parte o nascimento do Sol, do Horus egípcio, do Mirtha persa, do Phebo grego e romano.

A Igreja quando se sentou no trono imperial um século depois, aproveitou a festa do Solstício de inverno, do menino Horus nos braços da Virgem Isis para transformá-lo em festa do Natal, que se comemora até aos nossos dias.

A nova religião, então, emergente, hoje conhecida por Cristianismo, foi beber ideais religiosos aos antigos escritos encontrados na Índia, no Egipto, nas escolas iniciáticas antigas e nos templos sagrados dos territórios para onde o Império Romano se fora expandindo.

O Solstício de Inverno era um momento comemorado por todos os povos e por todas as religiões, pois estava intimamente ligado ao ciclo do Sol na Terra. Representa o momento de máxima escuridão e o início do crescer gradual da luz que vai atingir o seu apogeu no Solstício de Verão. As civilizações mais antigas consideravam o Sol como sendo filho da Luz, que significava para aqueles povos a própria Vida.

Os druidas comemoravam o Solstício de Inverno como o dia da fertilidade. Muitas virgens escolhiam essa data para perderem a virgindade e muitas mulheres procuravam engravidar nessa altura. Entre os asiáticos, o Solstício era representado por um velho de barbas brancas e roupagem vermelho e branca (origem do actual Pai Natal?). Era a imagem de Deus na Terra e seria quem vinha trazer o seu filho Sol, no pensar desses povos.

Os Egípcios festejavam o Solstício com rituais que envolviam o cultivo de sementes e a fecundação. Os Indianos festejavam o Solstício com rituais do próprio corpo que contorcionavam para tomarem estranhas formas.

Os Maias criaram o seu próprio calendário usando o Solstício como ponto de partida, início do ciclo solar na Terra e com base no período de permanência máxima da radiação solar na Terra “desenharam” um calendário perfeito que vai até ao ano 2012.

Diz-se, hoje em dia, recorrentemente “que devemos fazer de cada dia um Dia de Natal”. Mas, na verdade, já os povos antigos defendiam que deveríamos comemorar o renascimento todos os dia, da luz do Sol à luz da Lua... com alegria, danças, frutas, flores, amigos... e ao luar, o AMOR!

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sábado, dezembro 20, 2008

uma flor para... a lile

no dia de teu aniversário
desejo-te mil felicidades
no teu luminoso futuro
en el dia de tus cumpleanos
te deseo mil felicidades
en tu luminoso futuro



Lile é a minha querida amiga venezuelana Lileana Chacon, modelo fotográfico, "dobladora", animadora cultural, atriz

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azul, somente azul

Quando depois de atravessar a mata, colorida com diversificadas tonalidades de verde, dos pinheiros mansos e bravos, das aroeiras, dos medronheiros e das acácias, cheguei à ampla clareira cá bem no alto da falésia fui completamente inundado pelo azul que me deixou extasiado no sentir de tamanha exuberância.

Na linha do horizonte, numa combinação só possível com a artística sensibilidade da Natureza, justapõem-se perfeitamente o azul do mar de laivos esverdeados com o azul em tons doirados do pôr-do-sol já próximo que nos leva para o dia que se segue na sequência do tempo que passa.

O artista foi pródigo na utilização da paleta das tonalidades de azul para pintar tão maravilhoso quadro. O céu recebe aqui uma pincelada de azul muito claro de uma limpidez total e, mais além, tonalidades de chumbo em resultado da nebulosidade que para o quadrante Sul se vai acumulando. Entre os dois uma miríade de cambiantes, inesgotáveis como a imaginação.

O mar não é menos beneficiado pelas cores da Natureza. Desde o azul profundo até ao esverdeado, nos diversos graus de transparência está lá todo o saber e toda a técnica desse pintor único que nos transporta ao sonho, ao infinito através de um olhar para o céu e de outro para o mar.

A tentação de descer, de tocar esse azul profundo é irresistível.

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sexta-feira, dezembro 19, 2008

a perfeição do círculo

todo o simbolismo
da perfeição do círculo
prenhe de vida



Pormenor do Portal, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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um chá quente, saboroso

Sentado à mesa onde se encontra pousado o teclado do meu computador gosto de tomar um chá enquanto digito quer uma mensagem para uma amiga, quer um texto que mais tarde pretendo ver publicado na Oficina das Ideias. O bebericar o chá dá-me tranquilidade pelo próprio ritual, mas também pelo prazer de sentir a sua degustação.

O chá como beberagem foi descoberto há cerca de 5 milhares de anos no Sudoeste da China de onde foi trazido para a Europa pelas naus dos portugueses, cerca do século XVI. A lenda atribui ao imperador Shen Nong a descoberta do chá, de forma ocasional como sempre acontece com as grandes descobertas.

Conta-se que estando o imperador em viagem, lhe foi servida pelos camponeses, no decorrer duma paragem para descanso, água fervida que se dizia prevenir as doenças. Acontece que o imperador estava sentado sob um arbusto selvagem donde se soltaram algumas folhas que caindo dentro da chávena, de pronto deram à água fervida um delicioso sabor, emanando odores até então desconhecidos. Além do mais, refrescante e revitalizante.

É hábito designar como “chás” as mais de três mil beberagens existentes, onde a grande maioria não passa de infusões. A designação correcta de “chá” somente deveria ser atribuída quando a base da sua elaboração é a Camelia sinesis.

Os chás agrupam-se, hoje em dia, em quatro tipos principais: Chá Verde, Chá Branco, Chá Oolong e Chá Preto. Sabores variados e odores “esquisitos” compõem a paleta dos chás, na actualidade considerados verdadeiras obras de arte na sua elaboração.

Ao chá verde são atribuídas faculdades de baixar o nível de colesterol, de reduzir o risco de cancro e de ajudar na perda de peso. Ao chá branco a capacidade de prevenir o cancro do cólon e doenças cardiovasculares. Finalmente, ao chá preto são atribuídas capacidades de reduzir o risco de derrame cerebral, diminuir o colesterol LDL e de proteger a saúde oral.

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quinta-feira, dezembro 18, 2008

monumental aqueduto

a monumentalidade da sua construção
é a marca de um povo vivo
no rumo de um futuro luminoso



Aqueduto de Pegões Altos, Tomar - Portugal

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reféns de si próprios

Desde finais da década de 60 do século passado que assisti de muito perto, mesmo com envolvimento pessoal, à evolução e desenvolvimento tecnológico no âmbito da informação, do conhecimento e do saber, aquando duma verdadeira “explosão” no campo da informática.

Nessa época ainda tão próxima considerada que seja a linha do tempo, mas tão distante no sentido que a vida lhe dá, dos aspectos políticos e sociais de Portugal, da Europa e do Mundo, deu-se a importante transição entre a designada mecanografia, onde predominavam os aspectos mecânicos aplicados à teoria da informação, e a informática à época emergente nos países mais desenvolvidos, e que recorria às mais recentes inovações no campo da electrónica com destaque para os transístores e outros componentes electrónicos que tomavam dimensões cada vez mais reduzidas.

Aos computadores, “filhos” da imaginação, da inteligência e do saber dos seres humanos, eram atribuídas cada vez mais funções, embora se tratasse de funções repetitivas eram cada vez mais abrangentes, e realizavam tarefas em tempo restrito que a serem realizadas pelos homens seriam tarefas de uma vida.

Depois, embora baseados em algoritmos elaborados pelo Homem, desenvolviam funções que a este, exclusivamente, pareciam reservadas. Nos anos 70 do século passado uma equipa constituída por dois finalistas do IST e por nós próprios produziu, a partir da geração de números aleatórios um sorteio tipo “lotaria” que levava os computadores para o campo dos “jogos de sorte”.

Eram frequentes os debates públicos sobre os computadores e a informática onde muitas vezes era levantada a questão “se um dia a criatura não viria a comandar o criador”. Não só estaria em causa a liberdade do ser humano como a sua própria relação com as religiões. Na década de 70 a tecnologia da informação avançou mais do que em todo o tempo histórico anterior.

Com o advento da computação pessoal o fenómeno tornou-se muito mais significativo. E embora não mais tenha voltado à discussão “quem manda em quem”, “a revolta da criatura contra o criador”, a verdade é que na sociedade de hoje seria praticamente impossível a vivência sem os computadores, as comunicações sem fios, a Internet e o correio electrónico.

O ser humano caracteriza-se, fundamentalmente, por tecer as teias em que ele próprio se enleia e das quais ficará refém. Numa ânsia desmedida de poder enfrentou a natureza, violentando-a com tremendas agressões ecológicas donde hoje não consegue sair.

Foi o mesmo desejo de poderio que o levou à globalização financeira, que não à globalização da solidariedade, à exploração desenfreada dos bens naturais e do seu próprio semelhante, tão violentamente como nenhum outro ser vivo o faz, a ignorar o sofrimento daqueles que por cegueira, mais cego é quem não quer ver, ignora a existência.

Na realidade, o ser humano teve capacidade para não ficar refém dos computadores, fruto da sua criação, mas não teve a mesma sabedoria para se não deixar enlear mortalmente pelo sistema de globalização que criou.

Chamemo-lhe o verdadeiro nome: sistema capitalista, liberal e explorador do próprio ser humano.



Recomendamos vivamente a leitura da crónica de José Gil, na revista Visão de 18 de Dezembro de 2008, página 28, intitulada “As duas crises”

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quarta-feira, dezembro 17, 2008

cesta de romãs

quando o outono começa
anunciam a alegria
da partilha em dia de reis



Cesta de romãs, feira, Tomar - Portugal

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a razão de ser de um blogue

Em tempo de balanço, pensando com os meus botões, pergunto a mim mesmo quais as razões de peso que me levaram a abraçar uma presença regular na blogoesfera, já lá vão mais de cinco anos, quase um décimo do total da minha vida vivida.

Lembrei-me, então, de que em tempos idos, aquando dos primeiros passos nesta estrada de desejada interactividade, havia respondido a uma entrevista idealizada por Luís Ene sobre este tema. Fui desencantá-la e reproduzo aqui a questão correspondente a está minha dúvida, tal como foi publicada na altura.

Será que passado todo este tempo a ideia se mantém?

A questão colocada por Luís Ene foi a seguinte: “3- A que necessidades literárias, digamos assim, respondeu a criação do teu blog? Que balanço fazes?

E a resposta dada:

A criação do meu blog teve como objectivo inicial o desejo da partilha de saberes, através da criação de textos originais que transmitissem afectos e sentires.

Numa fase seguinte surgiu o desejo de interagir com outros blogs, quer fazendo comentários, quer acolhendo críticas e pareceres sobre os textos que ia publicando.

Essa fase, a actual, é extremamente enriquecedora especialmente porque introduziu uma disciplina de escrita muito importante, no sentido de não lograr as expectativas criadas nos outros e em mim próprio.

Não traduz, pois, qualquer necessidade ver algo publicado no papel, pois o futuro da massificação da leitura será o e-booking. Os livros em papel continuarão a ser importantes para a satisfação dos sentidos; tacto, olfacto, mas não deixarão de ser uma peça elitista, até pelo seu custo.

Os comentários que elaboro aos posts de outros blogs vão no sentido de dar continuidade ao conteúdo que apresentam, mais do que um comentário de acordo ou desacordo.

Em termos de balanço, não consegui ainda criar a interactividade suficiente por forma a conseguir obter comentários em número suficiente que me possibilitem dispor de uma massa crítica relevante.

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terça-feira, dezembro 16, 2008

árvore da vida

troncos que renascem
das telúricas profundezas
erguem-se até ao firmamento



Escultura, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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o último fado de fernando maurício

Em 16 de Julho de 2003 publicou a Oficina das Ideias um texto sobre o fadista Fernando Maurício, aquando do falecimento deste grande fadista com quem tivemos oportunidade de privar algumas vezes. Texto com mais de cinco anos de presença na blogoesfera e sem dúvida o mais lido de acordo com os acompanhamentos que fazemos aos trabalhos por nós publicados.

Por essa razão, porque se mantém actual no nosso sentir, em homenagem a muitos “mauricianos”, fadistas ou não, que continuam a dizer presente na Oficina das Ideias e em reconhecimento a um amigo nosso que nos fez chegar “os melhores fados de Fernando Maurício” aqui reproduzimos o texto original e partilhamos um dos seus mais belos fados: “Fui dizer-te adeus ao cais”.

Eis o texto então publicado:

Nas minhas andanças pelo mundo, no tempo que passa sem sentirmos, deixei-me vadiar pelas casas de fado, especialmente aquelas onde se cantava o fado amador e espontâneo, em ambiente simultaneamente rasca e fidalgo, numa perfeita comunhão do querer e do sentir.

Na chamada “Linha”: Cascais, Birre, Alcabideche frequentei com alguma assiduidade O Tabuinhas, O Arreda, O Estribo e O Estribinho e pela Madragoa, em Lisboa, o Timpanas, a Cesária e o Solar da Madragoa, onde se ouvia o fado vadio até à exaustão e onde pontuavam figuras que pela sua forma de vida e pelo casticismo do seu cantar se transformaram em ícones de um imaginário fadista e da fadistagem.

Alto, elegante, com um carismático bigode foi envelhecendo neste caminho, foram-lhe despontando cãs que lhe davam mais encanto e encantando-nos com sua voz, especialmente com o fadistar de “A Igreja de Santo Estevão”. Voz profunda, olhar penetrante não demos importância ao tempo que ia passando.

Sempre pronto a partilhar a sua arte muito gostava de sair “fora de portas”, atravessar o rio e de Cacilhas, já não de burro que isso teria sido nos finais do século XIX, vir para junto do mar, e onde o fado fosse batido, num improvisado tasco de um parque de campismo ou na nobreza do Convento dos Capuchos, cantar o fado.

Mas os contadores do tempo não param, mesmo quando estamos menos atentos e não sentimos a areia da ampulheta a esgotar. Fernando Maurício foi tudo isso. A fadistagem está mais pobre. Enriquecidos estarão sempre os que tiveram o privilégio de o conhecer e de o ouvir.


Para o deleite de todos nós...



FUI DIZER-TE ADEUS AO CAIS

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segunda-feira, dezembro 15, 2008

doirados vinhedos

assim coloridos em tempo de outonalidades
já produziram doirados cachos
um dia um espumante delicioso



Vinhedos, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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tsunami, não! – aguagem, sim!

Decorria o ano de 2005, por motivos de acontecimentos então verificados de um dramatismo inaudito, os órgãos da comunicação social de todo o Mundo trataram até à exaustão a temática “tsunami”, quer sob o ponto de vista científico, quer sobre os seus efeitos devastadores sobre os edifícios e, muito em especial, sobre o ser humano.

Mostrei sempre alguma estranheza para o facto de, sendo a língua portuguesa tão rica como todos nós o reconhecemos, não haver uma palavra portuguesa a ser utilizada em vez de “tsunami” que nada nos diz como vocábulo.

Curiosamente, conversando sobre este tema com uma amiga brasileira que muito dedica do seu saber à língua portuguesa, também os jornais, rádios e televisões brasileiras não utilizaram para efeito das referências ao “tsunami” qualquer vocábulo português.

Folheando o I Volume da “Encyclopedia pela Imagem” encontrei um caderno dedicado ao Mar donde respiguei este texto (transcrito com a grafia da época com sublinhados da Oficina):

As vagas sismicas e as aguagens
As aguagens são originadas por um abalo sismico, produzido n’um ponto do solo submarino. Então sob a acção d’esse abalo brusco, transmitido pelas moléculas liquidas até ás aguas superficiais, uma onda gigantesca desloca-se á superficie do mar, reprodução numa escala colossal desses “criados” que se produzem na agua d’um tanque, ao lançar-se-lhe uma pedra. Esta onda propaga-se á superficie do Oceano com uma velocidade enorme que pode atingir 750 ou 800 kilometros á hora, e a sua crista é precedida d’uma escavação da mesma importância. Quando este espaço vazio chega a uma costa, produz-se ali um abaixamento brusco do nivel do mar; os barcos são depositados, ou melhor, remessados ao fundo; mas vem a crista da enorme vaga, que os apanha de novo, leva-os para terra firme e, inundando-a, destroe as casas e os homens. As vagas assim produzidas teem algumas vezes mais de 20 metros d’altura. Todos os grandes tremores de terra, que ocorreram nas , margens do Oceano, provocaram aguagens. O mais celebre foi o de Krakatoa, nas Ilhas de Sonda (1883). Deu origem a uma onda gigantesca que atravessou todo o Oceano Pacifico em doze horas, e que foi registada dois dias depois, em França, no mareografo de Rochefort.


in Encyclopedia pela Imagem – O Mar, Livraria Cherdron, Lello & Irmão, Lda, Editores, Rua das Carmelitas 144, Porto

A questão que se coloca, como em tantas outras circunstâncias, é a primazia dadas pelos órgãos da comunicação social à emoção e ao sensacionalismo em detrimento da investigação, mesmo da investigação da língua portuguesa.

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domingo, dezembro 14, 2008

vaso com carranca

simbolicamente afasta o mal-querer
na tradição oriental do sentir
trazida para terras do oeste



Vaso com carranca, Jardim Oriental, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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textos dispersos

Esta noite sonhei

Esta noite sonhei; sonho irreal por certo. Sobre o mar do equinócio vislumbrei uma imagem de mulher: teus doces olhos foram farol de mar tão tormentoso. No bom porto a luminosa imagem do teu sentir.


O silêncio

O silêncio traz-nos uma maior percepção do mundo que nos rodeia. Podemos mesmo ouvir o som das asas do beija flor enquanto se delicia com o néctar de uma bela flor.


Estive nestas nuvens

Quando no meu sonho recorrente estive nestas nuvens
Levei-te comigo apoiada em minhas asas de magia
Compusemos um quadro do imortal Rubens
Os dois abraçados nos amámos, tocando-nos,
Em profundo olhar, sentindo-nos,
A tua voz era música que o silêncio rompia
Tua luz o Sol que nos aqueceu as almas
Flutuámos ternamente
Sobre este imenso oceano que tanto amamos.

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sábado, dezembro 13, 2008

batentes em pera

em formato de fruto
pera rocha
em fundo floral



Batentes, Tomar - Portugal

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na senda do “tempo de pedra” 14

na senda do “Tempo de Pedra”
O adro da igreja é o centro do universo nas pequenas aldeias. Lugar de conversa, de passar notícias e de aumentar um ponto a um conto, é sítio de mercar a jorna e de adquirir alguns pertences. É no adro da igreja que o tempo passa. Para contar o tempo que passa e para marcar o ritmo da vida existe o relógio de sol à vista de todo o Povo.


No Jardim Doutor Santiago - Moura

O Jardim Doutor Santiago foi construído sobre uma das muralhas (revelim) da cidade num plano elevado que proporciona ao visitante uma deslumbrante panorâmica sobre a planura alentejana, onde um belo lago está desenhado com as águas do rio Guadiana por influência da barragem do Alqueva. A entrada no jardim é feita por um portão de ferro gradeado, ladeado por dois edifícios ao estilo neo-mudéjar, onde funcionou um estabelecimento termal, com água de nascentes situadas no Castelo.



É um jardim onde se encontram expostos equipamentos tradicionais, em cada um dos canteiros. O relógio de sol encontra-se num canteiro perto de uma estatueta de mulher a deitar água de uma bilha, água termal por certo. Conjuga bem o simbolismo da água que corre com o do tempo que passa, uma harmonia interessante.



É um relógio de sol do tipo horizontal de dimensão significativa, construído em pedra, já não possuindo o gnómon (no dia em que o visitámos um pedaço de cana da índia fazia as funções de gnómon). As marcações horárias são em numeração romana e não tem qualquer data de referência. Aparenta ter estado implantado na fachada de um edifício (relógio de sol vertical?) ou ter mesmo sido mostrador de um relógio mecânico.




Para saber mais:
As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios


“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos

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sexta-feira, dezembro 12, 2008

uma flor para... a teresa

que seja um dia de renovar felicidade
num ciclo permanete de vida
num caminhar seguro e optimista



Teresa é a companheira de uma vida nos caminhos que traçamos um dia

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lua décima segunda

Cumpre-se hoje a décima segunda Lua Cheia do ano de 2008 que aliás será a última do ano. Treze luas este ano, somente a Lua Nova que nos visitará pela décima terceira vez no dia 27 do corrente mês, quase nas despedidas do ano. Pena é que não sejamos acarinhados por duas luas cheias este ano... não tivemos, pois, um mês de Lua Azul.

Curioso aqui referir que no corrente ano foi possível ao nosso amigo/irmão/ gémeo “Olho de Lince” fotografar as Luas Cheias de todos os meses, acrescentando, ainda, um eclipse da Lua e a conjugação visual aparente, muito recentemente verificada da Lua/Vénus/Júpiter.

A lua que sempre nos trás surpresas, diferente em cada uma das sua aparições...

Janeiro
Lua de Janeiro, lua primeira / na contagem do nosso tempo / sonhar com sua luminosidade

Fevereiro
A lua cheia chegou de mansinho / com o céu coberto de nuvens / para saudar os amantes arredou ligeiramente a cortina

Março
Tão bela que estás lua de primavera / vestida de flores, sorriso largo / os amantes em ti se revêm

Abril
Uma e tal da madrugada / olhei a lua, lua cheia de abril / Para ela sorri porque eras tu que ali estavas

Maio
A lua de maio desejou ser vista / na noite de sua plenitude / afastou decidida a cortina das nuvens

Junho
Tão bela que és lua da minha cumplicidade / em junho és ainda mais sensual e doce / porque em ti se reflecte imagem de ternura

Julho
Tivesse eu do sol a magia / faria a lua sempre brilhar / para muito prazer te dar

Agosto
Luar de agosto, o mais belo / cúmplice dos namorados e amantes / ofereceu-lhes este ano a protecção da penumbra

Setembro
Os encantos da lua setembrina / cúmplice de amores sentidos / no outono continua a primavera da vida

Outubro
O firmamento cobriu-se de cinza cetim / para dar destaque à argêntea lua / de outubro, de outonalidades

Novembro
Esta lua de novembro / recomenda cava funda / para bem colher em janeiro

Dezembro

plenilúnio do ano terminado
num "até já" logo voltarei
com o encantamento renovado



Lua Cheia à 16 horas e 38 minutos (100%)

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quinta-feira, dezembro 11, 2008

uma flor para... a menina do rio

neste dia tão venturoso
que bom é fazer parte de teu mundo
e desejar-te mil felicidades



A "Menina do Rio" é uma amiga querida que tem o blogue Momentos de Vida

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o olhar único de um lobo

A existência do maior carnívoro de Portugal - o lobo, encontra-se ameaçada por sucessivas acções de predação da responsabilidade dos seres humanos, quer provocando directamente a sua morte, quer destruindo o seu “habitat” e dos seus meios de sobrevivência. A perseguição desenfreada conduzida pelo homem associa-se à ausência de presas silvestres e à destruição e à fragmentação dos seus locais de vivência.

Actualmente a população lupina ibérica encontra-se fragmentada em três núcleos: um no Noroeste da Península Ibérica (Portugal e Espanha); outro na região Sul do rio Douro (Portugal); e uma terceira na Serra Morena (Espanha).

A população de lobos ibéricos é reduzida, tendo o núcleo a Sul do rio Douro cerca de 6 a 8 alcateias, com uma média de 2 a 3 indivíduos por cada agrupamento familiar. É nestas situações da reduzida dimensão e de isolamento que a acção do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico se torna determinante.

O Centro de Recuperação do Lobo Ibérico encontra-se instalado em óptimas condições para os lobos e para os visitantes, em terrenos situados no Município da Malveira, onde um grupo de voluntários dá a sua preciosa contribuição. As pessoas ou instituições podem (e devem) contribuir para os elevados encargos financeiros desta iniciativa, para o que existe um esquema de “apadrinhamento” dos lobos.

Para saber mais sobre o C.R.L.I. consultar: Grupo Lobo

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quarta-feira, dezembro 10, 2008

da paleta do artista

uma pincelada e outra mais
da paleta do artista magnífico
a natureza no seu melhor



"Corôas Imperiais" amarelas, jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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novos indicadores de leitura

De acordo com os critérios editoriais da Oficina das Ideias criamos, frequentemente, novos apontadores de leitura. Três razões fundamentais nos levam a essa decisão:

1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.

Esta permuta desinteressada de indicadores de leitura é uma das características mais positivas da blogoesfera e de quem a utiliza com espírito construtivo e solidário que coloca acima dos seus pessoais interesses a satisfação dos leitores.

Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.


Novos indicadores:

Mix Verde, de Rafael (Brasil) – “jardinagem e paisagismo
Sagrado ou Profano, de Najla (Brasil) -
Menina Marota, de Menina Marota (Portugal) – “Esta é uma viagem ao interior da minha alma. O que sou. O que vivi. O que amei. As minhas tristezas e alegrias. Esta sou eu. De corpo inteiro...
Branco no Branco, de Mdsol – “Não oiças o rouxinol. Ou a cotovia. É dentro de ti que toda a música é ave (Eugénio de Andrade, Branco no Branco)
Ibagitnemitnes, de Ibag (Portugal) – “senso di fuoco
Mundo Azul, de Zélia Nicolodi (Brasil) – “...eu tenho esse jeito... de bicho indomável...

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terça-feira, dezembro 09, 2008

simples pedras?

cada pedra projecta uma sobra
entre duas pedras passam raios de sol (e da lua?)
coisas do tempo que passa



Relógio de Sol (?), Jardim Oriental, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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da sabedoria oriental

Mão amiga fez-me chegar esta história da tradicional sabedoria chinesa. Estou em crer que, andando por aí a circular na Internet, já será do conhecimento de muitos dos meus leitores. Contudo, porque encerra um profundo ensinamento tão necessário à nossa vivência colectiva, aqui fica transcrita.

Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira-se para o chinês e pergunta:
_Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
_Sim, quando o seu vier cheirar as flores!!!


No respeito das opções alheias nunca deveríamos julgar os outros somente porque agem ou pensam de forma diferente da nossa.

Na vida de todos os dias deparamo-nos cada vez mais com falta de compreensão, onde nem sequer é feito um esforço para que essa compreensão ilumine o nosso caminhar. A compreensão, no entanto, é a fonte da tranquilidade e do afecto entre as pessoas.

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segunda-feira, dezembro 08, 2008

o mar que nos encanta

seres fabulosos do oriente
que povoam o mar da nossa imaginação
esse mar onde afloram "breves" continentes



Mundo-Mar, Jardim Oriental, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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assim vai este mundo

Em Agosto de 2003 publicámos neste espaço da blogoesfera, como tal, volátil como toda a coisa virtual, daí a necessidade que sentimos em trazer de novo à ribalta da Oficina das Ideias, o seguinte texto de opinião:

Bassorá, no sul do Iraque, é o exemplo mais conseguido duma situação que qualquer observador minimamente informado saberia que iria acontecer e que o governo dos Estados Unidos com todo o seu potencial de informação não teve capacidade de prever.

A exigência de que os americanos abandonem o território, a pretensão de conduzir os destinos com as próprias mãos, traz o Povo para a rua em manifestações monumentais contra um invasor um opressor que destruiu uma terra e um Povo e que se nega a repor a legalidade.

Esta situação de revolta popular era de há muito esperada na região, uma vez que os Estados Unidos nunca conseguiram estabilizar o funcionamento das instituições, quer as oficiais, quer as privadas.

A região luta com uma tremenda falta de bens, inclusive de combustíveis, o que paralisa toda a actividade mercantil, enquanto que a gasolina é vendida no mercado negro para o Kwait.

Como sempre acontece nestas circunstâncias uns tantos, poucos, estão a ganhar fortunas à custa do sofrimento de um Povo continuando uma ditadura, agora sem ditador, que cilindra vontades e sonhos.


Daí para cá, e já passaram mais de cinco anos, a situação em termos mundiais não só se manteve, como se agravou profundamente, especialmente na vertente de cariz humanitária, criando em todas a regiões do planeta focos de tensão, autênticos “barris de pólvora” prontos a explodir com dramáticos efeitos sociais.

O governo norte-americano não é em nada alheio a estas situações pois cria sistematicamente centros de tensão onde os seus interesses geo-estratégicos são mais significativos, quer por imperativos de controlo económico, especialmente nas regiões ricas em hidrocarbonetos e minérios, quer por interesses militares de controlo do universo como “senhores do mundo” que se assumem.

A própria Europa está debaixo da mira do governo estadunidense, como aliás sempre esteve, de forma mais ou menos dissimulada, veja-se a intervenção contra-revolucionária do embaixador dos Estados Unidos em Portugal no pós-25 de Abril, cujo governo supranacional de Durão Barroso continua a ser servil súbdito.

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domingo, dezembro 07, 2008

o dragão do oriente

encerra em si múltiplos simbolismos
ao pescoço transporta o mundo
espirais do eterno sem-fim



Dragão Oriental, Jardim Oriental, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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capa-rica das acácias em flor

lendas das terras visitadas
De medos e fantasias, de desejos e imaginação, criaram-se em tempos imemoriais estórias que a razão desconhece. No aconchego da lareira ou na árdua labuta diária, quantas vezes de sol a sol, foram percorrendo os saberes de gerações. O viajante andarilho recolhe e partilha as “lendas das terras visitadas” ouvidas às suas gentes.




Em tempos imemoriais, quando as terras do litoral situadas ao Sul do rio Tejo eram praticamente desertas e inabitadas, casas isoladas e pequenos lugarejos, distantes uns dos outros muitos quilómetros, constituíam a única estrutura habitacional, donde se destacavam dois povoados de maiores dimensões: um no interior, na zona mais elevada, o “monte”, e um outro, junto ao mar, a “costa”.

No interior, a vida era ganha nos trabalhos da lavoura, na produção de vinho e na exploração dos materiais que os vastos pinheirais produziam, especialmente madeiras e resina, enquanto que junto ao mar as populações se empenhavam na faina da pesca, cuja arte foi evoluindo ao correr dos tempos fruto das influências trazidas pelas correntes migratórias humanas, ora da zona dos avieiros de Ílhavo, a Norte, ora da região de Vila Nova de Milfontes, a Sul.

Conta a tradição, que de pais para filhos vem sendo transmitida, que há muitos muitos anos vivia na região interior uma misteriosa mulher idosa de quem não era conhecida família nem origem e que habitava num velho casebre, isolada de toda a restante população da zona.

Também ninguém recordava quando a velha tinha aparecido pelas redondezas e muito menos ao que viera. O mistério era agravado pelo facto de se desconhecer do que se alimentava pois não lhe era conhecido modo de vida nem fonte de rendimento e, muito menos, alguma vez fora vista na loja adquirindo bens alimentares ou outras compras.

Não tinha amizades, poucas palavras eram ouvidas da sua boca e o seu ar estranho e o desconhecimento da sua ocupação criou o mito entre a população de que ela se dedicava à bruxaria e a estranhos e inexplicáveis ritos.

Uma coisa era certa: Efectuava diariamente longas caminhadas, sendo vista em diferentes pontos da região, distantes entre si de muitos quilómetros, sempre envolvida numa longa capa que lhe ocultava as formas do seu corpo, pelo que ninguém sabia se era bonita ou feia, se esbelta ou disforme.

Na época da Primavera as suas ausências eram mais prolongadas do que no restante do ano e constava entre a criançada que nessa época vislumbravam no interior da sua capa vasta riqueza de moedas de oiro sem fim, daí dizer-se que a sua capa era rica, capa-rica.

Nos finais de Março início de Abril daquela era que a memória das gentes não reteve, sentiu a velha mulher que os seus dias do fim se aproximavam, fazendo então constar o seu desejo de que a capa de que nunca se apartava fosse entregue ao rei de Portugal para que ele lhe desse a aplicação que melhor soubesse servir o Povo.

Quando a velha mulher faleceu, poucos dias depois, a população apressou-se a dar cumprimento ao seu desejo, tanto mais que a sua fama de feiticeira não lhes permitia hesitações, fazendo a entrega da referida capa ao rei de Portugal.

Quando a capa foi presente ao rei e este verificou o seu interior encontrou-a profusamente repleta de douradas flores de acácia, colhidas no vasto acacial que ainda hoje existe na zona litoral compreendida entre a Trafaria e a Fonte da Telha.

Impressionado com tamanha sensibilidade mostrada por aquela velha mulher que tanto sofrera em vida, o rei fez constar da riqueza daquela capa, uma capa-rica, daí o topónimo hoje mundialmente conhecido por Caparica, compensando a população com a construção duma igreja, a Igreja de Nossa Senhora do Monte e confirmando toda aquela região com o designativo de Caparica.



(versão ficcionada © Vicktor Reis)

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sábado, dezembro 06, 2008

o poder da tradição

o ouro representa poder
do oriente chega a tradição
a terras lusas do oeste



Bhuda Dourado, Jardim Oriental, Quinta de Loridos, Bombarral - Portugal

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na senda do “tempo de pedra” 13

na senda do “Tempo de Pedra”
O adro da igreja é o centro do universo nas pequenas aldeias. Lugar de conversa, de passar notícias e de aumentar um ponto a um conto, é sítio de mercar a jorna e de adquirir alguns pertences. É no adro da igreja que o tempo passa. Para contar o tempo que passa e para marcar o ritmo da vida existe o relógio de sol à vista de todo o Povo.



Na Igreja Paroquial de São Sebastião (sécs. XVI e XVII), Serra d’El Rei - Peniche

Diz-se ter sido originalmente um templo romano dedicado a Neptuno, pelo Consul Decio Junio Bruto, em memória do triunfo que ele obteve contra os povos de Eburobritium. O seu interior é de uma só nave, coberta por um tecto de madeira de três planos. As paredes são revestidas com azulejos setecentistas ilustrativos da vida do orago – São Sebastião.



É uma igreja de torre sineira única, onde se reúnem três formas de marcar o tempo que passa – sinos, relógio mecânico e relógio de sol. O relógio de sol encontra-se no cunhal da torre sineira por forma a estar voltado a sul, sendo visível do adro da igreja para que cumpra plenamente a sua função.



É um relógio de sol do tipo vertical meridional (face voltada a sul), construído em pedra, sendo o gnómon metálico. As marcações horárias são em numeração romana e está datado de 1711, esta data gravada em numeração árabe. Sobre a inscrição da data tem inscrito “626”, cujo significado ainda continuamos a pesquisar.




Para saber mais:
As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios


“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche

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sexta-feira, dezembro 05, 2008

memória da bela moura

tão bela em teu castelo
de paixão te prendeste na primavera
ficarás sempre em nossa memória



Torre do Castelo (Torre de Salúquia?), Castelo de Moura, Moura - Portugal

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há 65 meses nos caminhos da blogoesfera

O mês sessenta e cinco de permanência da Oficina das Ideias na blogoesfera representa o caminhar para o final do ano de 2009, sendo que o 66 número redondo já irá cair no próximo ano, ano normal do calendário da era moderna, no constante caminhar do tempo que passa.

Novos sítios, íamos a escrever novo sótãos que também, foram trazidos para a partilha que aqui diariamente realizamos, e com eles novas gentes e sentires diversos. Os relógios de sol têm continuado a aparecer semanalmente e este mês vimos a temática “tempo” enriquecida com uma visita ao Museu do Relógio, em Serpa.

Como mensalmente fazemos questão de reafirmar sublinhamos do nosso estatuto editorial da primeira hora: “textos e imagens próprios e originais, a temática da cultura de um Povo e da defesa da região da Praia do Sol e desenvolvimento dos afectos e do muito querer”.

Continuamos a contar com o empenhamento do nosso “irmão fotógrafo” Olho de Lince que com as suas imagens anima os nossos textos, muitas das vezes bem modestos.

Este mês, mercê de termos trazido ao diálogo a temática “radiocomunicações” a propósito do simulacro de emergência em situação de terramoto levado a cabo pela Protecção Civil, fomos visitados por companheiros de outras andanças de comunicar no caso concreto da Banda do Cidadão, o que nos deu um prazer adicional.

A atribuição à Oficina das Ideias do Prémio Dardos por dois blogues de referência – A Aldraba e o Café Portugal – e de um destaque por um dos belos blogues literários – Menina Marota – encheu-nos de orgulho pelo reconhecimento.

As visitas atingiram a cifra de 594.202 (segundo o “SiteMeter”) e de 674.939 (de acordo com o “NeoCounter”), sem a correcção resultante dos dados dos registos anteriores, com origem em 152 países dos 199 existentes. A média de visitas na última semana foi de 353/dia.

Um agradecimento especial a Blogger.com/Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.


Quadro de Honra

Guida Alves, da A Aldraba (Portugal)
Mariazita, do A Casa da Mariquinhas (Portugal)
VictorN, do Des-Encantos (Portugal)
AvelaneiraFlorida, do Cantares de Amigo (Portugal)
Gasolina, do Árvore das Palavras (Portugal)
Sophiamar, do A Ver o Mar... (Portugal)
Sony, do Alguém me disse (Portugal)
MFC, do Pé de Meia (Portugal)
Rui Dias José, do Café Portugal (Portugal)
Rafael, do Mix Verde (Brasil) *
Méon, do Ao Rodar do Tempo (Portugal)
Aspásia, do O Jardim da Aspásia (Portugal)
MAyres (Portugal)
Lila (Portugal)
Rodrigo (Brasil)
Margarida, do Maçã de Junho (Portugal)
Najla, do Sagrado ou Profano (Brasil) *
Fernando (Portugal)
JacintaD, do Florescer (Brasil)
Roberto (Brasil)
MGomes, do Atento (Portugal)
Observador, do Reflexos (Portugal)
Alves Fernandes, de O PreDatado (Portugal)
Mdsol, do Branco no Branco (Portugal) *
Menina Marota, do Menina Marota (Portugal) *
FernandoG (Portugal)
Campusdelide (Portugal)
Eduardo (Portugal)
FernandoS (Portugal)
PMR193 (Portugal)


A TODOS o nosso MUITO OBRIGADO!

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quinta-feira, dezembro 04, 2008

uma flor para... a jacky

neste dia muito especial
desejo-te mil felicidades
a ti que muito especial também és



A Jacky é uma amiga querida que tem há longos anos o maravilhoso blogue AMORIZADE

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captcha

Com 65 meses de presença na blogoesfera a completarem-se amanhã muitas têm sido as situações em que o apelo à segurança informática se impõe para defesa da qualidade e do reconhecimento dessa presença. Nunca nos passou pela cabeça, contudo, criar qualquer sistema que criasse dificuldades à livre expressão de quem nos dá a honra de visitar a Oficina das Ideias.

Estou a referir-me, como se apercebem pelas minhas palavras, à possibilidade que é facultada a todos os visitantes de poderem comentar o conteúdo dos diversos posts. Comentários, que é importante salientar, muito têm contribuído para o enriquecimento do nosso saber e das partilhas que neste espaço fazemos.

Acontece que aparecem, por vezes, comentários que pelo seu conteúdo e natureza, têm objectivos de veicular uma mensagem, muitas vezes publicitárias, mais do que comentar propriamente o conteúdo do post comentado. Tem origem, não numa pessoa individualmente considerada, antes num “robot” informático que indiscriminadamente lança esses comentários/publicidade.

Para garantir que é um ser humano a fazer o certo comentário ou outro tipo de mensagem ou subscrição ou registo num determinado sítio informático foi criado um sistema de segurança, designado CAPTCHA e que todos nós, aqui ou ali, já encontrámos.



Trata-se de um conjunto de letras, ou letras e dígitos, que somos obrigados a digitar antes de avançar. A matriz apresenta-se-nos com formato distorcido, na certeza de que um “robot” não consegue descodificar de que letras se trata. Somente o cérebro humano o conseguirá fazer, sendo dessa forma garantido ao computador que somos um ser humano.

Este sistema foi inventado e desenvolvido por uma equipa de projecto da Universidade de Carnegie Mellon e fundamenta-se no facto de os computadores não terem a capacidade de lerem aqueles conjuntos de letras retorcidas. Os seres humanos, sim.

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quarta-feira, dezembro 03, 2008

bica de tritão

face de anjo ou de demónio
dá de beber a quem tem sede
por séculos e séculos



Uma bica da Fonte Monumental, Moura - Portugal

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canta o galo no solar

Melancólica aurora outonal
Que o sol tinge de doirado
Anuncia tempos de Natal
Ilumina o ribeiro encantado

Oiço cantar o galo no solar
Sinal de abundância e amores
Dá luz ao dia a começar
Orgia de aroma e de sabores

E quando chegar a ocasião
Das filhós e azevias partilhar
Também as nozes e pinhão

À mesa como reis têm lugar
Juntos com o azeite molha pão
E a música, essa música de encantar.

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terça-feira, dezembro 02, 2008

sino das ave-marias

luminosa visão dos sinos
das ave-marias
e do relógio das horas sincopadas



Torre do Relógio, Serpa - Portugal

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em novembro a oficina publicou:

Textos
Dia 1 – Na senda do “Tempo de Pedra” 8 [relógios de sol]
Dia 2 – Em Outubro de 2008 a Oficina publicou [oficina]
Dia 3 – A origem do símbolo @ [curiosidades]
Dia 4 – Vinte e sete versos [poesia]
Dia 5 – Há 64 meses nos Caminhos da Blogoesfera [oficina]
Dia 6 – Vinte e sete versos + 27 [poesia]
Dia 7 – Esta noite dança-se o fado [fado]
Dia 8 – Na senda do “Tempo de Pedra” 9 [relógios de sol]
Dia 9 – Viver a tradição na Aldeia [tradição]
Dia 10 – Prémio Dardos [oficina]
Dia 11 – No dia de S. Martinho vai a adega e prova o vinho [tradição]
Dia 12 – Comentários que são poemas [oficina]
Dia 13 – Os amigos são assim [poesia]
Dia 14 – Prémio Dardos 2 [oficina]
Dia 15 – Na senda do “Tempo de Pedra” 10 [relógios de sol]
Dia 16 – Viajar na procura do saber [caderno de viagens]
Dia 17 – O Verão que se espraia pelo Outono [o tempo que passa]
Dia 18 – Caminhei o sonho [poesia]
Dia 19 – Entre o Tejo e a Adiça [poesia]
Dia 20 – Banho-maria, que Maria? [tradição]
Dia 21 – Bookcrossing, a arte de partilhar livros [livros]
Dia 22 – Na senda do “Tempo de Pedra” 11 [relógios de sol]
Dia 23 – Simulacro de emergência, encenação e logro [cb em acção]
Dia 24 – Oficina das Ideias diz presente [oficina]
Dia 25 – O elefante [leituras]
Dia 26 – O mote [poesia]
Dia 27 – Ginjinha sem elas [a nossa opinião]
Dia 28 – Que horas são? [museus]
Dia 29 – Na senda do “Tempo de Pedra” 12 [relógios de sol]
Dia 30 – Moura Salúquia [lendas]


Imagens
Dia 1 – Encantamento floral [Tomar]
Dia 2 – O caminho do tempo [Tomar]
Dia 3 – Arco monumental [Tomar]
Dia 4 – Solitários e belos [Tomar]
Dia 6 – Gaivotas na praia [Grande Areal]
Dia 7 – Azulejos 1 [Sesimbra]
Dia 8 – Ferragens de tradição [Guimarães]
Dia 9 – Sinfonia de vitrais [Guimarães]
Dia 10 – O tempo que passa [Serra d’El Rei]
Dia 11 – Embarcar redes [Peniche]
Dia 12 – Janela de cunhal [Olho Marinho]
Dia 13 – Esta Lua novembrina [Lua]
Dia 14 – Passarito [Peniche]
Dia 15 – Cata-vento [Peniche]
Dia 16 – Arriba Fóssil [Costa de Caparica]
Dia 17 – Esplendorosa arquitectura [Guimarães]
Dia 18 – Redes de cerco [Peniche]
Dia 19 – Colorido da natureza [Charneca de Caparica]
Dia 20 – Sinos e arcos [Guimarães]
Dia 21 – Uma esplanada na história [Guimarães]
Dia 22 – Oiro sobre azul [A8]
Dia 23 – Batente oriental [Quinta dos Loridos]
Dia 24 – Alegoria às vindimas [Quinta dos Loridos]
Dia 25 – À espera da Primavera [Quinta dos Loridos]
Dia 26 – Passagem para oriente [Quinta dos Loridos]
Dia 27 – Já foi Portel mofamede [Portel]
Dia 28 – Batente de folhas de louro [Alqueva]
Dia 29 – Argola em fundo de granito [Alqueva]
Dia 30 – Bela moura [Moura]


Uma flor para...
Dia 5 – Um flor para... a Lígia

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segunda-feira, dezembro 01, 2008

um trio de respeito

ah! minha lua, meu amor
vénus a deusa do amor e da beleza
jupiter o deus do dia, a luz



Conjugação visual da Lua, Vénus e Jupiter, às 18 horas e 56 minutos (UTC) - Portugal

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destaque no menina marota

A querida amiga Otília (Menina Marota), do blogue Menina Marota, teve o carinho para com a Oficina das Ideias de destacar o nosso conteúdo no seu magnífico espaço da blogoesfera. Escreveu-nos assim:

"...semanalmente, serão divulgados no item “Blogues em Destaque” (à direita da página), aqueles que pelo seu conteúdo ou carisma, chamaram a atenção da autora desta página."

É esta a mensagem que refere os motivos porque estão, semanalmente, 3 blogues em destaque...

Esta semana, a minha escolha recaiu no Oficina das Ideias porque é um blogue que eu gosto de ler e que gostaria de partilhar com outros.


A nossa gratidão por esta deferência.

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