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domingo, agosto 31, 2003

imagens da nossa costa


s. pedro de moel

o livro quase branco das ideias

O CentroAtlântico.pt a propósito da obra “o livro quase branco das ideias” contactou-me no sentido de dar a minha opinião sobre a mesma.

Aqui fica a posição da Oficina das Ideias:

Conheço o "Centro Atlântico" há bastantes anos, aquando das minhas andanças informáticas, que tiveram origem nos anos 60 do século passado, pelo que não me surpreende a qualidade e a inovação das vossas iniciativas.

Tenho comigo e, neste momento, presente junto a mim "o livro quase branco das ideias" e gostaria de deixar aqui expresso o comentário que me pedem:

1. a lapiseira escreve com suavidade;
2. os "post-it" colam com eficácia onde o pretendermos fazer;
3. o livro vem recheado de frases e pensamentos que muito incentivam à escrita;
4. o conjunto uma agradável surpresa, para quem se deixar surpreender com as vossas iniciativas inovadoras, o que já não será o meu caso
Conclusão: uma maravilhosa ideia, para aquisição pessoal ou para uma oferta diferente.

Como devem calcular todos os espaços brancos que constituem esta obra vão continuar com a sua alvura porque

Na Oficina das Ideias, As ideias brotam livres da nossa mente. Temos que evitar que a folha de papel as aprisionem

um dia, uma ideia

Trinta e um dias passaram depois do último balanço que fiz à presença da Oficina das Ideias na blogoesfera. Um mês cujo balanceamento reservarei para amanhã, início de um novo ciclo temporal, tecendo aqui hoje um conjunto de considerações relativamente a quem teve a amabilidade de comentar os posts que fui efectuando nestes últimos tempos.

Em primeiro lugar quatro nomes, de outros tantos amigos, que comentaram directamente ou através de correio electrónico as minhas ideias: Graça Ferreira (a minha querida Graça), o Pedro Gomes (o Pierre), o António Dias e o João Tunes. Depois, com o mesmo afecto, todos aqueles que foram comentando, aqui e ali, dando a preciosa ajuda para o enriquecimento dos conteúdos.

Os quatro nomes citados, gente cujas capacidades bem conheço, poderiam constituir-se em outros tantos blogueiros de alta qualidade, quer pela imaginação quer pela qualidade de escrita quer pela forma atenta como acompanham o que neste Mundo acontece. Ainda não o fizeram, mas tanto eu como o sempre disponível Fumaças, estamos prontos para o “empurrão para a piscina”.

A Graça Ferreira, o nome não poderia ter sido melhor atribuído, tem graça e leveza no falar e no escrever, o que levaria a criar um enorme fundo de leitores atentos que iriam nos seus escritos encontrar a profundidade de análise com humor que tanto nos enriquece.

O Pedro Gomes, sportinguista de gema, tem uma cultura profunda e uma acutilância na análise das situações que os leitores da blogoesfera só teriam a ganhar com a sua presença assídua, além do mais, é um homem de afectos que por vezes tão arredios andas deste mundo.

O António Dias, homem de grandes caminhadas pelo éter, com uma voz única no panorama radiofónico, do qual se afastou por vontade própria (ou não?), tem como complemento a facilidade da escrita e a correcção das análises do dia-a-dia e da noite-e-dia.

O João Tunes é homem de conceitos, onde de cada palavra nasce um conto e das reticências uma história vivida que transporta para o papel com excepcional recorte literário. A leitura de uma frase sua faz desejarmos ler mais duzentas. Além do mais, a Guidinha pode sempre dar-lhe uma ajuda para nosso contentamento.

Venham então mais quatro blogueiros para esta blogoesfera.

sábado, agosto 30, 2003

queijo de azeitão

O fabrico do Queijo de Azeitão implantou-se na região nos anos 30 do século XIX, sob influência de um proprietário de Azeitão com raízes na região da Serra da Estrela. Segundo consta, por essa época, Gaspar Henriques de Paiva, um lavrador da Beira Baixa, terá mandado vir da sua terra natal um pastor acompanhado por um rebanho de ovelhas. Inicialmente, semelhante àquele queijo da Beira, o Queijo de Azeitão foi reduzindo gradualmente as suas dimensões, até chegar, já neste século, aos actuais 100 a 250 gramas.

O Queijo de Azeitão deve muito da sua singularidade às características dos solos da região e ao clima da Serra da Arrábida, factores de influência decisiva nas pastagens e, obviamente, no leite fornecido pelos rebanhos. A flor de cardo com que é feita a coalhada, nas queijarias tradicionais, e que só se encontra na região, marca igualmente este queijo de sabor distinto.

O Queijo de Azeitão apresenta pasta semi-mole amanteigada com poucos olhos, possui uma crosta maleável, inteira e lisa, amarelada ou avermelhada, ligeiramente mais espessa que o seu homólogo serrano. A sua área de produção abrange os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal e o controlo e a certificação são feitos pela Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida. É frequentemente servido como aperitivo, pois alguns dos compostos do cardo utilizado na sua confecção contribuem para estimular o apetite. Também pode ser servido no final da refeição, tendo sempre o cuidado de o saborear depois do último prato de substância e antes da sobremesa. A melhor época para o Queijo de Azeitão é a que vai do Natal ao Carnaval, devido ao frio e à humidade que se faz sentir nessa época do ano e com as quais o queijo adquire as melhores condições de cura, ficando com o sabor mais apurado.

imagens da nossa costa


nazaré

um dia, uma ideia

Eles "borraram-se" todos

Ainda mantenho viva a imagem de repressão e de medo que a Guarda Nacional Republicana tinha junto da população portuguesa. Estávamos nos anos 60 e 70 do século passado. Constituíam uma força que em lugar de zelar pela segurança dos cidadãos, antes tomavam uma atitude repressiva e prepotente, braço forte de uma ditadura que se manteve mais de 40 anos.

Depois de 25 de Abril de 1974, destroçados e humilhados que foram, eventualmente de forma exagerada mas fruto dos muitos “ventos” que tinham semeado, procuraram que ninguém deles se lembrasse. Tentaram passar ao anonimato. Transiam de medo.

Os anos passaram com um renovar de quadros e o consequente aumento de formação e de qualidade na prestação. Esta melhoria foi notória em relação à Brigada de Trânsito, não tanto nas tropas territoriais onde se mantiveram muitos dos “broncos”.

Os governos com necessidade de impor algumas decisões menos populares com recurso à repressão foram “aquecendo as costas” a estes homens que vindos do Povo rapidamente deixam de se enxergar, como dizem os nossos irmãos brasileiros.

Aí estão eles de novo em plena forma repressiva prontos para tudo, ao ponto de serem escolhidos pelo Primeiro Ministro da Nação para integrarem uma força a enviar para o Iraque. Só depois foi pensado o que era necessário em equipamento, armamento, preparação.

Com o ataque terrorista recentemente realizado contra as instalações da ONU em Bagdade ficou mais visível a falta de segurança que existe naquela região do globo.

Então, os GNR “borraram-se todos”. Pela terceira ou quarta vez na sua existência como força de segurança (?).

sexta-feira, agosto 29, 2003

olhos de mel

Teus belos olhos de mel
Duma tonalidade tão pura
São do Universo o anel
Do muito querer que perdura

Tua boca sem ter par
Qual amora já madura
A doçura no beijar
Num momento de ternura

Teus seios são frutos de ouro
Duas jóias preciosas
Fazem parte do tesouro
Das sensações valiosas

Teu umbigo sensual
Com um brilhante de sonho
Como ele não há outro igual
No Mundo que fazes risonho

No centro de teu lindo ser
Fulge o mais belo tosão
É sonho de enlouquecer
O mais nobre coração

De tão bonita mulher
A concluir o que penso
Feliz de quem merecer
Seu sorriso tão intenso

imagens da nossa costa


ribeira de ilhas

ouvi dizer na rua...

Está a ser sentido um cheiro nauseabundo ali para os lados do Comando Geral da GNR

um dia, uma ideia

Portugal está à venda

Os dados que vão sendo conhecidos sobre a evolução da conta do Estado, embora a espaços para que a reacção pública e dos órgãos de informação seja contida, são deveras alarmantes e reflectem uma cada vez maior inépcia política e técnica dos governantes no activo.

Escudados na “democracia” que os elegeu, defendidos (até quando?) pelo Primeiro Ministro que insiste em proteger os incapazes, usando palavras ocas e sem sentido em frases pomposas que ninguém entende o conteúdo, grande parte dos membros do Governo agarram-se aos lugares quais lapas acossadas pela navalha dos pescadores.

Os desentendimentos internos já não podem mais ser escondidos e “saltam” para as primeiras páginas dos jornais, enquanto se colocam dúvidas quanto a algumas das negociações em curso. Levantam-se novas hipóteses de corrupção e já se escreve que gestores públicos estão em risco de serem presos.

A Ministra das Finanças reconhece que cometeu erros, o que seria uma posição louvável de modéstia de que “quem trabalha sempre pode errar”, não fora o caso de reconhecer que errou conscientemente para prosseguir objectivos superiormente estabelecidos.

Nos negócios do gás o vendedor, a Galp “assalariada” do Estado avalia o mesmo em 1500 milhões de euros, enquanto o Estado comprador avalia o mesmo negócio em 750 milhões de euros. Parece um negócio de feira, sem desprimor para os feirantes.

O Estado dispõe-se a vender património que é de todos nós, dos nossos antepassados, destinado às gerações vindouras. As entidades bancárias logo se movimentam para competir entre si na aquisição. Cheira a negócio chorudo para os compradores. Cheira a negócio de penúria para o Povo português.

Quando é que esta gente vai presa?

quinta-feira, agosto 28, 2003

do borda d'água ao seringador

O Borda d’Água intitula-se o “verdadeiro almanaque” e pretende ser um “reportório útil para toda a gente”, vendido profusamente em mercados e outros locais onde muita gente se concentra, quer para realizaras suas compras quer para utilizar os meios de transporte que as conduzirão aos empregos. É distribuí, a versão para 2004, ao preço de €1,10 especialmente na região sul de Portugal.

O Seringador “reportório crítico-jocoso e prognóstico diário para o ano...” tem genericamente os mesmos objectivos do Borda d’Água e é vendido fundamentalmente no Centro e Norte de Portugal.

As efemérides, as feiras mercados festas e romarias, as fases da Lua e as horas do nascer e ocaso solares são informações que podemos encontrar nestes folhetos que muito interessam às pessoas mais ligadas às coisas da terra e que os citadinos desconhecem ou ignoram.

No Borda d’Água, o “cartolinha” vestido de asas de grilo e cartola, chapéu de chupa e muitos papeis lá vai fazendo, com a regularidade da sua edição, o “Juízo do Ano”.

Por seu lado, o Seringador, sempre com a seringa em riste e pronto para a crítica acutilante, faz as suas previsões para o ano à conversa com a Tia Brízida.

Para o dia de hoje, ambos são unânimes, é dia de Sto. Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja.

imagens da nossa costa


sudoeste alentejano

ouvi dizer na rua...

Camões, o épico e o lírico, não passou de uma invenção da Igreja da época

um dia, uma ideia

Desperdiçar e não prevenir

Passaram os dias soalheiros, sol forte sempre a pique, que secou fenos e matos, criou condições para que violentos fogos florestais queimassem Portugal, deixando pessoas na miséria, destruindo bens de valor incalculável.
Muito se falou na falta de prevenção, na acção tardia e descoordenada dos serviços de protecção civil, do sacrifício dos bombeiros fruto de uma falta enorme de previsão. A tudo o Governo da Nação respondeu dizendo que tinha sido feito o que deveria ser feito e que contra uma situação climatérica tão adversa nada podia ter sido feito melhor.

Os nossos governantes, na ânsia de “sacudirem a água do capote”, não tiveram a humildade necessária para pedir desculpas à Nação.

Já na altura mais aguda da situação, fixei breves palavras de um entrevistado por uma cadeia de televisão que afirmou: “...aqui ainda começaram a abrir corta fogos e a fazer limpeza das matas, para o que receberam fundos comunitários, mas depois a obra ficou a meio...”

Nenhum ênfase foi dado a estas palavras que se perderam no tempo. E Portugal ardeu dolorosamente.

Chegam agora notícias de que não foram utilizados todos os fundos europeus disponibilizados para a prevenção a fogos, por motivos puramente burocráticos. O que tem o Governo da Nação agora para nos dizer?

Aproveito a ocasião para voltar a insistir num tema relacionado com o que antes fica dito e que vai sendo recorrente nestes textos: Quando se iniciam os trabalhos de organização estruturação e passagem para o terreno das medidas de prevenção contra as inundações e avalanches que se prevê venham a ser graves no Inverno que se aproxima?

quarta-feira, agosto 27, 2003

um café e um claudino

O café, a bica como por cá chamamos no sul do País, é o café expresso obtido pela pressão de uma máquina apropriada. Não alimenta mas sabe bem. Manhã cedo constitui um frugal pequeno almoço, não muito ao jeito dos nutricionistas, quando acompanhado por um bolo.

O Claudino é um artefacto de pastelaria, originário da Costa de Caparica, aliás por esse facto, conhecido em Lisboa por “Caparica” ou “Caparicano”. Folhado leve e oblongo em duas partes constituído e recheado de delicioso creme de ovos, ainda reminiscências da colonização da longa costa pelos pescadores de Ílhavo.

A cobertura é uma calda de açúcar, quando fresco do dia, deliciosa e estaladiça e, ainda, polvilhada de açúcar para maior requinte.

Fabricado inicialmente com grande qualidade no Papo Seco e no Costa Nova, já há muitos anos desaparecidos da restauração caparicana, os Claudinos têm hoje em dia o seu expoente máximo na pastelaria do mestre Capote, ali na Rua dos Pescadores.

imagens da nossa costa


cabo espichel

uma dia, uma ideia

Noite Luminosa

Hoje é noite de futebol. Hoje é noite de Marte grande. Vai ser uma distracção. O Benfica joga com o Lazio. O Real Madrid joga com as Baleares. Marte joga com a Terra e com o Sol.

As gentes deste País vão estar a olhar para a televisão ou então a olhar para o céu. Vai ser uma distracção. Amanhã as conversas vão andar à volta destes importantes temas, que até dão origem a que eu escreva este texto.

O desemprego, os despedimentos, as falências (?) de empresas. Os sem abrigo, a toxicodependência, a fome.... sim a fome! Os professores que não são nomeados, os cuidados de saúde que falham, as escolas que vão iniciar o ano lectivo com os problemas do costume. A pressão sobre o aparelho judicial, a corrupção, o “buraco” do orçamento de Estado cada vez maior. As indemnizações ao mártires dos fogos que tardam, as indemnizações aos mártires das enxurradas dos Açores que não vêm, a burocracia das candidaturas às indemnizações. A exploração dos imigrantes, a insegurança que é cada vez maior, os assaltos, os roubos.

Estes são os problemas de um país real, e cada vez mais o mais atrasado da Europa comunitária, daqui a pouco o mais atrasado de toda a Europa.

Vamos ver o futebol e torcer pelo Benfica. Vamos ver o planeta Marte e torcer para que não haja uma avalanche de partículas cósmicas que dificultem a visão. E depois... Vamos indignar-nos...

terça-feira, agosto 26, 2003

viver em vale do rosal - 3

Nocturnos

Aves nocturnas animam o tempo depois do pôr-do-sol e até alta madrugada com os seus piares agudos e frequentes voos de caça.

Os olhos colocados na posição frontal são redondos e amplos e contém em si muito mais células foto-sensíveis do que qualquer outra ave. O desenho característico das faces ajuda a conduzir mais som aos canais auditivos: Têm uma visão e uma audição extraordinárias.

Ligados, desde sempre, ao mistério ao extrasensorial ao sobrenatural estas aves incomparáveis continuam com forte presença no imaginário de todos nós.

Quando os oiço piar nas tranquilas noites de Inverno, a caminho da Primavera, sinto um desejo profundo de melhor os conhecer, de decifrar o sentido do seu misterioso olhar.

uma flor para a theresa



ouvi dizer na rua...

O Governo da Nação aguarda a chegada das primeiras chuvas para avançar com os estudos de prevenção contra os efeitos das tempestades.

um dia, uma ideia

Brasil, brasileiro

Escrevi no meu livro de apontamentos de capa preta, com data de 2 de Janeiro de 2003, breves notas das quais transcrevo para aqui:

“O ano começou sob o signo da esperança. Herança do “cavaleiro da esperança” e totalmente assumida por Lula da Silva....”

“...o sinal está dado ao converter dinheiros destinados a armamento bélico em gastos para o desenvolvimento social...”

“...estou convencido que Lula vai não só mudar o Brasil, como mudar todo o Mundo...”

Seis meses passados de governação do Brasil por Lula da Silva e podemos enumerar um conjunto de alterações na política brasileira no mínimo extraordinárias. Poder-se-ia ter feito mais? É sempre possível dizer isso. Mas antes não o foi feito e as dificuldades têm sido imensas, como reconhece o próprio Lula.

O Brasil lidera, neste momento, indiscutivelmente o projecto Mercosul, garante a intermediação no conflito interno da Venezuela, não cede às imposições norte-americanas no projecto ALCA. Por outro lado, mantém uma posição muito crítica relativamente ao proteccionismo europeu e norte-americano em relação aos produtos agrícolas dos países do Terceiro Mundo e conduz com firmeza a política económica e monetária.

segunda-feira, agosto 25, 2003

viver em vale do rosal - 2

Corvídeos do Pinhal

Dois vultos negros contrastam com o azul celeste da aurora, num voo suave ritmado com destino certo. Asas longas bem desenhadas com recortes característicos nas extremidades, contrapõe-se aos corpos esguios elegantes.

Vindos das matas do Pinhal do Rei e da Mata dos Medos, têm como destino uma zona de denso arvoredo, logo ali à beira dos areeiros do Cruzeiro.

Hoje são um par, um casal de família constituída. Amanhã voarão em trio, como acontece as mais das vezes, cujo sentido ainda não consegui descortinar nem vi documentado nenhures.

Será o rebento do casal que os acompanhará ou uma forma específica de acasalarem. Duas fêmeas e um macho? Dois machos e uma fêmea?

Lá mais para a Primavera e mesmo em pleno Verão o trio formará a constituição do voo. Não resisto a uma saudação de amizade a estes amigos de longa data. Voltem sempre que adoro observar o vosso voo.


uma flor para a luisa



ouvi dizer na rua...

Felipe La Féria vai, finalmente, receber os subsídios estatais que sempre lhe foram devidos.

um dia, uma ideia

Simplesmente Luísa

Um dia, caminhava eu ali para os lados do Pragal, metido com os meus próprios pensamentos, quando fui desperto por um ternurento quadro familiar. Com o tempo agreste, uma jovem mulher, modestamente vestida, puxava, literalmente puxava, pelos seus rebentos que ia levar à escola.

Cena bonita de ver. Prestei um pouco mais de atenção. A jovem mulher, já não tão jovem assim, não muito alta, desembaraçada, deixou-me pasmado de surpresa. Era a Luísa Basto!

A mais bela voz portuguesa da actualidade, na minha modesta opinião, ali estava num ternurento quadro familiar quando eu sempre esperava vê-la actuar nos melhores palcos nacionais e internacionais.

Com uma formação de canto ímpar, obtida em Moscovo, foi voz e imagem da Revolução dos Cravos. Actuou com os melhores artistas dos anos setenta do século passado nos muitos espectáculos de “canto livre” que levaram música onde até então nunca tinha chegado neste nosso país tão pequenino.

Depois foi silenciada. Ignorada pelos órgãos de comunicação social. Lançada ao ostracismo pelas editoras discográficas, cantava para os amigos no restaurante que tem no Pragal e onde se mantém uma homenagem permanente a um grande homem das letras: Manuel da Fonseca.

A Luísa continuou a lutar, a lutar com a sua maravilhosa voz, temperada como o aço, fruto da luta diária dos operários e das famílias que vão caminhando para a penúria de uma sociedade em decadência. Mas a Luísa continuou a lutar.

Conseguiu gravar um disco de fados, cantados com alma e sentir, que rapidamente se esgotou e que a editora não voltou a reeditar. Luísa não poderia nunca ser disco de ouro, sequer de um metal menos nobre como a prata. Mas Luísa continuou a lutar.

Dois mil e três vai ser o seu ano de glória. Vinte e nove anos depois de ter regressado a Portugal. Felipe La Féria escolheu LUISA BASTO para encarnar a figura de Amália Rodrigues no seu espectáculo Amália, para a apresentação no Casino Estoril.

Bravo Luísa Basto!

domingo, agosto 24, 2003

viver em vale do rosal - 1

O Morcego

Solitário no seu voar irregular, na permanente actividade de alimentação com base em pequenos insectos, procura na minha companhia diária mitigar esse seu estado de vida.

Acompanha-me nas minhas caminhadas nocturnas no passeio das cadelinhas ou quando vou colocar o lixo no respectivo latão, em voos razantes, em círculos, que são uma forma muito própria de comunicação.

Pequenino mamífero, por muitos hostilizado, sente que gosto dele e da sua companhia e, portanto, gosta “igualmente de mim”. Companhia habitual ao longo dos meses e meses, uma noite fez-me uma surpresa.

Apresentou-me a companheira. A partir daí as minhas caminhadas nocturnas passaram a ser acompanhadas por dois pequenos mamíferos voadores.

uma flor para a sonyah



ouvi dizer na rua...

A Dna. IVA Ferreira Leite mandou estudar a aplicação de uma taxa aos utilizadores da blogoesfera.

um dia, uma ideia

A minha experiência nesta andanças da blogoesfera é bastante reduzida, não chega ainda a dois meses, donde não estando a dar os primeiros passos também não me sinto com saber suficiente para tecer comentários sobre a mesma, além do que me foi dado deduzir depois de meditar um pouco sobre interactividade.

Por justiça devo deixar uma vez mais referenciado de que os primeiros passos a que acima me refiro só foram possíveis pelo entusiasmo e a ajuda do João Fernandes, que conduz com elegância e inteligência o FUMAÇAS.

Bom... voltemos à interactividade.

Desde sempre, diria eu, mas mais intensamente desde finais dos anos 60 do passado século, tenho dedicado os meus tempos de entretenimento a actividades que envolvam comunicação bidireccional, numa procura permanente de interactividade, a forma mais importante de cada vez conseguirmos saber um pouco mais.

As radiocomunicações, de lazer e de emergência, em ajuda permanente às pessoas, de qualquer forma, carenciadas. O contacto permanente com os sítios e, especialmente, com as gentes para ouvir os seus sentires, as suas carências, as suas ambições, tantas vezes singelos desejos de uma vida um pouco melhor.

Agora a blogoesfera. Estou maravilhado com o que aprendo, lendo. Estou desejoso de que os meus simples escritos sejam partilhados com muita gente. Fundamentalmente, considero enriquecedor a partilha de saberes que pode resultar das críticas e comentários ao que escrevo. Esforço-me, por meu lado, por comentar o que vou lendo neste delicioso mundo da comunicação blogoesfereana.

E as amizades? E os afectos? Vão surgindo pouco a pouco e tão necessários são neste atroz e egoísta Mundo em que vivemos...

sábado, agosto 23, 2003

uma musicalidade diferente

Vestem de negro. Usam correntes e outros artefactos de metal como acessórios dos seus trajes. Têm uma paixão muito especial pelo pequeno mamífero voador, o morcego. Designam a sua sonoridade musical como “Industrial Gótico”. Estão na linha directa da onda de espectáculos lançada por Sisters of Mercy.

Constituem uma banda portuguesa com dois CDs gravados, o primeiro editado em Londres pela lendária Nightbreed, Nocturnal Frequencies, e outro, o mais recente, editado em Nova Iorque pela COP International, Traces of Solitude. Têm obras suas integradas em compilações nacionais e internacionais, como sejam thisobidience, da this.co, Rock Sound, volume 7, da revista do mesmo nome e Dark Awakenind 2, da COP International.



São os Phantom Vision.

Os Phantom Vision são uma banda portuguesa cujo início da actividade remonta a Maio de 2000. Formados actualmente por Pedro Santos (Morcego) - Voz e Programações (ex-Coyotes /ex-Art of Dark) de Lisboa, David Reis - Guitarra (ex-Trauma) de Almada, Nuno Soares - Baixo (ex-A Kausa / ex-Vodka Pedra) também de Almada e Pierre Dumond (ex-Art of Dark) de Lisboa.

Têm actuado um pouco por todo o País, com destaque para os espectáculos do Porto, Coimbra, Montijo e Almada, e têm apresentado diversos “show case” nos palcos da FNAC (Fórum Almada, Colombo, Chiado). Contudo, o grande êxito desta banda portuguesa situa-se nos países anglo-saxónicos e nos países do Leste da Europa.

A sonoridade dos Phantom Vision levita algures por entre as magias obscuras do Goth/Underground de raízes tradicionais e os raios loucos e irreverentes da electrónica mística de componentes, ora clássicos, ora vanguardistas. Críticos existem que lhes atribuem laivos sensíveis de música sinfónica.

Em espectáculo proporcionam momentos realmente diferentes, onde a magia nos lança numa viajem através de sonhos de alucinação sónica, por entre trilhos escuros de relações profundas, estranhos odores e suor, ou fugindo, num mundo eléctrico e mecanizado, dos raios de luz e velocidade que se abatem sobre as cidades de néon. Ao vivo a sonoridade é de facto intensa e profunda, obrigatoriamente cativante para todos aqueles que buscam o diferente e o absorvem e aspiram num contexto de universo cultural livre, ilimitado e sonhador.



uma flor para o pedro



ouvi dizer na rua...

Setembro será o mês de todas as decisões governamentais.

um dia, uma ideia

Não queremos a "pirâmide" de novo

Multiplicam-se as campanhas e jornadas de solidariedade para com as populações tremendamente sacrificadas pelos fogos de verão, especialmente nas zonas centro e da serra algarvia. Campanhas promovidas pelas entidades do costume e com o apoio mediático das cadeias televisivas.

O Governo da Nação foi expedito e, no meu ponto de vista, leviano em disponibilizar de pronto 50 milhões de euros, obviamente com objectivos políticos, enquanto os diversos ministros iam dizendo que se não deveria politizar a questão. Digo que o fez de forma leviana, pois o que pretendeu foi avançar com um número redondo, de “encher o olho” e sem qualquer base minimamente séria no seu estabelecimento.

Claro que as populações sacrificadas, não fosse a intervenção das autarquias, continuariam como há 15 dias, como há um mês, na espera de boas novas vindas dos lados do Terreiro do Paço, como se dizia noutros tempos. Pelas bandas dos governantes, gozadas férias, bem instalados nas suas residências, bem comidos, perdão com farta alimentação, há que efectuar estudos, as comissões têm que se pronunciar. Um dia, quando?, serão tomadas as decisões.

As cadeias de televisão já obtiveram os seus ganhos na publicidade conseguida fruto das audiências que os programas de solidariedade conseguiram. A senhora ministra das Finanças já recolheu milhares, talvez milhões de euros, do “tal” IVA. A Cruz Vermelha, a Caritas e outras instituições de solidariedade já tiveram o seu tempo de fama.

Se não aparecer uma “pirâmide” pelo caminho as populações receberam alguns subsídios baseados em critérios que quem manda virá a estabelecer. Um dia...

sexta-feira, agosto 22, 2003

um belo sonho

Sonhar é voar é ir mais além
Do que o pensamento nos admite.
É sentir o muito querer por alguém,
Por mais que a razão nos limite
O coração sempre quer e o permite

Em seu sonho tão linda e indefesa
Despojada de roupa e muito bela.
Sobre o leito espraia sua beleza,
Que o olhar se deslumbra e enovela
Em memórias que anima e desvela.

Seu rosto sereno faz-me pensar
Que vive um sonho belo e muito terno.
Lindos olhos boca de encantar,
A tranquilidade de um sentir eterno
Que ilumina de Verão dias de Inverno.

Seus seios de mulher que doçura
Por vermelha cambraia estão cobertos.
A imaginação voa longe e em loucura,
Por espaços amplos e abertos
Nossos sentidos são então despertos.

Seu ventre é suave e sensual
Arredondado e macio no sentir.
Está coroado por um brilhante divinal,
Que ilumina o caminho a seguir
No espaço e no tempo sinal do devir.

O âmago do seu ser seu tesoiro
Recatadamente velado ao meu olhar.
Emoldurado por delicioso tosão de oiro,
É um sonho sonhado de louvar
O muito querer porque não? o adorar.

Seus lindos olhos de mel eu beijei
Numa doce carícia sem ter fim.
Na exuberância do sentir eu fiquei,
Consigo eternamente junto a mim
A mente a dizer não o coração sim.

Por seus olhos de mel me perdi
Deixei-me envolver pela loira cabeleira.
Aconcheguei-a a meu peito e senti
O calor de seu corpo duma maneira
Como se para mim fosse a vez primeira

Sonhei-a no Arco-Íris celestial
Por terras e mares maravilhosos.
Adorei sua imagem única sem igual,
Seu olhar e sorriso maliciosos
De seu corpo contornos deliciosos.

Queremos muito que o sonho não acabe
Mas tudo que começa tem um fim.
Diz o Povo que é aquele que mais sabe
Mas porque o pouco é imenso para mim
O sonho me ensinou um eterno sim.

uma flor para a mica



ouvi dizer na rua...

Porque está na moda, um jornal diário português vai publicar três baralhos de cartas: um com fotografias de pedófilos, outro com imagens de corruptos e um terceiro com ladrões do Povo... fica a dúvida: em cada um deles quem será a “dama de copas”?

um dia, uma ideia

Pena de morte, nunca!

A indignação, a revolta, em simultâneo o sentimento de impotência de intervenção pessoal, estão sempre presentes quando assistimos a actos de terrorismo cruéis e sem sentido que destróiem vidas e bens de gente indefesa e desprotegida.

Dói na alma e no corpo, dói fundo e magoa o nosso espírito de forma indelével assistir a crianças, velhos, doentes, gente indefesa serem mortos e feridos gravemente em resultado de ataques terroristas do mais sanguinário e vil que se possa imaginar.

O desejo de retaliação é normal. Mas o ser humano como ser pensante tem obrigação de ir mais longe, cada vez mais longe, no seu humanismo, capacidade de julgar e encontrar formas de condenação que possam ter eficácia. O homem não tem direito, a qualquer título, de tirar a vida o outro homem.

Daí que nos países mais desenvolvidos culturalmente a pena de morte tenha há muito sido banida. Pela mesma razão, ao contrário, ainda o não foi de muitos estados dos Estados Unidos. Não aceito que Ramos Horta, prémio Nobel da Paz, defenda, nem que seja em casos extremos, o regresso da pena de morte.

Veio à minha memória o que na altura da atribuição do prémio Nobel a Ramos Horta pensei, baseado em saberes próprios: Será que Ramos Horta merece a distinção que lhe foi concedida?

quinta-feira, agosto 21, 2003

conhecer almada e o seu termo

Solar dos Zagallos

O Solar dos Zagallos, também conhecido por Quinta dos Pianos, que foi originariamente uma casa agrícola, é uma casa apalaçada de primeiro andar com pátio de entrada com portão de ferro, escadaria de acesso aos dois salões nobres (construídos com a intenção de aí ser recebido o rei D. João VI, visita que nunca chegou a realizar-se) e anexos vários. Inclui-se nesta magnífica propriedade, construída no século XVI, uma alameda de rara beleza.

Situa-se na povoação de Sobreda, à época uma das terras fidalgas da Caparica, embora no século passado não tivesse mais de 150 fogos.

Os proprietários foram os Zagallos, família oriunda de Reguengos de Monsaraz, que chegaram à Caparica no reinado de D. João II. Em 1745, o desembargador Rodrigo de Oliveira Zagallo instituiu um morgado na Sobreda.

O edifício e anexos sofreram diversas intervenções nos séculos XVIII, XIX e XX e conserva das diversas épocas azulejos, estuques e pinturas. O Solar possui três capelas, duas das quais nos jardins. A que se encontra integrada no corpo do edifício, a de Stº. António, tem ricas talhas e é forrada a azulejos representando cenas religiosas e profanas.

O Solar dos Zagallos é, hoje em dia, propriedade da Câmara Municipal de Almada, tendo sido objecto de uma profunda intervenção, visando a sua recuperação e preservação, donde resultou uma interessante peça do equipamento cultural do Município.

uma flor para a silvia



ouvi dizer na rua...

O Bibi está a "bater com a língua nos dentes" o que pode levar algumas forças políticas a alterarem o conteúdo dos discursos de regresso de férias.

um dia, uma ideia

Eles estão aí...

Com três letrinhas apenas (e mais um muito português til) se escreve a palavra “não”. Tão simples palavra, comparável na sua simplicidade à muito carinhosa “mãe”, pode fazer toda a diferença, especialmente quando usada por quem pretende defraudar, enganar, mentir, roubar os trabalhadores mais sacrificados, mais mal pagos, mais explorados, mais humilhados. Aqueles, que pelas contingências da vida não levam para o seu lar mais do que o designado salário mínimo nacional (SMN).

Em funções e ramos de actividade comparáveis, Portugal tem os mais baixos salários da Europa comunitária. São excepção os cargos políticos, relativamente a diversos países da Europa. O salário mínimo nacional (SMN) fica a uma lonjura não qualificável da grande maioria dos países com quem estamos a realizar as comparações.

O Governo da nação, que continua a afirmar-se do lado das massas trabalhadoras, palavras ocas e sem sentido real, decidiu rasteirar os parceiros sociais, no que concerne à regulamentação da intitulada Lei do Trabalho, transformando completamente o sentido o espírito e a materialização da definição de salário mínimo nacional. Pretende, doravante, passe a englobar no seu conteúdo as retribuições acessórias que o não eram até agora: subsídio de refeição, prémios de desempenho e outras.

Na realidade, daqui para a frente trabalhadores em situações similares passarão a levar para seu sustento menos dinheiro. Essa é a realidade. Não contando com algumas verbas que não estavam antes sujeitas a tributação e que desta forma englobadas num bolo o passarão a estar.

É evidente, que os órgãos de informação, especialmente a televisiva, irão dar a palavra a um senhor de falas mansas e olhar acarneirado (mal morto), qual seminarista sem ofensa para as verdadeiras vocações, que virá dizer à Nação que os sindicalistas só pretendem o mal dos trabalhadores, que isto é praticado em toda a Europa com grandes vantagens para os mesmos que assim terão uma legislação mais clara feita totalmente a pensar nos mais desfavorecidos.

Eles estão aqui.... os tais....Chamem a polícia!

quarta-feira, agosto 20, 2003

conhecer almada e o seu termo

Casa da Cerca

O Palácio da Cerca fica situado no extremo norte do núcleo de Almada Antiga, bem no topo da falésia, com vista privilegiada sobre o rio Tejo, junto à Rua da Cerca, com o “Passa Rego” e a “Boca do Vento” a separá-lo do Castelo.

Inserido num conjunto denominado “Quinta da Cerca”, composto por casa nobre de habitação, de dois pisos, pelo pátio de acesso, com portão de ferro a dar para a Rua da Cerca, por terras de semeadura e jardins, é considerado o maior e mais característico exemplar de arquitectura civil setecentista da Cidade de Almada, datável dos séculos XVII e XVIII, abrangendo uma área murada de cerca de 14 hectares.

Tal como a maioria das quintas de recreio da época na sua traça arquitectónica prevalece a linguagem barroca, muitas das vezes já na senda da romântica.

Em 1808, aquando da primeira invasão francesa, serviu de aquartelamento a um regimento francês.

Devido ao seu interesse histórico e arquitectónico e ao seu valor patrimonial, a Câmara Municipal de Almada, em 1988 adquiriu a Quinta da Cerca que entre Fevereiro de 1992 e Junho de 1993 foi alvo de profundas obras de recuperação mantendo a sua traça original.

Hoje denominada Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, passou a acolher um vasto projecto cultural, sob a direcção do pintor Rogério Ribeiro, que permite continuar e acrescentar novas perspectivas no âmbito da Galeria Municipal de Arte, ao mesmo tempo que visa promover acções direccionadas para a inserção do Centro na vida artística nacional, constituindo um importante contributo para o aprofundar da investigação e divulgação da arte contemporânea portuguesa.

Constituída, neste momento, pelo Centro de Documentação e Informação, pela galeria do Pátio, pelo Parque das Esculturas e pelo Jardim Botânico – o Chão das Artes, a Casa da Cerca possui um importante acervo de desenho dos mais importantes artistas portugueses contemporâneos.

Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea
Rua da Cerca, 2 ALMADA - Telefone: 212 724 950

uma flor para o sergio



ouvi dizer na rua...

O Governo da Nação tentava que um "não" a mais passasse despercebido na análise da regulamentação da chamada "Lei do Trabalho".

um dia, uma ideia

A figura ímpar do Sérgio

Morreu Sérgio Vieira de Melo, representante máximo da ONU no Iraque, homem íntegro e coerente na defesa da Liberdade e da independência dos Povos, contra a ocupação estrangeira dos territórios. Foi vítima de um terrível e cruel ataque terrorista às instalações da ONU em Bagdade.

O papel desempenhado por Sérgio Vieira de Melo em todo o Mundo e, especialmente, em Timor onde foi determinante para a resolução da melindrosa situação existente na região foi, na época, muito dificultada, por quem agora lhe tece elogios propagados por todos os órgãos de informação.

Não podemos, contudo, olvidar os entraves, as dificuldades e obstáculos que os americanos e australianos e, até, os portugueses levantaram ao meritório trabalho desenvolvido por Sérgio Vieira de Melo, em Timor.

A hipocrisia e o cinismo dos políticos e dos senhores do Mundo são insuportáveis, na sua ânsia de serem cada um o primeiro a lamentar o acontecido, a elogiar o valor do representante da ONU no Iraque.

Os serviços secretos ocidentais, com especial destaque para a CIA, e os congéneres do Iraque, são possuidores de imensas informações que dão conta da entrada no Iraque de grupos extremistas sanguinários prontos para executarem as maiores atrocidades.

Inclusive, havia conhecimento da preparação de um atentado com a configuração do que veio tragicamente a acontecer. Este conhecimento já havia sido transmitido às forças da coligação no terreno.

Contudo, não foram implementadas as mínimas medidas de segurança do edifício onde se encontravam instalados os serviços da ONU. A própria janela do gabinete de Sérgio Vieira de Melo estava incompreensivelmente desprotegida.

Foi sacrificada a vida da figura ímpar de Sérgio Vieira de Melo às mãos dos mais cruéis e sanguinários terroristas.

Foi sacrificada a vida da figura ímpar de Sérgio Vieira de Melo pela incúria das tropas americanas às ordens de um atrasado mental.

terça-feira, agosto 19, 2003

por-do-sol na arriba fossil

Quem, ao entardecer, se debruçar num dos diversos miradouros que existem na Arriba Fóssil da Costa de Caparica ou se abeira da arriba que mergulha nas doiradas areias que constituem o longo areal da margem Sul, pode ter a felicidade de observar um inesquecível pôr-do-sol.

Quando o Sol, no seu diário movimento, mergulha com doçura no Oceano, lá bem longe na linha do horizonte, vai criando uma mudança ímpar na paleta das cores da Natureza. Do azul, como só existe no céu da Caparica, escurecendo até quase ao negro para depois, numa reviravolta na paleta das cores, fulgir em doirados únicos e maravilhosos.

Sugiro uma ida até à arriba sobranceira à Fonte da Telha, ali para os lados onde se diz terem existido minas do áureo metal, para admirarem a mais bela imagem do pôr-do-sol esplendoroso com os pinheiros mansos em contraluz.



uma flor para a sofia, de uns e outros



ouvi dizer na rua...

O salário mínimo nacional (SMN) vai passar a incluir uma quota-parte dos vencimentos dos deputados e membros do governo para aliviar o Orçamento de Estado

um dia, uma ideia

Os ladrões andam á solta

A “coisa” passou-se de forma tão sub-reptícia que nem eu próprio me apercebi do acontecido na altura. Os órgãos da comunicação social sempre tão atentos a movimentos suspeitos de gente suspeita nada registaram. Mas não há qualquer dúvida de que o funesto acontecimento teve lugar.

Um número ainda hoje por determinar de perigosos ladrões evadiu-se de um estabelecimento prisional de alta segurança sem deixar rasto. Na calada da noite ou em plena luz do Sol, quem sabe?, puseram-se a monte acoitados por protecção do exterior.

Transformaram o seu visual e modificaram a forma de falar, que de gutural e bruta passou a ser suave e melodiosa. Ganharam maneiras e passaram a ser citados nas revistas cor-de-rosa. Aprenderam a linguagem do Povo e com este se misturaram nas praças e nos mercados.

Ganharam a confiança do Povo português e ganharam muito mais coisas. Mantiveram-se tranquilamente nos postos e posições onde foram sendo colocados e onde, eles próprios, se colocaram. Colocaram muitos amigos em posições importantes e o tempo foi passando.

Um dia o Povo, absorto em tantos acontecimentos estranhos que aconteciam à sua volta, privatizações, desemprego, falências, pedofilia, apercebeu-se que haviam desaparecido dois ou três euros que tinha no fundo do bolso. Havia sido roubado.

Daí para a frente os euros do Povo desapareciam mal ele se distraía. Os ladrões andavam à solta de novo, bem vestidos e bem falantes, mas ladrões. Roubaram o emprego ao Povo. Roubaram a saúde ao Povo. Roubaram a escola ao Povo. Segurança quanto menos melhor para que os ladrões actuassem sem entraves. É fartar a vilanagem...

segunda-feira, agosto 18, 2003

mimos para a oficina das ideias

Muito se tem debatido na blogoesfera das razões imediatas e das mais profundas que levam milhares de pessoas em Portugal, milhões em todo o Mundo, a recorrerem a este meio de comunicação, com recurso às tecnologias emergentes, para tornarem público e, muitas das vezes, sujeitarem-se a apreciação e críticas, textos, imagens e sons de sua autoria ou citações favoritas.

Julgo que um dos factores mobilizadores mais importante para esta actividade é o prazer da comunicação. Comunicação que envolve discussão, debate de ideias, no fundo, partilha do Saber. Quanto mais Saber conseguirmos partilhar mais Sábios seremos.

Debater ideias construtivamente não é, no entanto, fácil. Com muita ligeireza se entra no desaguizado pessoal, na ofensa, na maldicência. Esse é o caminho a evitar a todo o transe.

A Oficina das Ideias foi mimado por dois importantes bloggers que aqui partilham o seu Saber. Muito obrigado. Julgo não ter tamanho merecimento.

Ai já me esquecia! O Vicktor tem uma oficina de palavras que é um must. Obrigada amigo! Uma girl até fica sem saber o que dizer, ao ver-se no meio dos seus textos belos... para si, um beijinho especial da Lili. Lili do Eu é mais bolos

Os meus favoritos para as férias. Não estou nada arrependido da escolha que fiz. Estão todos os cinco magníficos, mas tenho de destacar a Oficina das Ideias, está cada dia melhor. João Fernandes do Fumaças.

uma flor para a montse



ouvi dizer na rua...

O Governo da Nação está decidido a "empochar" os milhões resultantes do IVA calculado sobre as chamadas de valor acrescentado de apoio às vítimas dos fogos florestais.

um dia, uma ideia

A Natureza ensina o caminho da Felicidade

Percorrer o centro do País numa viagem de nostalgia mas igualmente no desejo ver pessoalmente a realidade a que os terríveis fogos conduziram tão belas paisagens.

Percorrer as ondulantes estradas que bordejam os rios Tejo e Zêzere e sentir a força da comparação entre as zonas ardidas, castanhas cinzentas calcinadas, a desolação, e aquelas que foram preservadas pelo esforço abnegado dos bombeiros ou em resultado das condições naturais, verdes muito verdes, o encantamento.

É inexplicável a violência com que o Homem provoca a tremenda destruição do meio ambiente, cientificamente avisado que está, mas na ânsia desmedida do lucro e do poder.

A Natureza que tudo concede ao Homem e que só pretende reconhecimento e respeito como retribuição tem, contudo, uma capacidade infinita de recuperação.

Em breve o verde eterno cobrirá de novo os campos calcinados e massacrados por um fogo destruidor, que também é vida, fazendo ver ao ser humano qual o caminho da felicidade.

domingo, agosto 17, 2003

as mulheres de barcelona

As mulheres de Barcelona, as Barcelonesas, são bonitas, interessantes e interessadas, vivas, inteligentes, vistosas, vibrantes, atrevidas até.

Os olhos, castanhos, verdes, azuis, mesmo cinzentos, são amplos, transparentes e profundos.

Têm um olhar ímpar, somente comparável ao das mulheres das vastas estepes da Hungria, ganhando-lhes naquilo que muitos designam por “salero”, misto de nostalgia, ingenuidade, ironia e muito querer.

Olham profundamente nos olhos de quem as aprecia, reconhecendo dessa forma o louvor que é feito à sua beleza.

O olhar de um fugaz cruzar na rua, na “carrera”, leva-nos a mundos insuspeitos de uma beleza e cor indiscritíveis. Vogamos nesse olhar tempos infinitos, muito próximos da eternidade, em sensações orgásticas, vibrantes, totais.

O corpo esguio, mas bem torneado das Barcelonesas, conduzem-nos por caminhos e veredas de sonho, elevam-nos ao mais alto píncaro da “Sagrada Família”, inspiraram Gaudí, não temos quaisquer dúvidas, nos seus desvarios arquitectónicos para os quais não se encontra outra explicação que não seja o turbilhão de sonho e sentimentos que as Barcelonesas lhe provocaram.

O espírito e a sensibilidade das Barcelonesas acompanharão para a Eternidade aqueles que tiveram o privilégio, a ventura, a felicidade de algum dia com elas se cruzarem, nem que tenha sido num fugaz cruzar de olhares.

uma flor para a catarina, do 100nada



ouvi dizer na rua...

O Primeiro Ministro não pretende demitir quaisquer ministros, pois teme que os substitutos sejam menos incompetentes do que os actuais.

um dia, uma ideia

Um Homem Solidário

Um espectáculo musical de uma noite de Verão, como tantos que se realizam por esse Portugal, desde as cidades mais luminosas até ao país profundo. Espectáculos simples despretensiosos de música popular e sem objectivos de uma maior qualidade. Contudo, espectáculos que atraem milhares de pessoas sedentas de um pouco de animação.

São momentos de esquecer as agruras da vida num turbilhão de sons e luz. Os artistas não são as grandes estrelas do musical internacional pagos a peso de oiro o que implica bilhetes caríssimos. Também não são artistas de elite, quer em poemas quer em qualidade musical.

Mas quem sou eu para fazer tal julgamento de qualidade, quando o Povo está massivamente presente e aplaude freneticamente as respectivas actuações, contrariando os epítetos que lhes são muitas vezes negativamente atribuídos.

No palco, o apresentador de serviço insurge-se contra a pressão a que os artistas nacionais foram sujeitos nos últimos dias, pelas editoras e pelas cadeias de televisão, para darem “borlas” nos espectáculos de solidariedade. Espectáculos que, como já tive oportunidade de escrever, não foram mais do que uma forma encapotada de lutar por audiências, com os consequentes reflexos nos preços da publicidade.

No fundo, os milhares de artistas que atuam no Verão por terras de Portugal têm nesta época a sua única fonte de subsistência para um ano inteiro. As cadeias de televisão só contratam e pagam aos artistas conceituados, mas quando se trata de “borlas” querem lá todos para “encher” horas, longas horas de emissão. Os artistas populares também comem e vivem.

O artista que se seguiu a actuar voltou a falar no mesmo tema. Ele próprio deu diversas “borlas” na semana passada, andou numa roda viva, de programa para programa. Contudo, ele próprio tomou uma atitude de solidariedade, que tornou pública no decorrer de um desses espectáculos, incentivando a que os senhores do dinheiro, que recebem fortunas como retribuição mensal, o mesmo fizessem.

Cedeu 25 por cento dos direitos de autor do seu último trabalho discográfico. Trata-se de Alex, o Mister Gay.

sábado, agosto 16, 2003

na procura - en la busqueda

Caminhar no arco-íris para as terras de Gaudi
Na procura do ente querido, mulher bela e sensual
Meu vício, na ausência mais sentido, doçura angelical
Olhos cor de mel por quem um dia me perdi

Na outra ponta do celeste arco encontrei tesouro real
Passados que foram mares, montanhas e tormentos
Explosão de maravilhosos quereres e sentimentos
Encontro-te no amplo espaço do doirado areal

Qual pérola ofertada pelo mar azul e profundo
Rolou entre os meus dedos, aninhou-se em meus braços
Empolgou meu sentir em tão amplos espaços
Maior felicidade sentida nas passagens deste mundo

Tua melodiosa voz me encanta, qual sereia
Murmuras ternas palavras de muito querer
Fico maravilhado com a beleza total do teu ser
Entrego-me em teu corpo que com carinho me enleia

***************************************************

Caminar en el arco iris para las tierras de Gaudi
En la búsqueda del siendo deseado, mujer hermosa y sensual
Mi vicio, en ausencia más sentido, dulzura angelical
Ojos color de miel por quién un día me perdí

En la otra extremidad del arco celestial encontré el tesoro real
Pasado que habían sido mares, montañas y tormentos
Explosión de maravillosos cariños y sentimientos
Te encuentro en el amplio espacio del dorado arenal

Qué perla ofreció por el mar azul y profundo
Rodó entre mis dedos, fue abrazada en mis brazos
Excitó mi sentir en espacios tan amplios
Felicidad más grande se sentía en las vivencias del mundo

Tu melodiosa voz me encanta, cual serena
Murmuras palabras blandas de mucho cariño
Estoy asombrado con la belleza total de tu ser
Me entrego en tu cuerpo que con afecto me enlejía

uma flor para a lili, do eu é mais bolos



ouvi dizer na rua...

O Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil tem em fase adiantada de concretização as medidas de prevenção para as violentas chuvadas previstas para o Outono

um dia, uma ideia

Uns atacam, outros defendem-se atacando

Uns contra, outros a favos. Uns atacam, outros defendem-se atacando. Gente muito palavrosa que, provavelmente, entendem muito bem o que dizem entre si. Acusações despudoradas, remoques em linguagem cifrada, aprendida ao longo de anos no doce convívio dos “passos perdidos”.

Na realidade, o Povo que os elegeu e a quem têm o dever de prestar contas não entende minimamente a discussão e, muito menos, fica ciente das conclusões. Espera ansiosamente conclusões e obtém os adiamentos do costume.

Não são nomeadas comissões de inquérito mas são nomeadas comissões eventuais. Mas as respectivas votações ficam adiadas para Setembro que o tempo vai quente, os fogos ainda estão no terreno, a destruição de gentes e bens continua. O Povo que tanto já sofreu pode continuar a aguardar que os senhores do poder decidam.

Os deputados (o menino Carlinhos sempre perguntaria a relação que a designação tem com palavras que o proibiram de dizer lá em casa) interromperam as férias para reunir em comissão permanente da Assembleia da República. E ainda dizem que não justificam os chorudos vencimentos...

Como diria o meu amigo Girolami “os portugueses só pensam em reuniões, reuniões, reuniões....). Decisões essas ficam sempre para mais tarde, pois os ventos sempre podem mudar.

Que tristes imagens das instituições, do poder e da capacidade de decisão que nos foram dadas por aqueles que têm a seu cargo legislar com o mandato que o Povo lhes deu.... agora legislam contra o próprio Povo a soldo de interesses que se encontram estabelecidos a milhares de quilómetros.

sexta-feira, agosto 15, 2003

sabores

Queijo de Azeitão

O fabrico do Queijo de Azeitão implantou-se na região nos anos 30 do século XIX, sob influência de um proprietário de Azeitão com raízes na região da Serra da Estrela. Segundo consta, por essa época, Gaspar Henriques de Paiva, um lavrador da Beira Baixa, terá mandado vir da sua terra natal um pastor acompanhado por um rebanho de ovelhas. Inicialmente, semelhante àquele queijo da Beira, o Queijo de Azeitão foi reduzindo gradualmente as suas dimensões, até chegar, já neste século, aos actuais 100 a 250 gramas.

O Queijo de Azeitão deve muito da sua singularidade às características dos solos da região e ao clima da Serra da Arrábida, factores de influência decisiva nas pastagens e, obviamente, no leite fornecido pelos rebanhos. A flor de cardo com que é feita a coalhada, nas queijarias tradicionais, e que só se encontra na região, marca igualmente este queijo de sabor distinto.

O Queijo de Azeitão apresenta pasta semi-mole amanteigada com poucos olhos, possui uma crosta maleável, inteira e lisa, amarelada ou avermelhada, ligeiramente mais espessa que o seu homólogo serrano. A sua área de produção abrange os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal e o controlo e a certificação são feitos pela Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida. É frequentemente servido como aperitivo, pois alguns dos compostos do cardo utilizado na sua confecção contribuem para estimular o apetite. Também pode ser servido no final da refeição, tendo sempre o cuidado de o saborear depois do último prato de substância e antes da sobremesa. A melhor época para o Queijo de Azeitão é a que vai do Natal ao Carnaval, devido ao frio e à humidade que se faz sentir nessa época do ano e com as quais o queijo adquire as melhores condições de cura, ficando com o sabor mais apurado.



uma flor para o joao, do fumaças



ouvi dizer na rua...

Os pedófilos, gente importante da sociedade portuguesa, que ainda não foram presos andam encantados com os oportunos fogos florestais

um dia, uma ideia

Um cérebro priveligiado

A inteligência ímpar de um homem, dirigente por eleição, ilumina e indica o caminho à sociedade mais avançada do Universo, que tudo deve ao seu discernimento e capacidade realizadora.

Em todos os dias do tempo que passa inexoravelmente, este homem usa da palavra, palavras justas eivadas de uma cultura milenar, em que cada uma contém um autêntico pensamento, daqueles que o futuro virá a gravar em pedra ou metal para que se não percam na poeira dos tempos.

Quando fala, com verdade e transparência, o Povo embevecido escuta-o, segue-o como se de um messias se tratasse. Eu diria mesmo, é o messias do século XXI.

Inteligência, cultura, sabedoria. Idolatrado por muitos, odiado por poucos, os terroristas, porque se não pode agradar a toda a gente, este é sem dúvida um homem que só faz guerra no limite e sempre em defesa da paz.

Num dia de muito calor, 35 graus vejam lá, o seu cérebro sofreu um curto-circuito....

Foi o apagão!

Nova Iorque e grande parte do norte dos Estados Unidos estiveram 12 horas sem energia eléctrica.

quinta-feira, agosto 14, 2003

ondas da caparica - 3

O Mel da Arriba Fóssil

É gostoso e vitaminoso. O mel saboreia-se todo o ano, embora muitos, só dele se lembrem nas noites frias de Inverno.

Na região da Costa de Caparica proliferam colmeais, localizados, curiosamente, nos extremos Norte e Sul da Área Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica. E, pela riqueza da flora, de influências atlântica, mediterrânea e continental, produzem mel de extraordinária qualidade.

João Santos, jovem apicultor que lado a lado com o oficial do mesmo ofício João Ferreira Marques explora dois parques com cerca de 30 colmeias, explica: "Com forte incidência de tomilho e rosmaninho, as abelhas das colmeias da Fonte da Telha, instaladas na falésia junto à torre de vigia do Cabo da Malha, produzem um mel mais escuro, de tonalidade âmbar." Por outro lado "o colmeal situado na Raposeira, sobre as Arribas da Trafaria, baseia a sua alimentação na multiflora onde aparecem espécies botânicas variadas como o funcho, o trevo, a acácia, o eucalipto e o cardo, pelo que o mel é de uma tonalidade dourada muito claro.".

Estes colmeais tiveram a sua origem no trabalho desenvolvido pelo velho Gouveia que cuidava do apiário dos Serviços Florestais das Matas Nacionais.



uma flor para a charlotte



ouvi dizer na rua...

A senhora Ministra das Finanças terá incentivado a realização, pelas cadeias de televisão, de programas apelando à solidariedade do Povo português

um dia, uma ideia

Iva Ferreira Leite

Os portugueses foram sempre gente solidária, assumindo para o termo Solidariedade o seu verdadeiro significado, muito longe da comiseração e especialmente da caridade, da caridadezinha.

Sempre souberam unir esforços, mesmo nos tempos difíceis da Ditadura, especialmente à volta das cooperativas de consumo, das colectividades de cultura e recreio, onde desenvolveram trabalho para a defesa dos seus direitos e para ajuda dos mais desprotegidos pela sociedade, tantas vezes por esta excluídos pelas suas convicções políticas.

Quando se trata de serem solidários os portugueses avançam de peito aberto, dando muitas vezes o que a eles próprios faz falta na perspectiva da maior utilidade para terceiros. Mas sempre alguém se aproveita dessa força natural para a ajuda.

Ainda no tempo da Ditadura ficou na recordação de muitos o escândalo que resultou da Operação Pirâmide em que as dádivas mais importantes e valiosas foram indevidamente apropriadas por quem a elas não tinha direito. Nunca se veio a apurar totalmente as responsabilidades pois havia gente importante da sociedade e da política portuguesas envolvidas no assunto.

Mas o roubo, a apropriação indevida continua. Como é possível numa altura em que o estado de carência das populações afectadas pelos fogos devastadores é tremenda por cada 50 cêntimos do Euro 9,5 vão para o Estado?

Por cada 50 cêntimos do Euro que o cidadão anónimo contribuiu para o Povo carenciado somente 40,5 chegam ao seu destino.... se chegarem, digo eu!

quarta-feira, agosto 13, 2003

a arriba fóssil da costa de caparica

A Arriba Fóssil, sobranceira às chamadas Terras da Costa é o mais característico elemento natural da região da Caparica. Trata-se de uma formação geológica invulgar, constituída por rochas sedimentares, possuindo as mais antigas cerca de 15 milhões de anos, com belas formas provocadas pela erosão, variegadas tonalidades ocre e as ravinas abundantes - boqueirões - coroadas de vegetação luxuriante. É o testemunho presente de uma época em que a linha da costa se situava mais para o interior. Actualmente e devido à acumulação de grandes quantidades de areia junto à Arriba, o mar já não a atinge, sendo por isso designada por Fóssil. Para defesa deste património natural único foi legalmente constituída em 1984 a designada Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica.

A importância geológica da Arriba Fóssil é justificada pelo facto de ser constituída por uma sucessão de estratos de rochas sedimentares, das mais importantes da Europa Ocidental, caracterizados por um imenso conteúdo fossilífero.



Para além das características geológicas, muitos outros factores contribuem para que seja considerada um dos principais pólos de interesse natural da região. Possui locais muito favoráveis para a alimentação, reprodução e repouso de aves de rapina, de entre as quais se destacam a águia-de-asa-redonda, o peneireiro-comum, o mocho-galego e a coruja-do-mato. A variedade da fauna é completada com outros animais, desde o rato do campo ao coelho, da perdiz ao pintassilgo. As matas da Arriba são um local privilegiado de passagem para as aves migratórias, sendo ainda de assinalar a presença de uma importante colónia de corvídeos, com relevo para as famílias de corvos comuns, caracteristicamente constituídas por três elementos. Pode-se igualmente observar e admirar na zona envolvente a Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, também conhecida por Pinhal do Rei, o qual foi mandado semear pelo rei D. João V, com o objectivo de impedir a progressão das areias dunares para o interior.

No perímetro da Arriba Fóssil são visíveis os marcos com o símbolo da Casa de Palmela, ao longo da antiga estrada que o monarca utilizava nas suas deslocações de Lisboa para o Castelo de Palmela.

Neste importante espaço natural podemos encontrar, ainda, a Mata das Dunas da Costa de Caparica e Trafaria, na base da arriba, perfazendo com a Mata dos Medos, cerca de 600 ha. de área florestal que proporcionam bons momentos de repouso em contacto directo com a Natureza.



uma flor para os bombeiros



ouvi dizer na rua...

Os fogos que devastam Portugal são a retaliação ao apoio dado pelo governo de Portugal aos americanos na guerra do Iraque

um dia, uma ideia

Serra algarvia em alto risco

A serra do Algarve é um fogo pegado. Espinhaço de Cão, Monchique, Caldeirão, Serras magníficas que sempre fizeram parte do nosso imaginário de bela e frondosa vegetação, estão a ser paulatinamente destruídas.

A serra do Algarve constitui uma barreira natural à circulação atmosférica por forma a criar situações climatéricas específicas, as quais as gentes a fauna e a flora se adaptaram no decorrer de milhares de anos.

A destruição sistemática da mata e da floresta da serra algarvia vai acabar com a barreira natural aos ventos predominantes do Sul, vai alterar toda a circulação atmosférica, vai provocar alterações profundas no ecosistema.

Toda esta dramática situação poderia ter sido minorada se tivessem sido tomadas medidas preventivas que havia obrigação política de acontecer. Mas isso não aconteceu e agora é o drama.

Movimentam-se políticos e influências. O Povo carente e desprotegido vai ser comprado para que se cale. A “democracia” vai calar a capacidade de indignação popular. A culpa vai, uma vez mais, ficar solteira.

um milhar de visitas

Tive ontem o prazer de receber o visitante #1000.

Embora tenha solicitado o envio de um correio electrónico por forma a saber de quem se trata, tal não aconteceu. Contudo, a esse ilustre visitante o meu muito obrigado redobrado.

As visitas têm sido em número modesto, com uma média de 32 visitas diárias, mas tenho tido um grande prazer em partilhar os meus singelos escritos e fotografias, e, principalmente, em visitar blogues deliciosos no seu conteúdo, o que muito me tem enriquecido.

Algumas amizades têm, igualmente, tido origem na blogosesfera o que é deveras maravilhoso.

Não quero deixar de transcrever o comentário da visitante #997, a Lili do blogue Eu é mais bolos:

Só faltam 3!!! Não fui eu...:-( Mas também...não tenho email...muitos parabéns pelo seu blog, é muito muito bom! Beijinhos para si da Lili! :-)

terça-feira, agosto 12, 2003

corpo angelical

Noites a fio sem cessar
Sonhei teus olhos de mel
Em viagem de encantar
Pela terra e pelo mar
Viajavas num corcel

Me prende pra todo o tempo
Teu rosto angelical
Foi o meu encantamento
Foi a luz do sentimento
Teu sorriso divinal

Perdi-me no teu sorriso
Naveguei em teu olhar
Não são falta de juízo
São dádivas do Paraíso
O sentir e o beijar

Colorida de carmim
Tua boca sensual
Sinal de dizer sim
Sinal de amor sem fim
É do querer um sinal

Espigas de trigo maduro
Teus cabelos muito loiros
De sentimento tão puro
Corpo formoso e seguro
São para a alma tesoiro

Em ombros cor de pimenta
Teu pescoço elegante
Seios em carícia lenta
De minha boca sedenta
Do teu corpo tão vibrante

Coroam seios doces formosos
Teus mamilos muito escuros
Pedindo sentires fogosos
De um beijo desejosos
São tentação de tão duros

Uma pérola um brilhante
Teu umbigo celestial
Tão bonito elegante
Sensual e intrigante
Como ele não há igual

Monumento de beleza
Nádegas a cinzel talhadas
Dádiva da Natureza
Dignas de elevada nobreza
Tão belas e delicadas

No cruzar de lindas pernas
Escondes um belo tesouro
Imagens que são eternas
Luminosas quais lanternas
Para o prazer duradouro

uma flor para a juventude



um dia, uma ideia

Não percebemos nada do que dizem

Multiplicam-se os programas televisivos de apoio às populações destroçadas pelos fogos florestais que nos últimos dias têm grassado por todo o País. Da mesma forma, todos as televisões, quer pública quer privadas, têm procurado organizar debates com representantes das diversas entidades envolvidas no socorro nacional.

No que diz respeito aos programas de apoio e solidariedade, mais do que o objectivo de apoiar as populações, o que continua em causa é a luta pelas melhores audiências. Se assim não fosse os responsáveis pelos canais televisivos chegariam a acordo por forma a não haver sobreposições. Dessa forma se potenciariam os apoios, fosse esse o objectivo principal.

No que se refere aos debates, os intervenientes são os do costume. Pessoas muito palavrosas a defenderem, cada um por seu lado, a entidade que representam. Muitos, numa defesa cerrada ao completo descalabro que foi a intervenção governamental.

Aliás, e este é o eterno desafio dos directos, um popular a quem foi perguntada a opinião sobre o debate que estava, então, a decorrer, limitou-se a dizer na sua sabedoria de mártir: “Aqueles senhores falam muito mas ninguém percebe o que dizem. Parece que estão a ensinarem-se uns aos outros”.

É sempre assim, com os comentadores e com os falantes do costume. Atropelam-se nas palavras. Dão opiniões de cátedra, mas estão sempre muito longe da situação no terreno e das soluções necessárias.

Um açoreano sábio e telúrico, pertencente às gentes sofredoras dos cataclismos naturais das ilhas verdes, alertou com muita razão “Espero que não aconteça como com as indemnizações das catástrofes dos Açores em que as pessoas passados todos estes anos ainda esperam pela comparticipação governamental.

segunda-feira, agosto 11, 2003

ainda stonehenge

O regresso a Stonehenge, regresso que representa sempre um acto de prazer e a vivência de sensações indiscritíveis tem origem num correio electrónico recebido da minha querida amiga Graça (Ferreira) que vem pôr a sílaba tónica nos aspectos esotéricos desta jóia do passado da Inglaterra.

Diz a Graça com muito de si: “...adorei encontrar Stonehenge, onde estive há uns quatro anos . Como se adivinha, deixou-me uma estranha e profunda sensação de grandiosidade, beleza, respeito, mistério.... à mistura com algo triste, doloroso, assustador até... sensações que não sei explicar bem porque me invadiram... talvez a paisagem desoladora, a ausência total de vegetação, a imensidão de um vazio violado por gigantescas pedras, a cor da luz do fim de tarde, o silêncio excessivo, a aura de tanta coisa à volta daquele local, enfim, tudo ali nos faz sentir muito pequenos, ignorantes, expectantes não sabemos bem de quê”.

E acrescenta: “Aquele lugar assusta e ama-se ao mesmo tempo. Coincidentemente, ouvi há poucos meses, com particular atenção, uma das faixas (belíssima, no meu entendimento), de um CD, com a banda musical do filme Insider (que não vi) que me trouxe imediatamente à lembrança Stonehenge e a associação desse local a um qualquer acto de imolação, sacrifício... quando fui ver qual era o nome da música fiquei quase arrepiada pois chamava-se precisamente Sacrifício".

Stonehenge é assim mesmo. Quem a visita uma vez que seja fica eternamente ligado à magia e encantamento do local, qual druida do século XXI no sentimento da energia do solestício e do tempo que passa.

um dia, uma ideia

O Povo é quem vai pagar

O simples observador, sem quaisquer responsabilidades técnicas ou políticas, já previa que tal pudesse acontecer. Arderam terras do Norte, arderam terras do Centro, logo se seguiriam as terras do Sul. Seria a Serra de Monchique o alvo seguinte. Maravilhosa manta verde onde o medronheiro vai rareando cada vez mais, mas onde os equilíbrios ecológico e climatérico muito dependem da sua densa arborização.

Que medidas foram tomadas no que concerne à vigilância e prevenção? Muito poucas.

Em Viana do Castelo ainda chove, logo, por que razão decretar a situação de emergência a nível nacional?

O Ministro do Ambiente fala grosso mas somente diz lugares comuns e olha fortemente o seu umbigo, eu fiz, eu disse, eu decidi, eu conheço os meandros da UE, eu sei tudo, eu sou o maior. Mentecapto será, porque o Povo continua a sofrer, e a sofrer cada vez mais.

O Ministro da Agricultura parece viver noutro país que não o nosso. Não sabe dizer nada, não tem conhecimento do sofrimento dos agricultores portugueses e da crise da agricultura que agora mais agravada será. E o Primeiro Ministro? Mantém-se calmo, com toda a situação sob controlo, mesmo que no terrenos os violentos fogos continuem a sua senda de destruição sem nenhuma possibilidade de serem circunscritos.

Bom... que grandes ajudas à incompetência!

Primeiro, o Governo anterior deixou o País de tanga, com o orçamento de estado completamente descontrolado, as finanças públicas num caos, a economia de pantanas....

Depois, a conjuntura internacional é totalmente negativa, foi o terrorismo do dia 11 de Setembro, foi a guerra “santa” do Iraque, é o dólar que entra em perda relativamente ao euro, é o euro que se transforma num incómodo universal...

Finalmente, os fogos florestais matam pessoas, queimam a floresta, consomem edifícios público, zonas históricas e milhares de habitações. Devoram a subsistência das pessoas e a riqueza da mancha florestal...

O Povo vai pagar tudo isto... Porque o Povo atreveu-se, algures no tempo, a ser Gonçalvista...

domingo, agosto 10, 2003

noites de almada

Almada Velha anima-se quando a noite desce sobre a cidade criando, aqui e ali, sombras cúmplices dos beijos furtivos dos namorados, mas também das dramáticas situações de consumo de droga e de prostituição.

A noite dos jovens e dos menos jovens é vivida nas imediações da Capitão Leitão, de grandes tradições na vivência almadense, a cair para os lados do Tejo, nas zonas do Miradouro e do Castelo.

Os pequenos bares acolhem, a cada noite que passa, centenas de visitantes que na justificação de "um copo" conversam como somente os almadenses sabem conversar, sobre os temas do momento e as preocupações do dia-a-dia. Os forasteiros integram-se facilmente na grande convivialidade das gentes de Almada, ganhando o estatuto de cidadania se mais do que uma vez aparecerem. Almada está habituada, desde tempos imemoriais, a acolher no seu seio gentes de terras distantes e diversificadas, de cores e credos diversos, propiciando a sua perfeita integração. Grupos alegres, por vezes muito "alegres", percorrem incessantemente as ruas e calçadas da cidade que já albergou nas suas muralhas D. Nuno Álvares Pereira e o Prior do Crato, quando Lisboa lhes foi agreste.

Mas não só na cidade de Almada a noite é assim vivida. Também no seu termo, um pouco por toda a parte, os beberes e comeres da região apelam à nossa presença. Cacilhas, Piedade, Feijó, Laranjeiro, Sobreda, Pragal, Charneca, Caparica, Costa e Trafaria encerram em si segredos que urge descobrir.


um dia, uma ideia

Sofrimento de um Povo

Bassorá, no sul do Iraque, é o exemplo mais conseguido duma situação que qualquer observador minimamente informado saberia que iria acontecer e que o governo dos Estados Unidos com todo o seu potencial de informação não teve capacidade de prever.

A exigência de que os americanos abandonem o território, a pretensão de conduzir os destinos com as próprias mãos, traz o Povo para a rua em manifestações monumentais contra um invasor um opressor que destruiu uma terra e um Povo e que se nega a repor a legalidade.

Esta situação de revolta popular era de há muito esperada na região, uma vez que os Estados Unidos nunca conseguiram estabilizar o funcionamento das instituições, quer as oficiais, quer as privadas.

A região luta com uma tremenda falta de bens, inclusive de combustíveis, o que paralisa toda a actividade mercantil, enquanto que a gasolina é vendida no mercado negro para o Kwait.

Como sempre acontece nestas circunstâncias uns tantos, poucos, estão a ganhar fortunas à custa do sofrimento de um Povo continuando uma ditadura, agora sem ditador, que cilindra vontades e sonhos.

sábado, agosto 09, 2003

a pérola



um dia, uma ideia

Meteorologia v. Protecção Civil

Já lá vão mais de vinte anos que, numa deslocação que realizei à Ilha da Madeira, tive a oportunidade de visitar os Serviços Regionais da Protecção Civil, que há época se localizavam no Parque das Magnólias, em pleno coração da cidade do Funchal.

Das longas conversas que mantive com o responsável destes serviços sempre recordo o cuidado com que eram estudados os dados regularmente recebidos dos postos meteorológicos instalados na serra e considerados vitais para o estabelecimento das medidas de vigilância e prevenção contra os fogos florestais.

Na realidade, sentia-se existir uma preocupação acrescida relativamente ao valor incalculável do património natural da serra que havia que preservar a todo o custo. Nesse sentido os dados observados e as previsões respeitantes às temperaturas e à humidade relativa determinavam as medidas a tomar a cada momento.

Vinte anos passados sou surpreendido pelas notícias, escamoteadas durante algum tempo e agora tornadas públicas, de que o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) fez orelhas moucas aos sucessivos alertas dados pelo Instituto de Meteorologia quanto à situação previsível de agravamento das condições climatéricas que potenciariam a verificação de fogos florestais.

Quer queiramos quer não, pese as verbas despendidas pelo SNBPC, estes serviços não funcionam, nada coordenam, respondem tardiamente e mantêm-se no alto da sua incompetência e inépcia defendendo os seus “patrões” com soberba e desprezo por outras entidades.

Não fora os serviços Municipais de Protecção Civil, dependentes das Autarquias e o sofrimento das populações seria bem maior. É o Poder Local, considerando aqui também o trabalho abnegado dos BOMBEIROS que ainda resolve os problemas deste País no que concerne ao socorro. É esse Poder Local que sofre sucessivos ataques à sua independência financeira que resultarão na redução da operacionalidade.

Neste País as pérolas continuam a ser dadas aos porcos, sem ofensa para os bácoros e outros animais.

sexta-feira, agosto 08, 2003

situações curiosas

Sexta-feira, dia 13

Quando a slot machine do Universo faz coincidir um determinado dia da semana com o dia de calendário a que são atribuídos poderes especiais, como sempre acontece nas sextas-feiras dia 13, alguns factos extraordinários poderão acontecer.

É evidente que no caso concreto desta coincidência não está em causa um acontecimento aleatório como acontece com as máquinas de jogo, mas algo bem determinado. Contudo, a imagem agrada-me, duas rodas rodando desordenadamente e puff, dia 13 e sexta-feira.

Em termos cósmicos esta coincidência acontece mais vezes do que poderá parecer a uma primeira observação. Em termos da tradição popular existem fortes hipóteses de acontecimentos extraordinários.


Notação romana para o tempo que passa

Existem pequenos pormenores que nos passam despercebidos na agitação do dia-a-dia e que num breve fulgor podem ser trazidos ao nosso consciente.

Durante anos e anos procurava saber a data de origem dos filmes a cuja projecção assistia nas salas de cinema ou na televisão, procurando vislumbrar na ficha técnica final uma breve informação escrita em numeração romana. Por vezes era difícil fazer essa leitura num fugaz golpe de vista.

Assim, 1959 era MCMLIX, enquanto 1987 seria MCMLXXXVII e 1999 escrevia-se MCMXCIX. Este tipo de leitura saiu dos meus hábitos talvez pela redução dos meus interesses cinéfilos e foi assunto em que deixei de pensar.

De súbito, sou alertado para a grande mudança ao assistir a um filme recentemente exibido na televisão. Na transição do milénio tivemos a simplificação máxima de toda esta notação baseada na numeração romana. O último ano do século XX representa-se por MM e o primeiro ano do século XXI tem como representação MMI.

O aproximar-se destes tempos e desta mudança de notação foi tão subtil que fiquei deveras surpreendido.

um dia, uma ideia

Com amigos destes não precisamos de inimigos

Portugal integra, desde há muito, a NATO, no que concerne aos aspectos militares, a par com alguns países da Europa e com os Estados Unidos. Nos tempos da guerra fria o Porto de Lisboa tal como a Base das Lages representavam posições estratégicas importante, onde se verificava grande movimentação de vasos de guerra e de aviões, respectivamente.

Com o fim da guerra fria, Lisboa perdeu completamente o interesse, especialmente para os Estados Unidos, deixando de ser lugar privilegiado para fundearem as esquadras em trânsito para o Atlântico Norte e para outras paragens. O comando da NATO para a região do Atlântico Norte que durante muitos anos esteve sediado nos arredores de Lisboa retirou. As instalações de combustíveis e de armamento da Praia do Rei, na Caparica, da Fonte da Telha e do Marco do Grilo estão praticamente desactivadas.

O Governo de Portugal, que não o seu Povo, humilhou-se perante os Estados Unidos apoiando as suas intenções belicosas contra o Iraque, cuja necessidade se torna cada vez mais duvidosa consoante o tempo passa, permitindo a realização de uma “cimeira” nos Açores, dando apoio público à missão, pondo-se “completamente ao serviço” dos senhores da guerra.

Perante a situação calamitosa actualmente vivida pelas gentes do centro do País que continua a arder, Portugal lançou apelos internacionais recorrendo aos seus “amigos de sempre”, a NATO, os Estados Unidos. Ajuda só de alguns países da União Europeia que tão mal tratada tem sido pelo nosso Governo.

Os Estados Unidos evocando dificuldades deram um tremendo NÃO.

O seu grande potencial tecnológico foi desenhado para matar e destruir e não para salvar vidas e bens.

Sempre dizem SIM à guerra.
Sempre dizem NÃO à solidariedade.

quinta-feira, agosto 07, 2003

um homem exemplar

Corriam os anos 50 do século passado, recordo-me de viajar de camioneta da Amadora, junto ao jardim, para Belém numa viagem que para a minha tenra idade era uma verdadeira aventura. Sentia-me, depois, um autêntico marinheiro ao atravessar o rio Tejo num velho “cacilheiro” fazendo a viagem até à Trafaria, com desvio e paragem em Porto Brandão.

Os meus olhos ficavam extasiados com tanta água, com tamanha ondulação, com o rebentar forte das ondas, de rio ou de mar?, contra o casco do frágil “cacilheiro”. Pensava eu, porque ele era forte e foi dos que nunca se afundaram.

A parte final da viagem era a mais difícil. De camioneta desde Trafaria até a Santo António ali à beirinha da praia da então Fnat, hoje Inatel. Era a mais difícil porque parecia não mais acabar, com o desejo de chegar à praia a cada segundo. Difícil porque a velha camioneta da Viação Piedense, ou seria da Sardinha?, via-se em aflições para chegar ao seu destino.

Finalmente a praia, as dunas sem fim, o mar, as brincadeiras na areia e uma figura única em quem os nossos pais confiavam totalmente: o banheiro António Ribeiro, que todos conhecíamos por “Tarzan”. Para nós tão pequeninos ele era um gigante que zelava pela nossa segurança.

Pela vida fora, mais de trinta anos a cuidar dos mais pequenos e dos maiores também, o “Tarzan” foi um verdadeiro gigante, tendo salvo mais de duzentas vidas e orgulha-se, cheio de razão, de nunca ter deixado ninguém morrer afogado.

Hoje com 83 anos o “Tarzan” já não vai a banhos mas foi, recentemente, convidado para consultor dos banheiros, pois conhece o mar da Costa como ninguém, quer o mar seja um “mar de senhoras” quer esteja embravecido com os erros dos seres humanos.

Continua ligado ao mar que sempre respeitou e amou. Hoje é um artesão, genuíno artesão que trabalha com as dádivas do mar, e continua crente como sempre foi atribuindo a uma força divina todo o bem que conseguiu fazer aos frequentadores das doiradas areias da Caparica.



um dia, uma ideia

Tranparência necessária

Multiplicam-se as iniciativas de solidariedade para com as pessoas violentamente atingidas pela voracidade dos fogos florestais que se têm vindo a verificar um pouco por todo o País. Duma forma geral são iniciativas promovidas pelas emissoras de televisão, contam com a participação gratuita de dezenas e dezenas de artistas e apelam à dádiva benévola da população em geral.

Não sabemos nós cidadãos comuns quais os critérios para a sua distribuição, assim como não foi tornado público, porventura, ainda não foi determinada, a dimensão real da catástrofe. Há pois um apelo aos sentimentos mais superficiais do Povo português impressionado por uma série de reportagens, muitas delas em directo, que apelam sistematicamente ao rápido sentir de compaixão de pena de lamento. A responsabilização do acontecido continua a ser escamoteada.

Aliás, o Governo decidiu da disponibilização a partir dos cofres do Estado do número redondo de 50 milhões de euros. O que levou à determinação desta verba? Quando chegam aos destinatários os 50 milhões? Que critérios vão ser seguidos para a distribuição das verbas?

Todos nós sabemos e somos vítimas da morosidade das decisões da pesadíssima máquina burocrática do estado. Quão fácil é exigirem dos cidadãos o pagamento de contribuições e impostos. Quão difícil é a sua devolução, quando é caso disso.

É importante clarificar todas estas situações. É importante sabermos que as verbas e o bens disponibilizados para a população sofredora vai chegar a quem mais necessita e não seguir o caminho enviesado dos compadrios, tão useiros neste País perante situações semelhantes.

quarta-feira, agosto 06, 2003

a tatiana

Sabem que a vodka ucraniana feita de grãos de trigo é muito boa?, Charlotte a Bomba Inteligente deu o mote...

A Tatiana veio para Portugal há já alguns anos, casou e já teve um rebento em terras lusas. Veio das terras da Ucrânia, assim como o seu marido. estão perfeitamente integrados, falam correctamente o português, têm o seu emprego.

Sentem-se felizes em Portugal, embora tenham muitas saudades dos entes queridos que deixaram nas terras do longe, pais, irmãos...

Nascidos na então União Soviética, no país da Ucrânia, não resisti um dia em fazer-lhe uma pergunta que há muito trazia no meu espirito: Na tua terra são mais felizes agora ou nos tempos da União Soviética? Aqui somos muito felizes mas na nossa terra éramos muito mais felizes, vivíamos melhor no tempo da União Soviética

Havia trabalho, as gentes eram naturalmente alegres, o ordenado de minha mãe era suficiente para a família, pais e três irmãos, viverem bem. O ordenado do meu pai era para amealhar. A minha irmã é contabilista num banco, tem um bom emprego, ganha o equivalente a 50 euros.

A Tatiana está em Portugal empregada numa pastelaria. É empregada de balcão. É feliz. Conclui... Eu também tenho estudos...

um dia, uma ideia

Despolitizar é desresponsabilizar

Acordei hoje de forma anormalmente agitada. Palavras ouvidas ontem, da boca do Primeiro Ministro, continuavam a martelar-me o pensamento. Senti necessidade imperiosa de me expressar publicamente sobre o assunto, sem barreiras, sem que as palavras ficassem presas a uma qualquer folha de papel.

Temos de agir para resolver os problemas e não politizar a situação”, esta é uma forma livre de transcrever as palavras que ouvi e que me torturam. Forma livre mas que expressa a intenção do que foi dito. A não ser que surja agora um desmentido, como vai sendo frequente nesta época de desnorteio.

Ainda admitiria ouvir dizer que não deveríamos partidizar a situação, juntando energias e vontades no sentido da ajuda às populações martirizadas. Mas isso seria totalmente impossível no pensamento de uma pessoa que tem sempre feito ouvidos moucos às opiniões de terceiros, senhor do saber absoluto.

Mas despolitizar, não! Isso é o primeiro passo para a tão desejada e sempre habitual desresponsabilização. Há que extrair e assumir de imediato a responsabilidade política da grave situação.

Como pode ser restruturado e deixado descomandado, em plena época de fogos, o organismo coordenador nacional dos meios de socorro?

Como podem ser iniciadas e não completadas obras destinadas à prevenção e, além disso, pagas com fundos comunitários?

Como se pode falar em prevenção em cima das situações de emergência, das situações de catástrofe, das calamidades?

Como se pode chegar ao século XXI ser existir um Plano Nacional de Protecção Civil devidamente testado e operacional?

Como se pode permitir que em pleno ano de 2003 muitos dos municípios não tenham ainda devidamente operacional o Plano Municipal de Protecção Civil, de que já se fala à cerca de 20 anos?

terça-feira, agosto 05, 2003

janelas abertas para o mundo - 2

Janela de St. Wolfgang

A cortina ligeiramente descaída mais do que esconder pretende criar algum mistério, despertar a curiosidade e incentivar a imaginação, porque os habitantes de St. Wolfgang são transparentes no seu modo de viver e de conviver e têm sentimentos simples mas muito bonitos. A cor das suas janelas deixam transparecer todo esse modo de estar e de receber os forasteiros.

Janela de St. Wolfgang

Um passo mais para a direita e seriam as flores a prevalecer. Um passo mais para a esquerda e a vista total para o interior da casa ficaria franqueada. Neste meio termo ficou a beleza das flores dos Alpes, o mistério do recato de um lar e a certeza da transparência das gentes de St. Wolfgang tal como as cristalinas águas do lago fronteiro.

Janela de Insbruck

Insbruck preserva a sua zona histórica com todo o desvelo, sabendo bem o seu Povo o que custa a reconstrução de tudo o que a violência da II Grande Guerra arrasou. Os Alpes ali tão perto ajudam a temperar a estabilidade psíquica e sensorial que tão profundamente transparecem na beleza das suas janelas. Desta bela janela temos uma soberba visão da zona histórica de Insbruck. A vista no sentido contrário não é menos bela e interessante.

um dia, uma ideia

Que chatice! Estamos de férias...

As dificuldades económicas e financeiras que o País atravessa, à semelhança do que acontece com os restantes países do mundo capitalista, têm sido bravamente enfrentadas pelo governo da Nação. Com uma energia ímpar, os governantes têm encontrado diversas soluções da maior originalidade. Em comum apresentam uma única característica: “sacar ao contribuinte indefeso impostos contribuições taxas coimas, até à exaustão”.

Depois de um ano de talentoso trabalho, as merecidas férias. Férias poupadas que os tempos que correm assim o exigem. As mesmas viagens, as mesmas festas, os mesmos almoços jantares recepções. Os mesmos cruzeiros. Tempos difíceis não são propícios a novas e diferentes aventuras. Há que ser comedido e poupado. Tranquilidade absoluta, pois há que recuperar energias para novas bravuras, após o regresso (rentrè é muito estrangeirado). Há que conseguir espremer ainda mais os magros bolsos dos trabalhadores e estes podem vir a ter mau feitio, indignarem-se, fazerem greves...

Não é que os incendiários, os autarcas, os bombeiros, o Povo sofredor, vêm agora incomodar o descanso dos governantes com a inventona “de que o País está a arder”?

Ministros a esfregarem os olhos do sono dos justos interrompido. Secretários de Estado a distenderem o esqueleto para saírem do doce torpor em que se encontravam. Um primeiro ministro taralhoco do sol que lhe bateu em demasia na moleirinha a não dizer coisa com coisa, a não saber sequer distinguir entre emergência calamidade catástrofe (mas isso que interessa? São palavras...).

Em resumo, um completo desprezo pelas populações sofredoras pelas vidas ceifadas pelos bens destruídos. Desvaloriza-se a dezena de mortos porque se salvaram milhões...

É o preço, pois o valor pouco interessa.

segunda-feira, agosto 04, 2003

o menino esperança

Nariz e mãos espalmadas na vidraça da montra da loja, olhos extasiados de encantamento, o menino deslumbrava-se com tamanha luminária como os seus olhos muito negros jamais haviam visto.

Dera alguns passos na direcção do desconhecido, saiu de onde nunca tinha saído, chegou onde jamais houvera chegado. O menino do bairro negro tomara coragem para vencer os seus próprios limites e ali estava vivendo uma aventura que nunca pensara lhe acontecesse.

No bairro negro, nome que lhe fora dado pelos populares porque a luz nunca lá entrara e, agora, em plena invernia ainda menos, nem a televisão alguma vez fora vista pelos olhos muito grandes do menino.

O que os seus olhos já viram foram terríveis armas que quando utilizadas deixavam marcas nos corpos e nas almas. Viram ambulâncias com luzes azuis horríveis que iam buscar algum dos seus vizinhos mais velhos. Viram sofrimento, tanto sofrimento que o menino sempre pensou ser essa a forma normal de viver.

Agora ali na montra da loja viu muita luz e muita cor, viu figuras ternas em barro esculpidas, viu o menino Jesus, e recordou que há tempos que agora lhe pareciam uma eternidade a sua mãe assim lhe chamara num momento de maior carinho.

E viu a Esperança...

O Mundo pode ser muito melhor se tivermos a coragem de dar um passo curto que seja mas na direcção certa.

um dia, uma ideia

Ontem um sorriso de felicidade, hoje um esgar de desespero

Não passaram ainda muitos meses que assisti a uma sessão em que uma autarca do nosso país entregou, tal como tem acontecido nos últimos anos, uma importância significativa, a cada uma das três corporações de bombeiros voluntários existente no município.

Entregou essa verba, destinada à aquisição de viaturas de ataque ao fogo, dizendo que o fazia com o pesar de quem desejava entregar muito mais, pois sabia que tal verba ia totalmente ser posta ao serviço das populações.

Nos agradecimentos, um dos comandantes, usando da palavra em nome dos restantes, afirmava que nunca o poder central contribuíra com apoios semelhantes que, aliás, nem tinha nenhum representante numa sessão onde se festejava o Dia Municipal do Bombeiro.

O Verão da canícula e das preocupações ainda vinha longe mas os bombeiros voluntários já estavam preocupados, já alertavam para a falta de meios, que não de vontade de serem úteis quando necessário.

Os bombeiros voluntários desfilaram, depois, como forma de agradecer a oferta que havia sido feita às populações. A edil, por seu lado, não se cansava de afirmar que não fazia mais do que a sua obrigação, no sentido de dar maior protecção às pessoas e bens, como era seu dever.

Havia sorrisos de alegria nos rostos dos bombeiros. Reconheci nas imagens televisivas recentes muitos desses rostos, de bombeiros que do sul foram apoia os seus companheiros nos fogos no centro do país. Mas os seus rostos apresentavam sofrimento desespero e indignação por não terem sido ouvidos a tempo por quem detém o poder.

domingo, agosto 03, 2003

ondas da caparica - 2

Doces Sabores da Costa

Cada terra tem os seus próprios e originais doces, sendo estes, muitas vezes que dão notoriedade a localidade de origem, tal é a sua importância no entender das pessoas. Muito desta doçaria tradicional se deve ao esmero e cuidado das freiras dos conventos que se encontram um pouco por todo o país.

Na Costa de Caparica, o doce que a memória popular apresenta como genuíno produto da vila dá pelo nome de "Claudino" e era tradicionalmente fabricado pelo extinto Costa Nova, café e pastelaria que fez época na Costa de Caparica e cujo nome homenageava a origem de muitos ílhavos, logo, região de Aveiro. Daí que se não estranhe que um dos principais ingredientes dos "Claudinos" seja o doce de ovos.

Passado quase meio século os "Claudinos" passaram a ser fabricados pela quase totalidade das pastelarias da Costa e, hoje em dia, por quase todo o País. Curiosamente, quando fabricados fora da Costa de Caparica tomam muitas vezes o nome de "Caparicanos".

"Claudinos" e "Garibaldis", outra especialidade muito apreciada na Costa, fazem par no capítulo da doçaria com os gelados que de muito boa qualidade são igualmente produzidos na Praia do Sol.


Nudismo na Caparica

A agressividade ambiental, provocada inevitavelmente pelo desenvolvimento industrial, leva o ser humano a uma procura constante de espaço que lhe permita um retorno ao contacto com a Natureza, em simultâneo com uma vivência colectiva.

Nesse sentido é, cada vez maior, a adesão popular à prática de desportos e de actividades que privilegiem o contacto com a Natureza, especialmente as actividades de ar livre.

Por ser uma actividade completa, que alia o contacto com a Natureza com o despojar dos adornos que a civilização impõe de forma anti-natural, o Naturismo ou o Nudismo, como muitos a designam, é uma actividade cada vez mais atractiva e mobilizadora dos seres humanos, independentemente do extracto social, da raça, da idade e do sexo.

O Nudismo é um modo de vida em harmonia com a Natureza, caracterizado por se praticar em grupo, encorajando o auto-respeito, o respeito pelos outros e pelo meio ambiente.

Milhões de seres em todos os continentes encontram no Nudismo uma forma saudável de conviver com a Natureza, encarando o seu próximo com fraternidade e respeito.

A sensação do contacto total com a Natureza e a partilha desta sensação com outras pessoas traduz-se num sentimento ímpar de realização integral.

Muito embora se trate de uma atitude perfeitamente natural e saudável, o Nudismo foi considerado em Portugal, até data recente, um tabu institucional, muito embora praticado amiúde em muitas zonas do país.

A acção da Associação Naturista de Portugal foi determinante para conseguir a perfeita legalização e correspondente regulamentação de algumas zonas pioneiras na prática do Nudismo.

A Praia da Bela Vista, a sul da Costa de Caparica, foi a primeira a obter tal estatuto, com a aprovação do referido atributo pela Assembleia Municipal de Almada em 1995.

Chegamos à zona onde legalmente a prática do Nudismo está protegida, pelo acesso à Praia do Rei, quem vem da Costa pela Estrada das Praias, cortada à direita na curva e quem vem da Charneca de Caparica, pela Descida das Vacas, cortada à esquerda ao fundo. Então, sempre por terra batida seguimos até ao final da estrada, podendo os veículos ficar estacionados no amplo parque de estacionamento da Praia da Bela Vista (transpraia 17). Depois, a zona destinada à prática do Nudismo é atingida a pé pela praia ou pelas dunas. Em alternativa poder-se-à utilizar o Transpraia, paragens 18 e 19.


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