Partilhar
quinta-feira, agosto 28, 2003

um dia, uma ideia

Desperdiçar e não prevenir

Passaram os dias soalheiros, sol forte sempre a pique, que secou fenos e matos, criou condições para que violentos fogos florestais queimassem Portugal, deixando pessoas na miséria, destruindo bens de valor incalculável.
Muito se falou na falta de prevenção, na acção tardia e descoordenada dos serviços de protecção civil, do sacrifício dos bombeiros fruto de uma falta enorme de previsão. A tudo o Governo da Nação respondeu dizendo que tinha sido feito o que deveria ser feito e que contra uma situação climatérica tão adversa nada podia ter sido feito melhor.

Os nossos governantes, na ânsia de “sacudirem a água do capote”, não tiveram a humildade necessária para pedir desculpas à Nação.

Já na altura mais aguda da situação, fixei breves palavras de um entrevistado por uma cadeia de televisão que afirmou: “...aqui ainda começaram a abrir corta fogos e a fazer limpeza das matas, para o que receberam fundos comunitários, mas depois a obra ficou a meio...”

Nenhum ênfase foi dado a estas palavras que se perderam no tempo. E Portugal ardeu dolorosamente.

Chegam agora notícias de que não foram utilizados todos os fundos europeus disponibilizados para a prevenção a fogos, por motivos puramente burocráticos. O que tem o Governo da Nação agora para nos dizer?

Aproveito a ocasião para voltar a insistir num tema relacionado com o que antes fica dito e que vai sendo recorrente nestes textos: Quando se iniciam os trabalhos de organização estruturação e passagem para o terreno das medidas de prevenção contra as inundações e avalanches que se prevê venham a ser graves no Inverno que se aproxima?

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?