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domingo, setembro 30, 2007

flor vestida de branco


em floral de base azul
destacam-se enormes flores brancas
em espécie de espantar


Hortência Azul de flores brancas, Quinta da Aveleda, Penafiel - Portugal

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festejar os círios

Festejamos hoje a devoção a Nossa Senhora do Cabo Espichel, também conhecida por Nossa Senhora da Pedra Mu, como somente o Povo o sabe fazer e como, conta a tradição, já o fazia em 1215, a data em que era rei de Portugal Dom Afonso II, nos primórdios da nossa Nacionalidade.

Como sempre acontece nestas situações de um culto profundo e sentido diversas lendas procuram explicar a origem deste culto nascido na região da costa portuguesa onde o Mar Atlântico é mais tumultuoso e perigoso, nos dizer dos homens do mar.

Uma das lendas evoca a intervenção de uma mulher saveira da Caparica e de um velho saloio de Alcabideche que tendo sonhos ou visões convergentes de uma brilhante estrela levantada sobre o mar (stella maris) ao longe alumiando o Cabo Espichel, conhecido à época por Promontório Barbárico aí se dirigiram caminhando a pé desde as suas terras.

O Velho de Alcabideche
E a velha da Caparica
Foram à Rocha do Cabo
Acharam prenda tão rica

Foi prática de muitos poetas, uns mais afamados do que outros, entre os quais Bulhão Pato escreverem elegias à Nossa Senhora do Cabo e aos Círios que em sua devoção se realizaram no decorrer dos séculos.

Também eu, não poeta mas simples escrevinhador de versos e desversos, quis registar em palavras o que este acto me inspirou

Lenda que se perde na bruma dos tempos e da utopia
Fez em sonhos convergentes um homem e uma mulher
Caminharem rumo ao barbárico promontório por haver
Na procura da Senhora da Pedra de Mu que aí luzia.

Soube o Povo dos poderes de tanto sortilégio e querer
Que em turba agitada ao Espichel se dirigiu em correria
Dos campos, pedindo para o gado e as colheitas bonomia
Da praia, protecção aos mareantes que afoitos usam ser.

Erigiram sobre penhascos e arribas em memória a capela
Por esmola e dádiva daqueles que mais nela encontraram
No querer, no sentir de séculos numa prece que se revela

Na memória das gentes que há muito sentiam e desejaram
Verdadeiro milagre resultante do labor e da luta que eleva
O Povo que agora aqui renova as tradições que perduraram.

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sábado, setembro 29, 2007

casa da torreira


pequenas casas de pintura garrida
de pescadores ou de veraneantes
são património imaterial


Casa Tradicional na Praia da Torreira - Portugal

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sonhada menina

Os olhos fixam o infinito
Procuram lá longe onde o pensamento alcança
Aquela réstia cor de esperança
Aquele ser sem igual
Aquela sonhada menina
Corpo de mulher

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sexta-feira, setembro 28, 2007

posto de observação


gaivota atenta e vigilante
controla os movimentos de marés da Ria
Sabe o momento de se alimentar


Gaivota na Ria, Ria de Aveiro, Aveiro - Prtugal

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olhares perdidos

Olhar perdido para lá do infinito de um planalto florido, das cores e dos odores tão esquisitos, que o alquimista dos sentires e dos quereres utiliza magistralmente para construir o amor.

Passados terras e mares, onde o olhar já não alcança, mas onde o pensamento e a imaginação do artista navega o sonho de tonalidades sépia com pinceladas de um verde esperança, voltamos à terra onde as “outonalidades” significam música, música intimista e tranquila.

No palácio, antes casa senhorial, e nos seus primórdios pavilhão de caça, os sons ecoam nos salões, sons de uma musicalidade ímpar, saídos de mãos sensíveis, esguias, ágeis que dedilham suavemente as teclas de um maravilhoso piano de cauda.

O artista queda-se tranquilo agora embalado por suaves sonoridades. E sonha... o seu sonho recorrente. Leve como uma ave, voa voa voa, sem limite e sem cansaço. Passa montes e vales por espaços amplos muito belos. O Mundo um dia será todo assim: doce, tranquilo, solidário.

Lá bem no alto, onde o firmamento é mais azul, o artista ficou na dúvida. Será Outono ou Primavera? Tonalidades de castanho com pinceladas de verde esperança, frutos secos e jeropiga em perfeita harmonia com esvoaçantes beija-flor de flor em flor, doirado sol e jarros de suco de manga, abacaxi e doce de goiaba.

É nesse espaço imaginário que os olhares perdidos se encontram, que as almas se entrelaçam num profundo e esplendoroso abraço. A fascinação deste encontro é como um poema, é luz, é sedução. Apenas olhares e o som universal do piano.

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quinta-feira, setembro 27, 2007

uma janela para a serra


janela da tradição com cortinas bordadas
vista para a serra agreste
numa bela aldeia do xisto


Janela do restaurante Ti Lena, Talasnal, Lousã - Prtugal

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moliceiros atrevidos

É uso os mestres dos moliceiros decorarem as proas dos mesmos com gravuras representando cenas da vida corrente.

São cenas, de uma forma geral, plenas de humor e com um toque de erotismo.

Aqui ficam alguns exemplos recolhidos nos ancoradoros da Ria de Aveiro.



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quarta-feira, setembro 26, 2007

lua setembrina


"a lua mais bela do ano"
entrou pela janela do meu sótão
ofereceu-me um ramo de flores de jacanrandá


Fotomontagem em Photoshop, lua setembrina + janela do meu sótão + flores de jacarandá

Lua Cheia (100%) às 20h 45m

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banhas teu corpo...

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento




Banhas teu corpo nas salsas ondas do mar amante
Gotas salgadas percorrem tuas curvas suavemente
Acariciam cada sonho de teu sensual instante
Traçam caminhos de prazer e do sentir irreverente.

Teus lábios molhados tomam mais brilho mais carmim
São pétalas de rosas beijadas pelo orvalho da manhã
Que na aurora do sentir e muito querer são um festim
Da boca sequiosa que os colhe em sua doçura temporã.

Teus seios de mamilos muito erectos pela forte emoção
Da carícia de mil gotas que os percorrem com ternura
Suplicam para beijados serem em cúmplice ondulação
Recebem pétalas que de teus lábios retirei com candura.

No remoinho das veredas que as gotas de água vão traçando
Encontram mil devaneios em teu umbigo de rara beleza
Nos sentires atingem o cume do desejo e do desmando
E mergulham celeremente em teu tesouro de princesa.

No recato, na intimidade de teu tosão de oiro qual fulgor
O desejo já iguala as gotas de água que não param de chegar
Ligeiramente entreabres tuas pernas talhadas por um escultor
Realiza-se o encontro, sonho de prazer traçado no muito amar.

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terça-feira, setembro 25, 2007

florzinha liás


flutua com suavidade
nas águas do lago
lilás em cama de verdes folhas


Flor aquática na Pateira de Fermentelos, Águeda - Portugal

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na ribalta da oficina

Duas querida amigas, a Maçãzinha, do Maçã de Junho e a Gwen, do A Cantora, deixaram-me dois comentários cheios de afecto sobre o Outono, que por serem muito enriquecedores do que escrevi, tomo a liberdade de os trazer para a ribalta da Oficina das Ideias.

Escreveu a Maçãzinha:

“E é tão bom o Outono... quando temos tempo para nós, para estarmos entre os nossos, entre nós próprios. E Setembro, este mês que tem a Lua mais bela do Ano, os dias meio acabados, meio por acabar, o cheiro que diz " de volta a casa", a sensação de que tudo pode correr muito bem ou vai desmoronar, Setembro, este mês do recomeço, traz o conforto, o friozinho das tardes que começam cedo de mais, traz-me de volta a mim.
Beijo em tons de Outono”


Escreveu a Gwen:

“Me encanta este texto, a forma real de falar do tempo. Sim porque o tempo real é este ditado pelo natural, pelo sol, lua, movimento da terra... os Maias tinham um calendário baseado nas 13 luas para um ano, que totalizavam 364 dias, e assim, temos hoje "um dia fora do tempo", porque o nosso calendário na verdade não se baseia neste ciclo natural. Esta consciência que você demonstra de sintonia e harmonia com o natural, que nos leva realmente ao sentimento de Unidade, é raro na nossa cultura ocidental. Lindo, muito lindo, verdadeiramente encantador a forma que você descreve este período do ano. E a lua cheia do dia 26 será celebrada realmente com muito mais magia.”

Nesta partilha deixo a minha gratidão pelos vossos comentários.

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segunda-feira, setembro 24, 2007

"ciganos" da ria


ao correr de todas as margens da ria
pequenos ancoradores em palafita
acolhem os barcos de navegar e de pescar



Ancoradoro na Praia da Torreira (lado da Ria), Torreira, Aveiro - Portugal

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na ria de aveiro

Em tempo de equinócio embarcámos num pequeno ancoradouro da Gafanha da Nazaré com o objectivo de subirmos a Ria de Aveiro até à Torreira, não sem antes nos aproximarmos da barra onde o Rio Vouga mergulha afoitamente no mar Atlântico.

A temperatura amena do amanhecer prometia já um dia quente com o Sol a brilhar numa altura mediana próprio da época do ano, temperado com a brisa ligeira a soprar sobres as águas da Ria de Aveiro que não dava sequer para criar ondulação, por suave que estava.

Navegação tranquila, ora se aproximando das margens recortadas com pequenas praias que fazem as delícias dos banhistas de fim de Verão e dos pescadores à linha, para logo adiante rumar pelo meio do grande lago do braço maior da Ria.

No porto de pesca, acabado de chegar, um barco bacalhoeiro vindo dos mares da Terra Nova depois de seis meses de faina. Foi o primeiro desta safra a arribar à costa portuguesa, já descarregou o pescado que vai se seco e tratado num dos diversos fabricantes instalados na Gafanha. Sim, porque a seca artesanal ao Sol já caiu em desuso.

Em plena Ria de Aveiro entrámos no Outono cruzando a fina linha do tempo. No momento do atravessamento iluminou-se o meu sentir de tonalidades de lilás que há tão pouco uma amiga me deu a conhecer e a bem querer. É a síntese de todas as tonalidades do Outono feitas Primavera.

Mais para os lados da Torreira implantada num isto que separa o mar da Ria, esta povoa-se de inúmeras embarcações tradicionais: Chichorros, Pateiras e Moliceiros. Barcos que chegam com pescado, outros que vão na procura de algum rendimento que as águas “estão a dar”.

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domingo, setembro 23, 2007

pateira real


real designação dada a este lago
por sua alteza Dom Manuel I
muitos patos o justificaram


Pateira de Fermentelos, Águeda - Portugal

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tempos de mudança e de progresso

Às 10 horas e 51 minutos de hoje inicia-se o Outono no hemisfério Norte, quando a noite tem a mesma duração do dia e em que faltam 99 dias a recolher até ao final do ano. É tempo de cumplicidade com o mar imenso de azul esverdeado vestido, a versejar na espuma criada no beijar da areia doirada.

Estamos a viver o Equinócio de Outono, tempo de consolidação para o crescimento e o esquema natural das coisas. Armazenamos os frutos do esforço realizado e procuramos compreender que novas mudanças são necessárias progredir, quando o tempo de renovação chegar. Tempo de vindima que a uva do ano promete vinho de cariz muito especial, destinado a uma excelente “reserva”, pois o Sol deu o seu toque mágico nos últimos dias de maturação.

Assim como as árvores se libertam das folhas cobrindo o solo de tonalidades castanho e doirado também nós deveremos esquecer comportamentos e atitudes sem utilidade, para nos prepararmos para a Primavera da esperança que logo estará a bater à porta. Aproveitemos momentos de recolhimento no Outono e Inverno e teremos mais luz e alegria nos primeiros dias primaveris.

Nesta terra lusitana, vão imperar as tonalidades castanho e doirado, mas não o ocaso da vida e muito menos a morte da esperança. O Atlântico será estreito para a vontade indomável de povos que se querem bem. No Brasil festejam-se as searas, as flores, o eterno renascer. “Deméter reencontra Perséfone e volta a ser fértil”. Há esperança renovada, porque o “Cavaleiro da Esperança”, contra ventos e marés, continua a encaminhar o Brasil e os brasileiros para o oásis do tempo. E nós irmãos portugueses, os que se não venderam aos dólares das armas e da contaminação do Planeta, sentimos o orgulho do Pai amado.

Hoje é tempo de Equinócio de Outono que marca o início do afastamento do Sol rumo ao Inverno. O dia e a noite são exactamente iguais, com 12 horas cada. Com ele se dá o início astronómico do Outono. O Sol nasceu precisamente a Leste e o ocaso verifica-se a Oeste. Despertei ainda o sol não dera os primeiros passos, caminhei a madrugada tranquila e vivi a luminosidade do amanhecer Verão. Depois, senti a chegada do Outono nas águas tranquilas da Ria de Aveiro a bordo de uma embarcação que me fez atravessar a linha do tempo.

No momento do atravessamento iluminou-se o meu sentir de tonalidades de lilás que há tão pouco uma amiga me deu a conhecer e a bem querer. É a síntese de todas as tonalidades do Outono feitas Primavera. É a madeira de jacarandá que ainda há pouco vi a decorar a capela da Fábrica da Vista Alegre e que emergia dos nenúfares da Pateira de Fermentelos.

Não é estranho, pois, que a tradição ocidental associe este momento com o pôr-do-sol. As civilizações solares antigas acreditavam que o Sol morria no entardecer e era ressuscitado no dia seguinte. Durante a Noite, ele cruzava o Reino dos Mortos, levado, segundo os egípcios, em uma barca. Mas a tradição ocidental liga o Equinócio igualmente à água, em especial, à água do mar.

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sábado, setembro 22, 2007

friso cor de rosa


na sigeleza de tonalidades rosa
dá as boas vindas a quem vem de longe
dá mais cor às emoções


floreira na Estalagem da Pateira, Fermentelos, Águeda - Portugal

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com kerstin na aldeia de cerdeira

o meu caderno de viagens
Pequenos apontamentos rabiscados num caderno de viagem e agora partilhados com os leitores. Os sítios, as gentes, os costumes e as curiosidades observados por quem gosta mais de viajar do que de fazer turismo




Deixámos momentaneamente as estradas serranas e percorremos alguns quilómetros da estrada de alcatrão que liga a Lousã a Castanheira de Pêra, na direcção da Lousã onde, após uma curva acentuada, cortámos à direita e saímos de novo para os trilhos serranos de macadame em direcção à aldeia serrana de xisto, designada Cerdeira.

Passado algum tempo e percorridos poucos quilómetros a estrada termina abruptamente num pequeno largo onde se situa a igreja da Aldeia. A estrada não segue até à povoação por decisão expressa dos habitantes que preferem a tranquilidade à invasão do espaço habitacional por veículos automóveis.

Percorremos cerca de quinhentos metros que separam o adro da igreja da Aldeia entre castanheiros e carvalhos, os primeiros carregados de ouriços de castanhas a caminho da maturação. Quanto às bolotas dos carvalhos encontram-se espalhadas um pouso por todo o caminho.

À entrada da Aldeia uma fonte de água cristalina vinda das entranhas da serra corre permanentemente durante todo o ano, criando um pequeno ribeiro onde encontramos um dos habitantes da aldeia a lavar a loiça para o que utiliza detergente ecológico.

Procurámos a casa de Krestin. A escultora Krestin Thomas é alemã e vive na Aldeia de Cerdeira há cerca de 20 anos, com o marido e dois filhos. Aliás, os quatro e mais o jovem agricultor biológico constituem a única população permanente de Cerdeira.

No dia em que estivemos na Aldeia de Cerdeira encontravam-se lá somente seis pessoas, os cinco habitantes permanente e uma amiga.

A escultora Krestin cria, além de maravilhosas casas de xisto em miniatura, construídas da forma tradicional como o fazem com as casas reais, magníficas esculturas de madeira, tendo como base as madeiras da Serra da Lousã, especialmente, o castanho e a tília para as incrustações.

A Aldeia da Cerdeira foi buscar o seu nome à existência na região em tempos passados de imensos pomares de cerejeira brava. Cerdeira = Cerejeira Brava.

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sexta-feira, setembro 21, 2007

asas ao vento

asas coloridas ao vento
no sonho do ser humano
um dia conseguir voar

"kitsurf" na Praia da Vaga Nova - Praia do Sol - Portugal

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clarividência

Vivendo o sonho, imagens perfeitas e harmoniosas
Julgando infindável a capacidade de amar e ser amado
Caminhando tortuosos rumos, evitando a desilusão
Atinge o infinito onde a clarividência é soberana

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quinta-feira, setembro 20, 2007

cerdeira=cereja brava

cinco habitantes com gosto pela vida
origem na cereja brava
tranquilidade criativa

Casas de Xisto, aldeia de Cerdeira, Serra da Lousã - Portugal

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sentir as gentes serranas

Subir Serra da Lousã e deixarmo-nos encantar com a frondosa vegetação. Sentir o pulsar das Aldeias Serranas de Xisto e da gente que nelas habita. Respirar funto o inebriante ar serrano e no final, beber um licor de castanha.


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quarta-feira, setembro 19, 2007

cantinho dos licores


licor de castanhas, licor de nozes, medronho
licor de cereja, cereja brava
frutos serranos feitos espírito


Licores no bar do Ti Lena, aldeia do Talasnal, Serra da Lousã - Portugal

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100 anos da dona armandina

Nasceu em Manaus, no Brasil, filha de emigrantes portugueses; veio depois a viver em Arcos de Tabuaço e reside na Freguesia de Charneca de Caparica há 12 anos e aqui veio a completar o seu Centenário.


Festejou o seu 100º Aniversário juntos dos seus entes queridos mas também com dezenas de “novas” amigas que veio encontrar no Centro de Dia da Comissão Unitário de Reformados e Idosos de Charneca de Caparica onde lhe é dado todo o apoio e assistência.


Uma bonita festa organizada pela CURPIC com o patrocínio da Autarquia Local, a Junta de Freguesia de Charneca de Caparica.


Tem 3 filhos, 12 netos e outros tantos bisnetos, encontra-se com excelentes capacidades físicas e intelectuais.

Nasceu em 19 de Setembro de 1907. Muitas Felicidades Dona Armandina.

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terça-feira, setembro 18, 2007

flor em xisto


a cada recanto das casas de xisto
um toque de luz e cor
dado por bonitos florais


Flor em xisto, aldeia de Cerdeira, Serra da Lousã - Portugal

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o talasnico

doces pensamentos
A doçaria tradicional portuguesa como justificação para uma viagem de afectos e de sabores aos lugares de culto dos conventuais e pagãos manjares




“Um dia alguém pensou em imortalizar um amigo... a assim nasceu o doce e misterioso ‘Talasnico’.”

O ‘Talasnico’ é o doce tradicional da aldeia serrana de Talasnal, a par com os bombons de castanha (com chocolate e mel) e é confeccionado artesanalmente com os seguintes ingredientes: Castanha, mel, amêndoas, ovos, canela, limão, manteiga e farinha de trigo.


Talasnal é uma das aldeias serranas de xisto e está implantada na primeira montanha da Cordilheira Central Ibérica, entre vales profundos e verdejantes cuja cobertura arbórea tem predominância de carvalhos e castanheiros.

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segunda-feira, setembro 17, 2007

bonita flor da mata


subir a serra entre verdejante vegetação
olhas extasiado com a soberba paisagem
que bonita esta flor da mata


Urze florida da Serra, Serra da Lousã - Portugal

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restaurante ti lena

sentados à mesa... gostámos
Viajar pela rota dos saberes, feitos de odores e sabores, numa partilha da degustação de comidas e de bebidas em casas de pasto, ao ritmo do coração



Recebidos pelas proprietárias e fazedoras de iguarias, as irmãs Lisete e Amélia Dias, coadjuvadas pelo simpático Ricardo, instalámo-nos numa mesa de dois lugares colocada no pátio, em lugar de sombra permanente mesmo na canícula de Verão, e aguardámos tranquilamente a chegada dos prometidos manjares. O nosso olhar perdia-se na lonjura dos montes e vales profundos da serra lousanense enquanto apreciámos um queijo fatiado com o paladar e sal na conta, azeitonas cozidas e um vinho tinto da casa, que não sendo da região caía muito bem.

Quando para a mesa foram trazidas as vitualhas ficámos extasiados (como reza no ditado popular “a vista também come”): Cabrito assado com castanhas e Chanfana (como deve ser). Cozinhados em forno, ao ritmo do calor da lenha de castanho, todos os paladares ocultos foram evidenciados para nosso deleite e os odores partilhados entre os nosso sentires e o ar serrano que nos envolve.


A chanfana resulta de cozinhar a carne de cabra velha, que vive até ao seu limite de parideira, em vinho tinto que amacia a sua contextura que de outra forma seria impossível conseguir. É um cozinhar lento, cuidado, em panelas de barro preto e forno de lenha de carvalho ou de castanheiro.

O cabrito acompanha com batatinhas e castanha que vão ao forno de lenha em conjunto. É um cabrito estonado, como lhe chama o investigador Armando Fernandes. O cabrito é assado juntamente com a pele, pelo que primeiro há que mergulhar o cabrito em água fervente por forma a retirar-lhe lentamente o pelo sem afectar a pele. Esta depois e cozinhada fica estaladiça e saborosa e a carne muito mais suculenta. A castanha é acompanhamento “obrigatório” nas serranias da Lousã.


Da lista escrita em quadro de ardósia constava:


Creme de ervilhas com presunto

Bacalhau assado com batatas a murro
Chanfana
Cabrito assado com castanhas

Farófias
Mousse de chocolate
Tarte de abóbora
Bolo de chocolate com castanhas

Para garantir lugar de comidas neste restaurante dever-se-á cuidar da reserva em tempo pois os lugares à mesa são poucos e a procura muito grande.

Restaurante – Bar Típico Ti Lena
Talasnal – Serra da Lousã
Contactos para marcações: 933 832 624 / 917 045 608

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domingo, setembro 16, 2007

pinhas da serra

pinheiros bravos, eucaliptos, pinheiro dos alpes
castanheiros, tílias e xisto
muito xisto de beleza ímpar


Pinhas da serra, Serra da Lousã - Portugal

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serra acima até talasnal

As Aldeias Serranas do Xisto representam um conceito do sentido de recuperar e preservar a tradição das vivências serranas, nos seus múltiplos aspectos: arqueológico, social, gastronómico e de trabalho artesanal.

A maior concentração de “aldeias” verifica-se no concelho da Lousã, na primeira montanha da Cordilheira Central Ibérica, situando-se de um modo geral a média altitude, por aí ser mais fácil e produtiva a actividade agrícola, base da economia de subsistência das suas populações.


Quando subimos a serra, a partir da Lousã pela estrada de macadame, processo de pavimentação muito utilizado nas estradas serranas com recurso a pedra britada muito compactada, iniciamos a subida na povoação de Cacilhas, no sopé da serra da Lousã.

Alguns quilómetros passados, distância resultante mais da sinuosidade do caminho do que da efectiva diferença de altitude, num desvio muito anguloso à direita, chegamos ao designado Terreiro das Bruxas. Aí se encontra um excelente parque de merendas totalmente construído em xisto e devidamente equipado com casas de banho e cozinha. É uma obra incluída no Directivo dos Baldios da Lousã.


Depois de subirmos bem alto na serra e voltarmos a descer até meia encosta chegámos à aldeia serrana de Talasnal, cuja visita nos foi recomendada pelo dono da Residencial Martinho, situada no coração da Vila, e onde havíamos pernoitado.

“Talasnal: Aldeia a descobrir entre castanheiros e carvalhos seculares em plena Serra da Lousã”.

Talasnal é uma das aldeias serranas de xisto e está implantada na primeira montanha da Cordilheira Central Ibérica, entre vales profundos e verdejantes cuja cobertura arbórea tem predominância de carvalhos e castanheiros.


Esta aldeia é constituída por casas construídas de xisto utilizando os métodos de construção tradicionais. As casas de xisto são empoleiradas nos rochedos sem necessitarem de quaisquer outras fundações, utilizando-se na sua construção madeiras oriundas dos muitos soutos da região, confundindo-se na sua estrutura com o próprio fraguedo encrespado.

Talasnal deve ser visitada com tranquilidade, com tempo, como quem degusta, apreciando sabores e odores, um requintado manjar. Não passará, por certo, despercebida ao visitante uma alminha com a imagem de Cristo em esmalte policromático na frontaria de uma das casas.


No único restaurante da aldeia, o Ti Lena, almoçámos.

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sábado, setembro 15, 2007

vila da lousã vista da serra


subir a serra da lousã pelo macadame
serpenteando entre frondoso arvoredo
e depois olhar o casario da vila

Vila da Lousã vista da Serra, Serra da Lousã - Portugal

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pétalas do desejo

Coloquei meus lábios sobre os teus num beijo desejado
Minha língua abriu caminho em procura íntima sensual
Neste sonho caminhámos rumo ao destino almejado
Deixando um rasto de pétalas de rosas sem igual.

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sexta-feira, setembro 14, 2007

cristalina água

água que corre cristalina
vinda do alto das serras
até à fonte do tritão

Fonte do Tritão nos Jardins Românticos da Quinta da Aveleda - Portugal

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navegar no douro vinhateiro

Douro Acima na tranquilidade do navegar duma embarcação nossos olhos se deslumbram com a beleza natural do rio e de suas margens.

Ao entrarmos na zona de Património da Humanidade declarada pela UNESCO, o Douro Vinhateiro snetimos toda a riqueza do trabalho do Homem na criação de socalcos onde as uvas "bebem" os raios solares transformando-os no melhor néctar do Mundo: o Vinho do Porto.



Navegar no Douro Vinhateiro


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quinta-feira, setembro 13, 2007

flor e romantismo

explosão de cor e de luz
flor magnífica e romântica
no jardim dos amores

Flor dos Jardins Românticos da Quinta da Aveleda - Portugal

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um instante

É um momento do tempo
É o tempo de um suspiro
Um século?
Um ano?
Um segundo?

Um instante!

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quarta-feira, setembro 12, 2007

mesa real

nesta mesa almoçou em 1901
sua alteza o príncipe real
dom luís filipe, filho de dom carlos

Mesa de pedra nos Jardins Românticos da Quinta da Aveleda - Portugal

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a casa dos amuos

No séculos XVIII e XIX, é conhecida a posição pública recatada e submissa das mulheres, independentemente da classe social, aparecendo sempre um pouco como a sombra do marido, ainda hoje se afirmando indevidamente “por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher”. O caminhar a vida lado a lado é, sem dúvida, a melhor forma.

Contudo, é conhecida quanta importância e mesmo determinação tiveram as mulheres na condução dos negócios e mesmo da política nas sociedades tradicionais de então. Foi o que aconteceu e está historicamente registado aquando da explosão vinícola das zonas do Douro e do Minho nos tempos do Marquês de Pombal.

Recentemente, levados por mão amiga e conhecedora, visitámos na Quinta da Aveleda um espaço algo reservado e pouco falado a que chamam “a Casa dos Amuos”. Dizia esse meu amigo que conta a tradição que nesta casa bem no interior dos jardins românticos da Quinta se recolhiam as damas da casa quando amuavam com seus maridos.

Versão da tradição machista sem dúvida...

Dei comigo a pensar se não seria na chamada “Casa dos Amuos” que se juntavam as senhoras da região e longe das vistas de seus maridos acordavam as estratégias a seguir nos negócios e na política de então.

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terça-feira, setembro 11, 2007

elegância senhoril


mais parece obra de escultor inspirado
pose de elegante modelo
cisne branco do romântico jardim


Cisne branco em um dos lagos dos Jardins Românticos da Quinta da Aveleda - Portugal

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a morte da magia

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento




De súbito tomou o céu a cor de fogo
Voaram baixo as aves assustadas
Prenúncio de eminente tempestade
Que varre os campos, a mata, o areal.

Do Verão os sonhos se esvaíram
Como as ondas varrem os castelos
De areia construídos e tão frágeis
Como os desejos e quereres sentidos.

Na angústia da incerteza pelo devir
O olhar procura a luz no horizonte
Mas somente encontra total negrura

Perde-se a magia na voracidade do tempo
É o Outono do calendário e da vida
Frutos maduros e folhas secas e mortas.

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segunda-feira, setembro 10, 2007

aqui se aclamou o rei


nesta janela o Povo aclamou
D. João IV rei de Portugal
no Norte do nosso País


Janela manuelina (gótico tardio) nos Jardins Românticos da Quinta da Aveleda - Portugal

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novos indicadores de leitura

De acordo com os critérios editoriais da Oficina das Ideias criamos, frequentemente, novos apontadores e leitura. Três razões fundamentais nos levam a essa decisão:

1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.

Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.


Rente ao Olhar, de Guida Alves (Portugal)

Momentos de Vida, de Menina do Rio (Brasil) – “São rabiscos e fragmentos de mim mesma recolhidos de saudades e devaneios”

Momentos..., de Um Momento (Portugal) – “...que duram pouco. Existem também amores que duram pouco, amizades que duram pouco. Cada momento de nossas vidas é importante. ...”

Tertulias Cotidianas, de Eduardo W, (Chile) – “"Mi amor es una fiebre que incesante ansía lo que su virus alimenta, porque en mi mal mi gusto se apacienta y es por sí enfermo el apetito amante." - Mr. William”

Íntimas Suculências, de Mary Lamb (Portugal) – “Pensamentos Provincianos”

Atl das Obras, de Carreira (Portugal) – “Textos, desenhos, músicas, vídeos, poemas, cartazes...”

Woman Feelings, de Woman Feelings (Portugal) – Just a Woman

Esquisito e Meio, de Cinthia (Portugal) - ...auto-expressão de um Ideológico sem nexo algum pois nada é imperfeito, mas o presente é construído sob nosso passado arruinado em face de um futuro inexistente!...

Infinito’s, de Minda (Portugal) - Porque infinita é a vontade de sonhar e chegar sempre mais além… Espaço de convívio e reflexão onde as palavras são sementes que crescem livres de amarras

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domingo, setembro 09, 2007

uma janela para a vinha


por entre as cortinas desta janela
a senhora do solar romântico
assistia à maturação das uvas


Uma das janelas da mansão da Quinta da Aveleda - Portugal

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flores da quinta

Visitámos o Jardim Romântico da Quinta da Aveleda e ficámos maravilhados com o património construído e, muito em especial, com as maravilhosas flores que lhe dão alegria e cor.

Aqui convosco partilhamos parte do muito que vimos e que não encontramos arte de transpôr para as nossas modestas imagens.




Flores do Jardim Romântico da Quinta da Aveleda



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sábado, setembro 08, 2007

fumega tua arriba


rio tua acima
uma viagem de sonhos
num combóio de outros tempos


Combóio do Tua na margem do Rio Douro até Peso da Régua - Portugal

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degustar na quinta

Já noutras ocasiões tem acontecido situações semelhantes. Fruto de um concurso realizado pela “garrafeira” do Jumbo Almada Fórum um grupo de clientes foi convidado a viajar até às instalações de um produtor de vinhos com o objectivo não só de contactar directamente com um produtor, como também participar numa sessão de provas de vinhos, aumentar a consciência de consumir vinhos de qualidade.

Como alguém já teve oportunidade de sublinhar “Vale mais degustar um copo de vinho excelente (com a vantagem de não criar problemas de condução automóvel) do que beber uma garrafa de vinho corrente e sem qualidade”.

Desta vez o destino da “viagem vínica” foi a Quinta da Aveleda, em plena região dos vinhos verdes, onde fomos recebidos de forma fidalga pelos senhores Pedro Teixeira e António Mendonça que foram nossos cicerones durante o dia.



Nas amplas varandas de um dos edifícios, debruçadas sobre vastíssimos vinhedos e com soberba vista para o Vale do Sousa foi-nos dado a degustar um fresco, frutado e delicado vinho branco seco que se fez acompanhar de magníficos aperitivos donde salientamos as tapas de mousse de marisco e de manteiga batida com alho e coentros (os coentros já chegaram ao Norte) e, muito em especial, uma tábua de queijos “Quinta da Aveleda” nas suas apresentações “normal” e “curado”.

O vinho que nos foi servido foi Vinho Verde Branco “Quinta da Aveleda” seco, 2006. Magnífico!!!



Depois de interessantes conversas sobre vinhas e vinhedos chegou a hora do almoço servido num bonito salão decorado com azulejaria de temática vínica e com muitas peças antigas relacionadas com o tema.

O repasto foi constituído por uma entrada de meloa com presunto servida na própria casca, um arroz de pato à antiga, que acompanharam um excelente tinto, Charamba, Douro D.O.C. 2005. Este vinho foi buscar a sua designação a uma dança tradicional portuguesa do século XIX e é “obra” do enólogo Eng.º Manuel Soares a partir das melhores castas do Douro (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz). A sobremesa, um tradicional leite creme queimado ao momento completou o repasto enquanto nos deliciávamos com uma digestiva aguardente vínica Adega Velha.



em breve: Os jardins românticos da Quinta da Aveleda

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sexta-feira, setembro 07, 2007

serpentear do douro


serpentear no douro tranquilo
rio acima ou rio abaixo
puro encantamento


A segunda mais angulosa curva do Rio Douro (180 graus), Rio Douro - Portugal

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grito do ipiranga

O Príncipe Regente D. Pedro que se havia instalado no Brasil por forma a manter intacta a corte portuguesa ameaçada pela invasão de tropas estrangeiras havia por aí ganho raízes profundas. Corria o ano 22 depois de 1800 e D. Pedro negava-se a regressar a Portugal, contrariando as insistências da corte de Lisboa.

Logo no início do ano, a 9 de Janeiro, na varanda do paço do Rio de Janeiro, D. Pedro recebeu o manifesto com alguns milhares de assinaturas pedindo que ele se mantivesse no Brasil. O pedido foi-lhe feito de viva voz pelo presidente do senado da câmara, José Clemente Pereira.

De Portugal continuavam a insistir para que D. Pedro regressasse e desse continuidade à situação de o Brasil ser uma colónia portuguesa e não se mantivesse como capital do Reino.

A 7 de Setembro de 1822, o Príncipe Regente respondeu a um novo pedido para que ficasse, este entregue por José Bonifácio, que recolheu as assinaturas em toda a capitania de São Paulo. O príncipe D. Pedro encontrava-se naquele momento nas margens do rio Ipiranga.

Um grito dado numa sacada de uma janela, outro que responder desde as margens de um riacho que ecoaram pelo Povo. O Brasil tornara-se independente.

A independência de um povo é entregar em suas mãos o destino da sua terra, do seu país. O Brasil avançou! Cento e oitenta e cinco anos de luta contra obstáculos e escolhos colocados para evitar esse caminho da independência e da liberdade.

Neste dia festivo aqui deixo expressos os meus parabéns pelo lugar ímpar que atingiu em todo o Mundo sendo percursor indesmentível do avanço de uma sociedade mais solidária, embora lutando contra todos os obstáculos que os “senhores do mundo” lhe tentam colocar.

Ao Povo do Brasil aqui deixo a minha Esperança de que venham a ser o farol do Mundo no caminho da globalização da solidariedade.

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quinta-feira, setembro 06, 2007

socalcos até ao céu


socalcos até chegarem ao céu
virados a sul recebem o sol
depois nectar engarrafado


Socalcos de videiras no Douro vinhateiro - Portugal

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doçura no beijar

Teus belos olhos de mel duma tonalidade tão pura
São do Universo o anel do muito querer que perdura
Tua boca sem ter par tal como uma amora já madura
A doçura no beijar num momento de doce ternura

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quarta-feira, setembro 05, 2007

casa de beira-rio


casas características da beira-rio
quando o douro serpenteia
na região vinhateira


Casa de beira-rio na margem direita do Rio Douro - Portugal

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50 meses na blogoesfera

Meia centena de meses já a Oficina das Ideias caminhou na blogoesfera, uma caminhada interessante pelos encontros e cumplicidades conseguidos, de muitas partilhas e de enriquecedoras parcerias. O tempo que passa devora muitas recordações mas é com encantamento que percorremos o histórico das nossa presenças e muitas vezes nos emocionamos. Cumprimos o estatuto editorial da primeira hora “textos e imagens próprios e originais, a temática da cultura de um Povo e da defesa da região da Praia do Sol e desenvolvimento dos afectos e do muito querer”.

Novas temáticas vão surgindo da imaginação e memórias das gentes da Oficina ao que o nosso amigo Olho de Lince sempre vai procurando responder com novas e originais imagens. É dessa foram que lançamos a temática “Ler Escrever e Contar”, “Tempos de Rádio” e “Contos da Mata dos Medos”.

O número de visitas diárias que no pico do Verão baixou significativamente está, de novo, em recuperação positiva. São cada vez mais os países que nos visitam, estando praticamente representados todos os países de língua oficial portuguesa.

No último mês, o número de comentários foi de 133, a partir de 27 comentadores, valores que nos deram bastante satisfação. É de grande importância para o enriquecimento da Oficina das Ideias esta contribuição dos dedicados e amigos leitores.

Quanto a visitas atingimos a cifra de 231.390 com origem em 137 países diferentes, valores facultados pelo SiteMeter e pelo NeoWORX. Do Brasil 105.725 visitas e de Portugal 103.300 encontram-se no topo dos visitantes.

Total de postagens – 3.088, onde cerca de metade são fotografias da autoria do nosso amigo Olho de Lince.

Um agradecimento especial a Blogger.com e a Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.


Quadro de Honra

Gasolina, do Flor da Palavra (Portugal)
Lualil, do Traduzir-se... (Brasil)
Gwendolyn, do A Cantora (Brasil)
Sandra, do Gata por um Fio (Brasil)
Lígia (Brasil)
Luísa Margarida, do Cantábile (Brasil)
Repórter, do Pó de Ser (Portugal)
Maçã, do Maçã de Junho (Portugal)
Guida Alves, do Rente ao Olhar (Portugal) [*]
Menina do Rio, do Momentos de Vida (Brasil) [*]
Claudia P, do Cor de Dentro (Brasil)
Bailarina, do Bailar das Letras (Brasil)
Um Momento, de Momentos (Portugal) [*]
Luz Branca, do La Petite Vie (Portugal)
Lila (Portugal)
James Stuart, do Szerinting (Hungria)
Ivone, do Um Silêncio de Paixão (Portugal)
Sandra Queiroz (Brasil)
Eduardo W, do Tertulias Cotidianas (Chile) [*]
Teresa David, do Fantasias (Portugal)
Mary Lamb, do Íntimas Seculências (Portugal) [*]
Eduardo P. L., do Varal das Ideias (Brasil)
Carreira, do Atl das Obras (Portugal) [*]
Woman Feelings, do Woman Feelings (Portugal) [*]
Cinthia, do Esquisito e Meio (Portugal) [*]
Minda, do Infinito’s (Portugal) [*]
Silêncio Culpado, de O Silêncio Culpado (Portugal)


A TODOS o nosso MUITO OBRIGADO!




[*] muito em breve nos nossos indicadores de leitura

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terça-feira, setembro 04, 2007

que flor tão bela


que flor tão especial é esta?
que em terras do tão longe
me trouxe tonalidades de lilás ao pensamento


Flor de um arbusto num jardim da cidade do Porto - Portugal

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rebuçados da régua

doces pensamentos
A doçaria tradicional portuguesa como justificação para uma viagem de afectos e de sabores aos lugares de culto dos conventuais e pagãos manjares



Se viajarem por caminho de ferro do Pinhão, em pleno coração do Douro vinhateiro, para a cidade do Porto, quando o combóio parar na estação de Peso da Régua com o tradicional ranger dos freios não se surpreendam ao verem aproximar-se das carruagens mulheres vestidas de imaculada brancura. São as rebuçadeiras da Régua a apregoarem:

“_Olha os Rebuçados da Régua! Quem quer rebuçados da Régua? ”

Trajando de saia e blusa branca, ou uma bata branca, e o chapéu ou lenço da mesma cor colocados na cabeça, trazem no braço um cestinho de verga forrando com um pano branco que contém saquinhos dos tradicionais rebuçados.



Os Rebuçados da Régua começaram por ser vendidos nas festas e romarias locais e das redondezas, há tanto tempo que se perda a origem nos fumos dos tempo. Dois rebuçadeiros fizeram história nessa época: o "Prosa" e o "Cândido Rebuçadeiro", cujas alcunha são bem explícitas.

Hoje em dia, os Rebuçados fazem parte da identidade gastronómica de Peso da Régua, onde cada rebuçadeira confecciona os rebuçados à sua maneira e sempre, como acontece em tantas outras circunstâncias, com um “segredo”.

Aqui fica uma receita que nos foi possível recolher:
Depois de o açúcar atingir o ponto junto com duas cascas de limão e mais o “segredo” verte-se para uma pedra de mármore previamente untada com margarina e daí para o plástico esticado numa mesa grande, ainda a ferver. O corte dos rebuçados feito um a um com as mãos da rebuçadeiras, de forma rápida e expedita, para depois os embrulhar em forma de laçarotes.

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segunda-feira, setembro 03, 2007

toca o sino...


toca o sino rio acima
anuncia mais visitantes
para tão bela paisagem


Subir o Rio Douro, do Porto a Pinhão, Rio Douro - Portugal

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cartilha maternal

ler, escrever e contar
Ao ritmo das memórias percorrer caminhos de leituras, escritas e de contar, recordando métodos e meios utilizados



Noutros tempos, em que os dias passavam com maior tranquilidade, o tempo corria ao ritmo de uma ampulheta, as mães alimentavam seus filhos recém-nascidos com o próprio leite materno, magnífico para o desenvolvimento e saúde dos bebés, e criavam entre os dois laços de grande afectividade provocados pelo frequente contacto físico.

Mas para além desses tempos primeiros, o desenvolvimento sensorial vai fazendo-se num caminho lento e natural, sem violência sobre cérebros “tenros e mimosos”, antes induzindo naturalmente formas silábicas que vão correspondendo ao conhecimento adquirido das situações reais.

Sensível a estes factos, o poeta e pedagogo João de Deus publicou em 1876 a Cartilha Maternal, método de ensinar a ler (e a contar), muito bem aceite pelo professorado e que passou a ser o método oficial a partir do ano de 1882 por decreto governamental. Trata-se do método João de Deus. Esteve em vigor oficial até ao ano de 1903, ano a partir do qual passou a ser um método facultativo. Ainda hoje é utilizado em algumas escolas.


A Cartilha Maternal é um dos livros com maior tiragem em Portugal e no Brasil, sendo também o mais reeditado. Foi oferecido recentemente à Oficina um exemplar editado pela Bertrand em Outubro de 2005.

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