domingo, setembro 30, 2007
festejar os círios
Festejamos hoje a devoção a Nossa Senhora do Cabo Espichel, também conhecida por Nossa Senhora da Pedra Mu, como somente o Povo o sabe fazer e como, conta a tradição, já o fazia em 1215, a data em que era rei de Portugal Dom Afonso II, nos primórdios da nossa Nacionalidade.
Como sempre acontece nestas situações de um culto profundo e sentido diversas lendas procuram explicar a origem deste culto nascido na região da costa portuguesa onde o Mar Atlântico é mais tumultuoso e perigoso, nos dizer dos homens do mar.
Uma das lendas evoca a intervenção de uma mulher saveira da Caparica e de um velho saloio de Alcabideche que tendo sonhos ou visões convergentes de uma brilhante estrela levantada sobre o mar (stella maris) ao longe alumiando o Cabo Espichel, conhecido à época por Promontório Barbárico aí se dirigiram caminhando a pé desde as suas terras.
O Velho de Alcabideche
E a velha da Caparica
Foram à Rocha do Cabo
Acharam prenda tão rica
Foi prática de muitos poetas, uns mais afamados do que outros, entre os quais Bulhão Pato escreverem elegias à Nossa Senhora do Cabo e aos Círios que em sua devoção se realizaram no decorrer dos séculos.
Também eu, não poeta mas simples escrevinhador de versos e desversos, quis registar em palavras o que este acto me inspirou
Lenda que se perde na bruma dos tempos e da utopia
Fez em sonhos convergentes um homem e uma mulher
Caminharem rumo ao barbárico promontório por haver
Na procura da Senhora da Pedra de Mu que aí luzia.
Soube o Povo dos poderes de tanto sortilégio e querer
Que em turba agitada ao Espichel se dirigiu em correria
Dos campos, pedindo para o gado e as colheitas bonomia
Da praia, protecção aos mareantes que afoitos usam ser.
Erigiram sobre penhascos e arribas em memória a capela
Por esmola e dádiva daqueles que mais nela encontraram
No querer, no sentir de séculos numa prece que se revela
Na memória das gentes que há muito sentiam e desejaram
Verdadeiro milagre resultante do labor e da luta que eleva
O Povo que agora aqui renova as tradições que perduraram.
Como sempre acontece nestas situações de um culto profundo e sentido diversas lendas procuram explicar a origem deste culto nascido na região da costa portuguesa onde o Mar Atlântico é mais tumultuoso e perigoso, nos dizer dos homens do mar.
Uma das lendas evoca a intervenção de uma mulher saveira da Caparica e de um velho saloio de Alcabideche que tendo sonhos ou visões convergentes de uma brilhante estrela levantada sobre o mar (stella maris) ao longe alumiando o Cabo Espichel, conhecido à época por Promontório Barbárico aí se dirigiram caminhando a pé desde as suas terras.
O Velho de Alcabideche
E a velha da Caparica
Foram à Rocha do Cabo
Acharam prenda tão rica
Foi prática de muitos poetas, uns mais afamados do que outros, entre os quais Bulhão Pato escreverem elegias à Nossa Senhora do Cabo e aos Círios que em sua devoção se realizaram no decorrer dos séculos.
Também eu, não poeta mas simples escrevinhador de versos e desversos, quis registar em palavras o que este acto me inspirou
Lenda que se perde na bruma dos tempos e da utopia
Fez em sonhos convergentes um homem e uma mulher
Caminharem rumo ao barbárico promontório por haver
Na procura da Senhora da Pedra de Mu que aí luzia.
Soube o Povo dos poderes de tanto sortilégio e querer
Que em turba agitada ao Espichel se dirigiu em correria
Dos campos, pedindo para o gado e as colheitas bonomia
Da praia, protecção aos mareantes que afoitos usam ser.
Erigiram sobre penhascos e arribas em memória a capela
Por esmola e dádiva daqueles que mais nela encontraram
No querer, no sentir de séculos numa prece que se revela
Na memória das gentes que há muito sentiam e desejaram
Verdadeiro milagre resultante do labor e da luta que eleva
O Povo que agora aqui renova as tradições que perduraram.
Etiquetas: senhora do cabo, tradição