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sábado, junho 30, 2007

lua juanina 2


esta lua-cheia é muito especial
num mês sem igual
tem algo de irreal


Segunda Lua-Cheia de Junho, 100% às 14 h 49 m

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2007 meado

com 181 dias habitados e 184 para gerar estamos a um “salto de pardal” para o 2007 meado

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no varal

Por gentileza do Eduardo P. L., do Varal das Idéias, o escriba aqui da Oficina das Ideias foi “pendurado” no varal.

Podem conferir na coluna do lado direito do referido blogue. Obrigado Eduardo...

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sexta-feira, junho 29, 2007

raios de sol


iluminam, aquecem nossos sentires
energia vital
que devemos preservar a todo o custo


"Raios de Sol" [Hypericum calycinum] das margens do Rio Alva, Coja - Portugal

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santo antónio em budapeste

o meu caderno de viagens
Pequenos apontamentos rabiscados num caderno de viagem e agora partilhados com os leitores. Os sítios, as gentes, os costumes e as curiosidades observados por quem gosta mais de viajar do que de fazer turismo




Visita obrigatória de quem viaja para Budapeste, a Igreja Mátyás situa-se na zona antiga da cidade, designada por Buda, e nela estão contidas todas as destruições e reconstruções a que esta maravilhosa cidade se viu sujeita com o decorrer dos séculos.

Originalmente Igreja Paroquial de Santa Maria, foi edificada entre os séculos XIII e XV, alguns dos estilos presentes datam do reinado de Segismundo, embora tenha ido buscar o nome pelo qual é actualmente conhecida ao rei Mátyás Corvinus que lhe introduziu modificações arquitectónicas profundas. Foi descaracterizada quando em 1541 foi transformada em Grande Mesquita dos turcos.

Esta igreja foi quase totalmente destruída aquando da libertação de Buda, tendo sido reconstruída ao estilo barroco pelos monges franciscanos. Mais tarde foi restaurada ao estilo neogótico. Pode, por esta descrição, concluir-se da miscelânea de estilos que constituem a Igreja de Mátyás.

Esta igreja é igualmente conhecida por Igreja de Nossas Senhora da Assunção.

Quando em Outubro de 1990 visitámos pela primeira vez esta igreja ficámos deveras surpreendidos quando num altar ao fundo da nave principal deparámos com uma imagem de Santo António de Lisboa. Foi uma emoção indiscritível a tantos milhares de quilómetros da capital de Portugal encontrarmos a imagem do seu santo padroeiro.

Passados menos de dois anos, em Maio de 1992, voltámos a visitar a Igreja de Mátyás. O que havia sido uma maravilhosa surpresa transformou-se numa imensa desilusão: O altar e a imagem mantinham-se no mesmo local, a designação da imagem mudara – Santo António de Pádua.

A Hungria já encetara a aproximação à, então, Comunidade Económica Europeia... A pressão italiana a par com a alemã era sentida até nestes pequenos pormenores.

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quinta-feira, junho 28, 2007

suavidade...


flores bravias, suaves
singelas como a verdadeira beleza
que enfeitam o colo das moças namoradeiras


Flores nas margens do Rio Alva, Coja - Portugal

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quis

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


Quis escrever um poema,
Palavras
Com rima certa,
Tempo e compasso
De música,
Na nota que se liberta.

Quis pintar um quadro,
Tintas,
De cerda pincéis,
No espaço esbocei
Desenho,
No trote de meus corcéis.

Quis compor uma sinfonia,
Pauta
De linhas estreitas,
Clave de Sol,
Solfejo,
Com os sons que me deleitas.

Quis dizer-te o que sinto,
Teu olhar,
Desassossego dá,
Meus lábios sorriram
Flores,
Da cor do jacarandá.

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quarta-feira, junho 27, 2007

corre suave o rio alva


o rio alva corre com suavidade p'ra foz
espelho de frondoso arvoredo
ao fundo a igreja matriz de Coja


Rio Alva e Igreja Matriz, Coja - Portugal

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thinking dois

Depois de a minha querida amiga “Bailarina”, a Cathy, do Bailar das Letras, ter tido o afecto de me atribuir um “meme tag” do Thinking Blogger Awards, foi agora a vez do meu amigo Eduardo P. L., o Varal das Idéias, companheirão de ideias e realizações a fazê-lo.

Escreve o Eduardo P. L., do Varal das Idéias : “Passo à minha, cada vez mais difícil, tarefa de indicar outros cinco. Com estes serão 25 blogs por nós indicados, pelos outros prémios que recebemos. Estávamos procurando não premiar blogs já contemplado, mas desta vez não sobraram outros blogues senão alguns já contemplados. E neste caso nos rendemos aos fatos.



Obrigado querido amigo Eduardo P. L. pelo reconhecimento.

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terça-feira, junho 26, 2007

janela de guilhotina


janela com caixilhos azul
cor da tradição da Aldeia
por ser tal como o céu?


Janela de guilhotina, Aldeia de Piódão, Arganil - Portugal

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página 161

A minha querida amiga Lenore, do Verdades Cruéis, que não deixo "lincado" por somente aceitar a entrada de convidados, deixou-me este desafio, mais um “meme” que navega nas auto-estradas da informação:

Pegar no livro mais próximo (Não precisa de ser o que andam a ler)
Abri-lo na página 161
Procurar a 5ª frase completa
Colocar a frase no vosso blogue ou como comentário no meu
Não vale procurar o melhor livro que têm, usem o mais próximo
Passar o desafio a cinco pessoas



Livro:
Sintra, Serra Sagrada – de Victor Manuel Adrião
Editora – Dinapress, 1ª edição, Abril de 2007

Frase:
“Almoçageme, Azóia e Peninha constituem-se numa triangulação desde cedo povoada por místicos, santões e anacoretas árabes, moçárabes e cristãos, dentre estes Pêro Pais, porta-bandeira de D. Afonso Henriques, sendo o último, já no século XX, António Augusto Carvalho Monteiro, que na Peninha construiu “Rabita” muralhada, isto é, levantou pequeno palácio colado à ermida no topo do Monte de S. Saturnino.”

Comentário:
É curiosa a situação de ao responder a este “meme” ter evocado um sítio, Almoçageme, perto do qual se situa o lugar de Penedo onde, conforme descrevi em 16 de Junho deste ano, na postagem “Razões de uma Presença” uma relação sexual cósmica, com enorme sentido esotérico e transcendental.

Tal como está subjacente à filosofia “meme” e como recomenda a minha querida amiga Lenore aqui ficam indicados @s cinco companheir@s desta caminhada blogoesférica para lhe darem continuidade, se assim o entenderem:

Traduzir-se..., de Lualil
Varal das Idéias, de Eduardo P. L.
Bailar das Letras, de Bailarina
Cantábile, de Luísa Margarida
Cor de Dentro, de Cláudia Perotti

Todos blogues brasileiros porque no Brasil me revejo...

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segunda-feira, junho 25, 2007

porta azul céu


porta pintada de azul da tradição
cor do céu como dizem os mais velhos
pequena cruz de "afasta trovoadas"


Porta tradicional, Aldeia de Piódão, Arganil - Portugal

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dia do poeta almadense

O Blog dos Poetas Almadenses, a Associação de Cidadania de Cacilhas - O FAROL e a Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada – SCALA estão a efectuar diligências junto da Câmara Municipal de Almada para que o dia 31 de Maio seja oficialmente declarado o Dia do Poeta Almadense.

Apoia este movimento de forte cariz cultural...

Visita...

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cruzes afasta trovoadas

Viajar para a “Terras do Fim do Mundo” é viajar ao encontro do Portugal profundo, das gentes que mantém tradições ancestrais, que lutam por preservar as razões das suas existência “naquele lugar”. Foi com este espírito que viajámos para Piódão, aldeia beiiroa pertencente ao Concelho de Arganil e erigida no alcantilado xistoso da Serra do Açor.

“Aldeia Presépio” quando vista à noite, assim lhe chamam pela forma como foi construída as sabor do íngreme relevo das montanhas do Açor e animada com luminárias amareladas e bruxuleantes. Durante o dia a aldeia confunde-se em seus telhados de xisto com os envolventes maciços rochosos da Serra do Açor.

De entre os muitos valores do património imaterial desta aldeia tão ligada à vida comunitária registamos a colocação nas soleiras das portas de pequenas cruzes de “afasta trovoadas”.



Pequenas cruzes feitas com pedaços dos ramos de oliveira, que os fieis levam a benzer no Domingo de Ramos, são colocados em noites de tempestade sobre a soleiras ou as ombreiras das portas das habitações ou por cima do brasido das lareiras, sobre algumas folhas de louro, como protecção contra trovões e os raios, em invocação de Santa Barbara.

Contam os mais velhos que é da tradição no dia de Santa Cruz, a 3 de Maio, porem-se cruzes nos campos e nas portas pedindo a protecção a Santa Bárbara e ao Senhor, atendendo a que são frequentes nesta região as fortes trovoadas. Há quem defenda que tais cruzes são benzidas para que o sortilégio seja mais eficaz.

Acontece, e diz quem sabe, que realmente tais cruzes são bentas e atraem os benefícios celestes por serem feitas com os pauzinhos dos ramos de oliveira e com o louro que são benzidos em Domingo de Ramos.

No dia de S. Francisco de Assis, a 4 de Outubro, todos os Franciscos da região tem uma festa marcada, um encontro de todos os anos. Vêm de diversas regiões do país, muitos do estrangeiro, que sendo naturais da aldeia ou de terras vizinhas encontram-se para a Festa dos Franciscos.


A comemoração começa com uma missa às onze da manhã na pequena capela de S. Pedro, cuja imagem do padroeiro da aldeia surge em lugar de destaque no centro e por cima do pequeno altar, e segue com uma patuscada, onde não falta a chanfana de cabra velha, insubstituível iguaria da região em tempo de festar.

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domingo, junho 24, 2007

ritual do fogo


vindo da bruma dos tempos
o ritual do fogo
é purificar, é renascer, é fertilidade

Fogueira de São João na Aldeia Lar, Portugal

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beirões do nosso burgo

O pessoal da Oficina das Ideias conviveu na noite de São João com os aldeões da Aldeia Lar, numa sensacional Noite Beirã. Num ambiente fraterno ímpar viveram-se momentos únicos de convívio e de amizade. À Direcção da Cooperativa Aldeia Lar e aos beirões e beiroas que tão empenhadamente organizaram o evento o nosso MUITO OBRIGADO. Aos nossos queridos amigos Lila e Victor que nos “levaram pela mão”... SEM PALAVRAS!!!!

Como homenagem às gentes das Beiras que tanto têm feito pela região da Península de Setúbal aqui fica uma modesta homenagem:


Os beirões do nosso burgo

A Península de Setúbal, a Margem-Sul como hoje é costume dizer, foi sempre terra de convergências. Da mesma forma, e não com menos intensidade, espaço de ampla difusão.

A zona em que vivemos, hoje com uma divisão administrativa muito diversa da de outros tempos, foi sempre uma grande atracção para as gentes que na procura de melhores bem-estar e condições de vida do que nas suas terras de origem, por cá se fixaram. Mas as razões não são somente essas – verifica-se, na realidade, uma forte atracção telúrica.

Quando hoje afirmamos, ou ouvimos dizer amiúde nas ruas, “a Costa está cheia de brasileiros e de ucranianos” não é nada de novo numa visão temporal mais alargada.

Também os romanos, e mesmo os visigodos e alguns povos do norte da Europa atlântica, que vinham à conquista da região que tinha como referência Lisboa, Olissipo urbe, já então uma importante urbe da Ibéria, acabaram por ser atraídos, atracção no seu verdadeiro sentir, pelas terras desta banda.

Na procura do pescado do Grande Areal ou mesmo dos filões auríferos, Adiça lhe chamaram, deixaram por cá importantes marcas e referências.

Mas falemos dos beirões...

Nos meses de Julho, Agosto e Setembro e por vezes até meados de Outubro, por volta dos anos 70 do século XVIII, na opinião de Manuel d’Agro Ferreira, aparecem a pescar no Grande Areal, depois designado Costa de Caparica e, poeticamente, Praia do Sol, pescadores vindos do Sudoeste Alentejano, a sul, e da Beira Litoral, a norte que aqui vinham fazer as suas safras.

Uma vez mais a convergência...

Fazendo a safra de Verão, em tempos de invernia o mar da Costa era muito violento para as embarcações “barcos de duna” que usavam, “mar macho” no dizer dos homens do mar, acomodavam-se em palhotas de colmo que construíam à chegada e a que lançavam fogo ao partir, foram pouco a pouco fixando-se, criando um povo onde antes não existia mais do que mar, um grande areal de traçado dunar e grandes extensões de pântanos e de juncais.

Os pescadores vindos da Beira Litoral e, mais tarde, as famílias completas foram-se fixando no lado sul do Grande Areal, podemos considerar que a actual Rua dos Pescadores seria a fronteira imaginária e depois física entre os pescadores do sul e da Beira Litoral.

Também do interior beirão gentes convergiam para esta região na procura de trabalho e de melhores condições de vida. Vinham, principalmente, da zona de Arganil. Somente nessas procuras ou também em resultado da já citada atracção telúrica?

Eram homens fortes que vinham de suas terras com uma pequena sacola de pertences às costas presa num bordão e descalços e, como contam ainda hoje os mais velhos, se reuniam aos domingos de manhã no largo da Igreja do Monte, no “mercado da jorna”, onde os grandes proprietários, senhores das quintas ou seus mandantes, iam na procura de contratar mão-de-obra à jorna, para os trabalhos sazonais, em especial, nos grandes vinhedos que à época existiam na região. Eram tempos da cava, do plantio e da colheita.

Na feira franca que se realizava no mesmo local compravam umas socas e uma foice, que passaria a ser o seu instrumento de trabalho. Aproveitavam as latas da banha vazias como panela para cozer batatas, muitas vezes o seu único alimento.

No Inverno pernoitavam muitos deles junto ao forno da padaria do Monte, por benesse do respectivo dono. Vida dura a destes homens.

Estes homens vindos do interior beirão eram designados por “caramelos” e dispersaram a sua actividade um pouco por todo o território da Península de Setúbal, com forte implantação na zonas de Pinhal Novo e de Palmela.

Estes “caramelos de vir-e-ir”, devido à sazonalidade das suas estadias em terras da Península de Setúbal, vieram a transformar-se em “caramelos de ficar”, quando José Maria dos Santos e outros proprietários criaram um sistema de foros, permitindo a fixação de muitos desses migrantes, primeiro com o pagamento de uma renda (rendeiros), depois com a dádiva das terras (proprietários).

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sábado, junho 23, 2007

beber o tempus


linhas e materiais modernos
beber a água e medir o tempo
cultura

Relógio de Sol Horizontal no chafariz do Jardim da Lourinhã, Lourinhã - Portugal

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o maior encanto da blogoesfera...

Escrevemos e publicámos ontem um despretensioso texto alusivo ao Dia do Relógio de Sol e fomos hoje surpreendidos com um comentário vindo de um leitor que muito apreciamos pelo seu saber sobre este tema que apresenta um renovado interesse mesmo na população em geral: Fernando Correia de Oliveira, jornalista e investigador de temáticas relacionadas com o Oriente Extremo e que se tem dedicado na última década à investigação sobre a temática Tempo, Relojoaria e Mentalidades.

Foi co-autor da excelente obra “Relógios de Sol” que também referimos, publicada pelos CTT Correios e ainda no passado dia 21 de proferiu no Museu do Hospital e das Caldas, em Caldas da Rainha uma magnífica comunicação subordinada ao tema “Relógios de sol em Portugal – Um percurso histórico”.

Mas o comentário de Fernando Correia de Oliveira não é um simples parecer, é ele próprio uma lição de saber sobre o Tempo e os Relógios de Sol pelo que, com a devida vénia, atrevemo-nos a trazer à ribalta da Oficina das Ideias para uma maior partilha com os nossos fieis leitores.

Escreve Fernando Correia de Oliveira:

Bom dia
afirma-se nesta sua notícia que “O relógio mecânico foi inventado para guardar a hora do sol, mas não substitui o relógio de sol, porque é sempre por este que se acerta”. Segundo Sampaio Melo, o relógio atómico é o mais exacto dos relógios modernos, mas até este se pode atrasar e é sempre pelo do sol que se volta a acertar.
Ora, passa-se exactamente o contrário - por a técnica e a ciência terem conseguido maneiras de medir de forma cada vez mais precisa o Tempo é que se deixou de utilizar a astronomia e o movimento aparente e real dos astros para fazer de "relógio". Um relógio atómico (de césio, actualmente), tem uma precisão tão grande que tem sido preciso acrescentar segundos aos anos civis, que têm uma duração errática e cada vez mais lenta. O tempo solar verdadeiro tem oscilações ao longo do ano da ordem dos 14 minutos a menos e 16 a mais das 24 horas que se convencionaram como sendo as do "tempo solar médio".

Permita-me que lhe envie o texto saído na rubrica A Máquina do Tempo, no suplemento Casual, do Semanário Económico, de 22 de Junho de 2007, e que aborda este tema:


GMT e UTC
Para os Antigos, o movimento real e aparente dos astros serviu para medir e marcar o tempo e todos os calendários têm uma base astronómica. Era de tal forma previsível, perfeito, o bailado de estrelas, planetas e cometas, que se falava em Suprema Harmonia e se dizia que Deus era como que o Grande Relojoeiro, inventor e guardião da Mecânica Celeste.
Mas, por mais regular que pareça aos olhos dos humanos, e por melhor que tenha servido durante milénios ao seu dia-a-dia, sabe-se desde finais do século XVIII que essa mecânica celeste não é assim tão exacta. O Homem apercebeu-se das ligeiras discrepâncias nos ritmos astrais quando se muniu de medidores de tempo mais exactos do que eles – relógios de pêndulo muito sensíveis, termicamente compensados, os chamados reguladores, primeiro; os relógios eléctricos e depois atómicos, a seguir.
Assim, o Tempo do Homem passou a ser mais perfeito que os tempos dos Deuses.
Desde a Conferência de Washington, de 1884, que o Meridiano de Greenwich é o meridiano zero e desde essa altura que se foi globalizando o conceito de Greenwich Mean Time (Tempo Médio de Greenwich, GMT, ou TMG em português), o tempo de referência para todo o mundo, com o seu sistema de fusos horários, de 15 graus cada, 7,5 graus para cada lado do respectivo meridiano, e num total de 24.
Com o aparecimento dos relógios atómicos, em meados do século XX, chegou-se a uma definição muito mais exacta de Segundo, Hora, Dia, Ano e, num salto qualitativo, o Tempo deixou de ter a sua tradicional base astronómica, para passar a ser um assunto de laboratório.
Surge assim, em 1972, a nova noção de Tempo Universal Coordenado (Universal Time Coordinated, UTC), a partir de um Segundo padrão (definido em 1967) que já não era achado mediante a divisão da rotação da Terra, mas através de uma determinada frequência emitida por um cristal de césio.
O movimento da Terra sobre o seu eixo tem vindo a diminuir de velocidade ao longo da sua vida – o dia há milhões de anos era mais curto do que é hoje – e sofre outras irregularidades. Por outras palavras, o UTC começou a ganhar terreno ao GMT.
Mas, de tão perfeito que é, o UTC, puramente físico, tem que ser “acertado” regularmente em relação ao tempo astronómico em que continuamos a viver. Está convencionado que haverá um acrescento de um segundo ao UTC sempre que este tempo divirja mais do que 0,9 segundos do GMT (mais precisamente em relação ao Tempo Atómico Internacional, começado a contar em 1958, ininterruptamente, por uma rede de relógios atómicos). Foi por isso que 2005 teve um segundo a mais, acrescentado no final do ano.
Em termos de relojoaria, também o conceito GMT tem persistido em relação ao novo UTC e diz-se que um relógio tem função GMT quando indica, além do tempo principal, um ou mais tempos secundários, muito útil para quem está longe de casa, noutro fuso horário.

Obrigado e ao dispor
Fernando Correia de Oliveira
O pessoal da Oficina das Ideias é que lhe fica grato!

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sexta-feira, junho 22, 2007

tempus


o tempo medido pelo Sol
é o mais exacto de todos os registos
e vem das profundezas da civilização


Relógio de Sol Vertical na parede de um edifício privado, Óbidos - Portugal

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dia do relógio de sol

Ontem foi o Dia do Relógio de Sol

Coincidindo com o Solstício de Verão no hemisfério norte celebrou-se ontem o Dia do Relógio de Sol.

O relógio de sol é o único instrumento que lê o tempo, é um património cultural e científico em todo o mundo, um instrumento lúdico e didáctico para o ensino, nomeadamente da matemática, história e geometria”, palavras de Vítor Sampaio Melo, do Quadrante Solar.

O Relógio de Sol tem a sua origem numa estaca espetada no solo, designada gnómon, que por efeito da luz solar projecta uma sombra no chão, que se movimenta no sentido inverso ao do movimento aparente do Astro-Rei. A partir desta observação simples foi possível ao Homem primitivo distinguir a manhã da tarde e dividir o tempo.

Actualmente, o relógio de sol continua a ser o único que lê o tempo e pelo qual se regem os relógios atómicos - em Portugal é o do Observatório Astronómico de Lisboa - que servem para acertar todos os outros.

Ainda nas palavras de Vítor Sampaio Melo “O relógio mecânico foi inventado para guardar a hora do sol, mas não substitui o relógio de sol, porque é sempre por este que se acerta”. Segundo Sampaio Melo, o relógio atómico é o mais exacto dos relógios modernos, mas até este se pode atrasar e é sempre pelo do sol que se volta a acertar.

Além da sua importância enquanto instrumento único de leitura do tempo, o Relógio de Sol é, na sua concepção e simbolismo, parte integrante do património imaterial da Humanidade.

O mais antigo Relógio de Sol datado existente em Portugal é o que se encontra no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, está assinado com “FPL 1586”, muito embora os mais antigos Relógios de Sol existentes em Portugal remontem à época do Império Romano, tendo encontrado uma referência, posta em causa por quem sabe, que um desses Relógios de Sol se encontra nas ruínas do Teatro Romano de Lisboa, nas imediações do Miradouro de Santa Luzia, ao cimo do Bairro de Alfama.

Outro relógio de sol romano foi encontrado nas escavações de uma vila romana, na Aroeira, mas não está patente ao público.

O terceiro mais antigo não chega a ser bem um relógio de sol, mas uma alegoria, com o formato de um relógio mas que não funciona, na porta de uma casa na cidade romana de Conímbriga. De acordo com o Instituto Quadrante Solar que tem procedido a um inventário exaustivo dos Relógios de Sol existentes em Portugal já totalizam cerca de 700 identificados, desde os de pedra, grandes, aos de bolso, muitos deles contendo divisas horárias «engraçadas» que os tornam mais originais.

Destas, Sampaio Melo do Quadrante Solar destacou uma que pode ser vista num relógio de sol numa vivenda do Bairro de Santa Cruz de Benfica e que diz «Para os amigos todas as horas são boas», ou outra no Alentejo, onde se lê «Não olhes muito para mim, que perdes o teu tempo».
Usando o movimento aparente do Sol em relação a Terra nós podemos obter um relógio e a primeira unidade de tempo, o dia. Para medir o ano os egípcios precisavam de um instrumento que medisse um intervalo de tempo.

Para medir a passagem do tempo um dos primeiros instrumentos que o Homem primitivo usou foi o movimento aparente dos corpos celestes, tais como o Sol, a Lua, os Planetas ou as Estrelas. O mais simples e o mais rápido dos movimentos que vemos é o do Sol.

E o que é que acontece? O Sol nasce pela manhã e sobe até o meio dia, altura em que se no ponto mais alto, e no final da tarde ele se põe. Quando o Sol se põe o céu escurece e dizemos que chegou a noite e, se não tivermos nuvens no céu, veremos as estrelas, os planetas, e às vezes a Lua. Depois o Sol nasce novamente, o dia fica claro e tudo se repete.

Para medir um intervalo de tempo a coisa mais importante é a repetição, é ela que nos permite usar este ou outro fenómeno como relógio. Sempre que o Sol nasce nós dizemos que começou um dia. Contando os dias podemos medir um intervalo de tempo. É assim que o movimento do Sol se tornou o nosso primeiro relógio.

Ainda me recordo dos tempos passados na aldeia de Fernandinho, no concelho de Torres Vedras, de que era o Sol, a hora do Sol, que comandava a vida das pessoas nos seus diários labores. O Sol marcava a hora de início dos trabalhos no campo, onde se trabalhava “de Sol a Sol”, e a hora do jantar, a que hoje chamamos almoço, ao meio-dia, solar claro está.

No Museu das Caldas da Rainha foi ontem inaugurada a exposição “As Sombras do Tempo”, onde foi apresentado o livro “Relógios de Sol”, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira, uma edição dos CTT Correios.

Exposição e livro a não perderem!

Contribuíram para este texto o Instituto de Investigação, Estudo e Divulgação do Quadrante Solar, Diário Digital / Lusa e Fernando Paixão, do Creative Commons.

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quinta-feira, junho 21, 2007

verão... contemplação da natureza


contemplar a natureza, o voo das andorinhas
a cor e o odor das flores que nos encantam
amar com a força do sentir e do querer


Jacarandá dos jardins de Belém, Lisboa - Portugal

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interactividade

A nossa querida leitora Mila, do Horta da Mila, interagiu com a Oficina das Ideias e ajudou-nos a nomear a maravilhosa árvore de flores lilás que fotografámos nos jardins de Belém a pensar noutra querida leitora e amiga, a Lila.

Jacarandá

O pessoal da Oficina agradece...

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ergam-se os druidas...

Quando os contadores de tempo marcarem em Portugal...

19 horas e 6 minutos


“Ergam-se e avancem os druidas de todo o Universo. Congreguem as forças do bem porque as gentes estão ansiosas de um mundo melhor. Ergam o ambiente esotérico de Stonehenge e entoem cânticos de festa de alegria de optimismo de felicidade. Enviem os corvídeos com as boas novas para todos os recantos onde exista um ser humano. Nos amplos campos da Bretanha apelem ao querer e ao saber. Um mundo novo é eminentemente necessário. Chegou a hora de avançar!”
[apelo formulado no “santuário druida” de Stonehenge, primeiro Solstício de Verão do Terceiro Milénio]


Agora que um novo Verão começa, prenhe de energia cósmica o apelo é ainda mais necessário.

A civilização caminha para o caos levada pela determinação das forças da globalização financeira, da globalização da guerra, das forças mais retrógradas do capitalismo terrorista, numa ânsia tremenda de devorar quem defende o social, quem pugna por um mundo sem opressores nem oprimidos, por um mundo sem fome onde as impressionantes fortunas humilham milhões de seres humanos que vivem abaixo do limiar da subsistência.

Hoje é o dia da partilha no seu mais elevado expoente.

A partilha que é o mais elevado sentir do ser humano, caracterizada pelo dar e receber dos afectos e do saber, tem hoje no hemisfério Norte o reconhecimento astral, quando o sol parece deter sua marcha de um hemisfério ao outro. É o dia em que o Sol maior energia transmite aos seres humanos com mais horas visível no nosso hemisfério.

Vamos entrar numa época de grande vitalidade, passado que foi o tempo da germinação, altura de cuidar dos frutos aromáticos e dulcíssimos que vão trazer importantes fontes de vitaminas, especialmente necessárias às crianças e aos nossos companheiros mais idosos nesta viagem.

É tempo de afastar os obstáculos, ser positivo, cuidar do futuro. É tempo de dar refúgio aos refugiados e de dar abrigo aos sem-abrigo. Mais do que refúgio e abrigo materiais é tempo de partilhar afectos e quereres.

É assim a forma de viver o Solstício de Verão!

Está em causa o equilíbrio universal. Em consequência não estamos sós. Um Mundo de afectos é o caminho da Esperança.

O fogo esteve, desde tempos imemoriais, ligado às celebrações do Solstício de Verão pois as gentes acreditavam que o Sol não voltaria ao seu esplendor total depois desta data, a partir da qual os dias eram cada vez mais curtos. Por esta razão eram acesas grandes fogueiras e praticavam-se ritos de fogo, muitos deles de cariz extremamente erótico, para o ajudar a renovar energias.

Em tempos posteriores acendiam-se fogueiras no topo das montanhas, no percurso dos ribeiros, em metade da largura das estradas e caminhos, defronte das casas. Organizavam-se procissões com tochas e usavam-se “rodas de fogo”, descendo colinas e através dos campos. Ainda hoje se mantém essa tradição na noite de São João Baptista, de 23 para 24 de Junho de cada ano.

Um velho ritual pagão que festejava o Sol no mês de Junho, foi apropriado pelo culto romano da deusa Vesta, patrona do Fogo e, posteriormente, pelo Cristianismo, que o atribuiu poderes a João Baptista, no Solstício de Verão, a 24 de Junho. Junho, deriva do latim Junius-Junior, que significa o mais novo, ou o que renova. Para o Cristianismo, João Baptista é o testemunho da Luz, do verbo incarnado, o que introduz o rito do baptismo, ou seja, da renovação. Vinte e três Papas adoptaram o seu nome e duas ordens renderam-lhe homenagem.

Almada tem em São João Baptista o seu padroeiro do Povo

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quarta-feira, junho 20, 2007

será uma maçã de roma


bela flor quão belo será o fruto que anuncia
daqui a pouco vai emergir uma coroa de princesa
que anunciará boa fortuna para as gentes


Flor de romanzeira dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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tempo de festejar

Finalmente, o tempo de invernia parece convencer-se de que chegou o seu ocaso em terras do hemisfério norte e cede o seu lugar à Primavera que não brilhou mas que na mesma lutou pelas renovação da vida. O Verão já bate à porta e daqui a pouco mais de 24 horas vai entrar com o seu “sem cerimónia” habitual.

Tempos de fertilidade, a Natureza parece estar em festa, que os seres humanos sem dúvida que o estão. Comemoram santos populares, artimanha encontrada nos primórdios do Cristianismo, para se apoderar de festividades pagãs na sua génese. É sempre assim, o Povo celebra os sentires as instituições apoderam-se dos quereres.

Mas o Povo continua a festejar...

As aves mais novas, muitas delas não viram antes esta época do ano, ensaiam voos mais altos e mais amplos na procura dos insectos que se elevam no impulso das isobáricas ascendente. Apresentam sinais de alguma desorientação, mas muito em breve se adaptarão às novas condições climatéricas e voltarão a dominar o espaço como antes.

Os dias já são mais longos. O Sol perdeu a sua preguiça invernosa e agora levanta-se cedo, faz com que o “raiar da Aurora” seja temporã. Os melros do pinhal não alteram o seu relógio biológico. Os seus piares estridentes, comunicando com os seus semelhantes a hora da alvorada. Lá para o fim do dia virá o sinal de recolher, ouvido pelos seus semelhantes a dezenas de quilómetros de distância.

As manhãs são sempre barulhentas. Gorjeios de pássaros e de cigarras começam muito cedo e, do outro lado da rua, um papagaio imita todos os sons que ouve. Enfim uma verdadeira alvorada festiva celebrando a vida, o renascimento, o Sol se levanta mais cedo para participar da alegria e sente uma dificuldade enorme de ir-se embora.

O por do sol é uma explosão de cores colhidas durante o dia.

O fotógrafo desejaria ter “engenho e arte” para eternizar estes momentos, por isso segue cada minuto com a câmera fotográfica pendurada ao ombro.

Mas aquele olhar perdido, no desassossego dos sentires, procura sempre a próxima estação do ano...

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terça-feira, junho 19, 2007

timidez de fotógrafo


...e o fotógrafo pensou:
"Por muitos mundos viajado;
No desejo de tantos quereres,
Nas flores me sinto iluminado"

...e timidamente fez clique


Árvore lilás dos jardins de Belém, Lisboa - Portugal

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segredo de cor lilás

A brisa primaveril, a manhã límpida e brilhante, convidavam ao passeio, depois que passara a invernia que teimosamente, para lá do que os contadores de tempo indicavam, não quisera deixar espaço para o tempo de renovar.

O fotógrafo sentiu esse chamamento vindo das profundezas do tempo, apelo telúrico mas também dos sentires, e fez-se ao caminho, atravessando o rio que espelha o nascer do sol, numa embarcação que mais parecia flutuar sobre as águas.

Debruçado na amurada da embarcação olhava o rio que misturava tonalidades de azul com a prata do sol fulgente, laivos de verde e de lilás. O fotógrafo esperava, a cada momento, ver emergir das águas imagem querida dessa bela Ninfa do Tejo, Tágide de duas margens.

Musa inspiradora de tantos sonhos sonhados, dos escritos e das imagens, poderia sempre pelas artes mágicas do caminhar no arco-íris transformar-se em bela Princesa no passeio matinal nos tranquilos jardins do palácio.

Porque...
“...porque me sabe bem o fresquinho da manhã, porque gosto de andar a pé, porque é muito agradável não haver quase ninguém na rua e porque me faz muito bem aqueles 500m sozinha com os meus pensamentos...”
...a Princesa deixava-se passear por aqueles espaços tão belos, esplendorosos nas suas tonalidades lilás neste tempo do renascer da vida e dos sentires.

O embevecimento que a Princesa sempre sentia nestes passeios...
“...nesta altura do ano fico embevecida com aquela dúzia de arvores de flor lilás colocadas parece que de propósito no meu caminho fico sempre com a sensação de que sorriem para mim há uma grande cumplicidade entre mim e elas, e parece que sou sempre a primeira a pisar o tapete que está no chão, tenho quase que paixão por elas e, ano após ano elas lá estão ...”
...sentiu-o o fotógrafo igualmente...

O fotógrafo sorriu... Sentiu de forma tangível, a cumplicidade existente entre tão belas flores lilás e a Princesa do palácio. Percebeu que o embevecimento, mesmo paixão, que a Princesa dedicava a estas flores era retribuído pela cor que parecia tomar novo brilho, intensa luz.

Timidamente, não querendo beliscar tão belo momento, fez clique para obter uma imagem na sua câmera fotográfica. Sentiu-se parte inteira desta paixão partilhada.

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segunda-feira, junho 18, 2007

mistérios da natureza


rosa de tonalidade "esquisita"
a arte do pintor da natureza
num turbilhão de sentires


Rosa "dobrada" dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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lugar comum

Numa conversa de amigos veio à fala um lugar comum, contudo dito com sentimento. Por isso, aqui o partilho com os meus amigos:


Olho para trás e de nada me arrependo... estou feliz e tranquilo... sinto que ninguém prejudiquei na minha viagem... contudo, se pudesse voltar a tempos idos ia aproveitar para aprender mais

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domingo, junho 17, 2007

torre do bugio


onde o Tejo beija o oceano
na "quebra" do mar com o rio
vigilante


Torre do Bugio, na quebra do Rio Tejo com o Atlântico, visto da Praia da Cova do Vapor, Almada - Portugal

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viva da costa!

Agora que os dias são longos e apetece o convívio é passar-se junto aos quintais dos autóctones ou dos veraneantes e sentir o odor penetrante da bela sardinha assada e o não menos agradável cheiro dos pimentos assados que irão ter o seu fim numa refrescante salada que fará o contraponto ao “pingo no pão” da sardinha assada ao momento.

A sardinha da Costa, tem tradição e merece a distinção pela sua qualidade e sabor. Prateada quando crua e acabada de sair do mar, toma o fulgor doirado de metal rico quando assada a preceito, com calor certeiro e por pouco tempo por ele afagada.

O poeta Bulhão Pato, sim, esse mesmo da receita célebre e celebrada de preparar as conquilhas e ameijoas, que viveu longo período da sua vida no sítio da Torre, freguesia da Caparica (Monte de Caparica), onde aliás veio a falecer, deixou este autêntico hino à mulher caparicana que também o é a sardinha “Viva da Costa!!!...”, no seu livro de poemas “Livro do Monte”, publicado em 1893:

Com a sardinha, empilhada,
Inda saltando vivaz
Nem da cestinha avergada;
E lá de baixo, da praia,
E sobe a pino o almaraz:
Mas nem por sombra cançada.

............................................

Magrinha – mas que vigor
No seu passo de balança...
E, para apressar os passos,
São duas azas os braços!

A venda deve ser boa
Que há muito que o mar não dá.
Com que alvoroço pregoa:
“Sardinha fresca!... frês-quiá”...”.

..............................................

“Sardinha fresca!... da Costa
Viva da Costa!... Frês-quiá”

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sábado, junho 16, 2007

uma dedicatória...


O esplendor das corôas imperiais
amarelas, felicidade assim me segredou
uma ninfa de duas margens do Tejo


"Corôas Imperiais" dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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razões de uma presença

o mistério e a fantasia
Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida




Olho atentamente o relógio que tenho colocado no meu pulso direito. Um “velhinho” Omega Speedmaster Professional, de corda mecânica, adquirido com a retribuição dos meus dois primeiros meses de trabalho, no longínquo ano de 1968, no século passado.

Sempre se atrasou ligeiramente. Tal facto já faz parte da sua história de relógio. Um relógio, em tudo semelhante a este, encontrava-se no pulso de Neil Amstrong, quando às 19 horas 56 minutos e 31 segundos, do dia 29 de Julho de 1969, ele foi o primeiro homem a pisar solo lunar.


Recordo-me de estar a ver esse momento único da civilização humana em directo pela televisão e quando Neil comentou: “_O que é isto? Estou a ver...” a emissão ter sido abruptamente interrompida.

Este insólito facto e situação nunca foram claramente explicados pela NASA, entidade responsável pelo programa espacial dos Estados Unidos e que, igualmente, garantia a transmissão em directo deste histórico momento.

Nunca mais houve transmissões destes acontecimentos em directo e os Estados Unidos criaram e mantém em funcionamento uma área secreta de investigações espaciais, designada “Zone 51”, situada nos vastos desertos do Nevada. Zona de acesso extremamente restrito e que tem dado origem a muitas especulações no campo do fenómeno OVNI [Objectos Voadores Não Identificados].

Estas recordações, agora avivadas por factos recentes e igualmente pelo “chamamento” do meu relógio relíquia, talvez mesmo objecto fetish, levaram-me a meditar sobre acontecimentos e datas.

1967 – a minha relação sexual cósmica na povoação do Penedo, Serra de Sintra
1980 – avistamento e registo de um fenómeno estranho na zona da Fonte da Telha
1996 – fenómeno luminoso avistado na Caparica sem explicação plausível
2004 – visita de extraterrestres a Portugal que a comunidade científica tende a aceitar

As diferenças de anos a partir de 1967 foram de 13, 29 e 37. Sempre números primos.


No início de Junho de 2004, Portugal estaria ameaçado por fenómenos devastadores, de origem indeterminada. Seriam fenómenos naturais? Seriam resultantes da acção do próprio homem? Tal como já aconteceu noutras circunstância a presença de seres extraterrestres tem sido muitas vezes atribuída à necessidade de uma intervenção para evitar cataclismos que provoquem o desequilíbrio cósmico.

O tempo de escrita deste texto resultou num atraso de cerca de 2 segundos no meu Omega Speedmaster Professional, “colheita” de 1968.


As informações começaram a fervilhar nas redacções dos órgãos de informação, ocupados quanto basta com diversos acontecimentos de “primeira página” que decorreriam ou vão se iriam realizar em Portugal. O Porto ganhou a Taça da Europa, mas o Mourinho partiu para a Inglaterra. O Rock in Rio recebe grandes estrelas mundiais da música rock mas não esgota as lotações como seria de esperar. A campanha eleitoral para a eleição de deputados europeus está na rua mas os candidatos nada esclarecem sobre os seus objectivos. O Europeu 2004 já está em contagem decrescente para o seu início e vão sobrar lugares nos estádios.


Finalmente...

Eles estão aí... de novo”, tal como acontece ciclicamente, e os órgãos de informação são bombardeados não com meteoritos, mas com afirmações vindas de diversas entidades oficiais, no mínimo surpreendentes.

A Força Aérea confirma ter registado um “alvo” durante dois ou três minutos que “não era um avião” e várias torres de controlo detectaram o objecto.


O investigador José Fernando Monteiro, do departamento de geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa põe fora de questão poder tratar-se de um fenómeno astronómico ou da queda de fragmentos de um satélite.

O Instituto de Meteorologia não tem “qualquer explicação meteorológica” para o sucedido.

Estes acontecimentos sempre preocuparam os governos, levando os mais poderosos a efectuarem estudos e investigações de âmbito secreto e a mobilizarem meios para incutir no espírito das pessoas o ridículo de valorizarem a existência de fenómenos de difícil explicação.

Assim, a revista Sábado titulou que Ovni é apenas reflexo de um satélite baseado em declarações do astrónomo José Matos.

Mas o Jornal 24 Horas publicava pouco tempo depois: Reflexo de satélite é um perfeito disparate, palavras de um especialista da Faculdade de Ciências de Lisboa, o já citado José Fernando Monteiro.

É matéria fortemente controversa mas será interessante recuar até ao verão de 1967 e deixarmo-nos levar pela imaginação (ou realidade?)...

Numa noite cálida daquele verão já meado do ano de 1967 quando, como tantas noites acontecera, observávamos o amplo firmamento que envolvia a zona do Penedo, em plena Serra de Sintra fomos surpreendidos por uma luminosidade única, diferente de tudo o que víramos antes.

Não era importante o nível de sonho, mesmo de alucinação do momento, pois aos olhos do terráqueo apresentava-se a imagem de um belo corpo de mulher completamente despido, sedutor e desejoso de partilha. E esta teve lugar.

Sobrou a certeza, depois de um indiscritível prazer sentido, de que o objectivo da continuidade do saber universal seria atingido. Ficou a certeza irrefutável até hoje de que havia sido constituído naquele magnífico local da Serra de Sintra, à beira do Oceano Atlântico, um casal de sentir cósmico.


Passado um número primo de anos, trinta e sete, Eles voltaram ao planeta Terra no ano de 2004...

Interrogo-me da razão porque em pleno mês de Junho de 2007, passados três anos, número primo, todas estas memórias afloraram ao meu pensar? E o desejo grande de partilha...

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sexta-feira, junho 15, 2007

a oficina das ideias apoia:




ver>>>>

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com tomates

O nosso amigo Gepetto, do blogue Baleia Franca teve a gentileza de incluir a Oficina das Ideias em mais este “meme” que muito divulgado está a ser na blogoesfera.

Escreveu, assim, o amigo Gepetto:

“Victor, o BaleiaFranca recebeu o prémio “selo tomates” e tem o direito de indicar outros cinco blogs, e um deles é o seu. Pelo conjunto da obra! Por todas as marcas alcançadas, e pelo seu espírito de companheirismo na blogoesfera!”

O foi criado por Brit “Viajada por aventuras e desventuras da vida, criticada por ser directa, amiga dos meus amigos, fera para os outros, adepta da ironia, "inaturável" em dias de neura...” e considera “um Blog com Tomates aquele que luta pelos direitos fundamentais do ser humano”.

Seguindo esse mesmo critério e o direito de escolha o pessoal da Oficina das Ideias nomeia os seguintes blogues:

Traduzir-se..., de LuaLil – companheira da solidariedade, das caminhadas “calçada recifense acima”, militante da “artesanear”.

Pó de Ser, de Reporter – de palavra fácil e certeira, atento à actualidade, crítica construtiva e incisiva.

Bailar das Letras, de Bailarina – na defesa da língua da portugalidade, na leitura de Camões, Pessoa, Bocage, no sentir da lenda de Pedro e de Inês.

Cor de Dentro, de Claudia P – maestrina da combinação das cores que é arte e encantamento, dos belos corpos e dos céus dramáticos.

A.p.o.t.a.m.e.n.t.o.s., de Rui Manhente – mestre dos pormenores da vida vivida, das viagens e dos sabores partilhados.

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quinta-feira, junho 14, 2007

olhares profundos



Quando estive pela primeira vez
defronte do oceano me enchi de assombro
(Pablo Neruda)
Maior assombro senti quando olhei o mar no teu querer



Monumento a Pablo Neruda "Receptor de Ondas Poéticas", Capuchos, Almada - Portugal

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27 anos de vida

O ano de 2001 não era ainda meado quando, numa semelhante sequência de acontecimentos, meus pais partiram para as terras do longe, com a diferença de um mês, o que em tempo universal pouco significado tem. Ficou um vazio enorme que é ausência, mas o mais doloroso é aquele que resulta da perca de referências.

Nesse ano já não partilharam, na realidade das coisas, o tempo passado sobre aquele dia em que 57 anos antes o Manuel mal podendo esperar pelas sete horas da tarde, hora de encerramento do estabelecimento em que trabalhava, para regressar a casa, recebeu a notícia:

“_Vai já pra casa Manel, tens lá um rapaz!”

O Manuel e a Conceição encontraram-se de forma que sempre parece casual no caminhar de duas vidas. Gostaram um do outro. Viviam-se tempos difíceis dos anos finais da II Grande Guerra mas arriscaram viver juntos, constituírem família. As dificuldades a dividir por dois talvez fossem mais facilmente suportáveis. Foram viver para a cave de um prédio onde a mãe da Conceição era porteira.

Foi da mesma forma aparentemente casual que partiram. Mas tal como no resto da vida, fizeram-no juntos.

Seis anos passados no rodar inexorável dos ponteiros do contador do tempo e na falta da referência viva dos nossos antepassados é nossa obrigação e dos nossos vindouros garantir a perenidade das memórias. Muitos acontecimentos foram talhando o passar do tempo e os sentires e quereres partilhados deverão ser perseverados.

Sessenta e três anos de vida vivida não nos transforma em sábios, mas obriga-nos a ser reflectidos e a meditar:
_Quantos anos de idade eu tenho?
_Tenho 27 anos! São os que tenho para aprender e ser solidário, até aos 90 anos...

Se for necessário daqui a alguns anos será revista a minha idade...

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quarta-feira, junho 13, 2007

gémeas...


a natureza caprichou neste bouquet
duplicou o encantamento sentido
uma dádiva de merecimento


rosas laranja dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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Santo António de Lisboa

tradição e cultura popular
A tradição resulta da memória colectiva de um Povo, autêntico património invisível que se transmite entre gerações e representa o mais elevado expoente da cultura popular. Aqui se deseja dar conta desse repositório




Santo António que é no imaginário popular um santo piroleiro, atrevido e amante de partir as bilhas com que as cachopas iam buscar água nos chafarizes de Lisboa, foi doutor da Igreja conceituado em todo o Mundo religiosos e que muitos países pretenderam tê-lo como seu.

Santo António nasceu em Lisboa, no ano de 1195, recebeu o nome de Fernando e os apelidos de Bulhões y Taveira de Azevedo. Reside os primeiros tempos da sua vida numa casa situada no largo fronteiro à Catedral de Lisboa, hoje Largo da Sé.

Com 24 anos é ordenado sacerdote depois de ter frequentado a escola da Sé de Lisboa a partir dos sete anos, situação rara à época, de ter ingressado na Ordem dos Agostinhos no Mosteiro de S. Vicente de Fora e de durante 10 anos se ter dedicado à oração em Coimbra, já nessa época um importante centro cultural, no Mosteiro de Santa Cruz.

Após ter tido os primeiros contactos com franciscanos e o conhecimento posterior de que cinco franciscanos tinham sido martirizados em Marrocos, como consequência da tentativa de evangelizar infiéis, decidiu seguir-lhe os passos e ser um missionário e torna-se frade franciscano no Eremitério de Santo Antão dos Olivais, de Coimbra.
É recebido na Ordem com o nome de Frei António, enviado para as missões entre os sarracenos de Marrocos, conforme o seu desejo.

Problemas de saúde obrigaram-no a regressar à Europa. O navio de volta a Portugal foi levado pelos ventos para a Itália. Desembarcou na Sicília e dirigiu-se para Assis, onde se encontrou pela primeira vez com São Francisco permanecendo num eremitério na Itália. Durante este tempo, ocupou vários cargos, como o de professor em sua ordem na Itália e na França e também pregando nos lugares onde a heresia era mais forte.

O combate à heresia era feito não apenas através da pregação, mas também por meio de milagres espantosos. Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens. Em Rimini, os hereges impediam o povo de ir aos seus sermões. Então, apelou para o milagre. Foi à costa do Adriático e começou pregar aos peixes, que acorreram em multidão, mostrando a cabeça fora da água. Este milagre invadiu a cidade com entusiasmo e os hereges ficaram envergonhados.

Em 1229, foi morar com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em Camposampiero, onde em 1231, acometido de uma doença inesperada, faleceu no dia 13 de junho, aos 36 anos de idade. Foi canonizado pelo Papa Gregório IX em 30 de Maio de 1232. Sendo até hoje o santo mais rapidamente foi canonizado. É um santo de grande popularidade, onde o povo costuma invocá-lo para encontrar objectos perdidos e auxiliar moças solteiras a encontrar noivos.

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terça-feira, junho 12, 2007

este meu céu


fim-de-tarde, por-do-sol, fecha o ciclo
céu da caparica
na aurora o solvoltará a brilhar


por-do-sol no Grande Areal, Costa de Caparica, Almada - Portugal


nota: "este meu céu" é tema original de Claudia Perotti

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morangos do nordeste

.......

Com essa mulher vou até p'ra praia

Ou para a serra... não para a guerra

.......

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segunda-feira, junho 11, 2007

rosa vermelha


rosa vermelha é paixão
sentimento profundo, desejo
do muito querer, amor


rosa vermelha "Príncipe Negro" dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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caminhei...

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento




Caminhei por mares e por montanhas
Ouvi soprar o vento forte, tenebroso
Resisti aos medos, traições tamanhas.

Lutei pelo bem querer de minha amada
Implorei aos deuses do Olimpo mil feitos
Lá dos imemoriais tempos proclamada
Ás mil vozes, coro de amores-perfeitos
Sentir, imaginação de flores desenhada

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domingo, junho 10, 2007

tons suaves


suaves tonalidades destas flores
nascidas em meio espinhoso
mas delicadas e sensíveis


Flor do cacto dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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bailar em charneca de caparica

minha terra é meu sentir
Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho




Lemos faz tempo no livro Trajes, Danças e Cantares da Caparica, da autoria de António Correia, editado em Costa de Caparica no ano de 1972, acerca das danças praticadas em Charneca de Caparica:

“Vimos há tempos um rancho folclórico de determinada região dançar o nosso “Tacão e Bico” que, decerto, alguns, embora poucos, velhos ainda se recordam, de o ter dançado ou dele ter ouvido falar. Essa dança é deveras engraçada. Os cavalheiros e as damas, ao compasso da música, batem ao mesmo tempo, no chão, com o salto e depois com a biqueira do sapato ou bota. Essa dança, tão difícil de dançar e tão trivial na nossa terra, deu um salto ao Ribatejo, e hoje é desconhecida na Caparica. O mesmo sucede com a “Polca” e, em especial, a que se dançava na Charneca de Caparica: “Polca Janota”. Para a dançarem, era preciso saber e muito treino, pois esta polca pelo esforço que era necessário fazer, requeria boa constituição física.”

Quando vim nos primeiros tempos para Charneca de Caparica, a férias ou para passar o fim-de-semana, já se não dançava em Charneca de Caparica, terra que no passado fora terra de dançar.

Na verdade, o seu Povo dividia a actividade entre a faina do mar, dirigindo-se para isso para a Fonte da Telha, em cujas companhas se integravam, ou nas tarefas do campo e da mata, especialmente, como lenhadores e carvoeiros. As actividades de trabalho que praticavam eram propícias à dança.

Em 1975, a Dona Emília, minhota radicada na Morgadinha, no termo de Charneca de Caparica criou um grupo de “danças e cantares” que recuperou para a Charneca de Caparica a tradição de dançar.

Na região de Charneca de Caparica dançava-se o “Tacão e Bico” em tempos passados, hoje somente recordado por escritos, pois os mais velhos já se não lembram de o dançar e, tão pouco, de dele terem ouvido falar.

Era uma dança muito engraçada, viva e ousada, em que os cavalheiros e as damas, ao compasso da música, batem ao mesmo tempo no chão, ora o salto ora a biqueira do sapato ou da bota.

Originária da zona interior da Caparica, foi levada para terras do Ribatejo, onde hoje é dançada, enquanto por aqui está quase esquecida.

O mesmo sucede com a “Polca”, especialmente, a “Polca Janota” outrora dançada pelos bailadores e bailadeiras de Charneca de Caparica.

Para a dançarem, os bailadores deveriam possuir destreza e preparação física bem desenvolvidas pois era uma dança muito exigente, pela sua vivacidade e expressão corporal.

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sábado, junho 09, 2007

moura encantada


princesa da adiça, encantada moura
das terras do ouro mais a sul
ela mesma riqueza do sentir


embarcação "Princesa da Adiça" registada na Trafaria, Almada - Portugal

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quem é edgar cardoso

gente e factos
Pequenas notas biográfica, os sentries sobre a vida de pessoas que muito sensibilizaram o pessoal da Oficina das Ideias pelos seus actos, pela forma solidária de estar na vida. Com eles aprendemos em todos os minutos da nossa vivência




Nasce no Porto em 1913 e morre em 5 de Julho de 2000.


Em 1937 conclui o curso de Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto tendo entrado para os quadros da Direcção dos Serviços de Pontes, da Junta Autónoma das Estradas no ano seguinte.

Em 1950 inicia a sua actividade docente do Ensino Superior como professor catedrático do Instituto Superior Técnico donde é afastado em Janeiro de 1975 sob a acusação de ter ligações e defender o regime anterior.

Entretanto, entre 1951 e 1962 elabora o anteprojecto, acompanha a construção e assiste à inauguração da ponte da Arrábida, arrojada construção de betão para a época, em 22 de Junho de 1963.

Edgar Cardoso ficou conhecido, não só como comentador esclarecido e de fácil entendimento pelo público sobre o tema de pontes, como também, como polemista sem papas na língua, donde se destaca a forte crítica aos técnicos do Laboratório Nacional da Engenharia Civil a quem chamou mentirosos sobre os perigos da cobertura da bancada central do Estádio José Alvalade, isto em 1992.

Tem publicada uma vasta obra técnica, muito em especial sobre a construção de diversas obras de arte da sua autoria, com destaque para a Ponte da Arrábida e para a Ponte de S. João.
Edgar Cardoso, o Senhor das Pontes


publicado anteriormente na Oficina das Ideias em 11 de Setembro de 2003

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sexta-feira, junho 08, 2007

uma flor para... a lila


brincos para uma lilás princesa
que percorre o arco-íris com afecto
e no sonho voa sobre o mar e as montanhas
Neste dia, muitas felicidades querida Amiga


Bricos-de-Princesa dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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caminhar no grande areal

As situações não acontecem por acaso. Tão pouco acredito no fatalismo do destino. Um acontecimento de momento, vem sempre na sequência de algo que antes se verificou e cria condições para um evento que se seguirá.

Aquilo a que normalmente atribuímos a qualidade de coincidência, mais não é do que verificar-se uma mesma situação em resultado de duas origens diferenciadas. Estas afirmações tem cariz pessoal, o significado que têm, passíveis de discordância, mas é o que penso sobre o assunto.

E a que propósito vêm estas lucubrações? Oram vejam...


Embevecido pelo doce ruído do mar a espraiar-se na doirada areia, “mar de damas” no dizer dos pescadores do Grande Areal, passado que foi o tempo de tempestades, de fortes rebentações, do mar de Equinócio, um homem caminhava beira-mar, olhos postos na linha do horizonte, marcada pela neblina pousada sobre o mítico Cabo Espichel.

Caminhada solitária na vastidão do areal, faz pouco tempo que o dia clareara, e somente, aqui e ali, um homem ou mulher no “arrasto” das conquilhas quebram o sossego das colónias de gaivotas que pousadas onde a onda efectua o retrocesso aguardam pacientemente a chegada dos primeiros barcos das “artes” nocturnas.

Iniciara a caminhada na areia, por cerca da Praia da Sereia, Waikiki de há uns anos para cá quando deixou de ser conhecida por “Praia do Garrafão”, um ano mais “bandeira azul”, respondendo ao apelo interior, teria sido sonho?, que o “empurrava” para uma conversa com o “seu” mar, confidente dos bons e maus momentos e, muito em especial, conselheiro de palavras sábias, de sentires e de quereres.


O homem do “arrasto” das conquilhas acenou-me efusivamente com um “Bom Dia!” e aquele bando de gaivotas mais perto levantou voo indo pousar uns metros mais para Sul. Respondi à saudação e fixei o meu olhar para lá do longe, além da Adiça e da Lagoa, para aquela rocha no Cabo a que muitos chamavam Pedra Mu.

Quando voltei a minha atenção para o areal descortinei lá para o termo da Praia da Nova Vaga uma silhueta feminina que como eu caminhava para Sul. Pareceu-me que mais lentamente. À minha memória imediata veio aquela flor branca, autóctone do areal, nascida e embelezada com o ar da maresia que tempos atrás havia fotografado.

A silhueta da mulher que caminhava mais além pareceu-me algo familiar. A distância era ainda significativa mas irradiava de si uma luminosidade que não me deixava ter dúvidas. É ela!


O caminhante sentia o fresco da manhã chegar-se ao seu peito, mas o arrepio foi algo inesperado. Teve a nítida sensação de que algum acontecimento anterior “empurrara”, igualmente, aquela mulher para caminhar na praia. O coração acelerou os batimentos e ao mesmo ritmo estugou a passada.

Na verdade, se ele tivesse capacidade para sentir o pensamento daquela mulher saberia que também ela fora na realidade “empurrada” para esta caminhada, pelo desejo de conversar com o “seu” mar. E ficaria a saber que esse mar tão belo, tão azul, tão conselheiro não é o “mar dela”, nem o “mar dele”, é isso sim o mar de quem põe em primeiro lugar os afectos... é o “mar deles”.

A imagem antes difusa e distante ganha cada vez mais nitidez e os contornos duma realidade consistente. A diferença do ritmo da passada entre os dois vai proporcionar o encontro, disso não tem quaisquer dúvidas quem observa “de fora” o desenvolver dos acontecimentos.


Ao aproximar-me da mulher cuja imagem familiar, pouco a pouco, veio a ganhar forma e nitidez, apercebi-me de que o seu andar mais parecia ser um flutuar sobre a areia molhada pelo vai-e-vém das ondas desse mar hoje tão doce.

Apercebeu-se da minha presença, mais do que pelo ver pelo sentir. Olhou para trás primeiro dissimuladamente, depois com mais insistência e firmeza. Em partilha de afectividade nos abraçamos longamente e o mar molhou-nos os pés na sua sétima onda.

Ofereci-lhe uma concha de vieira que ainda há pouco havia recolhido da bandeja ofertada pela maresia. Estendeu-me as mãos com uma tampa de concha e juntando as duas valvas mostrou que ambas se completavam, eram partes da mesma unidade. E sorriu.


Na linha do horizonte a neblina levantou e o Espichel resplandeceu à luz forte do Sol ainda primaveril.

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quinta-feira, junho 07, 2007

casario


casario à beira-mar
em terra de pescadores
a brancura e o azul em barra de decoração


Casario à beira-mar, Ericeira - Portugal

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cinco livros e cinco blogues

A querida amiga Sabine, do blogue Insustentável Leveza, enviou-me o desafio para nomear cinco livros e indicar cinco blogues que dêem seguimento a esta “corrente”, uma como tantas outras que estão em voga na Blogoesfera.

Vou responder ao desafio com muito prazer, por duas razões diversas: Primeira, para deixar aqui referências de livros que li e gostei e de livros que desejo ler nos próximos tempos; Segunda, por me permitir citar blogues amigos dos dois lados do Atlântico que sei terem gosto pela leitura e que muito aprenderemos com as suas interessantes referências.

Dois livros que li recentemente e de que gostei...
Bocage, a vida apaixonada de um genial libertino – de Luís Rosa – Editorial Presença
A minha paixão pela vida e obra de Bocage encontrou neste magnífico romance histórico uma interessante visão da sua vivência
A Fórmula de Deus – de José Rodrigues dos Santos – Gardiva
Tema aliciante com referências a uma figura que sempre me deslumbra, Einstein, e com muita investigação na sua preparação.

Três livros que pretendo ler nos tempos próximos...
África Acima – de Gonçalo Cadille – a atracção pela literatura de viagens.
A Ilha das Trevas – de José Rodrigues dos Santos- a expectativa de ser de novo surpreendido
Sintra, Serra Sagrada – de Victor Manuel Adrião – o que de melhor existe no que está para lá do visível.

Agora cinco blogues, com cuja leitura sempre muito me enriqueço:

Das terras da Tropicália....
Bailar das Letras, da Bailarina – com quem caminhei pelas veredas das letras, pelo Bocage e por Saramago, pelas lendas de Pedro e Inês, cúmplice e parceira na arte de versejar;
Traduzir-se..., de Lualil – com quem caminhei tantos meses “calçada recifense acima” para sentir o Povo que vive;
Cor de Dentro, de Claudia Perotti – deleito-me com a sua arte pictórica, com as suas imagens fotográficas, com os seus poemas.

Das terras Lusas...
Maçã de Junho, de Maçã – escreve de forma que me encanta e das suas leituras muito iremos usufruir a partilha;
Pedaços d’Alma, de Fly – viajar com palavras, percorrer páginas de escritos, receber a partilha das tuas leituras.


Caminhemos juntos, então...

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quarta-feira, junho 06, 2007

ilumina o caminho


dos passantes das veredas
da vida, por vezes tortuosas
luz tão necessária ao caminhar da vida


Candeeiro tradicional, Monsaraz - Portugal

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novos indicadores de leitura

De acordo com os critérios editoriais da Oficina das Ideias criamos, frequentemente, novos apontadores e leitura. Três razões fundamentais nos levam a essa decisão:
1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.

Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.

A Gata por um Fio, de Sandra Santos

A.p.o.n.t.a.m.e.n.t.o.s., de Rui Manhente - "Entre todas as noções e todos os pontos do itinerário poderá estabelecer um nexo de afinidades ou de contrastes que sirva de mnemónica, de referência instantânea para a sua memória." Italo Calvino, As Cidades Invisíveis

Casa de leitura, de Carol Timm -

Cor de Dentro, de Claudia P -

Escrita Solta, de Wilson T - Exercícios de Escrita Leituras e partilhas. Procura de leitores

Goma Nosiva, de Gonçalo -

Infinito Positivo, de Ery Roberto – A Criatividade é a inteligência se divertindo

Jornal Virtual, de Manuel Silva - Pagina destinada a todos os interessados em qualquer tipo de informação Desportiva, Cultural, Política, Regional, Nacional e internacional para além das noticias de última hora. Espaço também dirigido à história e as Artes.

Lounge Mood, de Viviana - Ainda sobre neuras, vaidades, inquietudes psíquicas e sobretudo, conversas de botequim agora regadas a doses de humor ascético São Francisco de Assis, misturadas com doses de humor etílico Bukovskiano

Szerinting, de James Stuart – Assimilando esse vício magyar por entre viagens, aventuras e outros compromissos

Varal das Ideias, de Eduardo Lunardelli - Desenho Pintura Escultura e afins

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terça-feira, junho 05, 2007

a minha homenagem


rosa de encantar os sentidos
minha homenagem sentida
às mulheres que me acompanham nestas andanças


Rosa Amarela dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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há 47 meses na blogoesfera

Daqui a 30 dias comemoramos quatro anos de presença na Blogoesfera. Iniciámos esta caminhada no quinto dia do mês de Julho, indicava, então, o calendário, o ano de 2003 na contagem ocidental.

Temos mantido uma média de visitas diárias superior ao meio milhar, algo que nunca supusemos pudesse vir a acontecer. Estamos gratos aos nossos leitores dedicados e, igualmente, a todos os companheiros desta caminhada que têm colocado nos seus blogues indicadores de leitura a apontarem para a Oficina das Ideias.

Continua a funcionar o filtro aos comentários através do pedido de um código de confirmação atendendo a que estávamos a ser “bombardeados” com comentários “span”. Pelo incómodo pedimos desculpas aos nossos visitantes amigos. Por outro lado, aderimos ao sistema de publicidade da Google, cuja receita obtida em resultado das entradas dos visitantes na publicidade apresentada será entregue a uma instituição particular de solidariedade social, IPSS, no caso concreto a CURPIC, Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de Charneca de Caparica.

No mês de Maio, por iniciativa da nossa querida Amiga Cathy (a Bailarina das Letras), do Bailar das Letras, passámos a fazer parte do “clube” Thinking Blogger, uma corrente “meme tag” iniciada em Fevereiro deste ano na Turquia, no blogue “The Thinking Blog”.

Quanto a interactividade, o número de comentários no último mês foi de 53, a partir de 21 comentadores. É de grande importância para o enriquecimento da Oficina das Ideias esta contribuição dos dedicados e amigos leitores.

Visitas – 204.176 (desde 5 de Julho de 2003), a uma média de 539/dia e com origem em 131 países diferentes, valores facultados pelo SiteMeter e pelo NeoWORX. De Portugal 73.812 visitas; do Brasil 69.233 visitas e de Espanha 5.677 garantem um lugar no pódio.

Total de posts – 2.902, onde cerca de 1.500 são fotografias da autoria do nosso amigo Olho de Lince.

Um agradecimento especial a Blogger.com e a Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.


Quadro de Honra

Reporter, do Pó de Ser (Portugal)
Lila (Portugal)
Lígia (Brasil)
Manuel Gomes, do Atento (Portugal)
Rui Manhente, do Viandante (Portugal)
Bailarina, do Bailar das Letras (Brasil)
Manuel Silva, do Jornal Virtual (Portugal)
Eduardo, do Varal das Ideias (Brasil)
Luísa Margarida, do Cantábile (Brasil)
Ery Roberto, do Infinito Positivo (Brasil)
Viviana, do Lounge Mood (Brasil)
James Stuart, do Szerinting (Hungria)
Carol Timm, do Casa da Leitura (Brasil)
Lady, do YourLady (Brasil)
Gonçalo, do Goma Nociva (Portugal)
Maçã, do Maçã de Junho (Portugal)
Lualil, do Traduzir-se... (Brasil)
Claudia P, do Cor de Dentro (Brasil)
Sandra, do Gata por um Fio (Brasil)
Raquel, do Sex Appeal (Brasil)
Ismael, do Café Alexandrino (Portugal)


A TODOS o nosso Muito Obrigado

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segunda-feira, junho 04, 2007

sequência


na harmonia ribeirinha
ilumina o local onde
o rio tejo beija o mar


Marginal Ribeirinha, Trafaria, Almada - Portugal

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no café

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento



Sentado à mesa do café,
A do fundo,
A do costume...

Deixo espraiar o meu olhar
Ausente
Mergulhado na vida já vivida...

Encontro olhos de mar,
Boca de carmim,
Que me disse: _Dá-me lume?

Encontrei abrigo,
Afecto,
Na cumplicidade que julgava há muito perdida.

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domingo, junho 03, 2007

intimidade, suavidade


na intimidade da flor do cacto
sentimos a suavidade da cores
com que a natureza nos brinda


Flor do cacto "Echnopsis multiplex" dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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dez mandamentos na praia

contribuição: Associação Nacional de Conservação da Natureza - QUERCUS


1. Verifique se na praia que vai frequentar é realizado o controlo de qualidade da água balnear
Em Portugal, existem diversas praias que não estão classificadas como zonas balneares e nessas não se deve tomar banho. Uma praia não classificada é uma praia onde a água balnear não é monitorizada ou onde a água não apresenta qualidade. Esta classificação é revista anualmente pelo Ministério do Ambiente podendo ser designadas mais praias como zonas balneares.

2. Certifique-se de que a qualidade da água da sua praia é aceitável ou, preferencialmente, boa.
Nas zonas balneares há a obrigação de publicitar as últimas análises realizadas à água. Em geral, a frequência das análises é quinzenal, podendo haver casos em que ela é mais diminuta (mensal), ou então maior (semanal). Entre a data da colheita e a data da publicação da análise na praia não se deve ultrapassar mais de quinze dias. Assim, apesar de ser normal não encontrar uma análise de um dia muito recente, não deve encontrar resultados com um atraso superior a um mês. As análises são classificadas como más, aceitáveis e boas, sendo que as duas últimas classificações são compatíveis com a sua utilização para banhos, embora uma análise de qualidade boa seja obviamente preferível.

3. Escolha uma das Praias com Qualidade de Ouro da Quercus
A Quercus elegeu o conjunto de praias que nos últimos 5 anos apresentaram uma qualidade da água Boa, como as Praias com Qualidade de Ouro. A existência de Bandeira Azul também é um critério de qualidade que deve ser tomado em conta e que vai para além da qualidade da água. Existem já casos de praias cuja gestão e exploração estão certificadas por normas de qualidade, sendo este também caminho defendido pela Quercus pelo rigor que tais critérios impõem em termos de acompanhamento.

4. Verifique os meios de segurança e as infra-estruturas.
Ao utilizar uma praia deve verificar-se a permanência de um nadador-salvador, a delimitação da área para banhos, a existência de um posto de primeiros-socorros, a possibilidade de acesso rápido de uma ambulância. Em termos de infra-estruturas devem-se avaliar aspectos como a presença de casas de banho em número suficiente, duches, bebedouro e parque de estacionamento. Os utentes da praia devem respeitar a sinalização através das bandeiras hasteadas.

5. Verifique e contribua para a limpeza do areal. Exija a ausência de cães.
Verifique se a areia do local onde vai permanecer se encontra devidamente limpa e contribua para essa limpeza, não deixando nem enterrando quaisquer detritos. Colabore na limpeza da praia: utilize sempre os recipientes do lixo ou, na falta destes, guarde e transporte consigo o lixo, deitando-o posteriormente em local próprio. Se encontrar vidro ou outro tipo de lixo espalhado sobre a areia, não o ignore. Apanhe-o e coloque-o no recipiente do lixo mais próximo. Nalgumas praias a recolha selectiva é já uma realidade, podendo assim separar vidro, papel e cartão, embalagens e o restante lixo.

Utilize sempre uma toalha para se deitar na areia. Na praia prefira chinelos de material lavável e não os empreste a ninguém, inclusive seus familiares. Assim, prevenirá a eventual transmissão de uma doença de pele. Vigie os seus filhos mais pequenos, não permitindo que metam os dedos na boca quando brincam com a areia. Se surgirem quaisquer alterações na sua pele, nos olhos, ouvidos ou garganta consulte rapidamente o médico.

Nunca traga animais para a praia! Para além de serem geralmente um incómodo, podem ser portadores de microrganismos prejudiciais à saúde humana e originarem a contaminação do areal.

6. Evite permanecer na praia nas horas de maior calor e evitar uma exposição excessiva ao sol.
Evite permanecer na praia nas horas de maior calor e não se exponha exageradamente ao sol, especialmente se a sua pele for clara. O período em que não se deve expor ao sol é aproximadamente entre as 11 e as 16 horas, sendo que o Instituto de Meteorologia publica diariamente uma previsão da altura em que a radiação solar é mais forte e pode ser mais perigosa.

Uma queimadura solar para além de incómoda, constitui uma agressão altamente prejudicial que deve sempre evitar. Utilize protectores solares mas, sobretudo, não permaneça imóvel sob um sol forte. Tenha particular atenção às crianças pequenas. Elas são mais sensíveis ao sol. Insista sempre no uso de chapéus e deixe-as andar de cabelo solto, pois isso constitui uma protecção suplementar da face e dos ombros.

7. Evite fazer ruído.
A praia é acima de tudo um local onde temos a oportunidade de descansar e recuperar forças. O ruído é assim um factor de stress e de perturbação. A presença de aparelhagens com som demasiado elevado ou uma grande frequência de barcos e principalmente motas de água, prejudica a qualidade da praia.

8. Proteja as dunas e as falésias das praias costeiras e a vegetação nas praias fluviais.
A protecção do cordão dunar é essencial para que o mar não avance e a praia não desapareça. Esta realidade, que infelizmente já é corrente em algumas zonas do país, pode ser evitada, não pisando a vegetação mais sensível, particularmente a que está mais próxima da água na chamada duna primária, mas também evitando o pisoteio das restantes dunas. Também a vegetação das falésias deve ser evitada, sendo que algumas podem apresentar o perigo de derrocada. As praias fluviais são em geral locais muito aprazíveis onde ser deve evitar destruir a vegetação envolvente.

9. Vá de transportes menos poluentes até à zona balnear; deixe o carro em casa.
Ir a pé, de bicicleta ou de transporte público, ajuda o ambiente evitando o ruído e a poluição do ar provocada pelo automóvel. Além disso, pode ser uma excelente oportunidade para um passeio agradável. Experimente e evite o congestionamento dos acessos e dos parques de estacionamento. Pode inclusive encontrar praias e lugares menos ocupados e um maior contacto com a natureza.

10. Denuncie o que não estiver bem.
Melhorar a qualidade das praias em Portugal passa por denunciar as situações de falta de infra-estruturas, má qualidade da água, problemas de limpeza do areal, falta de informação ao utente, falta de vigilância e/ou segurança. O problema é sempre saber a quem dirigir as queixas de forma a que sejam ouvidas, dado o elevado número de entidades aparentemente responsáveis, mas que afirmam sempre que o erro em causa recai sobre outra entidade.

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sábado, junho 02, 2007

tirar as medidas


este arco é porta da vila
das muralhas que protegiam as gentes
gravado o sistema métrico usado pelos feirantes


Porta da Vila com o sistema métrico gravado na muralha, Monsaraz - Portugal

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oiro sobre azul

minha terra é meu sentir
Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho



Depois da Associação Bandeira Azul da Europa – ABAE ter anunciado a atribuição deste galardão para o ano de 2007, é a vez da Associação Nacional de Conservação da Natureza - QUERCUS anunciar a atribuição do galardão “Praia com Qualidade de Ouro 2007”.

Enquanto a primeira associação se baseia num conjunto de análises e observações às praias, constituindo uma grelha muito exigente mas referindo-se ao período de uma ano, a segunda tem em consideração a qualidade da água das praias num período de cinco anos, neste caso, de 2002 a 2006.

Dois eixos de análise diferentes mas que se complementam nos aspectos de exigência e de regularidade da qualidade das praias contempladas.

No que diz respeito à atribuição da Bandeira Azul recordamos a informação aqui já partilhada no que se refere às praias do Município de Almada, o Grande Areal, da Trafaria à Fonte da Telha:

Mata
Rainha
Castelo
Cabana do Pescador
Rei
Morena
Sereia (Waikiki)


No que concerne às praias com água de qualidade de ouro, Bandeira de Ouro, a Quercus decidiu contemplar 196 praias das 508 existentes em Portugal, segundo definição do Instituto Nacional da Água.

A Quercus resolveu seleccionar todas as praias que em Portugal têm tido nos últimos cinco anos, de 2002 a 2006, sempre qualidade de água classificada como boa e que na época balnear de 2006 tiveram todas as análises boas. Esta avaliação efectuada pela Quercus é muito mais limitada em comparação com a atribuição da Bandeira Azul porque apenas se baseia na qualidade da água das praias, apesar de ser mais exigente neste aspecto. A classificação geral das praias em termos de qualidade da água é disponibilizada pelo Instituto da Água ao abrigo da legislação nacional e comunitária.

O objectivo da Quercus é realçar as garantias dadas por praias que ao longo de cinco anos, neste caso entre 2002 e 2006, sistematicamente, apresentam boa qualidade, e que portanto, em entender da referida Associação, apresentam uma maior fiabilidade no que respeita à boa qualidade da sua água, confirmando ainda a sua excelência na última época balnear.

O Concelho com maior número de praias com qualidade da água de ouro é Albufeira, com 15 zonas balneares galardoadas, seguido de Vila do Bispo com 10 zonas balneares e de Almada com 9 zonas balneares dignas de hastearem a Bandeira Doirada:

Cova do Vapor
S. João de Caparica
Praia do CDS (Frente Praias)
Mata
Saúde
Castelo
Rei
Infante
Fonte da Telha



Estão pois de parabéns as gentes do Grande Areal, a Autarquia de Almada (território, pessoas e poder local), e todos aqueles que escolhem esta zona para o seu período de lazer anual. E a TODOS é pedido que continuem a contribuir para manter e melhor a qualidade ambiental das praias do Grande Areal e das matas e pinhais envolventes.



Associação Nacional de Conservação da Natureza - QUERCUS
Associação Bandeira Azul da Europa – ABAE

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sexta-feira, junho 01, 2007

lua junina


última lua-cheia da Primavera
desperta a ternura dos amantes
que lhe dedicam um olhar com afecto


Lua-Cheia de Junho, 100% às 1:04 horas

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em maio de 2007 a oficina publicou

Textos
Dia 1 – Primeiro de Maio [tradição e cultura popular]
Dia 2 – Em Abril de 2007 a Oficina publicou
Dia 3 – Pelas terras da Mata Real [minha terra é meu sentir]
Dia 4 – Disse...
Dia 5 – há 46 meses na blogoesfera
Dia 6 – Novos indicadores de leitura
Dia 7 – A Oficina no Kontrastes
Dia 8 – No Blog dos Poetas Almadenses
Dia 9 – Um Raio de Luz [espaço de poetar]
Dia 10 – Gastronomia Almadense
Dia 11 – Olaria do Corval [artes e artífices]
Dia 12 – Nas Planuras do Alentejo
Dia 13 – Pedra de Casar [tradição e cultura popular]
Dia 14 – Poetas & Vozes d’Almada
Dia 15 – Doçura [espaço de poetar]
Dia 16 – Nossa língua, nossa Pátria
Dia 17 – Dia da Espiga [tradição e cultura popular]
Dia 18 – “Navegar” no “O Barco” [sentados à mesa... gostámos]
Dia 19 – Cumplicidades
Dia 20 – Poesia Vadia
Dia 21 – Caminha no Arco-Íris [espaço de poetar]
Dia 22 – Palavras de almeida
Dia 23 – A lenda do Agostinho
Dia 24 – A Alma Magiar
Dia 25 – A beleza dos números
Dia 26 – Bandeira Azul
Dia 27 – A Lecas [do meu baú de memórias]
Dia 28 – Um mimo da Viviana
Dia 29 – Observação nocturna de aves
Dia 30 – Memória
Dia 31 – Poetas d’Almada

Imagens
Dia 1 – A simplicidade do branco
Dia 2 – Lua de Maio
Dia 3 – Pequena rosa que é Sol
Dia 4 – Janela gradeada de verde
Dia 5 – Rosa de muito querer
Dia 6 – Rua de tradição
Dia 7 – Sol da Austrália
Dia 8 – Solitária muito bela
Dia 9 – Açucena peruana
Dia 10 – Concentração e sintonia
Dia 11 – É uma rosa...
Dia 12 – Prodígio da Natureza
Dia 13 – Rocha dos Namorados
Dia 14 – Porta de Mercar
Dia 15 – “Bouquet” de rosas
Dia 16 – Guardo todas as pedras
Dia 17 – Janela da tradição
Dia 18 - Elegância
Dia 19 – Janela de cantaria talhada
Dia 20 – Chaminé de escutar
Dia 21 – Aprestos de pescaria
Dia 22 – Lugar de surfar
Dia 23 – Intimidade
Dia 24 – Janela em cunhal
Dia 25 – Uma rosa te ofereço
Dia 26 – Escadaria
Dia 27 – Pincelada de artista
Dia 28 – Estrelas coloridas
Dia 30 – Rendilhados em flor
Dia 31 – Coroa de rainha

Uma flor para...
Dia 29 - ...a LuaLil

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