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sexta-feira, setembro 30, 2005

radicalmente


no turbilhão das ondas traçam corajosos caminhos de espuma

a penitência da cerveja preta

Conta a tradição que os monges de Munique, em plena Idade Média, criaram uma beberagem que não era, nem mais nem menos, que a cerveja preta, a que chamavam “pão líquido”. Escusado será escrever o quanto “abusavam” desta deliciosa bebida.

O facto, eram notórias as tremendas bebedeiras que os monges apanhavam, chegou ao conhecimento do Papa que, de pronto, quis saber que bebida seria essa.

Com os transportes demorados da época, a longa distância entre Munique foi percorrida em muitos dias, quiçá, longos meses, o que levou a que quando a cerveja preta chegou à prova do Papa estava tão azeda e intragável que este decretou que aquela beberagem fosse tomada como penitência.

Para os mais pecadores, era logo ministrada ao pequeno-almoço. Donde ficou o hábito nesta cidade da Baviera de que as primeiras cervejas do dia fossem logo tomadas pela manhã. Há mesmo locais em que até ao meio-dia a cerveja é tomada como penitência pelo que somente servem cerveja preta.

Loura, preta ou ruiva a cerveja bem gelada mais do que uma bebida para refrescar ou acompanhar uma refeição, é uma verdadeira companhia. Há mesmo quem tenha dois dedos de conversa com uma “loirinha” bem gelada.

Mas... “estupidamente gelada” é um mito. O seu paladar único e esquisito pode ser alterado com as temperaturas muito baixas.

quinta-feira, setembro 29, 2005

portugal monumental

Igreja de São Domingos (Sé de Aveiro)


A sua origem remonta ao século XV. Era à época a Igreja do Convento de S. Domingos. Foi Matriz da paróquia de Nossa Senhora da Glória a partir de 1835. Três anos depois Catedral Diocesana de Aveiro

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhes sentido e afecto procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar...

Palavras que dedico à minha querida Montse no feliz dia de aniversário da sua filha “Claudinha”-

NA PROCURA


Caminhar no arco-íris para as terras de Gaudi
Na procura do ente querido, mulher bela e sensual
Meu vício, na ausência mais sentido, doçura angelical
Olhos cor de mel por quem um dia me perdi

Na outra ponta do celeste arco encontrei tesouro real
Passados que foram mares, montanhas e tormentos
Explosão de maravilhosos quereres e sentimentos
Encontro-te no amplo espaço do doirado areal

Qual pérola ofertada pelo mar azul e profundo
Rolou entre os meus dedos, aninhou-se em meus braços
Empolgou meu sentir em tão amplos espaços
Maior felicidade sentida nas passagens deste mundo

Tua melodiosa voz me encanta, qual sereia
Murmuras ternas palavras de muito querer
Fico maravilhado com a beleza total do teu ser
Entrego-me em teu corpo que com carinho me enleia

quarta-feira, setembro 28, 2005

buga paper, 2

Uma das formas mais agradáveis de conhecer a monumentalidade e tipicismo da cidade de Aveiro é percorrê-la utilizando as bicicletas que a autarquia colocou à disposição dos cidadãos, as "bugas". Tivémos oportunidade de participar num "bugapaper" aquando da realização do PortSugar 2005

Parecia a recta mais longa do Mundo, e subia... subia... “Local de partida e chegada / “Pouca terra” a ecoar / Agora de “cara lavada” / Painéis de azulejo vais apreciar



Com receita conventual adoça a boca de gerações. “Estreita rua te conduz / A cozinha tradicional / Ali um doce se produz / Com receita conventual”. A Maria da Apresentação é a maga da cozinha...



A Ponte de Carcavelos sobre o Canal de S. Roque é uma delícia para o olhar. “Passagem para a outra margem / Onde a “IP” podes avistar / Linda que parece miragem / A Veneza faz lembrar



Aqui vai ser necessária uma forte intervenção para preservar um património que é de todos nós. “Arte Nova evidencia / E bom restauro precisava / Por pessoa respondia / O major que a ocupava”.



Tribuno “sem papas na língua” foi incómodo no deu tempo. “Eminente parlamentar / Militar de grande coragem / Do pedestal parece acenar / Este ilustre personagem”.


terça-feira, setembro 27, 2005

buga paper, 1

Uma das formas mais agradáveis de conhecer a monumentalidade e tipicismo da cidade de Aveiro é percorrê-la utilizando as bicicletas que a autarquia colocou à disposição dos cidadãos, as "bugas". Tivémos oportunidade de participar num "bugapaper" aquando da realização do PortSugar 2005


Na manhã de Domingo, que mais parecia ser madrugada, foi dada a partida dos concorrentes para o BugaPaper. Entre os concorrente o presidente do clube alemão presente.



Os patrocinadores foram conferir o êxito da realização do PortSugar 2005 e, em particular, do BugaPaper.



No primeiro controlo, posto 2, “Agradável passeio garante / Onde belo lago se destaca / Agora é do Infante / Outrora foi da macaca” era assim a fila de espera para o controlo...



Até à Sé de Aveiro, antiga Igreja do Convento de S. Domingos, foi fácil a caminhada, “Já que estás metido nisto / Procura uma casa com altar / Lá pode celebrar o Bispo / E qualquer um pode rezar



A Casa do capitão esperava por nós: “Outras funções conheceu / Até albergar o capitão / Em ex-libris se converteu / Mas esteve quase no chão...”. Curva bem apertada com a Ria ali aos pés...


segunda-feira, setembro 26, 2005

da série "janelas"...

Janela de Aveiro


no magnífico enquadramento de azulejos uma bela janela aveirense

iconografia da oficina, 2

São cerca de um milhar o número de imagens que hoje integram a Oficina das Ideias, a maioria das quais são fotografias originais da autoria de Olho de Lince e muitas delas obtidas exclusivamente para publicação neste espaço da blogoesfera.

Umas tantas são imagens de origem diversa que se referem à Oficina e aos seus operários e que agora estamos a procurar reunir. Trabalho árduo por se encontrarem dispersas na publicação julgamos, contudo, importante realizar. Um dia será apresentado com mais organização.

Agora, vão ser somente reunidas conforme forem sendo encontradas e assim as publicaremos. Pedimos para este facto a vossa compreensão.


Diploma atribuído por Nikonman, do Praça da Re+ública em Beja, aquando da Convenção da Paparoca realizana no Vimieiro


Destaque concedido à Oficina das Ideias pelo G.B.


Desenho à Vista da querida amiga Célia (Recife-Brasil)


Desenho cabalístico com as letras correspondentes a "victor"

domingo, setembro 25, 2005

da série "faróis"...

Farol da Barra (Aveiro)


torre troncónica com faixas brancas e vermelhas e edifícios anexos


Situa-se a Sul de Aveiro, perto da barra do porto, tem uma altura de 62 metros. É-lhe atribuído o número nacional 95 e o código internacional D-2056.Situa-se nas coordenadas 40 graus e 38,47 minutos Norte e 8 graus e 44,80 minutos Oeste.

A magia do número 7 [5]

Continuamos hoje, e já vamos esgotando a lista, a publicar situações, factos, curiosidades relacionados com o número 7. Mas antes vamos publicar uma excelente contribuição de GNM, do Extranumerário..., acerca das 7 Colinas de Lisboa:

O Castelo – com o miradouro do castelo de São Jorge

A Graça – com o miradouro da Senhora do Monte

Santa Catarina – com o miradouro do Adamastor

A Ajuda – com uma vista soberba sobre o rio Tejo

A Estrela – com a sua Basílica e o jardim da tradição

O Monte – com o miradouro de Monte Pedral

A Penha de França – a respectiva Igreja com sabor a exorcismo.


Na criação de Walt Disney - A Branca de Neve e os 7 Anões
Branda de Neve e os 7 Anões marcou a história do cinema para sempre, sendo a primeira longa-metragem animada da América a ser produzido. Walt Disney arriscou tudo o que tinha para faze-lo. Seus esforços foram recompensados quando o filme lucrou milhões nas bilheterias.

O nome dos 7 Anões varia consoante estamos em Portugal ou no Brasil, pois a tradução do inglês é normalmente bastante livre:
Mindinho
Soneca ou Dorminhoco
Zangado ou Resmungão
Feliz ou Felizardo
Dengoso
Mestre ou Espertalhão
Envergonhado



Nas Escrituras Sagradas – As 7 Pragas do Egipto
No Livro do Apocalipse as 7 Pragas trazidas pelos 7 Anjos destinavam-se a castigar o ser humano por ter pactuado com a besta (diabo).

Feridas malignas e dolorosas.
O Mar transformado em sangue.
Os rios e as fontes de água secas.
O Sol queima os homens com o seu fogo.
O Mundo é mergulhado nas trevas.
O rio Eufrates vê as suas águas secarem.
Relâmpagos, vozes, trovões e um forte terramoto.

sábado, setembro 24, 2005

voo em linha


suave voo embalado numa linha de pressão regular

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhes sentido e afecto procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar...


Olhos Verdes Esmeraldas de Água Fina

Olhos verdes, esmeraldas de água fina
Que envolvem o sentir de doce querer
Na ondulação dos cílios que o mar ensina
E que as pálpebras tanto lutam por esconder.

Lábios sensuais e dados no beijar
A quem por muito amar deles se abeirou
Quais pétalas que só a Primavera ousa tocar
Cobertas de gotícolas que o Inverno lhes deixou.

E quando acaricio a loira cabeleira
Sentindo que se cumpriu então a sina
Penso ser esta a vez primeira
Em que o coração a mente me domina.

E se para sentir o doce arfar dos seios de menina
Junto a mim em forte abraço o corpo lhe enleio
Invade-me felicidade que jamais termina
No íntimo contacto das coxas, do ventre, do seio.

sexta-feira, setembro 23, 2005

o jardim da flor amarela


na tranquilidade de um jardim é muito bom namorar

um dia tranquilo

Por um Planeta mais saudável, mais humano e com melhor mobilidade para todos decorreu, ente 16 e 22 de Setembro, a Semana Europeia da Mobilidade. O culminar desta semana teve lugar ontem com a celebração do Dia Europeu sem Carros 2005, com um apelo grande ao civismo e à participação popular em actividades não poluentes.

“Ir e vir, de outro modo” foi o lema seguido, sendo mote para o debate de ideias, para a discussão da mobilidade urbana e para o teste de soluções inovadoras.

Este ano, no concelho de Almada, as actividades expandiram-se à vila ribeirinha da Trafaria, bem perto de onde “O Tejo beija o Mar” onde o envolvimento de diversas entidades colocou a população em contacto com as soluções de mobilidade urbana.

Actividades desportivas, ateliers e animação de rua, passeios pedestres, respirar forte a pureza do ar sem circulação automóvel, foi possível usufruir do espaço público desta terra de praia fluvial que já foi terra de veraneio de reis e de artistas, de políticos e de intelectuais.

É fundamentalmente uma terra da sua População.

quinta-feira, setembro 22, 2005

uma flor para... o pedro


parabéns amigo pedro, muitas felicidades

equinócio de outono

Às 23 horas e 23 minutos de hoje inicia-se o Outono no hemisfério Norte, quando a noite tem a mesma duração do dia e em que faltam vencer 122 dias para o final do ano. É tempo de conversar com o oceano imenso de azul esverdeado vestido a versejar na espuma criada no beijar da areia doirada.

Estamos a viver o Equinócio de Outono, estação de consolidação para o crescimento e o esquema natural das coisas. Armazenamos os frutos do esforço realizado e procuramos compreender que novas mudanças são necessárias progredir, quando o tempo de renovação chegar.

Assim como as árvores se libertam das folhas cobrindo o solo de tonalidades castanho e doirado também nós deveremos esquecer comportamentos e atitudes sem utilidade para nos prepararmos para a Primavera da esperança que logo estará a bater à porta.

Nesta terra lusitana, vão imperar as tonalidades castanho e doirado, mas não o ocaso da vida e muito menos a morte da esperança. O Atlântico será estreito para a vontade indomável de povos que se querem bem. No Brasil festejam-se as searas, as flores, o eterno renascer.

Hoje é tempo de Equinócio de Outono que marca o início do afastamento do Sol rumo ao Inverno. O dia e a noite são exactamente iguais, com 12 horas cada. Com ele se dá o início astronómico do Outono. O Sol nasceu precisamente a Leste e o ocaso verifica-se a Oeste.

Não é estranho, pois, que a tradição ocidental associe este momento com o pôr-do-sol. O Equinócio de Outono marca o início do afastamento do Sol rumo ao Inverno. As civilizações solares antigas acreditavam que o Sol morria no entardecer e era ressuscitado no dia seguinte. Durante a Noite, ele cruzava o Reino dos Mortos, levado, segundo os egípcios, em uma barca.
Mas a tradição ocidental liga o Equinócio igualmente à água, em especial, à água do mar.

quarta-feira, setembro 21, 2005

suave pensamento


na suavidade desta imagem caminhei teu corpo num afago

aqui está o mundo inteiro

Hoje foi aberta mais uma porta para o “mundo inteiro” no Mercado Municipal da Charneca de Caparica onde está instalado e a funcionar um espaço “Almada Informa” que dispõe de seis computadores pessoais multimédia com acesso gratuito à Internet de banda larga.

O sistema instalado baseia-se em software Windows e Microsoft Office e comporta um scanner, duas impressoras. Tem a assistência permanente de dois monitores que, simultaneamente, vão ministrar as primeiras noções de tecnologias de informação para quem ainda não possui os conhecimentos básicos.

De salientar que este sistema tem instalados equipamentos apropriados para cidadãos com ^necessidades especiais como sejam um ampliador de imagens, sintetizador de voz e impressora de Braille. O acesso ao local baseia-se, igualmente, em esquemas de total acessibilidade.

No espaço “Almada Informa” é possível obter informações sobre o concelho de Almada, sobre a actividade municipal e sobre os eventos agendados para a região. Oportunamente, será disponibilizado o acesso a bases de dados de onde constam os processos de urbanização e de construção, podendo cada cidadão acompanhar a evolução dos seus próprios processos mediante uma chave exclusiva de acesso.

Para que todos tenham igualdade de oportunidades no usufruto dos benefícios da sociedade da informação este espaço vai funcionar de Terça a Sábado, das 10 às 20 horas.

terça-feira, setembro 20, 2005

suave odor de rosas


o encantamento do suave odor de teu corpo

saudação açucarada

Os Associados do Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar, CLUPAC, estão hoje de parabéns no tempo em que se comemora o 3º. Aniversário da sua constituição. São eles o significado primeiro desta caminhada, curta? longa?, nos trilhos do associativismo.

Na vivência associativa há uma dádiva constante de um pouco de cada um de nós em prol do colectivo. Representa a mais digna atitude do ser humano na passagem temporal que realiza no seu percurso de vida.

Não podemos neste festivo momento esquecer os progenitores do CLUPAC que o sonharam e puseram em prática as acções para lhe dar vida: os associados fundadores. Sonharam e deram-lhe asas para voos de Liberdade, de personalidade, de dignidade.

Depois, são os associados, todos sem distinção, que têm o seu destino em suas próprias mãos. E têm sido dignos dessa entrega pela forma empenhada como têm participado na vida do Clube, dando-lhe dignidade e tornando o coleccionismo dos pacotes de açúcar uma actividade cada vez mais respeitada e praticada em todo o País.

No âmbito do coleccionismo dos pacotes de açúcar, o CLUPAC é já considerado por muitas entidades ligadas à actividade do café e do açúcar um parceiro com que é importante dialogar. Este facto deve-se, sem dúvida, ao número de associados que já constituem o CLUPAC, mais de duzentos e amanhã seremos muitos mais.

À saúde do CLUPAC e de TODOS vós levanto a minha taça. Tchim! Tchim!

segunda-feira, setembro 19, 2005

lábios de sonho


que belos lábios eu sonho em tuas pétalas

a natureza contra os estados unidos

... ou os Estados Unidos contra a Natureza

Os Estados Unidos da América, especialmente nas zonas do Caribe e do Golfo do México, continuam a ser fustigados pelas tempestades tropicais que devido à circulação do ar característica da região rapidamente se transformam em furacões.

As gentes e os bens são sacrificados perante a impotência dos sistemas de protecção civil que se mostram completamente ineficazes relativamente à dimensão e violência de tais fenómenos naturais.

As populações sofrem, por vezes com a perda da própria vida, mas o governo de Bush mantém-se pedante e orgulhoso da força das suas armas e da prepotência das suas decisões.

Nestes tempos de sofrimento de um povo o seu governo assume posições contra a natureza das coisas na Organização das Nações Unidas, onde as negociações para a reforma da ONU recuam à base zero por pressão dos estados Unidos através de um embaixador da confiança de Bush em que a sua nomeação se furtou à aprovação do Congresso.

Os estados Unidos para atingirem o seu objectivo de boicotar a reforma das Nações Unidas:

Propõe cerca de 750 emendas
Põe em causa os objectivos da ONU para o Milénio
Opõe-se à luta contra a pobreza
Pretende eliminar referências ao Tribunal Penal Internacional
Pretende eliminar referências ao protocolo de Quioto

domingo, setembro 18, 2005

luar de setembro


lua setembrina anuncia o outono doirado

a magia do número 7 [4]

Apresentamos hoje mais três “SETE’s” da compilação que temos vindo a fazer sobre este mágico número: Na Literatura Portuguesa, na Geografia Olisiponense e na Linguagem Popular.


Na Literatura Portuguesa – 7 Sóis

Sete-Sóis” é Baltazar Mateus personagem principal do romance Memorial do Convento, de José Saramago. Assim ele é citado “Tu és o Sete-Sóis porque vês às claras...”

No referido romance José Saramago utiliza “sete sóis” com e sem hífen. Assim:

“Sete bispos a baptizaram, que eram como sete sóis de ouro e prata nos degraus do altar-mór...”

Sete-Sóis baixou com Blimunda do alto do castelo para ver as luzes e os adornos,...”


Na Geografia Olisiponense - As 7 Colinas de Lisboa

Conseguimos identificar algumas das 7 colinas de Lisboa. Contudo, ficaram-nos algumas dúvidas para as quais aqui iremos com certeza encontrar ajuda.

O Castelo – com o miradouro do castelo de São Jorge

A Graça – com o miradouro da Senhora do Monte

Santa Catarina – com o miradouro do Adamastor

A Ajuda – com uma vista soberba sobre o rio Tejo

...

...

...


Na Linguagem Popular – O Homem dos 7 Ofícios

“... faz de tudo um pouco, nunca permanece muito tempo no mesmo ligar...” (José Mauro de Vasconcelos)

“...a alma dos 7 Ofícios, com capacidade inacreditável de criar amigos apenas pela sinceridade do seu sorriso...” (Né Ladeiras)

É curioso que encontrei a expressão “7 Ofícios” utilizada em textos escritos no Brasil (cerca de 90%) do que em Portugal (cerca de 10%).

sábado, setembro 17, 2005

espaço...


a vista espraia-se pelo doirado da fantasia

um café e um claudino

O café, a bica como por cá chamamos no sul do País, é o café expresso obtido pela pressão de uma máquina apropriada. Não alimenta mas sabe bem. Manhã cedo constitui um frugal pequeno almoço, não muito ao jeito dos nutricionistas, quando acompanhado por um bolo.

O claudino é um artefacto de pastelaria, originário da Costa de Caparica, aliás por esse facto, conhecido em Lisboa por “Caparica” ou “Caparicano”. Folhado leve e oblongo em duas partes constituído e recheado de delicioso creme de ovos, ainda reminiscências da colonização da longa costa pelos pescadores de Ílhavo.

A cobertura é uma calda de açúcar, quando fresco do dia, deliciosa e estaladiça e, ainda, polvilhada de açúcar para maior requinte.

Fabricado inicialmente com grande qualidade no Papo Seco e no Costa Nova, já há muitos anos desaparecidos da restauração caparicana, os Claudinos têm hoje em dia o seu expoente máximo na pastelaria do mestre Capote, ali na Rua dos Pescadores.

sexta-feira, setembro 16, 2005

janela com cortinas de renda


mãos delicadas bordaram a brisa do recato

iconografia da oficina, 1

São cerca de um milhar o número de imagens que hoje integram a Oficina das Ideias, a maioria das quais são fotografias originais da autoria de Olho de Lince e muitas delas obtidas exclusivamente para publicação neste espaço da blogoesfera.

Umas tantas são imagens de origem diversa que se referem à Oficina e aos seus operários e que agora estamos a procurar reunir. Trabalho árduo por se encontrarem dispersas na publicação julgamos, contudo, importante realizar. Um dia será apresentado com mais organização.

Agora, vão ser somente reunidas conforme forem sendo encontradas e assim as publicaremos. Pedimos para este facto a vossa compreensão.

Ansur, a runa (1) da Oficina


Autógrafo, de Rui Unas


Prémio, atribuído pela publicação Catavento, da C. M. de Palmela


Vicktor & Pituxa, imagem de apresentação



(continua)

quinta-feira, setembro 15, 2005

ibn errik rex


a ginjinha a justificação, a conversa o objectivo

bocage - 240 anos

Faz hoje 240 anos, 15 de Setembro de 1765, nasce em Setúbal, na rua de Bartissol, aquele que viria a ser a figura mais controversa da sociedade da época. Irreverente e satírico, todos estavam sujeitos à sua escrita rija e contundente, mesmo as figuras mais gradas do reino onde o clero estava incluído.

Devasso mas sofredor, marginalizado por uma sociedade relativamente à qual se encontrava com décadas de avanço, nunca deixou de escrever o seu sentir com o gosto e a antena de escândalos que desde muito jovem o acompanharam.

Os seus sonetos são sublimes...

“Chorosos versos meus desentoados,
Sem arte, sem beleza, e sem brandura,
Urdidos pela mão da desventura,
Pela baça tristeza envenenados:

Vede a luz, não busqueis, desesperados,
No mundo esquecimento e sepultura:
Se os ditosos vos lerem sem ternura,
Ler-vos-ão com ternura os desgraçados.

Não vos inspire, ó versos, cobardia,
Da sátira mordaz o furor louco,
De maldizente voz a tirania:

Desculpa tendes, se valeis tão pouco,
Que não pode cantar com melodia
Um peito, de gemer cansado, e rouco.”


Nem para ele próprio a sátira foi mais leve...

“Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão n’altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;

Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno;

Devoto incensador de mil deidades,
(Digo de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades;

Eis Bocage, em quem luz algum talento:
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.”

quarta-feira, setembro 14, 2005

mar da caparica


este mar que une nossos sentires e quereres

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhes sentido e afecto procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar...


Bañas tu cuerpo...

Bañas tu cuerpo en los perejiles ondas del mar amante
Gotas saladas recorren tus curvas suavemente
Acarician cada sueño de tu sensual instante
Trazan caminos de placer y del sentir irreverente.

Tus labios mojados toman más brillo más carmim
Son pétalos de rosas besadas por el rocío de la mañana
Que en la aurora del sentir y mucho querer son un festim
De la boca sequiosa que los cosecha en su dulzura temprana.

Tus senos de pezones mucho erectos por la fuerte emoción
De la caricia de mil gotas que los recorren con ternura
Suplican para besados sean en cómplice ondulación
Reciben pétalos que de tus labios retiré con candura.

En el remoinho de las veredas que las gotas de agua van trazando
Encuentran mil devaneios en tu ombligo de rara belleza
En los sientas alcanzan el cumbre del antojo y del desmán
Y bucean celeremente en tu tesoro de princesa.

En el recato, en la intimidad de tu toson de oro cual fulgor
El antojo ya iguala las gotas de agua que no paran de llegar
Ligeramente entreabres tus piernas talladas por un escultor
Se realiza el encuentro, sueño de placer trazado en el mucho amar.

terça-feira, setembro 13, 2005

espuma do mar


na espuma do mar eu li palavras doutros sentires

mais do que um amigo... um irmão

Julgo não cometer nenhuma inconfidência grave ao reproduzir este correio electrónico que recebi recentemente:

“Com toda a tua permissão vou utilizar a flor que publicaste no dia 12/9, hibisco vermelho, para a enviar a meu pai, onde quer que ele esteja, pois se fosse vivo faria 90 anos. Oh! Quanta saudade daqueles dias em que fazíamos os pic-nic´s, lembras-te?
Um grande abraço para ti e o meu obrigado”


Na verdade, quanta saudade... mais do que um amigo és um IRMÃO!

segunda-feira, setembro 12, 2005

hibisco vermelho


em memória

Não comecei a minha vida activa de trabalhador por conta de outrém muito cedo. Pese algumas dificuldades financeiras que meus pais atravessaram mantiveram-me a estudar até eu decidir parar e começar a trabalhar. Por eles tinha ido até ao final do curso, o que não aconteceu. Estavam pois dispostos a sacrificarem mais alguns anos do seu bem estar para que eu concluísse o curso. Tal não veio, realmente, a acontecer.

Recém saído da Universidade iniciei o meu trabalho num escritório de uma grande empresa. Escritório dividido por secções. Eu fui trabalhar para a contabilidade geral. De entre os muitos colegas havia um, um pouco mais velho do que eu, a quem os olhos sempre brilhavam de orgulho quando falava no seu filho.

Aluno aplicado lá ia caminhando no curso liceal com excelentes notas, sem deixar um ano para trás. Passados alguns anos veio a notícia de que tinha entrado para a Universidade. Curso de Economia ou de Finanças tinha sido o caminho escolhido. Um dia concluiu o curso, com o brilhantismo com que tinha prosseguido toda a sua carreira académica.

As voltas que a vida dá levou a que o meu colega fosse trabalhar para o Porto. Daquele homem honesto e trabalhador fui sabendo cada vez menos. Sobre percurso profissional do seu filho que tão brilhantemente tinha concluído o curso de Finanças aconteceu o mesmo.

Um dia um apelido falado nos jornais alertaram os meus sentidos. Passei a acompanhar a acção do filho do meu colega, pessoa agora considerada nos meios financeiros. Homem de formação liberal nunca se filiou em qualquer partido político. Um nome: Nogueira Leite.

Hoje vi-o num programa televisivo com muitos convidados sobre a temática da corrupção nas autarquias. E ouvi-o afirmar do espanto de um notário quando lhe fez a escritura da aquisição de um T4 perante o preço tão elevado do imóvel. O pai, se ainda for vivo, sentiu-se, com certeza, uma vez mais orgulhoso do seu filho.

domingo, setembro 11, 2005

...choveu prata


A magia do número 7 [3]

Apresentamos hoje mais três “SETE’s” da compilação que temos vindo a fazer sobre este mágico número: Na navegação Marítima, na Civilização Clássica e na Tradição da Nazaré.


Na Navegação Marítima – os 7 Mares

Em textos de viagem antigos encontra-se frequentemente a expressão “viajar pelos sete mares” quando querem referir-se a “viajantes de muitas viagens”. Na verdade, hoje em dia, as viagens aéreas vieram, de certo modo, retirar esse ar romântico e aventuroso que o viajar envolvia.

Na linguagem dos homens do mar a expressão 7 Mares dizia respeito ao

Atlântico Norte
Atlântico Sul
Pacífico do Norte
Pacífico do Sul
Índico
Árctico
Antárctico


Realmente são tudo oceanos, grandes extensões de água, sem a limitação territorial que as massas de água designadas por “mares” apresentam. Destes destacamos, pela sua dimensão, o Mar da China, o Mar do Caribe, o Mar Mediterrâneo, o Mar de Bering e o Golfo do México.


Na Civilização Clássica – os 7 Símbolos da Numeração Romana

A numeração romana, como o próprio nome indica, foi criada no Império Romano e foi usada em todo o território por ele dominado. Utilizaram determinadas letras maiúsculas, já que no alfabeto romano não existem as minúsculas, e serviam para representar valores, datas e outras situações como, mais tarde, foi utilizada a numeração árabe.

Foram os árabes que introduziram o dígito zero, pelo que ele não era representado na numeração romana.

No sistema de numeração romano as letras devem situar-se da ordem de maior valor para a de menor valor. Não se devem escrever sequências de mais de três letras iguais e quando as menores se encontram à esquerda das de maior valor subtraem-lhe o valor respectivo.

A equivalência dos numerais romanos com o sistema decimal (de origem árabe) é a seguinte:

M = 1.000
D = 500
C = 100
L = 50
X = 10
V = 5
I = 1

Para valores elevados os romanos utilizavam um hífen colocado por cima da letra correspondente. O hífen multiplicava o valor da letra por mil.

Na nossa cultura recente a numeração romana foi muito utilizada para datar a construção ou inauguração de edifícios do património construído de cariz público e, mais recentemente, na datação da produção de obras cinematográficas.


No Tradição da Nazaré – as 7 Saias

O traje da nazarena é belo e de grande harmonia, seja o que usa no trabalho, nas lides diárias do peixe, amanho, venda e seca de peixe, seja o traje de ver-a-Deus e dos dias de festa. Somente em tempo de ter perdido os entes queridos nas duras fainas do mar o traje se torna negro, para sempre.

No traje de trabalho, prático e funcional, resistente ao vento e protector da maresia, as mulheres da Nazaré usam saia de baixo branca, por cima desta 2 ou 3 saias de flanela colorida caseadas a lã. A saia de cima é de caxemira ou de terilene. Completa o traje um avental de “riscado”, de cor escura e com bolsos e, em tempos de friagem, um casaco ou um xaile traçado. Nos pés quando não estão descalço figuram umas chinelas.

Nos dias de festa ou em momentos de ver-a-Deus a nazarena veste todos os seus primores com uma graça única. Usa saia de baixo branca, por cima várias saias de tecido claro debruadas a crochet de várias cores, as famosas 7 saias, sendo a de cima de tecido de padrão escocês de caxemira. Remata o conjunto o avental de cetim artisticamente bordado, a blusa florida com mangas de renda ou casaco de veludo bordado na gola e nos punhos. Cordão e brincos de oiro.

sábado, setembro 10, 2005

suavidade


novos apontadores de leitura (links)

De acordo com os critérios editoriais desta Oficina criamos, frequentemente, novos apontadores e leitura. Três razões fundamentais nos levam a essa decisão:
1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.

Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.

Teorias do Arco-da-Velha, de Teoriazita – Teorias, teorias e mais teorias
Jotakapa, de Jotakapa - Pensamentos, ideias, escritos, imagens e outras pequenas coisas que parecem pedir para ser partilhadas aqui convosco
Meias Intimidades, de Claudia Perotti
Contra Capa, de Riquita – “A vida não é a que alguém viveu, mas sim, a que alguém recorda e como a recorda para contar” GGM
Extranumerário, de GGM – “Eu não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” Álvaro de Campos
Vento na Praia, de Patrícia


Por outro lado, é sempre com mágoa que assistimos à desistência destas lides de blogues que, de alguma forma, representavam referências nestas andanças da escrita e da partilha de imagens. Uns por não encontrarem forma de concretização dos seus objectivos, outros por saturação ou por enveredarem por outros trabalhos.

A mágoa é tanto maior quanto fazendo parte das nossas listas de indicadores de leitura representavam visitas, senão diárias, pelo menos frequentes. Mas a dinâmica das coisas é assim, especialmente quando envolvem tecnologias emergentes.

Memórias de um gay transgressor
Mude
O Novo Café
Passo a Passo
Pequenas Histórias
Poesia Vadia
Poetry.pt
Princess Blog
Rain Song
Rosa Púrpura
Sentir

sexta-feira, setembro 09, 2005

óbidos


espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhes sentido e afecto procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar...


Simples Palavras Simples

As palavras que se dizem, aquelas que não são ditas
Os silêncios que se calam, que são gritos de revolta
A esperança que se realiza, no sonho de que se solta
Um futuro construído, nas palavras que são escritas.

As palavras que se escrevem mais aquelas que são ditas
Formam frases de sentires, em sentimentos de revolta
Na luta pela igualdade que da solidariedade se solta
No rumo certo das verdades que no pensar ficam escritas.

A força do nosso âmago que se exterioriza em revolta
É solidariedade sentida nas palavras que são escritas
É a força de um sonho que a esperança liberta e solta

É o querer que vem da alma nas palavras que são ditas
É o cavalo alazão liberto, que em forte galopar se solta
Rumo à justiça e à verdade que nas palavras estão escritas.

quinta-feira, setembro 08, 2005

senhor jesus da pedra


o esoterismo de um santuário

Quem vindo das Caldas da Rainha se dirige à encastelada e florida Óbidos encontra do seu lado direito um edifício religioso de estranho traçado que ocupa um amplo terreiro. Trata-se do Santuário do Senhor Jesus da Pedra, outrora lugar de culto e de peregrinação popular.

Ao estilo barroco nacional implantado em espaço rural, tem formato octogonal de grande equilíbrio arquitectónico, a sua construção teve início no ano de 1740, tendo sido inaugurado sete anos depois e o projecto é da autoria do arquitecto militar Capitão Rodrigo Franco.

A denominação de “santuário” deve-se à existência de uma cruz de pedra, cuja data ainda não foi possível estabelecer, na qual se encontra gravada a figura de Cristo, talvez origem de “Senhor Jesus da Pedra”. É uma escultura estranha, única conhecida em Portugal e no Mundo, à qual se encontram ligadas inúmeras lendas e que permaneceu durante muito tempo, até à inauguração do Santuário, numa pequena capela de que ainda há notícia em meados do Século XX.

A traça arquitectónica deste Santuário tem uma forte carga simbólica e esotérica, sublinhada por diversos componentes de grande equilíbrio. Foi outrora local de romaria e de grande devoção popular, onde era pedida a protecção das colheitas e a cura das doenças. A proximidade do mar levou a que muitos pescadores aqui fizessem as suas preces.

O Santuário conserva ainda muitos ex-votos resultantes desta tão intensa actividade religiosa.

Há registos fotográficos do princípio do Século XX da realização da Feira de Santa Cruz no terreiro envolvente o que era muito frequente relativamente aos locais de culto, onde se unem em prefeita harmonia as actividades pagãs e religiosas.

Na sua globalidade, o Santuário forma uma gigantesca capela de Calvário, já que apresenta um conjunto de telas com os Passos da Paixão de Cristo, tendo como ponto fulcral o Altar Mor no qual se representa a figura de Cristo Crucificado. Dois altares laterais são dedicados a N. S. Da Conceição e à Morte de S. José.


cúpula da nave central do santuario (octogonal)

quarta-feira, setembro 07, 2005

sonhar óbidos


malhoa e bordalo

Confluências duma geração


Há 150 anos nasceu José Malhoa no centro da então vila, hoje cidade de Caldas da Rainha. Cinquenta anos depois morreu Rafael Bordalo Pinheiro. Estas duas figuras ímpares das artes, da cultura portuguesa confluíram as suas existências durante meio século num enriquecimento mútuo das suas obras que marcaram para sempre uma época de grande actividade cultural.

O “Grupo do Leão”, tertúlia que se desenvolveu no espaço do Café Leão de Oiro, em Lisboa, foi o local que uniu estas duas figuras que muito ficaram ligados às Caldas de Rainha. Por lá passou, igualmente, Columbano.

O Museu José Malhoa no ano destas duas comemorações promoveu uma exposição espectacular e única onde são apresentadas obras do pintor José Malhoa e do caricaturista e ceramista Rafael Bordalo Pinheiro, complementada com obras de diversos membros do “Grupo do Leão”.

Uma visita de cerca de quatro horas à exposição “Malhoa e Bordalo, confluências duma geração” foi um rever de maravilhosas obras de arte, apresentadas com um critério de “confluência” que nos deixou maravilhados.


catálogo da esposição

terça-feira, setembro 06, 2005

marte aqui tão perto


O planeta Marte a 56 milhões de quilómetros da Terra visto a olho nu na Praia do Rei [Costa de Caparica]

ginja dos monges do convento da rosa

Esta ginja tem como característica própria ser usado o vinho tinto na sua preparação. Os terrenos envolventes da Quinta da Rosa, na Charneca de Caparica, de características arenosas eram ricos em videiras, a partir de cujos frutos se produzia vinho tinto de excelente qualidade que se tornou célebre nas terras das redondezas. Em Almada uma tasca de culto anunciava pomposamente “Vinho Novo de Charneca de Caparica”. Não é, pois, de estranhar que os monges tenham ensaiado esta deliciosa combinação “ginja de folha + aguardente + vinho tinto”.

Ingredientes
1 kg. de ginjas
750 gr. de açúcar amarelo
1 lt. de aguardente
1 lt. de vinho tinto
Pau de canela
Raspa de casca de limão

Preparação
Dissolva o açúcar no vinho tinto. Escolha as ginjas das vermelhas e bem ácidas. Tire-lhes o pé e sem as lavar, apenas as limpe com um pano, deite-as em boa aguardente e no vinho tinto em partes iguais, em frascos de boca larga. Junte uma pau de canela, raspas de limão e uma cabeça de cravo da Índia. Mantenha num lugar fresco, à sombra, 1 ou 2 meses. Vá mexendo uma vez por semana, para evitar que o açúcar se condense no fundo.

segunda-feira, setembro 05, 2005

bandeira azul na praia da sereia [costa de caparica]


vinte e seis meses na blogoesfera

A Oficina das Ideias já está a caminhar no seu terceiro ano de existência, como soe dizer-se quando se fala de tempo, tanto tempo, tão pouco tempo. A caminhada do dia-a-dia é por vezes penosa quando se assume postar diariamente. O olhar para o passado parece que o tempo se esgotou num ápice. São coisas do tempo que passa.

Já foram efectuadas cerca de 51.350 visitas, uma média de 110 visitas diárias, às 1.635 postagens realizadas, uma parte significativa das quais são imagens fotográficas originais. No último mês os comentários cifraram-se no modesto valor de 63 efectuados por 17 comentadores.

As flores, dos jardins e das matas, bem no gosto do pessoal da Oficina das Ideias continuam a colorir as veredas e caminhos, os canteiros e os amplos espaços ajardinados, enquanto as festas e as romarias estão na rua, a alegria e a tradição, a música e os dançares. A Oficina das Ideias continua a acompanhar o viver das nossas gentes.

Aproximam-se dias difíceis para a Oficina das Ideias. Muitas solicitações de várias áreas de intervenção do pessoal da Oficina das Ideias convergiram para o mês de Setembro. As disponibilidades de tempo são cada vez mais reduzidas. Vamos ver como conseguiremos gerir todas as solicitações.


QUADRO DE HONRA

Teoriazita, do Teorias do Arco-da-Velha
Cathy (Bailarina das Letras), do Bailar das Letras
Lila, do Des_Encantos
Jacky, do Amorizade
Jotakapa, do Jotakapa
São, do EspectacológicaS
LuaLil, do Traduzir-se...
Claudia Perotti, do Meias Intimidades
ADias, do EmDirectoEACores
Luís Forra, do Portugal Rádio CB
MFC, do Pé de Meia
Francisco Nunes, do Planície Heróica
Riquita, do Contra Capa
Angelo, do Pantalassa
Mário Rodrigues
Quim, do Lobices
GNM, do Extranumerário

A TODOS o muito obrigado do pessoal da Oficina das Ideias.

domingo, setembro 04, 2005

uma flor para... a são


homenagem à mulher-mãe, à mulher-afecto, à mulher-mulher

A magia do número 7 [2]

Apresentamos hoje mais duas “SETE’s” da compilação que temos vindo a fazer sobre este mágico número. Antes, porém, vamos transcrever duas importantes e interessantes contribuições que foram dadas a esta temática pela nossa querida Amiga Cathy, do Bailar das Letras.

De um belo soneto de Camões a Cathy retirou:
“Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.”


Da “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade destacou:
”João amava Teresa que amava Raimundo
Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
Que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
Que não tinha entrado na história.”


7 versos, 7 pessoas, 7 beijos para você!


Na religião católica – 7 Pecados Capitais

Orgulho [conceito elevado que alguém faz de si próprio]; Gula [excesso de comida e de bebida e amor pelas iguarias]; Preguiça [propensão para não trabalhar, indolência]; Avareza [desejo intenso e violento de possuir algo, avidez]; Ira [paixão que nos incita contra alguém, raiva, ódio]; Luxúria [sensualidade, libertinagem, lascívia, corrupção] e Inveja [Ódio e desgosto provocados pela prosperidade de outrém].

Na História da Antiguidade - As 7 Maravilhas do Mundo Antigo

Jardins Suspensos da Babilónia: "... e que se ergam, nos arredores de meu palácio, elevações de pedra com forma de montanha, e que se plantem nestas construções toda espécie de flores e frutas, e que se construam quedas d'água, formando um ambiente onde deverá transitar toda espécie de animal exótico..."
Templo de Artemis: “...E assim 800 anos depois de sua destruição, o magnífico Templo de Artemis em Efesus, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foi completamente esquecido pelas pessoas da cidade. O mesmo Templo que era sinal de orgulho pelos seus habitantes.”
Estátua de Zeus: “Sentado em seu trono de cedro, vestido com uma toga de ouro e todo ornamentado com pedras preciosas, Zeus, o deus do Olimpo, reinava soberano no oeste da Grécia, na planície do Peloponeso.”
Mausoléu de Halicarnassus: “O príncipe Mausolo, vice-rei da província persa de Caria, mandou construir por volta do ano 360 d.C. um túmulo destinado a fazer perdurar a sua fama através dos tempos.”
Colosso de Rhodes: “O Colosso de Rhodes é considerado a mais famosa estátua gigante da antiguidade. Foi construída em homenagem a Hélios, o deus do sol. Sustentando em suas mãos um archote aceso, apoiava seus pés sobre a entrada do porto de Rhodes.”
Farol de Alexandria: “Considerada uma das maiores produções da técnica da antiguidade, o Farol de Alexandria foi construído por volta de 300 a.C. pelo arquitecto grego Sóstrato de Cnido.
Pirâmides do Egipto: “Única maravilha do mundo antigo ainda existente, as Pirâmides do Egipto foram construídas há cerca de 4.500 anos. Sua finalidade, segundo a crença comum e alguns historiadores, era servir de tumba para preservar os despojos reais dos faraós, demonstrando, na sua grandeza, a própria grandeza dos faraós.”

sábado, setembro 03, 2005

esta imagem deixou-me sem fala


a banda do cidadão em acção

Os recentes e dramáticos acontecimentos verificados nos estados de Alabama, Mississipi e Louisiana, por efeito do furacão Katrina, levou-nos a recordar um texto elaborado alguns anos atrás onde se punha em evidência a importância da Banda do Cidadão, comunicação de todos, nas acções de grande emergência.

O texto que publicamos hoje na Oficina das Ideias não obsta a que oportunamente façamos e partilhemos uma meditação política sobre o assunto, por inconcebíveis que são os efeitos sociais deste dramático acontecimento em populações de um país que se apregoa a si próprio como paladino da Democracia e da Liberdade.


A Banda do Cidadão inimiga dos furacões

A ilha Dominicana nas Caraíbas tem a funcionar desde há alguns anos um sistema de radiocomunicações de emergência baseado em equipamentos de rádio CB, em estreita ligação com as entidades de socorro e de segurança da zona.

Para muitos amantes das radiocomunicações as deslocações que fazem à Dominicana não são para férias como a maioria das pessoas. Na sua bagagem em lugar dos calções de banho e da loção bronzeadora levam muitos quilogramas de material electrónico, de equipamentos emissores receptores, de antenas.

Voluntariamente deslocam se à ilha Dominicana para estudarem quais os equipamentos mais adequados por forma a ser possível estabelecer contactos rádio para o exterior da ilha, especialmente em época de crise.

A ideia nasceu em 1979, quando estações de rádio CB da costa americana receberam sinais rádio de fraca intensidade que eram concretamente pedidos de socorro. O furacão David tinha atingido violentamente a ilha Dominicana deixando 60 000, das 80 000 pessoas que constituem a população da ilha, sem casa e provocando 4 000 feridos e 40 mortos.

Só mais tarde, em 1985, foi possível encontrar apoios financeiros numa grande empresa multinacional fabricante de computadores, que permitiram modificar as condições, ficando a ilha Dominicana melhor preparada para enfrentar situações de emergência que viessem a verificar se no futuro.

Trabalhando conjuntamente com os cebeístas locais os seus colegas americanos desenvolveram um sistema de "ajuda rádio" ao qual aderiram muitos amadores das radiocomunicações, constituindo uma comissão de emergências na Dominicana.

A dinâmica introduzida pelos utentes da Banda do Cidadão conduziu a que outras entidades avançassem com propostas complementares absolutamente necessárias à concretização de um projecto global.

A Agência Internacional para o Desenvolvimento custeou um programa de treinamento em primeiros socorros o que na época teve efeitos altamente positivos, pois os bombeiros, que também são responsáveis pelo serviço de ambulâncias, nunca tinham tido cursos sobre técnicas de primeiros socorros.

Numa fase seguinte foi possível equipar os quartéis de Bombeiros, assim como algumas viaturas, com rádio CB dando lhes uma maior operacionalidade, pois até aí só poderiam ser informados, por exemplo, onde era o outro fogo, após terem regressado ao aquartelamento depois da resolução de um primeiro.

A própria Cruz Vermelha viu aumentada em muito a sua operacionalidade, tendo, inclusive criado um corpo de voluntários para condução de ambulâncias e com preparação em socorrismo.

Hoje em dia, fruto da sua situação geográfica, os ciclones e os tufões continuam a verificar se, mas a ilha Dominicana e as sua gentes encontram se muito melhor preparados para deles se defenderem.

sexta-feira, setembro 02, 2005

o segredo de uma bola


o mistério aqui esclarecido... todos os dias no Centro Praias de Costa de Caparica

marte espectacular

Hoje, há pouco tempo atrás, tive oportunidade de observar o planeta Marte a reflectir uma espectacular luminosidade, bem perto de Vénus para os lados do poente.

No passado dia 27 de Agosto o planeta Marte esteve a cerca de 56 milhões de quilómetros da Terra donde já se começou “lentamente” a afastar. A próxima vez que Marte poderá eventualmente chegar tão perto de nós será no ano 2287. Devido à maneira como a gravidade de Júpiter arrasta Marte e perturba a sua órbita, os astrónomos estão seguros de que Marte não chegou tão perto da Terra nos últimos 5000 anos, e pode bem ser que leve 60.000 anos para que aconteça de novo.

É fácil identificar o planeta Marte. Marte nasce ao anoitecer, tendo sua deslocação aparente no espaço celeste na direcção de poente. Hojececa das 21 horas de Portugal estava vi´sivel aparentemente muito junto de Vénus.

Esta é uma observação muito curiosa para as pessoas que valorizam estas situações excepcionais. Será muito interessante ver algo que nenhum ser humano jamais viu até hoje na história da humanidade conhecida. E nunca voltará a ser visto por alguem que viva hoje.

o doce olhar da loba murta

Todos nós sabemos que esta situação iria acontecer, mais cedo ou mais tarde, como facto normal da vida de um ser vivo, mas mesmo assim é sempre doloroso quando se concretiza.

Desde o seu nascimento no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, faz agora 9 anos, a Murta foi sempre tratada com todo o carinho. Cedo se afirmou como loba alfa do seu grupo familiar, posição que manteve até à sua morte.

Foi também uma digna embaixadora de todos os lobos que vivem em liberdade. Muitas vezes a observei no seu cercado, a uma distância não superior a dois metros, e pude ver quão bonitos são estes animais e que nada têm a ver com os monstros das histórias da nossa meninice.

A existência da Murta foi muito positiva para os esforços de conservação do lobo ibérico.

Vou sentir a falta do teu meigo olhar, Amiga Murta.


[foto do arquivo do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico]

quinta-feira, setembro 01, 2005

o segredo de uma bola


que mistério encerrará a bola desta imagem? dia 2 terão a resposta

em agosto de 2005 a oficina das ideias publicou:

Textos
Dia 1 – Em Julho de 2005 a Oficina das Ideias publicou
Dia 2 – Rosa amarela é Amorizade
Dia 3 – Sou o Gato Fidalgo...
Dia 4 – Foi bom...
Dia 5 – Vinte e cinco meses na blogoesfera
Dia 6 – Novos apontadores de leitura
Dia 7 – Sobra sempre...
Dia 8 – Ignição, novo termo no léxico governamental
Dia 9 – Na rota da loiça tradicional
Dia 10 – Sou o Gato Fidalgo...
Dia 11 – Caderno de Viagem
Dia 12 – Vestido azul cor de mar
Dia 13 – Ribalta de comentários; A mágoa do adeus
Dia 14 – Rosa Reis, a magia da fotografia
Dia 15 – O frevo nas noites charnequenses
Dia 16 – Lisboa, nas chegadas
Dia 17 – Comunicação pouco amigável
Dia 18 – Voos nocturnos
Dia 19 – Curiosamente...
Dia 20 – Companhias da noite
Dia 21 – País desnorteado
Dia 22 – 50.000 é já a seguir; O Paralelepípedo [espaço de poetar]
Dia 23 – Um desafio da LuaLil
Dia 24 – Da imagem nasce o poema; Visitante cinquenta mil
Dia 25 – Malhoa e Bordalo
Dia 26 – Procurar ver vida na Lua
Dia 27 – Preguiçar à beira-mar
Dia 28 – Morena de olhos castanhos [espaço de poetar]
Dia 29 – E de repente fui surpreendido
Dia 30 – Piquenicar
Dia 31 – A magia do número 7

Uma flor para...
Dia 9 - ... o Gotinha, dia da flor com gotinhas
Dia 10 - ... a Yonara, que bom te ter de volta à blogoesfera
Dia 12 - ... a doce Cathy, mil Felicidades Doce Amiga
Dia 31 - ... o David, a felicidade de ver crescer um filho...

Imagens
Dia 1 – Rosa de Valle do Rosal
Dia 3 – Amoras silvestres
Dia 5 – Dádiva da natureza
Dia 6 – Estames vermelhos em amarelo
Dia 7 – estames vermelhos em rosa velho
Dia 8 – Açucenas peruanas
Dia 11 – Esplendor ao Sol
Dia 13 – Mata dos Medos com vista para o mar
Dia 14 – Rosa de gémeas
Dia 15 – Uma rosa muito especial
Dia 16 – ...e floriu uma rosa
Dia 17 – Raios de cor
Dia 18 – Simplesmente rosa
Dia 19 – Lua de Agosto
Dia 20 – Flor do cacto
Dia 21 – Costa Oeste
Dia 23 – Obrigado pela inspiração, doce Lualil
Dia 25 – Encantamento em rosa
Dia 26 – Suavidade
Dia 27 – Navegar é preciso
Dia 28 – Fim de tarde tranquilo
Dia 29 – Simbiose perfeita
Dia 30 – Banho de energia

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