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segunda-feira, março 31, 2008

sensualidade

nas tonalidades, na forma
toda a sensualidade da primavera
num corpo de mulher


Orquídea dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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há sempre tempo para sonhar

A temporização do corpo humano

Despertar – das 7 às 8:00 horas
Quem gosta de acordar tarde já começa o dia em desvantagem. A partir das 6:00 horas, o corpo produz um hormona que faz acordar, o cortisol. Entre 7 e as 8:00 horas a taxa de cortisol no corpo atinge a concentração máxima. Esta faixa de horário é ideal para acordar com facilidade e com boa disposição.
Atenção: Voltar a dormir é um erro; por volta das 9:00 horas o corpo começa a produzir endorfinas (analgésicos naturais) que encorajam um sono pesado do qual será difícil sair sem dor de cabeça ou mau-humor.

Prazer – das 9 às 10:00 horas
A hora certa para as folias amorosas, já que a taxa de serotonina (neuro-transmissor ligado ao prazer) está no seu apogeu. Por outro lado, também é a hora de marcar uma consulta para o dentista: as endorfinas, que também estão em alta nesse horário, funcionam como anestésicos naturais.

Trabalho – das 10 às 12:00 horas
O estado de vigilância atinge o seu pico e a memória de curto prazo (que guarda coisas como um número de telefone que se olha na lista, é retido por alguns segundos e esquecido de seguida) está mais activa. Depois que as endorfinas presentes entre 9 e 10:00 horas desaparecem, o organismo atinge a sua velocidade ideal. É o momento certo para reflectir, discutir ideias e encontrar inspiração.

Descanso – das 13 às 14:00 horas
A moleza que dá depois do almoço não se deve unicamente à digestão, mas também a uma queda de adrenalina que acelera o ritmo cardíaco. Para retomar a disposição, basta uma sesta de 20 minutos.

Movimento – das 15 às 16:00 horas
A forma física encontra o seu apogeu no meio da tarde, ao mesmo tempo em que a capacidade intelectual diminui. Como não há produção de hormonas específicos nesse horário, os cronobiologistas ainda não encontraram uma explicação para o fato.

Passeio a pé – das 18 às 19:00 horas
A partir das 18:00 horas o organismo fica particularmente vulnerável à poluição e ao monóxido de carbono. Convém então limitar o consumo de cigarros e evitar se possível, os engarrafamentos. Também é nesse horário que a actividade intelectual e o estado de vigilância atingem um novo pico - hora certa de mandar as crianças fazerem os trabalhos de casa.

Um bom copo – das 20 às 21:00 horas
Se esse horário costuma coincidir com o aperitivo de antes do jantar é bom saber que é também o momento em que as enzimas do fígado estão menos activas, o que faz com que se fique bêbado bem mais rápido.

Sono – a partir das 20:00 horas
A melatonina (hormona do sono) invade progressivamente o corpo a partir das 18:00 horas. Mas é às 20:00 horas que aparece o primeiro momento ideal para dormir, sucedido por outros iguais a cada duas horas. Para ajudar a cair no sono, fazer amor é uma excelente ideia: o prazer sexual desencadeia a secreção de endorfinas no cérebro, favorecendo o adormecimento.

Regeneração – das 21 à 1:00 hora
Esta fase do sono é muito importante porque coincide com o pico da produção da hormona do crescimento, indispensável para a renovação das células e a recuperação física. Essa hormona permite que os conhecimentos adquiridos na véspera sejam armazenados no cérebro.

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domingo, março 30, 2008

caminhos de paixão

pétala sobre pétala
na doçura de tua suave pele
desenhou caminhos de paixão


Rosa dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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a noite chega mais tarde

Estas coisas da manipulação do tempo que passa tem muito que se lhe diga, daí que muitos de nós defendamos que se deveria viver com base no tempo solar marcado pelo movimento aparente desse grande fornecedor de energia, fundamental para a vida de todos nós. Bem calibrado e naturalmente eficaz deixar-nos-ia tranquilos nesta azáfama bianual de alterar o ritmo dos contadores de tempo.

Os relógios em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira serão hoje, dia 30 de Março, adiantados de 60 minutos à 1 hora do Tempo Legal (1 hora UTC). Na Região Autónoma dos Açores serão adiantados de 60 minutos às 0 horas do Tempo Legal (1 hora UTC).

A hora legal pode ser calibrada em HORA LEGAL.

No dia 26 de Outubro deste ano a hora voltará a coincidir com o Tempo Legal.

É evidente que o Tempo Legal não coincide com a Hora Solar Aparente, muito embora tivesse sido esta última que orientou os nossos antepassados na sua vivência diária, marcando o tempo e o ritmo das diversas actividades.

O Horário Solar Aparente baseia-se na premissa de que é meio-dia quando o Sol alcança o ponto mais alto no céu, no decurso do seu movimento aparente, isto é, quando cruza o meridiano do lugar, pelo que varia em relação ao lugar geográfico em que nos encontremos a cada momento.

Uma das formas expeditas de determinar a Hora Solar Aparente é aquela que recorre à utilização de um Relógio Solar.

A adopção de uma referência horária global foi decidida pela primeira vez em 1884, na Convenção de Washington, a que Portugal aderiu em Maio de 1911. Só então foi abandonado o uso da hora solar média do meridiano de Lisboa, que estava 36m44,68s atrasado em relação ao Tempo Médio de Greenwich (TMG), ou Tempo Universal (TU), que a convenção consagrou.

Quanto à Hora de Verão, Portugal adoptou-a em 1917, seguindo o exemplo de outros países europeus, e manteve-a sempre desde então com alterações diversas.

É assim que aqui no meu sótão tudo está preparado para registarmos, um ano mais, o tempo ausente de uma hora, visto ser impossível observar e registar o tempo que medeia entre a 1 hora e as 2 horas 59 minutos e 59 segundos. De tal forma é tempo que não existe que já realizámos experiências que nos levam à conclusão de ser impossível postar com esses registos de tempo.

Os computadores, o de mesa e o portátil, que foram registando conhecimentos com o passar do tempo, ou com o tempo que passa, não necessitarão de qualquer intervenção, eles próprios tratarão da sua vida.

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sábado, março 29, 2008

das princesas é flor

conta a lenda que por amor
a uma princesa de longínquas paragens
viajou terras e mares, até lugares de mistério


Tulipa Negra dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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o romeiro

O romeiro amparado no bordão das terras do longe chegou
Cansado dos rumos do sem fim percorridos na ânsia do saber
Fita com o olhar vago o infinito e a solidão o sinal que sempre procurou
Onde arde a chama que não vê mas sabe existir, a chama do muito querer.

No sentir do amor passado mas sempre vivo em seu pensar e sentir
Encetou o romeiro a longa caminhada em terras do sem fim
Por tortuosos desfiladeiros e atalhos, veredas e trilhos do devir
Na busca da imagem querida e adorada com o odor do jasmim.

No rosto marcado pelo suor e pelas lágrimas, pelo tempo a passar
Surge, por vezes, uma réstia cor de esperança, no pensar e no sentir
Aquela que sempre o acompanhou neste tão longo caminhar
E o doirado Sol das planuras imensas que nunca alcançou mas que irá atingir.

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sexta-feira, março 28, 2008

rosmaninho da mata

à nossa passagem é um cheirinho
que alegra os corações
da mata dos medos o rosmaninho


Rosmaninho da Mata dos Medos, Almada - Portugal

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degustar na meia tarde

Meia tarde à beira do Rio Judeu, caminhar a tranquilidade do sol poente que se vislumbra para lá da “boca do Tejo”. Não fixei o nome mas não esqueço o sabor. Boa companhia para degustar uma bifana com uma cervejinha naquela tasca “plantada” na curva da Baía, no lugar da Arrentela.

Dou-lhe o nome de “A Marítima”, atendendo à decoração daquele pequeno recanto de sabores mas o importante é ser oásis para os caminhantes e outros passantes.

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curiosidade

De entre as cerca de quinhentas visitas que diariamente nos dão a honra de aceitar as partilhas propostas pela Oficina das Ideias, neste momento registados 148 países visitantes, há uma, que sem desprimor para as restantes despertou a nossa curiosidade.

Diariamente recebemos a visita de um ou uma leitora da cidade de Fribourg, na Suíça, com uma regularidade tal que já colocou este pequeno país do Centro da Europa na selecção dos maiores visitantes, com cerca de 2.350 visitas registadas.

Nós que já visitámos com muito agrado a região alpina da Suíça ficaríamos encantados com um pequeno comentário dando conta de quem se trata, esse ou essa assíduo visitante que despertou a nossa curiosidade.

Para Fribourg, na Suíça, com o nosso carinho aqui fica o apelo.

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quinta-feira, março 27, 2008

convento dos capuchos

na origem construído em local ermo
propício à oração, ao estudo, à meditação
foi polo emanador de saber


Convento dos Capuchos, Caparica, Almada - Portugal

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debruçado sobre o mar

A edificação primeira do Convento dos Capuchos data do ano da Graça de 1558, de acordo com a regra da Ordem dos Franciscanos, isto é, construção simples e modesta, para uma comunidade de cerca de 40 frades e relativamente isolado das povoações mais próximas.

Situa-se na freguesia da Caparica e evoca Nossa Senhora da Piedade e foi buscar a sua designação ao facto dos frades franciscanos vestirem de burel com capucho alongado e levarem uma vida sem ostentação e alimentação muito frugal.

O edifício tem uma fachada com triplo pórtico de colunas simples, com arco ao centro e grades, que dá acesso à Igreja onde, ao fundo, existem dois painéis de azulejos representando os sermões de Sto. António e que substituem as degradadas pinturas que aí existiam.

Apresenta à esquerda o escudo dos Távoras, evocação a Lourenço Pires de Távora, originário de Almada, que tendo viajado pelo Mundo e distinguindo-se na diplomacia e nas armas, o mandou construir.

À direita a fachada do Convento apresenta o símbolo da ordem franciscana, que sempre viveram na pobreza, segundo a ideologia de S. Francisco Xavier, recorrendo às dádivas dos donos das quintas das redondezas e do privilégio de se abastecerem de lenha nos pinhais reais da Caparica, uma concessão do próprio rei D. Sebastião.

Em 1630, o Convento sofre obras de ampliação e beneficiação. Em 1755, é severamente afectado pelos efeitos do terramoto. Em 1834, quando foram extintas as ordens religiosas fica sob a tutela do Juiz do Povo da Caparica. Em 1950, depois de sofrer diversas vicissitudes de transmissão de posse encontra-se completamente destruído.

A essa data, a Câmara Municipal de Almada adquire o edifício e procede a profundas obras de recuperação. Novas intervenções nos anos 60 e 70 do século passado descaracterizam completamente o edifício.

Nos anos 2000/2001, no Convento dos Capuchos é efectuada importante obra de restauro e reabilitação, sendo hoje um imóvel, que respeitando o traço original, se encontra equipado com as mais modernas infra-estruturas especialmente vocacionado para a música, donde se destaca o Festival de Música dos Capuchos, com grande aceitação nacional e internacional.

Uma visita resulta numa lufada de cultura e saber, não olvidando os seus jardins donde se desfruta uma das mais belas panorâmicas da chamada “boca do Tejo”, Cascais, Lisboa, Costa de Caparica e, ainda, uma ampla visão da serra de Sintra e do Cabo Espichel.

Recentemente, no miradouro e varandim voltado a poente, sobranceiro ao mar Atlântico foi erigido o Memorial a Pablo Neruda, designado “Mil Olhos”, evocando o seu amor pelo mar e tendo gravado “...de repente os olhos são palavras”.

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quarta-feira, março 26, 2008

mil cataventos

será que assim se consegue melhor indicação
da direcção, da velocidade, do vento?
ventos do alentejo profundo


Cataventos em Brotas, Mora, Alentejo - Portugal

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gwen, a paixão pela música

A minha querida amiga Gwen, a cantora Gwendolyn Thompson, canta por paixão e por devoção musical, tendo estado aprazada a sua actuação em Portugal no final do ano passado. Tal não se concretizou por dificuldades de organização, de que na altura fomos dando eco aqui na Oficina.

Mulher de grande empenhamento musical decidiu produzir o seu próprio espectáculo, música intimista que funde a musicalidade tradicional brasileira com o de que melhor há em termos anglo-saxónicos, tendo feito a sua apresentação no restaurante Cabala, em Aracaju, no Estado de Sergipe.

Este espectáculo teve como convidada especial a cantora Cíntia Rodriguez recém-chegada ao Brasil ida da Europa onde esteve a gravar o seu mais recente CD intitulado “Arco-Íris”.

Lotação esgotada, o apoio das entidades e empresas mais importantes da região, o espectáculo foi um enorme e merecido êxito o que leva Gwendolyn Thompson a encetar uma digressão muito em breve.



Amiga do coração da Oficina das Ideias deixou-nos esta carinhosa mensagem:

Quantas saudades deste cantinho tão lindo, aconchegante e que me envolve com tanto carinho! Pois é, não te peço perdão porque fui eu quem mais fiquei prejudicada por não ter vindo aqui sentir e ver tudo isto que sai de você, para nos presentear.

Espero que, embora esteja me preparando para viajar, não seja mais privada do meu tempo para fazer esta visita para mim indispensável.

Quem sabe depois, de lá onde deverei ir em Maio, eu possa ir por aí, realizar o meu sonho de conhecer seu belo país, ver tudo isto de perto, e lhe dar um afectuoso e longo abraço, como bem merece, meu querido amigo. Sua sensibilidade rara, seu carisma me encanta. Muito obrigada por tudo isto.


Felicidades, Querida Gwen!


Gwendolyn Thompson está no blogue A Cantora

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terça-feira, março 25, 2008

ilumina a esperança

anos sem fim a iluminar os passos
de quem caminha com esperança
nas veredas da vida


Candeeiro de uma ruela de Brotas, Mora, Alentejo - Portugal

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bailarina

A leveza dos passos de bailarina...

...são da diva uma pertença

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segunda-feira, março 24, 2008

flor do meu sentir

a cor e os pormenores
tornam-te uma flor diferente
encantas o meu sentir


Flores num canteiro público de Mora, Alentejo - Portugal

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os amigos são assim

Os amigos são assim
Juntam letras e palavras
Formam linhas versejantes
Compõem poemas afim
Rimas difíceis que lavras
Em toadas tão vibrantes.

Os amigos são assim
Na alegria e na festa
São sempre companhia
Para pores no varandim
Oferecem uma giesta
A flor da harmonia.

Os amigos são assim
Nos maus momentos de dor
Braço firme, ombro amigo
Disponíveis alecrim
Perfumam com amor
Criam eterno abrigo.

Os amigos são assim
Percorrem longos caminhos
Do querer e do sentir
Lado a lado no jardim
Mil flores e cheirinhos
Esperança no devir.

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domingo, março 23, 2008

páscoa feliz

páscoa é renovação, é renascer
é o germinar das sementeiras de inverno
é futurar a maturidade do estio


fotocomposição em "photoshop" a partir de originais

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uma páscoa muito especial

O dia de Páscoa festeja-se no primeiro Domingo depois da Lua Cheia que ocorre no ou após o equinócio da Primavera Boreal que este ano foi no dia 20 de Março, pelas cinco horas e quarenta e oito minutos. No ano corrente a Lua Cheia considerada teve lugar a 21 de Março, com os cem por cento do disco luminoso às dezoito horas e quarenta minutos.

Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!).

A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.

Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos). A última vez que foi em 22 de Março foi em 1818. Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa mais cedo do que a deste ano.


Tempo de Páscoa é na liturgia cristã e de muitos outros credos religiosos, actuais e de tempos passados, a ressurreição, o nascimento, a nova vida, um começar de novo. Algo que é cíclico na vida das gentes de todas as regiões do Mundo, em todos os tempos.

A Páscoa é simbolizada pelo ovo que em si contém todas as noções de um recomeço, a partir “sabe-se lá de onde”. O que nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Questão filosófica que se encontra arreigada no imaginário popular.

É tradição oferecer ovos na China. Há muitos séculos atrás os orientais embrulhavam os ovos em casca de cebola e cozinhavam-nos juntamente com beterraba. A cor dada pela beterraba entrava pelos interstícios das cascas de cebola criando desenhos suaves e estranhos. Os ovos eram oferecidos como presente na Festa da Primavera.

Este costume chegou ao Egipto. Tal como faziam os chineses, também os egípcios passaram a oferecer ovos no início da nova estação, no início da Primavera, onde começava um novo ciclo de vida.

Entretanto, os egípcios davam grande simbolismo aos animais, especialmente aos que viviam em comunhão nas suas casas, donde associavam o coelho ao símbolo da fertilidade. No antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. O mais importante é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. E a Páscoa é reprodução, ressurreição, vida nova.

Após a morte de Jesus Cristo, aquando da expansão do Cristianismo, deu-se a absorção natural dos usos e costumes populares, donde os cristãos passaram a consagrar esse hábito como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa.

A evolução dos tempos, a “mão dura” da Igreja Católica que proibia, durante a Quaresma, a alimentação que incluísse ovos, carne e derivados de leite, o início do desenvolvimento da indústria de chocolate, por volta de 1828 e o avanço do mercantilismo explicam, no seu conjunto, a substituição de ovos naturais pelos de chocolate.

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sábado, março 22, 2008

simples e tão bela

em colcha de verde folhagem
repousa sua singeleza
para encantamento do nosso olhar


Florinha azul na Aldeia Lar, Sobreda, Almada - Portugal

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águas há muitas...

Muito recentemente teci alguns comentários sobre a acção desempenhada pelo Brasil na defesa das suas reservas aquíferas, aliás, consideradas as maiores do Mundo:

O Brasil é hoje, do mesmo modo, o forte motor dinamizador da defesa universal das reservas aquíferas. O Brasil que possui a mais importante reserva de água do Mundo dá o exemplo para o problema da falta de água que afecta mais de dois terços da população mundial.”

”Está a tomar medidas importantes para evitar a crescente poluição das águas dos rios e o desperdício, fundamentalmente, na agricultura seguindo os objectivos da Conferência do Rio 1992, visando o desenvolvimento sustentável, assente nas preocupações da dimensão ecológica e social e também do conhecimento e da inovação.


Também em Portugal, à sua dimensão, muitos municípios estas a procurar dinamizar actuações destinadas a proteger tão importante quanto escasso meio natural.

Curiosamente “águas há muitas...” (1)

Água canalizada
Geralmente a água é composta por magnésio, cálcio e, por vezes, também por cobre, zinco e ferro, entre outros oligoelementos. A água da torneira é, sem dúvida, a mais rica em sódio. Sendo potável, e submetida a tratamentos de eliminação de substâncias nocivas, pode normalmente ser bebida sem receio. Já existem no mercado bons filtros de torneira, que filtram quaisquer impurezas.

Água de nascente
Diferem muito consoante a sua origem. Consideram-se potáveis no seu estado natural e quimicamente puras, mas a sua taxa de mineralização não deve ultrapassar os dois gramas por litro. É por isso aconselhável a recolha de informação sobre a sua qualidade.

Águas minerais
Apresentam um teor em mineráveis muito variável. E algumas ultrapassam mesmo a taxa de mineralização comum no que toca a magnésio e flúor, pelo que, passado algum tempo de as consumirmos regularmente, podem provocar alguns problemas nos rins e nos dentes. Com os níveis de minerais existentes nas várias marcas de água podem ser bastante diferentes, de acordo com as suas fontes, o ideal será alternar a qualidade da água que ingerimos, não excluindo a água da torneira.

Água fervida
Em zonas em que não existe água potável convém lembrar que a água pode ser fervida – a forma mais segura de obter água potável. O líquido deve ser fervido durante um a três minutos para que as bactérias e os parasitas presentes na água sejam eliminados. Em países, cuja água canalizada levanta dúvidas quanto à sua potabilidade, devem preferir-se bebidas engarrafadas ou bebidas como o café e o chá, cuja água é necessariamente fervida. É ainda aconselhável a não utilização de gelo como refrescante de bebidas.


(1) crédito à revista XIS, de O Público


Hoje é o Dia Mundial da Água, observado pelo Sistema das Nações Unidas

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sexta-feira, março 21, 2008

lua de março

tão bela que estás lua de primavera
vestida de flores, sorriso largo
os amantes em ti se revêem


Lua de Março, 100% às 18 horas e 40 minutos

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lua de primavera

“...numa linda noite de lua cheia, vi um olhar cheio de tristeza!”



A Lua brilhante nesta noite de breu vestida,
Em eterna cumplicidade que está presente,
Colorida de azul e lilás do astro-rei poente,
Nela vislumbro a amada silhueta reflectida.

Meu olhar triste vagueia no tempo ausente,
Na procura da vereda de luz que foi perdida,
Certeza de que aí encontro segura guarida
Meu pensamento com o seu é convergente.

Deste cor e brilho a meu olhar de teu sentir
Uma amizade é forte quando vai para além
Do que aquilo que minha boca te ousa pedir.

Tanta afectividade que em si própria contém
Dádiva do passado do presente e para o devir
A certeza do encantamento e do querer bem.

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quinta-feira, março 20, 2008

primavera primavera

as cores, os odores e até os sabores
dão-nos conta da chegada de tempos de mudança
a força da renovação da vida


Açucena Peruana dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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tempos de mudança e progresso

Às 5 horas e 48 minutos de hoje inicia-se a Primavera no hemisfério Norte, quando o dia tem a mesma duração da noite e em que faltam 286 para recolher até ao final do ano. Momento mágico que é tempo de cumplicidade com os prados cobertos de amarelas flores que mais logo tomam os tons de lilás que são colhidas pelas ninfas para enfeitarem seus cabelos.

Estamos a viver o Equinócio da Primavera, tempo de renovação, de crescimento a caminho da maturidade, dos frutos saborosos. Época de sementeiras do trigo, da aveia, do centeio e da cevada.

Em termos esotéricos e da tradição este é o início do tempo de procurar a verdade da vida e de nos libertarmos das mentiras acumuladas no ano que passou. É o momento da purificação do corpo e do espírito. É época de recomeçar. É tempo de energia abundante, de intensidade e de persistência para atingirmos os nossos objectivos. É a época da dádiva espiritual e material.

Em astronomia, o equinócio é definido como um dos momentos em que o Astro-Rei, na sua órbita aparente vista da Terra, cruza o equador celeste, a linha do equador terrestre projectada na abóbada celeste.

Os antigos gregos, egípcios, sumérios, babilónios e celtas foram povos que agradeciam à "mãe terra" tudo o que ela lhes oferecia: alimentos, curas e riquezas. E agradeciam com festividades e cerimónias que eram realizadas no início e final de cada estação, ou seja, nos equinócios e solstícios. A Primavera, em quase todas as tradições, é tida como a fase de fertilidade e beleza da Natureza, é quando todos os seres, plantas e animais, acordam de seu repouso (inverno) para um novo ciclo de produtividade.

O Sol vai aproximar-se trazendo consigo o Verão tão desejado na costa lusitana, que os corpos estão sedentos de serem beijados pelo Astro-Rei, dando-lhes tons cobreados que trazem à memória tempos de nomadismo, caminhos percorrido de terra em terra na busca do espaço prometido.

Nesta terra lusitana, vão imperar as tonalidades de verde e amarelo, depois salpicos de lilás e de vermelho. Do outro lado do Atlântico, que é estreito para a vontade indomável de povos que se querem bem, o castanho e o doirado tomam o lugar que há pouco deixaram em Portugal, no eterno ciclo das estações do ano.

É quando tudo se enfeita e se torna belo e fértil, para garantir a frutificação. Não é sem sentido que a Primavera é considerada a mais bela estação do ano.

A Primavera é tempo de afectos...

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quarta-feira, março 19, 2008

a ternura de um olhar

olhaste-me com ternura
com afecto e com carinho
percorrer caminhos de vida


Rosa dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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dia do pai manel

Para mim, o dia de hoje, é o Dia do Pai Manel.

Meu pai, o Manel da drogaria, mais conhecido pelo “pau preto”, magrinho e muito escuro, cedo começou a contribuir para o rendimento da casa paterna, primeiro como marçano de drogaria, depois como empregado de balcão. Trabalhador e poupado chegou a ter negócio seu.

Sempre foi uma importante referência no desenvolvimento da minha vida, pela sua honradez e pela seu posicionamento relativamente ao trabalho. Se foi referência de vida representou, igualmente, uma importante memória dos tempos passados.

Inesperadamente, é sempre assim, retirou-se da minha vivência deixando um vazio que nunca mais foi possível preencher. Perdi a sua companhia e o seu aconchego e deixei de contar com o seu insubstituível recurso da memória do passado.

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terça-feira, março 18, 2008

pétalas vermelhas

nas pétalas vermelhas pousaram
lágrimas de alegria
em rever a minha amada


Rosa vermelha dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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pétalas

Beijei com ternura a rosa vermelha que colhi no meu jardim

Senti suaves os teus lábios desenhados em pétalas de carmim

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segunda-feira, março 17, 2008

a primavera já espreita

adiantou-se este ano a Primavera
mais veloz foi o trabalho da bordadeira
colcha terminada onde se debruça minha amada


Jasmineiro dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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a poesia que escrevemos

Ontem, uma amiga querida e leitora interessada pelo que na Oficina das Ideias vamos publicando levantou-nos uma questão interessante sobre a temporalidade e a origem da inspiração das poesias que neste espaço partilhamos com os nossos leitores e que julgamos oportuno trazer até este espaço que é de todos.

Quanto à temporalidade ou intemporalidade das poesias apresentadas é questão que sempre interessa aprofundar pois a época da sua produção nem sempre é a mesma. Algumas das poesias seleccionadas para aqui serem apresentadas são antigas de mais de trinta anos, outras de muito recente produção, inclusive vertidas quase directamente para o editor da Oficina. Um reduzido número, embora produzidas há anos, bastantes anos, sofrem ligeiros “retoques” que as “actualizam” nos sentires.

No que concerne às fontes de inspiração, diversificadas quanto a pessoas e situações, representam o “clique” criativo, muito embora o conteúdo final tenha muito de experiência passada, de vida vivida.

Na minha modesta opinião a poesia começa a ganhar vida própria, a ser minimamente interessante, quando se torna em si mesma independente do tempo e da origem inspirativa. Se o conseguir, se ganhar universalidade no sentido, poderá aspirar a ter algum reconhecimento como obra conseguida.

Em tempos, uma nossa leitora assídua, “bailarina” de tantas letras e palavras, deu-se ao cuidado de realizar algumas análises a poesias que publicámos na Oficina das Ideias. Preocupou-se, e bem, com os aspectos técnicos, com a qualidade das rimas, rimas difíceis e rimas fáceis, com o conteúdo e com o ritmo.

Hoje, veio aqui à conversa os aspectos mais subjectivos, da experiência pessoal de quem escreve, da época da escrita que tem a ver com a maturidade, da inspiração que se relaciona com os quereres e com os sentires, com os afectos.

São duas vertentes importantes. Mostram o interesse que tanto nos incentiva das pessoas que nos lêem. Mas sem falsas modéstias reafirmamos o que tantas vezes temos escrito: “Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento”

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domingo, março 16, 2008

flores de ternura

são de um rosa quase lilás
encantam o nosso olhar
despertam a ternura pelo ente querido


Magnólias em Flor nos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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as rolas turcas

São minhas companheiras todas as madrugadas, quando na caminhada diária de passeio da minha cadelinha percorro pouco mais de um quilómetro pelas ruas e veredas de Valle do Rosal. Estou a falar das rolas, rolas turcas como lhes chamam por cá, por ser a partir da Turquia que iniciaram há anos a migração para terras de Portugal, particularmente para esta zona da Caparica, desde a orla marítima até aos arvoredos da Mata dos Medos.

Embora nos primeiros tempos seguissem os caminhos normais das migrações de aves, com a vinda para cá e o regresso aos lugares de origem meses mais tarde, estou em crer que tal como acontece com o ser humano quando se sente bem numa terra de acolhimento, também as rolas, as rolas turcas, acabaram por se fixar definitivamente.

Relativamente às rolas autóctones, são de maior dimensão e distinguem-se, especialmente, pelo arrolhar muito característico, muito mais forte e musical, com fortes requebros que dão musicalidade ao ambiente quando iniciam o seu voo.

São aves bastante afoitas no relacionamento com o ser humano, voando normalmente em casais, em voo alegre embora sublinhado com um cantar algo nostálgico, a recordar quão longe estão da sua terra de origem.

A cada ano que passa, procriando num ambiente natural que lhes é propício, as rolas turcas aumentam a dimensão da sua colónia, poisando nos fios de transporte de electricidade e no alto dos pinheiros bravos dando um novo encantamento aos locais que elegeram para viver.

Ainda hoje, a meio da tarde, quando o calor se fazia sentir em toda a sua intensidade, vinda sei lá de onde algumas rolas turcas se acolheram à sombra de um pinheiro aqui nascido há mais de 20 anos, hoje adulto e protector de muitas aves.

E lá cantaram uma canção arrastada, nostálgica mas de enorme musicalidade...

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sábado, março 15, 2008

por aqui andou a velha da "capa-rica"

faz agora tempo que a memória esfuma
andou por estas terras uma velha
a colher doiradas flores da acácia


Arriba Fóssil e Acacial da Caparica, Praia do Sol, Almada - Portugal

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arte xávega na praia do sol

A Arte Xávega é uma arte piscatória praticada desde há muitos anos no mar fronteiro aos areais da Caparica, forma tradicional de arrasto para apanha de peixe miúdo, especialmente a sardinha, o carapau e a sarda. Muitas vezes do arrasto resulta também a captura de “tequinhas” de lulas sempre muito apreciadas.

A pesca de Arte Xávega, também conhecida na zona da Trafaria, Costa e Fonte da Telha por Arte Grande, é um método tradicional, praticado igualmente nas regiões de Aveiro, a norte, e de Vila Nova de Milfontes, a sul, que consiste no arrasto de redes lançadas a grande distância da orla marítima e que depois da embarcação regressar a terra são puxadas a braço e, nos tempos mais recentes, por tractores.

A Arte Xávega é somente praticada no Verão, daí ser considerada sazonal, época em que o mar é mais propicio à manobra das frágeis embarcações com que é praticada, sendo nas restantes épocas do ano substituída pela pesca com redes de Estremalho, redes que são lançadas pela madrugada de um dia e recolhidas no dia seguinte. Com a rede de Estremalho pesca-se, normalmente, robalo, linguado e outros peixes finos.

A actividade diária dos pescadores da Costa tem o seu início de madrugada, terminando à hora do pôr-do-sol quando o último peixe é escolhido para a venda na lota. Muitas vezes os populares ajudam ao puxar das redes para receberem a retribuição de algum peixe que virá a constituir a base da ceia do dia.

A companha de uma barco da Arte Xávega é constituída por cinco homens que no mar lançam a rede de cerco, enquanto em terra os restantes elementos se dedicam ao alar das redes; à limpeza soa barcos e à selecção do peixe. A tradição estabeleceu também os quinhões da safra diária que cabe a cada um dos elementos da companha de acordo com as suas tarefas.

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sexta-feira, março 14, 2008

uma flor para a... micá

neste dia muito especial e luminoso
desejo-te mil venturas, felicidade sem fim
tempos de sol e de lua nos caminhos de tua vida


Micá, é a minha querida comadre, amiga do coração

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hoje é o dia do "pi"

Os dias do calendário, mesmo que de ano bissexto se trate, não chegam para distribuir todos os “dias de...” existentes e que continuam a aumentar a cada ano que passa. É a Organização das Nações Unidas que cria “dias internacionais”, é a UNESCO que cria “dias mundiais”, normalmente ligados aos ramos da cultura, são os próprios países e também entidades que congregam em si determinadas situações da nossa sociedade.

Hoje escrevo sobre um “dia mundial de...” que nasce de uma curiosidade à volta do número mais enigmático que alguma vez foi descoberto, o “pi”, que já os egípcios haviam concluído, mil e setecentos anos Antes de Cristo, ser uma constante da relação entre o comprimento duma circunferência e o seu diâmetro, independentemente do tamanho da circunferência que se considere.

O valor de “pi” é 3,14159265...., abreviando para 3,14 e considerando a notação anglo-saxónica da data levou a que fosse atribuído a 14 de Março, [3.14] a designação de Dia Mundial do Pi.

O valor de “pi” está associado a diversas situações com que nos confrontamos no dia-a-dia sem que tal nos passe pela cabeça: o rolar das ondas numa praia, o trajecto aparente diário das estrelas no céu terrestre, a distribuição de uma colónia de cogumelos, o movimento das engrenagens e rolamentos, a propagação dos campos electromagnéticos e tantos outros fenómenos e objectos.

Por fim, uma curiosidade. Se pretenderem saber em que localização do valor de “pi” se encontra a vossa data de nascimento não deixem de visitar Am I in Pi?

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quinta-feira, março 13, 2008

pôr-do-sol

ilumina a vasta planície alentelana
em tons dourados e castanhos
quando mergulha lá para os lados do mar


Pôr-do Sol na planura alentejana - Portugal

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este tempo

Suaves caminhos Este tempo percorre sem cessar
Na procura no sentir despudorado de teu corpo encontrar
Carícias ao compasso do relógio no seu ir e logo retornar
Por teu belo corpo caminha, pára minha boca ofegante
Quanto mais ela caminha em sentir delirante
Milhares de vezes pára em preito de amante
A simples expressão paracaminha de dúbio entendimento
Anima o romeiro que caminha no rumo do sentimento
Fica extasiado com o que vê...pára...para seus sentidos alimento

Este tempo
despudorado
do relógio
caminha, pára
caminha
pára
paracaminha
caminha
pára

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quarta-feira, março 12, 2008

água livre

água livre para o povo
dádiva ao caminhante e romeiro
nas terras quentes do alentejo


Fonte de Água Livre, Brotas, Mora - Portugal

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em ascot

O jantar estava aprazado para um restaurante campestre nos arredores de Ascot e a marcação havia sido feita com uma antecedência significativa, pois garantiram-nos ser muito difícil conseguir lugar se assim não fosse.

Ascot fazia parte do meu imaginário da vida da faustosa da sociedade tradicional britânica, com as célebres corridas de cavalos, senhoras de vestidos farfalhudos e amplos chapéus de abas e os cavalheiros vestidos com o rigor dos pares do Reino. Nunca me havia passado pela cabeça que o nosso amigo de Londres aí nos levasse a jantar.

O nosso grupo era constituído por quatro pessoas. Eu e um colega de emprego, convidados para esta viagem de trabalho a uma empresa dos arredores de Londres ligada às tecnologias emergentes. Um delegado dessa empresa em Portugal. E o nosso anfitrião, português, funcionário da referida empresa na sua sede dos arredores de Londres.

Sentimo-nos pequeninos quando uma enorme limousine nos veio buscar ao hotel e nos conduziu ao restaurante campestre nos arredores de Ascot. Quando chegámos ficámos mais tranquilos, ou talvez não. A nossa limousine seria a mais pequena de entre as que se encontravam estacionadas no parque do restaurante.

O restaurante era dirigido por uma esbelta filha de Albion, muito loira, com um corpo magnífico. O pessoal de serviço às mesas era predominantemente feminino. A confirmação da marcação foi feita num enorme livro, forrado a coiro lavrado, onde lá estava registada a reserva para quatro pessoas. Qual não foi o meu espanto, ao levantar os olhos do livro, deparei na parede em frente com uma série de fotografias da proprietária do restaurante em trajes de caça e equitação. Mas com uma particularidade: estava completamente despida da cintura para cima evidenciando uns esplêndidos seios.

O jantar foi magnífico. As conversas em português animados, mais ainda sempre que a referida senhora se aproximava da nossa mesa muito bem vestida, mas fazendo trabalhar a nossa imaginação. Muito boa disposição foi a tónica do jantar.

A hora dos cafés foram pedidos quatro mais os respectivos digestivos. Os cafés foram servidos sem açúcar. Fizemos a natural reclamação e obtivemos uma resposta adequada, no mais correcto inglês. “Os portugueses têm fama de serem tão docinhos e querem açúcar para os cafés?”

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terça-feira, março 11, 2008

janela com parapeito

a esta janela assomaram
gerações de moças namoradeiras
troca furtiva de palavras e de olhares


Janela de dois módulos, de abrir e balcão com parapeito, Brotas, Mora - Portugal

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mulher

A minha querida amiga A_Medusa, do Jardim da Medusa, deixou-nos um comentário em forma de poesia, que tomamos a liberdade de trazer para a ribalta da Oficina das Ideias. Bela a homenagem à MULHER que em todos os dias do ano merece o nosso reconhecimento.



Mulher

Aurora radiosa
Flor linda e mimosa
Resplendor a céu aberto.

Mulher

Sintonia mais-que-perfeita
Do ventre que não rejeita
O ser que dela é liberto.

Mulher

O encanto da visão
O balanço da canção
Nas ondas da melodia

Mulher

De qualquer parte do mundo
Que nem por um segundo
Seja esquecido o seu dia

Mulher

Simplesmente...

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segunda-feira, março 10, 2008

santuário

de culto a perder-se na memória
os peregrinos acorriam anualmente
em devoção milenar


Santuário de Nossa Senhora de Brotas, Brotas, Mora - Portugal

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tens o nome de flor

Tens o nome de flor
De brancura sem igual
No centro o Sol dá cor
Ilumina o trigueiral
Para rimar com a vida
Eu te chamo minha querida

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domingo, março 09, 2008

o tempo passa

tempo de espera e de partilha
partilha dos saberes e das tradições
espera que a aurora seja luminosa


Na freguesia de Brotas, Mora - Portugal

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migas muito especiais

Na viagem que fizemos a Mora, com o objectivo de visitar o Fluviário existente na Freguesia de Cabeção, passámos à vila do Couço, pertencente ao Município de Coruche, e que se celebrizou do período da Reforma Agrária após o 25 de Abril pela grande movimentação agrária e também cultural aí verificada.

À entrada da vila, junto área de serviço aí existente, já é da tradição encontrarem-se aí mulheres lavradeira a vender os mimos da horta, da tradição local os espargos bravos verdes.

Não resistimos a adquirir um molho...



Aqui deixamos a receita com que os confeccionámos aqui na Oficina [as imagens do “petisco” ficarão para mais tarde]



Migas de Espargos

Ingredientes:
400 gr. Espargos Bravos Verdes
600 gr. Miolo Pão de Almodôvar
1 d de azeite suave
2 Ovos
4 Dentes de Alho
2 Folhas de loureiro (louro)
Sal q.b.

Confecção:
Cozer os espargos bravos verdes em água, com um pouco de sal; reservar um pouco da água da cozedura. Cortar os espargos em pedaços pequenos (picado). Fazer um refogado com o azeite, o alho picado e o louro, quando estiver ligeiramente aloirado, juntar os espargos picados e deixar continuar um pouco mais o refogado.
Embeber o miolo do pão com um pouco de água da cozedura dos espargos que reservámos e esmagar para criar uma massa homogénea.
Juntar os ovos e um pouco de gordura resultante da confecção da carne que as migas acompanharão, acertar o sal e cozinhar em lume brando. Quando formar uma “bola” descolando das paredes do tacho, está pronto a servir acompanhando carne de porco no alguidar, linguiça frita ou rins de porco salteados.

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sábado, março 08, 2008

oleiro trabalha na roda

um pedaço de barro sem forma
mãos que o moldam sem cessar
o sopro final que lhe dá vida


Mestre Ramalhão, oleiro de Brotas, Mora - Portugal

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sua paixão é ser oleiro

Sente-se muito só.

Não na vida, que a tem preenchida e tranquila, com a família bem estruturada, como é por todos reconhecido na aldeia em que vive. Sente-se só na arte que abraçou há mais de vinte e cinco anos, era então uma criança que muitas vezes fugia à escola para ir olhar embevecido as mãos do mestre oleiro durante os seus afazeres.

Perdia-se no tempo a ver o velho oleiro criar obra a partir de um bloco de barro, massa disforme que no rodopiar da roda ia, pouco a pouco, transformando numa peça que mais tarde iria compor os apetrechos utilitários duma cozinha.

Quando a inspiração do mestre era maior os olhos da criança abertos de espanto assistiam ao nascer de uma pequena jarra ou pote de traço mais artístico e que iriam embelezar o móvel aparador da entrada ou a cantareira da cozinha.

Na escola aprendeu a ler e a escrever, mas a atracção pelos trabalhos da olaria fazia com que passasse horas sem fim junto do mestre oleiro. Não tardou, pois, que assumisse a sua qualidade de aprendiz que durante longos anos manteve. Primeiro, ia para os campos, para as barreiras, cavar e extrair o barro em bruto, lamas de terras escolhidas, que noutra fase dos trabalhos em pasta moldável eram transformadas.

Depois aprendeu e executou as técnicas de transformar as lamas em barro, quantas vezes com as mãos gretadas pelo frio da dureza das invernias, pois não era trabalho sazonal, antes trabalho para uma vida.

Um companheiro aprendiz que com ele ia adquirindo o saber do mestre oleiro, cedo desistiu da caminhada pelas agruras do trabalho e porque não sentia em si o verdadeiro apelo do barro. Depois, quando o velho mestre oleiro foi chamado à companhia de outros artistas que connosco já não viviam, ele já a oficial promovido, tomou o lugar do mestre.

Olhou, então, à sua volta e sentiu uma estranha solidão. Na sua aldeia era o último dos caminhantes duma jornada que se perdia na lonjura dos tempos. Ainda hoje, continua a elevar o barro na roda do oleiro, na forma tradicional de dar vida às peças que laboriosamente vai criando. Contudo...

Sente-se muito só.




Um pouco da história da vida de Mestre Ramalhão, da Olaria de Brotas (Mora, Alto Alentejo)

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sexta-feira, março 07, 2008

promontório barbárico

agrestes arribas temor dos marinheiros
que à costa portugusa se arribam
pedem pretecção à senhora do cabo


Cabo Espichel, Sesimbra - Portugal

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televisão, 51 anos em portugal

O dia em que a televisão chegou...

Uma profunda mudança na minha vida, no sentir dessa época de adolescente, teve lugar quando, com apenas 12 anos, meus pais mudaram de residência, não para uma distância significativa, mas por conveniência da actividade profissional do meu progenitor.

Vivera esse tempo passado na casa em que havia nascido e aí tinha o círculo de amizades com a miudagem cem quem fora crescendo nessa liberdade de rua, sem perigos nem ameaças, uma crescer saudável, pesem as dificuldades de vida em tempos de penúria económica em que p País se encontrava mergulhado.

Depois de longos anos exercendo a profissão de empregado de balcão de drogaria, encontrara condições para se estabelecer por conta própria. Fora empregado quando muito jovem do Senhor Viegas (avô do saudoso actor Mário Viegas); depois, esteve longos anos, atravessou o período da II Grande Guerra, e assistiu ao nascimento do seu único filho, quando empregado dos Estabelecimentos Ferreiras & Varanda; nos últimos anos fora ainda empregado de uma pequena drogaria com “sociedade” prometida que nunca se concretizou.

Finalmente, conseguira a sua independência, abriu um negócio “por conta própria”.

A área de trabalho do meu Pai sempre fora a drogaria, uma evolução das passadas lojas em que já se verificava a separação dos bens de alimentação. Agregado ao negócio tinha o meu Pai a distribuição de gás, o GazCidla, único na época e a venda de alguns electrodomésticos. Quando a partir de 7 de Março de 1957 a televisão iniciou as emissões regulares passou, igualmente, a vender receptores das emissões de televisão, os televisores.

Recordo-me de que nessa época quando se iniciavam as emissões, ao princípio da noite, o meu Pai colocava um televisor na loja, a família senta-se no chão a assistir a essa emergente maravilha da tecnologia, enquanto os passantes se deixavam ficar a ver para lá das vidraças da porta e das montras que ficavam franqueadas para o efeito.

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quinta-feira, março 06, 2008

pedra de mu

conta uma lenda muito antiga
que por aqui se ergueu a imagem do mar ao cabo
nossa senhora da pedra de mu


Cabo Espichel, Sesimbra - Portugal

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marinheiro que é mar

quando o marinheiro se confunde com o mar, a areia é uma ninfa de encantar


Com sensualidade se enrolou na areia o mar
Tamanho no afecto como sente o marinheiro
Que em terra encontra seu amor terno, fagueiro
Quando regressa de viagem de longo navegar

Revolto o mar na areia se torna em doce esteiro
Doçura de olhar profundo do velho lobo do mar
Cabelos brancos que assomam de tanto viajar
Nas memórias dos tempos de jovem aventureiro

Sentiram o encantamento duma ninfa muito bela
O mar e o marinheiro conheceram o dom de amar
Foram vistos como um só admirando bonita tela

Que é a vida sentida querida neste longo caminhar
Do mar que procura na areia o açúcar e a canela
E do marinheiro que muito ama a areia porque é mar.

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quarta-feira, março 05, 2008

labor matinal

manhã cedo, aos primeiros raios de sol
em labor intenso e constante
colhe o nectar das flores do jardim


Abelha e Flor nos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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56 meses na blogoesfera

Continuamos a fazer questão em cumprir o estatuto editorial da primeira hora “textos e imagens próprios e originais, a temática da cultura de um Povo e da defesa da região da Praia do Sol e desenvolvimento dos afectos e do muito querer”. Continuamos a contar com o empenhamento do nosso “irmão fotógrafo” Olho de Lince que sempre vai animando os nossos textos muitas das vezes bem modestos.

No último mês, o número de comentários foi de 88, a partir de 33 comentadores, valores que continuam a dar-nos bastante satisfação. É de grande importância para o enriquecimento da Oficina das Ideias esta contribuição dos dedicada/os e amiga/os leitora/es, muita/os da/os quais nos têm trazido importantes ensinamentos.

Quanto a visitas atingimos a cifra de 484.592, a uma média de 486/dia, com origem em 147 países diferentes, valores facultados pelo SiteMeter e pelo NeoWORX. Do Brasil 204.758 visitas, de Portugal 187.498 e de Espanha 9.292 encontram-se no topo dos visitantes. Salientamos a forma positiva como a Oficina das Ideias é recebida no Brasil, no cumprimento da paixão pelo mar que nos une.

Total de postagens – 3.454, onde cerca de metade são fotografias da autoria do nosso amigo Olho de Lince.

Um agradecimento especial a Blogger.com e a Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.


Quadro de Honra

Amigona Avó e...., do Instantes deVida (Portugal)
João S, do Espaço do João (Portugal)
Claudia P, do Cor de Dentro (Brasil)
Lualil, do Traduzir-se... (Brasil)
Observador, do Reflexos (Portugal)
Sophiamar, do A Ver o Mar (Portugal)
Gasolina, do Árvore da Palavra (Portugal)
Avelaneiraflorida, do Cantares de Amigo (Portugal)
James Stwart, do Szerinting (Hungria)
Wilson T, do Escrita Solta (Brasil)
Faustino (Portugal)
Ery Roberto, do Infinito Positivo (Brasil)
Lila (Portugal)
Rui Manhente, do Viandante (Portugal)
Medusa, do Jardim da Medusa (Portugal)
Odele Souza, do Oficina das Palavras (Brasil)
Ivone, do Um Silêncio de Paixão (Portugal)
Victor, do Des-encantos (Portugal)
Marco S, do Occultvs (Portugal) [*]
Jacinta, do Florescer (Brasil)
Victor Nogueira, do Ao Sabor do Olhar (Portugal) [*]
Collybry, do O sensitivo abraça o poético (Portugal) [*]
Pitanga Doce, do Vermelho Pitanga (Brasil) [*]
Maçã, do Maçã de Junho (Portugal)
Fátima, do Mar Azul (Portugal)
Giulia P, do Menina de Cristal (Brasil) [*]
Lapa, do Podium Scriptae (Portugal)
Sant’Ana, do Um milhão de histórias por te contar (Portugal) [*]
Paulo S, do Filhos de um Deus Menor (Portugal) [*]
Junior (Brasil)
Yonara, do O Templo de Hécate (Brasil)
Filoxera, do Escrito a Quente (Portugal) [*]
Alcindo (Afeganistão)



A TODOS o nosso MUITO OBRIGADO!




[*] muito em breve nos nossos indicadores de leitura

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terça-feira, março 04, 2008

uma flor para... a yonara

que esta flor te chegue
cheia de felicidade e venturas
a esse lado deste mar que nos une


Yonara, a Yo, é uma querida amiga que tem o blogue Templo de Hecate

sonhar a realidade, a realidade sonhada

Bebi o café e pousei o olhar nas páginas do livro aberto num qualquer capítulo. O café bebera-o sem açúcar, o livro foi aberto “ao calhas” e olhava o texto sem o ler. Nem sequer distinguia as letras que a negrito davam nome ao capítulo.

Nem um pensamento, nem uma imaginada situação ocupavam o meu sentir. As conversas envolventes perderam significado numa sensação de total isolamento, daquele vazio de que se fala mas que se não conhece.

Um ligeiro sobressalto, uma batida mais forte do coração algo agitado trouxe-me à realidade lapso de tempo passado muito ou pouco ficou a dúvida pois também o contador do tempo me pareceu por momentos imobilizado.

O mar espraiava-se docemente na doirada areia, em movimentos sincopados do vai-e-vém de uma maré vaza que ia deixando aqui e ali uma concha de bivalve que já perdera o seu par, separados que foram prematuramente.

Acabado de “virar” o ciclo da maré a água foi subindo pouco a pouco acabando por molhar os meus pés que suportavam o corpo estático que virado a poente procurava na linha do horizonte a razão de tamanha calmaria.

A água que transportava prata feito espuma foi lavrando à volta dos meus pés uma concavidade onde parte se ia mantendo “rodeado de água por todos os lados”, ilha de pensamento no vasto areal refulgente.

Não consegui distinguir o sonho da realidade!

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segunda-feira, março 03, 2008

espichel

hoje está tranquilo o mar do espichel
suave, azul muito belo
flores de lilás coloridas lhe acenam


Cabo Espichel - Portugal

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pétalas

Com tamanho esplendor e divinal beleza
Sonhei espaços infinitos, sublime sentir
Pétalas esvoaçam ao vento com leveza
Quais suaves beijos que iluminam o devir

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domingo, março 02, 2008

rebanho

nos pastos verdejantes do cabo
salpicam com manchas de vida
quadros de pastorícia


Rebanho de ovelhas em campos da Azóia, Cabo Espichel - Portugal

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quinta de monserrate

Charneca de Caparica não é região de grande monumentalidade edificada. Terra de camponeses e lenhadores que em certas épocas do ano eram igualmente pescadores, a população dividia a sua actividade produtiva entre os vastos campos da “charneca” e as águas do mar da Fonte da Telha.

Gentes modestas e de poucos haveres, trabalhavam sol-a-sol nas quintas da região a soldo dos donos das quintas, absenteístas grande parte do ano, utilizando-as unicamente em tempo de veraneio. Excepções existiam, especialmente em quintas que tinham amplas áreas de plantio de vinhedos e se dedicavam à produção de vinho.

O património construído com algum interesse histórico resumia-se, então, às capelas existentes nas quintas, algumas delas abertas à devoção da população vizinha. Destacava-se a Capela de Nossa Senhora de Monserrate, situada no pátio da Quinta de Monserrate, no acesso Norte à povoação de Charneca de Caparica. Além da Padroeira, venerava-se aqui com especial devoção, a imagem de São Luís, Rei de França.

Na primeira metade do século XIX, pertencia esta Quinta de Monserrate a Francisco António Ferreira, conhecido por "Sola", por herança de seus avós; depois foi pertença do General Manuel António de Araújo Veiga, a quem chamavam "o Capitão Rico", tendo passado por herança para o seu neto o empresário teatral Vasco Morgado.

Vicissitudes de diversa ordem conduziram a que nos tempos actuais (2006) se encontre totalmente degradada, quer a Quinta de Monserrate, quer a capela de Nossa Senhora de Monserrate.

Há notícia de que no início dos anos 40 do século passado, nas cálidas noites de Verão, realizavam-se no pátio da Quinta de Monserrate animados bailes que em tempo de santos populares, com destaque de São João, no querer das gentes de Almada, se prolongavam até o raiar do sol.

Também na Quinta de Monserrate por benesse dos seus proprietários se realizavam as Festas Populares da Charneca de Caparica. A Comissão de Festas organizava anualmente as Festas Tradicionais que começaram por se realizar na Quinta de Monserrate, então da propriedade do empresário teatral Vasco Morgado.

Era este senhor muito ligado às artes cénicas, especialmente ao teatro musical e de revista, estando a seu cargo a exploração do saudoso Teatro Monumental, em Lisboa. Esse facto, e por ele ser a maioria das vezes o mordomo das Festas da Charneca, trazia até esta aldeia rural da margem sul do Tejo muitos forasteiros.

Nessa época, e estamos a falar entre os anos 40 e 70 do século passado, organizavam-se também os círios de peregrinação anual ao santuário da Nossa Senhora do Cabo, no Cabo Espichel, que seguia um percurso ainda hoje referenciado por um marco quilométrico existente na Charneca de Caparica, junto ao Mário Casimiro, mas cujo traçado por muito deteriorado é praticamente desconhecido das gentes que hoje aqui vivem.

Conta-se, recordam os mais velhos da terra, que o círio vindo de Alcabideche com destino ao Cabo Espichel se encontrava com o da Charneca nas imediações da Quinta de Monserrate seguindo o restante percurso em conjunto.

Da tradição popular encontrámos esta quadra dispersa em documentação avulso:

O Velho de Alcabideche
E a Velha da Caparica
Foram à Rocha do Cabo
Acharam prenda tão rica

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sábado, março 01, 2008

bordadeira de flores

suave e tranquila a bordadeira
borda a colcha de jasmins
fica pronta na primavera


Jasmineiro dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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em fevereiro de 2008 a oficina publicou:

Textos
Dia 1 – Em Janeiro de 2008 a Oficina publicou [oficina]
Dia 2 – Almodôvar, a arte do pão [caderno de viagens]
Dia 3 – Mais mimos para a Oficina [oficina]
Dia 4 – Museu da Escrita do Sudoeste [caderno de viagens]
Dia 5 – Não sou carnavalesco, mas... [tradição]
Dia 6 – 53 meses na blogoesfera [oficina]
Dia 7 – Que surpresa... [oficina]
Dia 8 – Venham ver as Acácias em Flor na Caparica [minha terra]
Dia 9 – Mais um miminho [oficina]
Dia 10 – Corvídeos do Pinha [minha terra]
Dia 11 – Mata dos Medos [minha terra]
Dia 12 – Em terras de Salatia [poesia]
Dia 13 – Ah esta cultura... [pequenas histórias]
Dia 14 – Correio dos leitores [correio]
Dia 15 – Novos apontadores de leitura [oficina]
Dia 16 – Chegaram as andorinhas [minha terra]
Dia 17 – Em tons de lilás [poesia]
Dia 18 – Contrabandistas de afectos [tradição]
Dia 19 – Poesia Vadia [eventos]
Dia 20 – De surpresa... [oficina]
Dia 21 – ...Em surpresa [oficina]
Dia 22 – Das chuvas de Inverno... [crónica]
Dia 23 – Carinhos para a Oficina [oficina]
Dia 24 – Às gentes da Charneca [poesia]
Dia 25 – São Vicente de Fora [monumentos]
Dia 26 – Café Cuervo [degustar]
Dia 27 – Josué de Castro [figuras]
Dia 28 – A não perder [apontadores]; Miminhos [oficina]
Dia 29 – Dia extraordinário [tempo]


Imagens
Dia 1 – Caminhos do Alentejo
Dia 2 – Flor da Esteva
Dia 3 – Torre do relógio
Dia 4 – A Brancura de Almodôvar
Dia 5 – Até onde a vista alcança...
Dia 6 – Em ti me inspirei, daqui emiti para o Mundo
Dia 7 – Manto floral de amarelo
Dia 8 – Doiradas Flores
Dia 9 – Quando o espelho reflectiu a tua imagem...
Dia 10 – Uma família
Dia 11 – Pôr-do-sol na Mata dos Medos
Dia 12 – Resplandecente
Dia 13 – Vigilante sobre o Mar
Dia 14 – Estrelinhas de lilás vestidas
Dia 15 – Contraste
Dia 16 – Iluminar a Vida
Dia 17 – ...Doiradas até
Dia 18 – Estrela da terra
Dia 19 – menina Encantada
Dia 20 – Alegrias
Dia 21 – Luar de Fevereiro
Dia 22 – Mar Tenebroso
Dia 23 – Flor que és o Sol
Dia 24 – Rosinhas amarelas
Dia 25 – Altaneiras torres
Dia 26 – Carrancas de leão
Dia 27 – Segue comigo no arco-íris
Dia 28 – A cor do coração
Dia 29 – Guardar água

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