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quarta-feira, junho 30, 2004

momentos de erotismo

Um fim-de-ano diferente

Katty estava já conformada em passar o ano sozinha, possivelmente "nos braços de Morfeu", depois que se havia desquitado, e fora tão recentemente, e que perdera contacto com o seu habitual grupo de amigos.

O telefonema de Sally que com Sam constituía uma casal a quem estava ligada por íntima amizade veio, contudo, alterar tal estado de coisas.

O Sam trabalharia até tarde na véspera do novo ano mas o convite viera com a promessa de que ele tudo tentaria para chegar antes das zero horas, enquanto que Sally e Katty estariam juntas aproveitando para falarem de tudo e de nada, como tanto gostavam de fazer quando se encontravam.

As duas amigas jantaram em ambiente de boa disposição, tagarelando alegremente, e dando boas e salutares risadas, a propósito do picante que a comida tinha e a conversa também.

Sempre no desejo da chegada do Sam, que sabiam, contudo, que não se verificaria antes das 23 horas, sentaram-se comodamente defronte do aparelho de TV vendo a programação especial que a emissora ia debitando.

O calorífero ligado, tornava o ambiente mais cálido, a que o vinhinho branco da refeição e o doce licor digestivo dava ajuda para afoguear os rostos e toldar ligeiramente o pensamento introduzindo mais uma pitada de desinibição.

A Sally já com muito calor propõe-se despir os "collants" para o que levanta a saia descontraída e despudoradamente, efectuando a operação.

Do que se não livrou foi do comentário jocoso da Katty: " Tens umas cuequinhas muito reduzidas... isso deve pôr o Sam completamente louco!" " Podes crer que sim e hoje vai ficar mais do que nunca... apetece-me muito!"
" Já vejo que estou a mais..." comentou Katty com voz rouca e com muito pouca vontade de abandonar o local onde se encontrava.

" Nem penses querida, nunca senti isso em relação a ti... o que pode acontecer é teres um inesperado "show" erótico em início de novo ano, o que não é um mau começo..."

A tagarelice continuou, intervalada com alguns silêncios para prestarem atenção às partes mais interessantes do programa de fim de ano, bem regada com o licor que aquecia cada vez mais os corpos.

Sugestionadas pelo espectáculo que a televisão ia transmitindo e que continha elevada carga erótica, propuseram despir algumas peças de roupa o que veio deixar ambas somente envergando minúsculas cuequinhas e os "soutiens" a condizer em tamanho e transparência.

Quase que num desafio às artistas que iam passando pelo pequeno "écran" ensaiaram alguns passos de dança ao som da música ambiente, com longos requebros de ancas, com eróticos trejeitos dos rabinhos mal cobertos pelas cuequinhas que com todo este movimento se introduziam atrevidamente nos reguinhos.

A excitação era cada vez maior e a Sally não resistiu à tentação de passar as suas mãos carinhosamente pelas costas nuas de Katty, deixando-as descair até à doce curvatura das nádegas.

Katty não pode deixar de retribuir tamanha ternura, o que faz de forma quente e excitada deixando pousar seus lábios nas maminhas de Sally, donde o "soutien" já fora retirado.

A excitação era grande e o controlo estava completamente perdido. Acariciavam-se ternamente com o Sam no pensamento.

Este quando chega depara com um quadro celestial, não resistindo a desabafar " que boa passagem de ano que irei ter junto de dois borrachinhos com tão pouca roupa!"

" Despe-te também e junta-te a nós... comentei há pouco com Katty que estou louca por fazer amor... é uma boa forma de passar o ano..." " E ela???" "Assiste, se não tiver capacidade para participar... dá-me um beijo que não resisto muito mais tempo sem começar a acariciar-me a mim própria."

terça-feira, junho 29, 2004

golpe de estado na peixaria

Na passada semana fui diversos dias ao mercado da Charneca de Caparica, pois as coisas assim se proporcionaram as coisas. Um dia faltava a hortaliça.... _Vamos ao mercado que tem couves vindas das hortas da Costa! Outro dia era a carne moída para confeccionar uma “a la bolognese”.... _Vamos ali ao mercado pois o talho tem carne de óptima qualidade! Naquele dia de calor apetecia mesmo um peixe grelhado... Vamos ao mercado que na banca do costume há sempre peixe fresco!

Estas idas ao mercado nunca foram tranquilas. Sentia-se um ambiente pesado, de descontentamento, onde os olhos dos vendedores e das vendedeiras só brilhavam quando lhes falávamos de futebol. As bandeiras, muitas bandeiras, logo entravam em agitação... _Portugal! Portugal! Portugal!

Não resisti a perguntar: _Que se passa que as pessoas parecem andar apreensivas, preocupadas, triste?

A resposta não se fez tardar: _Então você não quer saber que o “cherne” depois de partir o gelo todo, fazer com que o restante peixe se estragasse, deu cabo da (a)rraia miúda e agora quer saltar da banca para fora! E deixar por cá o badejo de segunda para os clientes habituais...

_É um cobarde, é um traidor, é um mentiroso!

_Diz que vai defender o Mercado da Charneca de Caparica, lá para as bandas do mercado europeu, mas o que ele quer é ser considerado um salmonete e deixar de ser vendido às postas. Peixe fino é outra coisa...

_Mas... o meu marido é que manda na banca e não vai permitir um golpe de estado aqui na peixaria...

_Não? _Peixeirada já a situação é...

o umbigo da oficina


UM PIERCING PARA O UMBIGO DA OFICINA



Desafio:

Para assinalar o 4º aniversário do Cata Vento, fazemos-lhe um desafio: descreva num máximo de 40 palavras um local, um acontecimento, estabelecimento, livro, entidade, filme, disco, uma actividade, um ofício, uma pessoa que o Cata Vento o tenha feito descobrir e veja o seu texto publicado na edição de Junho.
[Cata Vento - agenda cultural da C. M. de Palmela]


Desafio aceite:



segunda-feira, junho 28, 2004

imagens com memória

Do meu arquivo de fotografias a "preto e branco" selecionei e comentei imagens cuja memória desejo partilhar com quem visita a Oficina. Trata-se de uma outra forma de vasculhar o meu baú de recordações


Companheiros



Caminharam juntos léguas sem fim, por caminhos e veredas, em trabalhos de recoveiro, o transporte de mercadorias mais avançado da época e elemento fundamental do desenvolvimento económico de então.

Envelheceram juntos, como juntos tinham vivido a juventude, numa cumplicidade ímpar, ao ponto de partilharem entre si um "copo de três" que bebiam para aclarar a garganta da poeirada do caminho e para animar das agruras das pesadas tarefas que realizavam.

Conta a tradição que quando o velho homem faleceu a animalha poucas horas mais teve de vida.

Local: Feira das Mercês
Data: Finais dos anos 60, do século passado

domingo, junho 27, 2004

caminhando se faz caminho

Alguns apontamentos sobre pequenos percursos em que os sentidos são despertos para o Património Natural e Construído através das cores e dos odores, das estórias e das tradições, dos saberes e dos sentires. Venham connosco fazer este caminho...


De roseira em roseira... até ao Sonho

Dedico estas imagens de belos e sensuais botões de rosas às mulheres que me honram e acarinham com sua amizade. O seu afecto, a sua espiritual beleza, me incentivam e inspiram e escrever modestos textos e poemas e a ver a Natureza com a doçura dos seus próprios olhos.

Com as pétalas destas rosas sonho desenhar os seus belos lábios.













sábado, junho 26, 2004

flores do jardim do pinheirinho


sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


Inspiração

Calçada acima, o Fotógrafo sentiu uma necessidade imperiosa de tomar um café. Já seria o terceiro do dia ainda agora começado? A verdade é que pretendia fazer uma paragem no turbilhão de ideias e de pensamentos que lhe assolaram o cérebro. Pretendia para e colocar as ideias em ordem.

_Dê-me um café em chávena pequena, um expresso, uma bica como dizemos lá por Lisboa. Café servido e lentamente degustado enquanto, na realidade, as ideias se alinhavam. As ideias arrumadas já deixariam espaço para poder meditar num assunto que o preocupava.

O tema sobre o qual pretendia meditar e, ao fim e ao cabo, o mesmo que lhe mantinha o cérebro em turbilhão era, aparentemente, simples: a inspiração, as fontes de inspiração, a motivação, as musas inspiradoras.

Encostado ao balcão degustando lentamente o café, deixou vogar o seu pensamento e a sua imaginação. Recordou-se das imagens baças e sem conteúdo que obtinha com o seu equipamento fotográfico. Do fotografar por fotografar, o que tendo dado aso à criação de um espólio de imagens interessantes, lhes faltava o rasgo de brilho fundamental a qualquer obra de arte.

Recordou-se dos sonhos alados e recorrentes, que conseguiu decifrar com a ajuda da Escritora e que lhe abriu grandes horizontes de criação, dando conteúdo aos textos, dando brilho às imagens, dando coerência ao conjunto texto e imagem.

sexta-feira, junho 25, 2004

flores do jardim do pinheirinho


um belo sonho

Sonhar é voar é ir mais além
Do que o pensamento nos admite.
É sentir o muito querer por alguém,
Por mais que a razão nos limite
O coração sempre quer e o permite

Em seu sonho tão linda e indefesa
Despojada de roupa e muito bela.
Sobre o leito espraia sua beleza,
Que o olhar se deslumbra e enovela
Em memórias que anima e desvela.

Seu rosto sereno faz-me pensar
Que vive um sonho belo e muito terno.
Lindos olhos boca de encantar,
A tranquilidade de um sentir eterno
Que ilumina de Verão dias de Inverno.

Seus seios de mulher que doçura
Por vermelha cambraia estão cobertos.
A imaginação voa longe e em loucura,
Por espaços amplos e abertos
Nossos sentidos são então despertos.

[continua]

quinta-feira, junho 24, 2004

hibisco


coleccionar... pacotes de açúcar

Uma vez por semana a Oficina vai dedicar um espaço ao coleccionismo de pacotes de açúcar. Esta colecção integra-se no espírito geral da Oficina “para todos” atendendo a quantidade e diversidade de peças existentes, a um custo reduzido, sem perder o interesse lúdico de coleccionar e aprender coleccionando.

Durante longos anos, em Portugal, os pacotes de açúcar não apresentavam grande beleza. Nem gráfica, nem cromática, limitando-se ao objectivo utilitário de “conter açúcar”, referindo a marca do café ou a refinadora do açúcar r, por vezes, contendo mensagens publicitárias.

Cromaticamente pobres e de grafismo duvidoso não deixam, contudo, de constituir interessantes peças de colecção.

Nos últimos anos têm aparecido algumas “pérolas”, quer em séries, quer em pacotes individuais, que têm dado o sinal de mudança na indústria do açúcar empacotado, com significativa importância dada à respectiva apresentação.

Em 2004, três marcas de café – Bicafé, Buondi e Torrié – lançaram séries de pacotes recorrendo a novos papeis e grafismo cuidado o que tem feito o encantamento dos coleccionadores.

Bicafé – série “Um mimo de café” – 15 peças X 2 (duas frases por imagem)


Buondi – série “Spazio Buondi” – 8 peças


Torrié – série “Tu, eu e Torrié” – 6 peças


quarta-feira, junho 23, 2004

uma flor para... a mary


momentos de erotismo

Uma tábua de queijos rspecial

A Sally havia preparado uma apetitosa tábua de queijos, óptima para ser acompanhada com um vinhinho branco seco, de origem muito especial, que um amigo nos oferecera recentemente.

Sendo muito mais agradável este tipo de repasto feito com companhia, convidámos a Katty e o Tim, amigos de longa data, que chegaram à nossa casa por volta das 22 horas.

Bem dispostos como sempre, o Tim desportivo, blusa leve e calça de linho muito justa e a Katty, vestidinho curto que ao rodar deixava ver um palmo de coxa bem feita e que no quebra-luz permitia vislumbrar a tanguinha que vestia por baixo, ali estavam para passarmos um pedaço da noite de forma descontraída e desinibida.

A tarde estivera abrasadora, pelo que logo que chegara a casa havia tomado um duche reconfortante e envergara, tal como o Tim, uma simples blusa e calças claras igualmente justas e reveladoras da protuberância do meu sexo. Aliás, o comentário da Katty, sempre brejeira, não se fez esperar: "_Vocês hoje parecem gémeos... pelo menos no enchumaço que têm aí à frente...".

Por seu lado a Sally vestira um cai cai e calça de ganga elástica branca que, não só punha em evidência o seu corpo bem torneado e o umbigo bem redondinho, como deixava antever a marca das cuequinhas muito reduzidas.

Música agradável que fui seleccionando acompanhava a refeição que decorria na maior boa disposição, tagarelando-se um pouco sobre todos os assuntos, a actualidade, o Mundo, a praia, o bom tempo que fazia.

A determinada altura, ao regressar à sala, a Sally tinha envergado um avental muito bonito e colorido, que pôs à consideração dos presentes: "_Digam lá se este avental não é tão bonito?!"

Todos concordaram, pois era realmente bonito, fora do vulgar nas suas cores e nos desenhos.

Evidentemente ninguém mudou de opinião quando a Sally, retirando-se, virou as costas, deixando à vista de todos que por baixo do avental estava completamente nuazinha, não tendo sequer qualquer marca mais clara do biquini no rabinho, visto muitas vezes na praia não o usar.

Ainda fui a tempo de lhe aplicar uma palmada no dito sítio, enquanto a Sally fugia, deixando no ar espanto e excitação pelo insólito da situação.

Katty com a voz ligeiramente rouca comentou: "_Hoje estão todos muito atrevidos... A mim o vinhinho já está a fazer efeito... Daqui a pouco perco a cabeça e a culpa é vossa...". Acto contínuo refrescou a garganta com mais um golo daquele vinho branco seco muito especial.

Quando a Sally regressou à sala, já de novo vestida com as calças e o cai-cai, choveram comentários jocosos à sua anatomia que tão em evidência estivera momentos antes.

O Tim permitiu-se dizer que gostaria de ver o avental que a Sally envergara vestido ao contrário, pois assim poderia apreciar convenientemente tudo aquilo que as calças escondiam.

Resposta, de pronto, da Sally: "_Meus queridos, tudo é possível numa base de reciprocidade, pois o Sam muitas vezes já tem comentado comigo se a Katty será "toda loirinha"... Nós também somos curiosos..."

A Katty deitou mais algumas achas para a fogueira: "_Toda loirinha garanto que sou... Mas têm que acreditar na minha palavra pois as provas são muito poucas, visto ter que atender ao tamanho reduzido do biquini que costumo usar na praia..."

"_Katty, se as tuas provas são poucas, eu sou bem escurinha e não tenho quaisquer provas... As razões são semelhantes, embora tenha outras..."
"_Não digas que o Sam gosta do sabor a "pele de pêssego"!?"
"_Gosta e não é pouco..."

A Katty não deixou morrer a conversa, nem tão pouco a ideia pelo que passando das palavras à acção fez descer muito lentamente sob a mini-saia as cuequinhas muito reduzidas expondo à vista de todos o seu monte de Vénus coberto somente por uma penugem muito loira, quase translúcida. Bem desenhada a rachinha que era o prenúncio do seu ninho de amor.

"_Que tal?? Sou ou não totalmente loirinha? Agora queremos a paga!"

A Sally baixou então lentamente a calça muito justa tendo imprimido alguns requebros sensuais para ajudar a que passasse pelas ancas bem redondas. Seguiram-se as cuequinhas muito reduzidas e a exposição da completa inexistência de pintelhinhos.

Pela minha parte não resisti a prestar-lhe homenagem passando a língua pelo monte de Vénus e convidando os nossos amigos a fazerem-lhe o mesmo.

terça-feira, junho 22, 2004

beleza efémera


espaço de poetar

O Romeiro

O romeiro amparado no bordão
Cansado dos rumos do sem fim percorridos
Fita com o olhar vago o infinito e a solidão
Onde arde a chama que não vê mas sabe existir.

No sentir do amor passado mas sempre vivo
Encetou o romeiro a longa caminhada
Por tortuosos desfiladeiros e atalhos
Na busca da imagem querida e adorada.

No rosto marcado pelo suor e pelas lágrimas
Surge, por vezes, uma réstia cor de esperança
Aquela que sempre o acompanhou
E o doirado Sol das planuras imensas que nunca alcançou.

segunda-feira, junho 21, 2004

solestício de verão

Ergam-se e avancem os druidas de todo o Universo. Congreguem as forças do bem porque as gentes estão ansiosas de um mundo melhor. Ergam o ambiente esotérico de Stonehenge e entoem cânticos de festa de alegria de optimismo de felicidade. Enviem os corvídeos com as boas novas para todos os recantos onde exista um ser humano. Nos amplos campos da Bretanha apelem ao querer e ao saber. Um mundo novo é eminentemente necessário. Chegou a hora de avançar!
[apelo formulado no primeiro Solestício de Verão do Terceiro Milénio]

Agora que um novo Verão começa, prenhe de energia cósmica o apelo é ainda mais necessário. A civilização Que civilização? caminha para o caos levada pela determinação das forças da globalização financeira, da globalização da guerra, das forças mais retrógradas do capitalismo terrorista, numa ânsia tremenda de devorar quem defende o social, quem pugna por um mundo sem opressores nem oprimidos, por um mundo sem fome onde as impressionantes fortunas humilham milhões de seres humanos que vivem abaixo do limiar da subsistência.

Está em causa o equilíbrio universal. Em consequência não estamos sós. Um Mundo de afectos é o caminho da Esperança.

imagens com memória

Do meu arquivo de fotografias a "preto e branco" selecionei e comentei imagens cuja memória desejo partilhar com quem visita a Oficina. Trata-se de uma outra forma de vasculhar o meu baú de recordações

O Velho Pescador



O olhar já não tem o brilho de outros tempos, mas o seu semblante, o rosto marcado pelo tempo e pelas agruras da vida, expressa sabedoria. Conhece o mar como ninguém, os seus humores e os seus sinais. Sabe que o mar não é traiçoeiro, avisa sempre que a ira e a força vêm ao de cima.

O velho pescador ensina todos esses sinais aos mais novos, àqueles que agora começam nas companhas e que vão buscar o seu sustento ao mar que por vezes é doce e chão e outras é tão violento e irado. As marcas do luto, contam bem que seus filhos queridos não lhe seguiram os conselhos.

Desde esses tempos dolorosos que o olhar deste velho pescador perdeu o brilho mas não o querer que um dia, quando a sua altura chegar, possa vir a encontrar todos aqueles que o mar tragou e que ele tem a certeza “viverem” na mais bela ilha submersa.




domingo, junho 20, 2004

amor perfeito - a minha paixão


Com este título escreveu a São um post no EspectacológicaS; a este desafio a Oficina das Ideias não resistiu a corresponder; afinal a paixão só tem significado se partilhada

caminhando se faz caminho

Alguns apontamentos sobre pequenos percursos em que os sentidos são despertos para o Património Natural e Construído através das cores e dos odores, das estórias e das tradições, dos saberes e dos sentires. Venham connosco fazer este caminho...


De Porto das Barcas a Valmitão... pelas praias do Oeste


Praia de Porto das Barcas



Laje Fria



Praia do Zimbral



Praia de Porto Dinheiro



Corva



Praia de Valmitão


sábado, junho 19, 2004

cruzeiros de portugal


Lourinhã - Cruzeiro da Igreja do Castelo

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


O mundo a preto e branco

O Fotógrafo segue calçada acima ausente do movimento que o rodeia, pois os seus pensamentos vagueiam entre uma noite mal dormida e um sonho que tantas vezes dele se aproxima, absorvendo-lhe queres e sentires pela amizade e por um mundo justo e solidário.

Os seus passos são pesados, já não têm aquela leveza de meses atrás, são o espelho do seu actual estado de espírito. Além do mais, o Fotógrafo percorre a calçada sem um objectivo muito claro, pois sabe que tal como tem acontecido nos últimos dias hoje não se encontrará com a Escritora.

A vida tem destas coisas e o tempo que passa também. Solicitações muitas têm levado a que estes encontros em que juntando-se uma imagem a um texto se cria afectividade têm sido menos frequentes.

O Fotógrafo recorda “Lado a lado, caminharam calçada acima, bem para o interior do bairro degradado e pobre, situado mesmo ali à beira de uma grande e bela cidade. Seguiam silenciosos, absortos nos seus pensamentos. Naquele momento as palavras não eram necessárias, pois sem elas se estavam na mesma comunicando, permuta de mensagens quase diria codificadas, num cruzamento profundo dos pensares. A cumplicidade estava no auge dos sentires.”.

Uma lágrima furtiva, teimosa, rola no seu rosto, sabor salgado de uma ausência sentida. Apercebeu-se, então, que a câmara fotográfica desde o início do dia pendurada no seu ombro ainda não entrara hoje em funções.

Retirou-a da protecção, aproximou o visor dos seus olhos e viu o mundo, como tantas vezes antes já acontecera, através de um pequeno rectângulo e começou a disparar. Fotografou a preto e branco pois faltava-lhe a paleta de cores sempre presente nos olhos e no sorriso da Escritora.

O Mundo, na verdade, tem igualmente essa forte componente, essa dualidade de ausência total de luz e da presença em simultâneo da totalidade das cores da Natureza.

sexta-feira, junho 18, 2004

portugal monumental


Lourinhã - Igreja do Castelo

eles estão aí... de novo

O chamamento das Runas

Faz agora uma semana escrevi aqui neste mesmo local “eles estão aí... de novo” algo sobre o que então designei por chamamento do meu relógio relíquia. Curiosamente uma relíquia com menos de 40 anos em meu poder. Este facto, conduziu-me a um percurso de memória que me levou a um outro “chamamento”.

Vou tentar, neste modesto escrito, levá-los comigo no referido percurso de memória. Primeiro a minha recorrente angústia sobre o “tempo que passa”. Muito relacionado com os contadores de tempo, trata-se de uma noção que além de um sentir muito subjectivo é sempre relativizada à situação real que vivemos a cada momento.

Quantas vezes um lapso de tempo parece escapar-nos entre os dedos, qual porção de areia doirada das praias da Caparica, enquanto noutras nos dá a sensação de um fluído expeço e persistente que se nega a abandonar o nosso corpo. Contudo, marcado pelo contador de tempo o lapso é exactamente o mesmo.

Curiosamente, a minha querida amiga São, do EspectacologicaS, escreve num seu comentário: “Eu não uso relógio e o do telemóvel anda sempre adiantado... mas espero que recuperes esse atraso de 2 segundos!”, dando bem o sinal da pouca consistência do “tempo que passa”.

Seguindo o meu percurso de memória que há pouco iniciámos chegamos ao tempo contado em anos. Menos de quarenta anos é a antiguidade, tempo passado, do meu relógio relíquia. Cerca de 7.000 anos o tempo de existência em terras de Portugal de uma marca relacionada com as Runas. “… as ruínas de Alvae, em Portugal, e o alfabeto Hallristingnor, formas primárias de runas que datam do período neolítico médio (5500-4500 a.C.)” [in Das Runas, de Fabiana d’Aversa, pág. 48].

As Runas, alfabeto ou simbologia das civilizações nórdicas continua hoje a interessar milhares de pessoas de todas as regiões do Mundo. Que símbolos são estes, datados de há tantos milhares de anos, encontrado em terras lusas, a uma enorme distância da sua origem?

Este foi sem dúvida um outro “chamamento”, não definitivo diga-se em abono da verdade, mas que ainda pode vir a sê-lo. A runa da Oficina das Ideias é o Ansur: “Está associada aos deuses escandinavos, especialmente Odin, e representa o poder controlado, criativo e divino. Espiritualmente é a runa da profecia e da revelação. Transmite também as ideias de sabedoria, saber, razão e comunicação”.

ANSUR - a runa da Oficina das Ideias


quinta-feira, junho 17, 2004

imagens da costa portuguesa


Porto Dinheiro - Costa Oeste


coleccionar... pacotes de açúcar

Uma vez por semana a Oficina vai dedicar um espaço ao coleccionismo de pacotes de açúcar. Esta colecção integra-se no espírito geral da Oficina “para todos” atendendo a quantidade e diversidade de peças existentes, a um custo reduzido, sem perder o interesse lúdico de coleccionar e aprender coleccionando.


Um mundo novo ainda possível

A colecção de pacotes de açúcar é uma das colecções chamadas "pobres", comparativamente à de selos, moedas e tantas outras peças a que somente bolsas privilegiadas podem aceder, não pelo seu conteúdo que é riquíssimo, mas pelo custo das peças, a maioria obtida nos cafés com o sacrifício de beber um café sem açúcar, o chamado café dos apreciadores.

Contudo, é esta colecção, como tantas outras situações neste mundo se devidamente utilizadas, um alforge de amizades e de solidariedade.

Há uns tempos atras, durante a participação telefónica num programa das tardes televisivas, dei conta do facto de coleccionar pacotes de açúcar num diálogo que estabeleci com o Carlos Ribeiro, apresentador do mesmo e meu amigo de velha data.

Passados alguns meses recebi um telefonema de uma telespectadora que assistira ao programa dizendo-me que tinha ouvido a minha intervenção, que dava muito valor a quem se dedicava ao coleccionismo e como havia juntado muitos pacotes de açúcar gostaria de se encontrar comigo para os entregar.

Encontro marcado. Na data e à hora combinada, pontualidade britânica, encontra-mo-nos num café de tradição em Almada. Apresentações feitas, tratava-se de duas senhoras, irmãs, de elevada educação e delicadeza, moçambicanas de origem indiana, vindas para Portugal depois da independência do seu país natal.

Dois dedos de conversa e a concretização do objectivo do encontro. Foi-me entregue um saco com imensos pacotes de açúcar que tinham juntado cuidadosamente. Uma alegria imensa, mais ainda de quem oferecia do que de mim que os recebia.

Perguntei-me a mim próprio: “Mas ainda existe gente assim?” Que sentem tamanha alegria ao agradarem a outra pessoa sem nada esperarem em troca, a não ser reconhecimento. Não tenho, agora, quaisquer dúvidas que o “tal” mundo novo que está na vontade de muita gente ainda é possível.

Ainda existem neste planeta pessoas que valorizam mais a amizade, a solidariedade e os afectos do que o poder, o dinheiro, o egoísmo.

O mais importante: estas pessoas têm um nome, Maria Cristina e Maria Luísa.

quarta-feira, junho 16, 2004

amor perfeito


momentos de erotismo

Um Fim de Tarde de Verão, contado pela Sally

Naquele fim de tarde de Agosto, apareceram lá por casa a Katty e o Tim, amigos de peito de longa data, vindos da praia de Belview, onde haviam ido tomar um refrescante banho de mar.

O dia havia estado muito quente, sendo sempre agradável uma fugida às doiradas areias da costa, onde tranquilamente se pode assistir a um dos mais maravilhosos pôr-do-sol.

A visita foi algo inesperada, donde o Sam estando vestido bastante à vontade, melhor, despido, tratou de envergar rapidamente uns calções que lhe dariam um ar mais decente para receber os amigos, enquanto eu enverguei um quimono por cima da tanguinha que constituía até aí a minha única peça de roupa.

Na sala onde nos sentámos, conversámos sobre os mais diversos assuntos, pois desde há muito que não nos encontrávamos. Obviamente também se falou de praia, de mar, de banhos de mar e de sol que tantas vezes havíamos compartilhado.

Lembrei-me, então, que tinha comprado recentemente um biquini que gostaria de mostrar à Katty e ao Tim pelo que o fui buscar ao armário da roupa de praia.

O corte do biquini algo fora do vulgar, bastante cavado e com um laçarote à frente, provocou uma série de comentários cheios de malandrice o que aumentou a nossa boa disposição e bem estar em sentir-mo-nos juntos.

"Também tenho um biquini novo vestido que vocês ainda não viram" comentou a Katty a quem os comentários brejeiros anteriormente feitos não haviam deixado indiferente. E acrescentou "mas olhem que é muito atrevido!" E acto contínuo, deitou as mãos à barra da saia que levantou, rodopiando sobre si própria.

"Ah isso não dá para ver nada..." Comentámos em uníssono, perante o facto de que mais do que ver, tinha sido somente possível vislumbrar lá no topo das bem torneadas pernas da Katty um reduzido biquini, mais tanga do que outra coisa, que a mim me tinha deixado "água na boca"; faço ideia o que se passaria com o Sam a avaliar pelo enchumaço que apresentava sob os calções.

Indo nas nossas palavras e incentivada pelo acentimento do Tim, a Katty desabotoou os quatro botões do colete, abrindo o totalmente, deixando ver aos nossos olhos curiosos um soutien reduzido como a tanguinha, com as conchas ligadas por uma fita branca coroada por um laço.

No acto do faz e desfaz do laço, que também serve para prender o soutien ao pescoço, os biquinhos das maminhas afloraram, espreitando para nosso deleite.

Após tão maravilhosa exibição, a Katty tornou a compor o colete, muito embora a temperatura tivesse de tal forma elevada que me apetecia despir o quimono e ficar toda nua, passando as mãos com lentidão deliberada pelo elástico da cintura da saia que fez descer até aos pés, retirando-a depois.

Em requebros atrevidos do corpo, foi passando pelos nossos olhos deslumbrados o corpo bem feito, coberto apenas, da cintura para baixo, por uma minúscula tanga azul mar, a mesma cor do soutien, que na frente não era mais do que um pequeno triângulo, deixando antever um tufo de cabelinhos aloirados, e na parte de trás um pedaço de pano que atrevidamente se introduzia entre as nádegas e que em lugar de tapar o traseiro arrebitado, mais evidenciava a sua agradável curvatura.

terça-feira, junho 15, 2004

ontem foi dia de festa

Uma festa de afectos que reuniu a família e os amigos e que decorreu horas a fio numa constantes animação. Além do jantar com a família mais chegada, em ambiente de forró e frevo, no restaurante Sabor Mineiro, onde cada empregado é um amigo e cada empregada um doce afecto, a festa foi muito mais.

Os meus queridos amigos UMS (Ultra Marados Solidários) começaram a aparecer bem cedo:

Carvalho Fernandes: PARABÉNS!
Ana Bela: PARABÉNS VIKTOR. Abraços e votos de tudo de bom para ti
Quinita: UM GRANDE BEIJINHO DE PARABÉNS PARA O VIKTOR......
Telma: Parabéns e felicidades Viktor.
Gracinha: Querido Amigo Viktor! Um enorme abraço de parabéns a desejar tudo o que merece. Um dia feliz... e muitos outros lhe sigam bem recheados com as lindas ideias da sua oficina. Beijinho.
Jorge Afonso: Grande Viktor! Muitos parabéns! Abraço
Manuel Lourenço: VIKTOR!!! Um grande abraço de parabéns
João Tunes: Um grande abraço ao Amigo e ao Artista.
Helena: Parabéns !!!!!
Suzana: Olá Viktor! Um abraço de parabéns.
Dora Infante: Um grande abraço, Vítor.
Cecília: Vítor, Parabéns e beijinhos.
Zulmira: Parabéns Vitor!
Pedro: Eh pá, ontem não estive, felizmente, por cá. Parabéns, meu amigo Vicktor. Aquele abração
Paula: Viktor, Também não estive cá ontem, pois como o meu filhote não teve aulas, graças às eleições fui para a praia com ele, por isso não sabia dos seu aniversário, mas mais vale tarde do que nunca: MUITOS PARABÉNS


Alguns minutos depois...
Vinda de Caracas e enviada pela minha querida Amiga Alfonsina chegou uma tarte de trigo, especialidade napolitana e confeccionada com afecto em Caracas.

Um emotioncard (o bolo teimoso) vindo da minha doce amiga LuaLil do Recife dizia assim:
Meu querido, Desejo que continues assim exactamente como és.. uma pessoa sensível, bonita, amiga, companheira e acima de tudo solidária! Admiro-te muito e sinto-me presenteada com a tua amizade... Muita paz, saúde e sucesso! Feliz Aniversário! Milhões de beijos.

A minha querida amiga São escreveu:
Fizeste anos Vicktor? Muitos parabéns!!!! Se pudesse colocava aqui um amor perfeito para ti... Saúde, paz e amor para ti querido amigo com muitos beijinhos e só tenho pena de não ter aparecido mais cedo... Um ano feliz!

E a querida amiga Lila:
Muitos parabéns ! os gémeos são pessoas muito "especiais" não tenho qualquer dúvida.....hoje é o meu filhote o aniversariante, muitas felicidades beijinhos.

No Traduzir-se a doce LuaLil escreveu:

FELIZ ANIVERSÁRIO MEU QUERIDO AMIGO VICTOR!!!
Desejo-te toda a felicidade do mundo!!!
beijos especiais e um looongo abraço !

Seguiu-se o conto O OLEIRO E O POETA, e depois concluiu:

Dedicado a um excelente e sensível fotógrafo que sabe a importância e o valor de todas as obras de arte, que sabe o valor da vida e da solidariedade! Sinto-me presenteada com esta poética amizade!
muitos beijos

A minha querida Jacky escreveu:
Que tenhas um dia muito especial, recheado de muitos afectos e perfumados com as tuas flores favoritas: as rosas de Valle de Rosal :-)

Já perto do terminar do dia um telefonema vindo das terras do longe para cantar os “Parabéns a Você”. As minhas amigas Liliana e Bel estavam do outro lado da linha.

Muitas prendas e também mais estas três:
Da Lila e do Victor


Da Paula


Da Jacky


QUE GRANDE FESTA GRAÇAS A TODOS VÓS... MUITO OBRIGADO!!!

a banda do cidadão em acção

Vivências reais, contadas ao estilo de contos curtos, onde é posta a evidência a utilidade pública de um meio de comunicação rádio, muito em voga nas décadas de 80 e 90 do século passado. Chegaram a ser constituídas redes internacionais de emergência rádio com muitas acções humanitárias realizadas. Os governos dos diversos países do Mundo nunca viram com "bons olhos" este sistema, pois era um sistema de comunicações para todos, sem quaisquer tipo de fronteiras.


Activação da fortaleza “Punta Esperó”

A associação da Banda do Cidadão de Menorca (Baleares) comemorou o seu 5º Aniversário com a activação rádio CB de uma das zonas mais importantes da ilha, a chamada “Mola de Mahón”, fortaleza de Isabel II “Punta Esperó”.

Ilhota situada à entrada do porto natural de Mahón, reduto militar estratégico utilizado no passado, aí se encontra uma das últimas fortalezas da época da rainha Isabel II de Espanha.

Foi possível nesta activação estabelecer contactos via rádio CB com os seguintes países: Uruguai, Bélgica, Suécia, Itália, Grécia, França, Andorra, Portugal, Polónia e Alemanha, muito embora a propagação não se apresentasse muito propícia.

A estação especial foi activada nas instalações de uma bateria de defesa já desactivada que abrigou os 16 operadores que constituíram a expedição DX, estando situada no ponto mais oriental de Espanha.

Os contactos foram conseguidos com a utilização de duas antenas “delta loop”, tendo os equipamentos sido alimentados com o funcionamento de um grupo gerador cedido pelo Ayuntamiento de Sant Lluis.

[com esta pequena história terminamos a série "CB em Acção]

segunda-feira, junho 14, 2004

imagens com memória

Do meu arquivo de fotografias a "preto e branco" selecionei e comentei imagens cuja memória desejo partilhar com quem visita a Oficina. Trata-se de uma outra forma de vasculhar o meu baú de recordações


Solidão



A solidão é um estado de espírito, ou um sentimento, um sentir-se, de difícil explicação e de contexto deveras complexo. Quantas vezes nos sentimos sós no meio de uma multidão? Por outro lado, são tantas as ocasiões em que estamos fisicamente sós e nos sentimos acompanhados e plenos de afectividade.

Este homem só, sentado num banco de jardim no culminar de um caminho de luz, encontra-se rodeado de arvoredo que dá sombra ao restante espaço envolvente. Ele veio caminhando por um trilho de luz antes de se sentar tranquilamente. O que procura este homem na linha do horizonte?

Sabemos que está voltado para o mar. Vislumbramos na sua frente os contornos difusos da Torre de Belém. Será que está a responder a um chamamento de longas e aventurosas viagens?

Simplesmente, uma pausa para meditar. Vai partir de uma importante encruzilhada da sua vida.

domingo, junho 13, 2004

caminhando se faz caminho

Alguns apontamentos sobre pequenos percursos em que os sentidos são despertos para o Património Natural e Construído através das cores e dos odores, das estórias e das tradições, dos saberes e dos sentires. Venham connosco fazer este caminho...


O vereda dos afectos

Caminhar uma vereda de flores de cores fabulosas, que percorrem a paleta do artista mais inspirado, é sentir os odores que nos rodeiam, é ouvir sons maviosos de um quinteto de cordas, é transbordar afectos para todos os que nos rodeiam.

Estes amores-perfeitos transformados em harmonia de cores bem merecem um comentário inspirado de quem os apreciar para completar este singelo post.














sábado, junho 12, 2004

as cores da natureza


sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


Fotografar a Amazónia

O Fotógrafo sentiu-se só no meio de tamanha animação que sempre tinha este mercado de levante, onde semanalmente se podia adquiris bens da terra trazidos das fazendas vizinhas pelos próprios agricultores que assim conseguiam uns cruzados adicionais aos seus parcos rendimentos regulares.

Encontrava-se mergulhado naquela paleta de cores naturais, cores tanto mais maravilhosas por serem acompanhadas por odores e sabores esquisitos, estranhos mas deliciosos. E o movimento e animação especialmente das vendedeiras? Sentiu um chamamento imperioso para participar.

Faltava-lhe a presença da Escritora que, desde há uns tempos, pouco aparecia, sempre de passagem, com tarefas inadiáveis para realizar. A sua vida modificara-se, com certeza. O Fotógrafo só desejava que tivesse sido para melhor.

Quando se sentava naquele banco de jardim onde tanto haviam conversado e olhava fixamente para lá da linha do horizonte, parecia-lhe descortinar os traços de um rosto que tanto o encantavam, que tão familiar lhe era. Mas logo depois, qual passe de magia, já não era o rosto que via mas sim a Lua brilhante na sua fase de lua-cheia.

Soube no seu sonhar, seria um sonho profundo?, que havia sido decidido colocar as reservas mundiais de petróleo ao serviço da humanidade, da mesma forma o capital financeiro passava a servir os povos carenciados da África e da Ásia, e o acesso aos meios de ensino e de saúde seria feito de forma igualitária.

Sonhou o Fotógrafo que iria partir para a Amazónia com o encargo de colher o máximo de fotografias daquele que iria passar a ser um santuário natural da humanidade.

Estávamos no limiar do portal da Globalização da Solidariedade. Para lá desse portal estaria de certo a Escritora.

sexta-feira, junho 11, 2004

vigilantes


esles estão aí... de novo

Razões de uma presença

Olho atentamente o relógio que tenho colocado no meu pulso direito. Um “velhinho” Omega Speedmaster Professional, de corda mecânica, adquirido com a retribuição dos meus dois primeiros meses de trabalho.

Sempre se atrasou ligeiramente. Tal facto já faz parte da sua história de relógio. Um relógio, em tudo semelhante a este, encontrava-se no pulso de Neil Amstrong, quando às 19 horas 56 minutos e 31 segundos, do dia 29 de Julho de 1969, ele foi o primeiro homem a pisar solo lunar.

Recordo-me de estar a ver esse momento único da civilização humana em directo pela televisão e quando Neil comentou: _O que é isto? Estou a ver... a emissão ter sido abruptamente interrompida.

Este insólito facto e situação nunca foram claramente explicados pela NASA, entidade responsável pelo programa espacial dos Estados Unidos e que, igualmente, garantia a transmissão em directo deste histórico momento.

Nunca mais houve transmissões destes acontecimentos em directo e os Estados Unidos criaram e mantém em funcionamento uma área secreta de investigações espaciais, designada “Zone 51” e situada nos vastos desertos do Nevada. Zona de acesso extremamente restrito e que tem dado origem a muitas especulações no campo do fenómeno OVNI.

Estas recordações, agora avivadas por factos recentes e igualmente pelo “chamamento” do meu relógio relíquia, talvez objecto fetish, levaram-me a meditar sobre acontecimentos e datas.

1967 – a minha relação sexual cósmica na povoação do Penedo, Serra de Sintra
1980 – avistamento e registo de um fenómeno estranho na zona da Fonte da Telha
1996 – fenómeno luminoso avistado na Caparica sem explicação plausível
2004 – visita de extraterrestres a Portugal que a comunidade científica tende a aceitar

As diferenças de anos a partir de 1967 foram de 13, 29 e 37. Sempre números primos.

No início de Junho, Portugal estaria ameaçado por fenómenos devastadores, de origem indeterminada. Seriam fenómenos naturais? Seria por acção do próprio homem? Tal como já aconteceu noutras circunstância a presença de seres extraterrestres tem sido muitas vezes atribuída à necessidade de uma intervenção para evitar cataclismos que provoquem o desequilíbrio cósmico.

O tempo de escrita deste texto resultou num atraso de cerca de 2 segundos no meu Omega Speedmaster Professional, “colheita” de 1968.


quinta-feira, junho 10, 2004

uma rosa do jardim de valle do rosal


coleccionar... pacotes de açúcar

Uma vez por semana a Oficina vai dedicar um espaço ao coleccionismo de pacotes de açúcar. Esta colecção integra-se no espírito geral da Oficina “para todos” atendendo a quantidade e diversidade de peças existentes, a um custo reduzido, sem perder o interesse lúdico de coleccionar e aprender coleccionando.


PortSugar 2004

Por razões diversas na nossa vida e actividade foi a primeira vez que participei num evento deste tipo, donde, obviamente não podendo fazer comparações com quaisquer outro, gostaria de tecer três ou quatro comentários do muito que poderíamos escrever. Tratam-se de opiniões pessoais e como tal devem ser entendidas. Além do mais, e sem desprimor para qualquer outro amigo coleccionador, dedico estas observações a quem por razões da sua vida e afazeres não puderam estar presentes.



1. A organização
Cheguei poucos minutos depois das 9 horas, seguindo as indicações expressas na documentação antes distribuída, sem quaisquer dificuldades de aproximação ao local. E quando eu comentava com a minha acompanhante que fazia jeito umas pequenas setas indicando a aproximação local, aí estavam elas. A recepção foi realizada por colaboradores que pareciam profissionais destas coisas. Em dez minutos tinha todas as indicações necessárias e a identificação. Então toca a montar a decoração da mesa. Parabéns.

2. O Convívio
Um agradável espaço de convívio, onde se foram trocando informações e saberes sobre novidades, formas de coleccionar e curiosidades do âmbito das nossas colecções. Momentos para ver e rever os habituais frequentadores da Ribeira e também para conhecer caras novas, pelo menos eram-no para mim, com quem já dialogara via e-mail e efectuara, inclusive, trocas e que agora tive a possibilidade e a felicidade de conhecer pessoalmente.

3. As Trocas
Trouxe para a minha colecção 225 pacotes de açúcar o que, pessoalmente, considero óptimo. E muitas promessas de trocas e de amizade, o mais importante de tudo. Até ao próximo Encontro ou até um outro Encontro qualquer em Portugal ou no estrangeiro fica a afectividade dos muitos amigos e amigas que por Loures estiveram.

4. Pontos Negros
A qualquer lado onde vamos hoje em dia se encontra o espelho do País e do Mundo. Felizmente ainda uma pequena minoria. O nosso amigo Zé Pacheco foi roubado. Infelizmente aparece sempre aqui e em todo o lado uma ovelha ranhosa que marca negativamente eventos em que estariam reunidas todas as condições para estarmos satisfeitos. O ambiente foi de consternação pelo acontecido.

5. Melhorias para edições futuras
Haverá sempre melhorias a introduzir. A Organização observou o que correu menos bem e deixará a mensagem para a seguinte do que se pode fazer para melhorar. Se cada um de nós analisar calmamente esta realização e puder sugerir melhorias com certeza que a todos aproveitará. Eu por mim sugiro: a) encontrar para os acompanhantes que o desejem uma ocupação de tempo, como seja, por exemplo um pequeno passeio pelos arredores do local do Encontro; b) Conseguir apresentar formalmente no Encontro uma "grande" novidade de uma embaladora; c) Desafiar as grandes embaladoras a fazerem-se presentes no Encontro com ofertas para os participantes.

6. Conclusão
Segundo a notação do "professor" a Organização mereceu 8 em 10, com um elogio pelo esforço despendido e pela forma tranquila e organizada como o Encontro decorreu, salvo a situação já relatada e que mais do que um problema de organização é um problema de polícia.

quarta-feira, junho 09, 2004

cisne real


Importância e significado dos apontadores de leitura (continuação)

Os apontadores de leitura colocados nos blogues constituem, eles próprios no seu conjunto, uma rede de interesses, de afectos, de comunhões e de cumplicidades, que se sobrepõe, completa e enriquece a importante rede internacional de comunicações que tem como suporte a Internet, como muitos chamam, “a mais ampla auto-estrada da informação”

Em muitas situações de colocação de apontadores de leitura são seguidos critérios de classificação para agrupar os referidos apontadores, noutras eles são simplesmente listados como recomendação. É o caso de:

Sem discriminar
Links
Blogs
Blogs que lemos
Blogs Links
Blogoesfera


Também no que diz respeito à classificação, ela é feita com maior ou menor poder imaginativo, umas vezes de forma alusiva ao próprio blog que indica, por exemplo

Ramo de blogs
Links floridos
Palavras Linkadas


Outras vezes em termos resultantes de uma apreciação pessoal dos conteúdos, como seja

Blogs Simpáticos
Blogs da Malta
Mar Cultural


Temos ainda os apontadores de leitura agrupados pela regularidade como quem indica visita esses blogs, atentemos aos exemplos

Várias vezes ao dia
Visita frequente
Visita diária
Obrigatório


Aqui deixamos expresso uma análise que fizemos à colocação de apontadores de leitura para a Oficina das Ideias nos blogs começados pelas letras de E a P.

Eu Adoptei, no Outros blogs que comentam o assunto
Flores do Campo, no Ramo de blogs
Fumaças, no Várias vezes ao dia
Linguagem das Flores, no Links floridos
Maizumpomonte, no Blogs Links
Mar Salgado, no Mar cultural
Mustang, no Blogoesfera
O Café, no Clientes Vip
O Jumento, no O, de ódios
Sabor das Palavras, no Blog da Malta
Palavras em Férias, no Palavras linkadas
Pequenas Histórias, no Blog Portugal

Continuaremos a publicação deste trabalho de encantar. Como nos “chamam” neste mundo da blogoesfera. Lamentamos que alguns blogs tenham deixado de “chamar” por nós e que outros tenham desaparecido da blogoesfera, alguns deles autênticas referências para a Oficina.

terça-feira, junho 08, 2004

uma flor para... a lila


Muitos parabéns querida Amiga

uma flor para... a gotinha


Merecida e há muito Prometida

a banda do cidadão em acção

Vivências reais, contadas ao estilo de contos curtos, onde é posta a evidência a utilidade pública de um meio de comunicação rádio, muito em voga nas décadas de 80 e 90 do século passado. Chegaram a ser constituídas redes internacionais de emergência rádio com muitas acções humanitárias realizadas. Os governos dos diversos países do Mundo nunca viram com "bons olhos" este sistema, pois era um sistema de comunicações para todos, sem quaisquer tipo de fronteiras.


O salvamento de uma embarcação em Cádis

Durante os dias 1 e 2 de Outubro de 1994, os cebeístas da província espanhola de Málaga, pertencentes ao Grupo DX M.R.V., estiveram em actividade durante 24 horas, transmitindo desde a Serra de Tejeda, em comemoração do 5º Aniversário do grupo.

A Serra de Tejeda é um lugar encantador do ponto de vista dos amantes da Natureza e, de igual forma, para os adeptos dos contactos de longa distância (DX), como prova os 1.030 contactos estabelecidos durante o período de emissão, apesar da inclemência do tempo e de uma interrupção efectuada para acorrer a uma situação de emergência, com o correspondente apelo de socorro.

A situação de emergência teve lugar cerca das 3:30 da madrugada do dia 2 de Outubro, quando foi recebido um SOS procedente de um cebeísta da província de Málaga, em que era pedido um contacto com a província de Cádis para ser comunicado ao respectivo comando de Marinha que a embarcação “Santa Isabel” em avaria se encontrava a 40 milhas da costa de Marbella e estava à deriva com inundação a bordo que afectava a casa das máquinas.

Perante o facto os cebeístas que se encontravam na Serra de Tejeda suspenderam o conteste que estavam a realizar e passaram a chamar estações rádio CB da região de Cádis.

As chamadas foram recebidas por cebeístas de Cádis, a quem foi passado o QTC urgente que foi de seguida transmitido via telefone para o comando de Marinha que enviou, de imediato, um rebocador para a zona indicada, tendo chegado a tempo de salvar a situação perante a alegria generalizada dos tripulantes do “Santa Isabel”.

O conteste retomou o seu curso normal, até atingir a bonita soma de 1.030 contactos após ter sido recebida a confirmação do êxito da operação de salvamento e logo que os préstimos, daquela estação extraordinariamente bem posicionada, deixaram de ser necessários.

segunda-feira, junho 07, 2004

imagens com memória

Do meu arquivo de fotografias a "preto e branco" selecionei e comentei imagens cuja memória desejo partilhar com quem visita a Oficina. Trata-se de uma outra forma de vasculhar o meu baú de recordações


Cigano do rio



Era o modo de vida, o ganha pão, assim como era a sua morada mais a da mulher e dos filhos e o meio de transporte mais adequado ao meio em que viviam. Aqui nasciam e morriam, aqui ganhavam o sustento para a família.

Frágeis embarcações, navegavam permanentemente rio abaixo rio acima na faina da pesca, ainda mais artesanal do que a praticada na Costa pelas companhas dos barcos de meia-lua.

Aliás, esta frágil embarcação era o sinónimo máximo de uma vivência isolada e individualista destas gentes, por muitos conhecidos como “os ciganos do ri”. Com o tempo e a maré de feição afoitavam-se a descer o rio até às imediações da Ribeira mais para apanharem tainhas que andam na babugem dos esgotos.

Protegidos por uma improvisada coberta de folha de Flandres ondulada viajavam com estes homens da pesca todos os componentes da família. Viajavam e ali viviam sem descer a terra para levar os filhos à escola, só em último caso para alguma ida ao hospital.

Hoje em dia, desapareceram totalmente das águas do Tejo, inclusive pela forte perseguição a que foram sujeitos pelas autoridades como sempre acontece com a etnia cigana... do rio e da terra.

Local: Rio Tejo, junto ao Cais do Sodré
Data: Anos 60, do Século passado


domingo, junho 06, 2004

caminhando se faz caminho

Alguns apontamentos sobre pequenos percursos em que os sentidos são despertos para o Património Natural e Construído através das cores e dos odores, das estórias e das tradições, dos saberes e dos sentires. Venham connosco fazer este caminho...

As florzinhas silvestres

Quando percorremos estradas e trilhos, galgamos veredas e enterramos os pés na areia, subimos a penhascos e descemos à fresquidão dos vales neste permanente "fazer caminho" elas estão sempre presentes.

Não raras vezes nos parece escutar: "Psst Psst olha para nós e cuida em não nos pisares!". Na verdade, mimosas nas diferentes cores florais, estão junto aos nossos pés mas merecem ser apreciadas.

Homenagem aqui deixada à simplicidade de tão belas flores dos campos...

Floral Branco


Floral Azul


Floral Encarnado


Floral Amarelo





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