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sábado, junho 12, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


Fotografar a Amazónia

O Fotógrafo sentiu-se só no meio de tamanha animação que sempre tinha este mercado de levante, onde semanalmente se podia adquiris bens da terra trazidos das fazendas vizinhas pelos próprios agricultores que assim conseguiam uns cruzados adicionais aos seus parcos rendimentos regulares.

Encontrava-se mergulhado naquela paleta de cores naturais, cores tanto mais maravilhosas por serem acompanhadas por odores e sabores esquisitos, estranhos mas deliciosos. E o movimento e animação especialmente das vendedeiras? Sentiu um chamamento imperioso para participar.

Faltava-lhe a presença da Escritora que, desde há uns tempos, pouco aparecia, sempre de passagem, com tarefas inadiáveis para realizar. A sua vida modificara-se, com certeza. O Fotógrafo só desejava que tivesse sido para melhor.

Quando se sentava naquele banco de jardim onde tanto haviam conversado e olhava fixamente para lá da linha do horizonte, parecia-lhe descortinar os traços de um rosto que tanto o encantavam, que tão familiar lhe era. Mas logo depois, qual passe de magia, já não era o rosto que via mas sim a Lua brilhante na sua fase de lua-cheia.

Soube no seu sonhar, seria um sonho profundo?, que havia sido decidido colocar as reservas mundiais de petróleo ao serviço da humanidade, da mesma forma o capital financeiro passava a servir os povos carenciados da África e da Ásia, e o acesso aos meios de ensino e de saúde seria feito de forma igualitária.

Sonhou o Fotógrafo que iria partir para a Amazónia com o encargo de colher o máximo de fotografias daquele que iria passar a ser um santuário natural da humanidade.

Estávamos no limiar do portal da Globalização da Solidariedade. Para lá desse portal estaria de certo a Escritora.

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