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sexta-feira, março 31, 2006

solidão

Aparente solidão
Pois no mar imenso mesmo ali
milhões de outros seres existem

doces pensamentos

A doçaria tradicional portuguesa como justificação para uma viagem de afectos e de sabores aos lugares de culto dos conventuais e pagãos manjares


Tortas de Azeitão

Azeitão é uma designação atribuída a diversas povoações do concelho de Palmela, todas elas com o seu especial encanto. Brejos, Vila Nogueira, Vila Nova, Vila Fresca... de Azeitão. Terra de excelentes sabores donde se destacam os vinhos – castas Moscatel (o celebrado Moscatel de Setúbal), os tintos de casta Periquita (agora designado Castelão) e os brancos de casta Fernão Pires, os queijos - Queijo de Azeitão e a doçaria - as roscas, os “ss”, os amores e as tortas de Azeitão.

Hoje vamos “pecar” com uma deliciosa torta de Azeitão acompanhada a preceito com um cálice de Moscatel de Setúbal bem gelado. Mas vamos “pecar” no local de maior tradição, hoje que se procura industrializar a produção das tortas de Azeitão. Como manda a tradição degustámos uma torta de Azeitão onde toda esta aventura do açúcar teve o seu início – O Cego.



Manuel Rodrigues, conhecido por O Cego devido à sua deficiência visual exercia a sua actividade como hospedeiro e aguadeiro ao domicílio. Sua esposa, Maria Albina doceira como havia poucas, tornou-se célebre pela feitura dos “ss” bolinhos secos que vendia à porta do seu estabelecimento, juntamente com tremoços e amendoins, aos passantes que visitavam a zona da Arrábida. Estávamos no início do século passado.

Sua filha, herdeira da arte de confeccionar doces manjares, criou, é o termo apropriado, um bolo macio e delicioso a que deu o nome de “torta”. Inicialmente cozido no forno da padaria do João Alface e mais tarde em meios próprios. As tortas eram especialmente apreciadas quando acompanhadas pelo já então muito célebre Moscatel de Setúbal.



O actual proprietário que desde há 30 anos dirige os destinos de O Cego e que procura manter a tradicional receita, onde é preponderante a qualidade dos ingredientes, teme que as actuais imposições da União Europeia quanto aos bens alimentares venham a alterar profundamente o sabor único das tortas de Azeitão.

Degustámos uma torta de Azeitão acompanhada por um cálice de Moscatel de Setúbal Roxo. Uma combinação perfeita. Um manjar dos céus.



Receita das Tortas de Azeitão

Ingredientes:
20 claras de ovos
20 gemas de ovos
400gr de açúcar
70gr de farinha

Confecção:
Bater as gemas com o açúcar até obter um creme espesso, juntar a farinha e bater só o tempo necessário para envolver a farinha, juntar as claras batidas em castelo, manualmente. Colocar em tabuleiro untado ou, em formas individuais untadas. Esperar, mais ou menos, 10 minutos e cozer à temperatura de 220 graus (forno médio quente). Retirar as tortas ainda mornas, barrar com doce de ovos e enrolar. As tortas devem ficar com o aspecto de meias cruas e amarelas de tonalidade.

A Pastelaria Cego fica na Rua José Augusto Coelho, 150 – Vila Nogueira de Azeitão

quinta-feira, março 30, 2006

uma flor para... a suzana

Viva muito Querida Suzana
Perfume duma flor
Que do teu espírito emana

o senhor dos vinhos interessantes

Tenho a felicidade de ter como amigo o “Senhor dos Vinhos Interessantes”, que junta aos seus saberes sobre vinhos de qualidade uma prodigiosa capacidade inventiva e uma imaginação sem limites. Resolveu, então, elaborar fichas de prova de diversos vinhos existentes no mercado que se caracterizam por uma fascinante originalidade.

E as grandes amizades são assim... aceitou partilhar esse seu trabalho com a Oficina das Ideias e, consequentemente, com a roda de amigas e amigos que nos honram com as suas visitas. Aqui estaremos todas as quintas-feiras com uma nova proposta de vinho.



Estes vinhos estão disponíveis na Garrafeira do Jumbo Almada Fórum. Aconselhe-se com o Senhor dos Vinhos Interessantes.

quarta-feira, março 29, 2006

um segredo

Segredo de pé de ouvido:
_A Humanidade está louca em desvario
Não acerta o sentido

que mágico alvorecer o de hoje!

Já passava das 7 horas quando o sol surgiu na linha do horizonte, assim reza o Borda d’Água e eu pude confirmar, ligeiramente ofuscado no seu esplendor pela neblina trazida dos lados do oceano por uma muito suave brisa marítima.

A noite fora um pouco húmida fazendo que um odor telúrico, intenso, invadisse os nossos pulmões, algo que há semanas não acontecia fruto das elevadas temperaturas e dos ares desérticos que por cá têm andado.

A intensidade deste odor da terra não impedia, contudo, na tranquilidade do alvorecer, que outros cheiros compusessem um perfume ímpar. É o cheiro do mar trazido pela brisa matinal. São os cheiros das flores de Vale do Rosal onde predominam as rosas. Enfim, é o odor deste alvorecer mágico.

Mas a magia também tocou as avezitas que ensaiam, manhã cedo, os seus voos e os seus cantares melodiosos. As aves pequenas, porque as gaivotas voando lá bem no alto há muito que migram da orla costeira para o interior na procura dos alimentos.

Os melros, os despertadores da Natureza, ainda noite já ensaiavam as comunicações de longa distância com os seus iguais. Os seus piares despertam toda a Natureza para a intensidade do dia que agora nasce.

Toda esta agitação provocada pelo Sol que dava os seus primeiros passos em vale do Rosal não bulia minimamente com a calma e tranquilidade que se respirava nesta manhã de magia.

terça-feira, março 28, 2006

campos de branco cobertos

Branco floral
Campos de infinita Primavera
Paz

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente


O CLUPAC em Assembleia Geral

A Direcção do CLUPAC, Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar, sentiu, uma vez mais, o inequívoco apoio dos seus associados ao ver aprovados na Assembleia Geral realizada no passado dia 18 de Fevereiro na Lousã, por unanimidade e aclamação, o Relatório de actividades e as Contas referentes ao ano de 2005.

Também o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2006 haviam sido aprovados na Assembleia Geral de dezembro, realizada em Alcobaça, sendo estes os instrumentos fundamentais para a gestão do CLUPAC e pelos quais a Direcção responde perante os associados, nos termos estatutários e constitucionais do funcionamento de uma Associação devidamente legalizada.

Às diversas questões levantadas pelos associados presentes na Assembleia Geral foram dados respostas esclarecedoras, sendo por todos reconhecida a forma transparente da apresentação das contas o que, aliás, foi consubstanciado no parecer emitido sobre o assunto pelo Conselho Fiscal, no uso das suas competências.

Ficou bem patente, quer nas intervenções dos associados, quer nas que os elementos da Direcção fizeram, da importância de prevalecer o interesse da defesa dos objectivos colectivos, relativamente aos interesses pontuais e particulares de cada um dos associados. Aliás, é esse desiderato que justifica e engrandece a existência de uma Associação e, concretamente, do Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar.

Após o final dos trabalhos da Assembleia Geral e no decorrer do tempo destinado às trocas de pacotes de açúcar a Câmara Municipal da Lousã deixou, uma vez mais, bem claro o seu empenho em que no ano de 2007 o PortSugar se venha a realizar nesta vila serrana, onde serão criadas todas as condições logísticas e de funcionamento para que venha a traduzir-se num verdadeiro êxito de organização e de participação.

Este interesse e este reconhecimento é extremamente gratificante não só para os actuais Corpos Sociais do CLUPAC como, de igual forma, para os anteriores e para os associados na sua globalidade que têm vindo a desenvolver um trabalho tranquilo e de pés bem assentes em terra, na dignificação do coleccionismo dos pacotes de açúcar e do coleccionismo em geral.


cerca de 25 anos separam estes dois pacotes de açúcar

segunda-feira, março 27, 2006

uma flor para... a deméter

Uma flor é um sinal
Felicidades eu te desejo
Deméter ou Maria

tatiana, uma bonita mulher

A Tatiana veio para Portugal há já alguns anos, casou e já teve dois rebentos em terras lusas. Veio das terras da Ucrânia, assim como o seu marido. estão perfeitamente integrados, falam correctamente o português, têm o seu emprego.

Sentem-se felizes em Portugal, embora tenham muitas saudades dos entes queridos que deixaram nas terras do longe, pais, irmãos...

Nascidos na então União Soviética, no país da Ucrânia, não resisti um dia em fazer-lhe uma pergunta que há muito trazia no meu espirito: "Na tua terra são mais felizes agora ou nos tempos da União Soviética?" "Aqui somos muito felizes mas na nossa terra éramos muito mais felizes, vivíamos melhor no tempo da União Soviética".

"Havia trabalho, as gentes eram naturalmente alegres, o ordenado de minha mãe era suficiente para a família, pais e três irmãos, viverem bem. O ordenado do meu pai era para amealhar". "A minha irmã é contabilista num banco, tem um bom emprego, ganha o equivalente a 50 euros".

Tatiana é uma bonita mulher, o seu rosto espelha a felicidade que a estabilidade familiar vivida em Portugal com seu marido e uma casal de bebés lhe dá. Tem quase sempre um sorriso nos lábios. O sorriso desaparece e o olhar perde o brilho quando recorda os tempos despreocupados da sua infância vividos com seus pais nas terras do muito longe.

A Tatiana está em Portugal empregada numa pastelaria. É empregada de balcão. É feliz. Conclui... "Eu também tenho estudos..."

domingo, março 26, 2006

cores da primavera

Primavera em flor
Esperança em tranquilos dias
Paixão e Amor

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Encontro com o Ministro

Muitas vezes se poderá por a questão de por onde andará o Fotógrafo na sua estada no Recife de Pernambuco que somente dá conta da sua presença uma vez por semana nas páginas da Oficina das Ideias. A mesma questão não se porá em relação à Escritora, pois os leitores atentos já se aperceberam do seu profundo envolvimento na comunidade local, especialmente ao colocar a Arte ao serviço do desenvolvimento social, na defesa da consciencialização dos mais novos para a problemática do saneamento básico, na formação global dos cidadãos.

Na realidade, o Fotógrafo ocupa o mais do seu tempo numa constante aprendizagem, realizada junto “do Povo que Vive”, que sorri na rua e trabalha laboriosamente por uma vida melhor. Aprende com a música que ouve sair do andar térreo daquele prédio de traça holandesa e com os perfumes que inala dos jasmineiros e dos jacarandás, igualmente com os odores fortes das especiarias à venda na loja que faz esquina numa das ruas que desemboca no largo de calçada acabado.

O Fotógrafo caminha calçada acima e vai saudando as pessoas com quem se cruza, conhecimentos e amizades feitos do tempo passado a calcorrear as ruas da Veneza brasileira, do Amsterdão pernambucano, rosto conhecido da criançada e dos mais velhos, muitos dos quais “não sabendo de onde”. Mas a saudação nunca é negada e é mesmo feita de forma prazenteira.

Um “_Bom dia” arrastado dito por alguém que ao Fotógrafo pareceu ser alguém de convívio antigo. A resposta e um acenar amigável e a caminhada continuou. Algum tempo depois tomou o Fotógrafo consciência de que se tratava. Sentiu-se a dizer: “_Era o Gilberto Gil...” E sorriu. Ministro da Cultura, homem simples que após ter assinado importante protocolo com a Prefeitura do Recife descia a calçada misturado com a população, sentindo o pulsar das gentes.

A hora do almoço estava próxima. Pouco tempo depois o Fotógrafo encontrou-se com a Escritora que fizera um breve intervalo nas suas tarefas para tomar a refeição. Hoje a conversa sempre animada e enriquecedora iria ter lugar à volta dum reconfortante repasto.

um minuto que vale uma hora

Em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira será adiantada de 60 minutos à 1 hora do Tempo Legal (1 hora UTC), em 26 de Março de 2006.

Na Região Autónoma dos Açores será adiantada de 60 minutos às 0 horas do Tempo Legal (1 hora UTC), em 26 de Março de 2006.

A hora legal pode ser calibrada em HORA LEGAL

Um minuto depois da publicação deste post, uma hora passou no registo da Hora Legal, significando que no dia 26 de Março de 2006 não existirão registos temporais depois da 01:00 hora e até às 02:00 horas.

sábado, março 25, 2006

odor especial do jasmineiro

Odor especial
Emana do jasmineiro
De Valle do Rosal

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


Cuidados de Saúde

Cuidados de saúde de todos um direito
Gritou o Povo bem alto em seu sentir
Quando falar pôde e em suas mãos conduzir
O destino, a vida, de um futuro escorreito.

Afastados os medos, as incertezas do devir
Arregaçar as mangas no construir do respeito
Pelos seres que connosco abrem o peito
Na defesa de ideias de esperança, no sorrir.

Direito fundamental, como a própria vida
Garantido a mil vozes e a miúde
Defendido como causa nobre, de vencida

Deu ao Povo glória em sua plenitude
Garantiu-lhe avançar de forma decidida
Segurança garantida pelos cuidados de saúde.

sexta-feira, março 24, 2006

aqui se assinala epopeia

Aqui se assinala a partida de corajosos navegantes
Mar dentro na procura de novos mundos
Novas gentes

doces pensamentos

A doçaria tradicional portuguesa como justificação para uma viagem de afectos e de sabores aos lugares de culto dos conventuais e pagãos manjares


Pastéis de Belém

Na zona ocidental ribeirinha da cidade de Lisboa celebram-se os Descobrimentos Portugueses, a coragem dos navegantes que ultrapassando as suas próprias forças e o seu saber chegaram a longínquas paragens dando “novos mundos ao Mundo”. Ali, onde o Rio Tejo abraça com afecto o Oceano Atlântico, cada pedra, cada monumento, cada árvores, é uma evocação da epopeia naval dos portugueses.

No início do século XIX, nessa histórica e monumental zona, atravessando a rua que de Monsanto se dirige ao Rio Tejo, vindos do Mosteiro dos Jerónimos, encontrávamos uma refinação de cana-de-açúcar, associada a uma então chamada “loja”, pequeno comércio a retalho que vendia “de tudo um pouco”.



Conta a história e a tradição que quando da Revolução Liberal que pôs o clero em fuga alguém do Mosteiro trouxe uma receita de doçaria com a qual passaram a fabricar os designados “Pastéis de Belém” que na referida “loja” eram vendidos. A fama de tal delícia chegou a Lisboa, que à época ficava bastante distante sendo a ligação garantida por barcos a vapor.

Em 1837 tem início o fabrico regular dos “Pastéis de Belém”, em instalações anexas à refinação, de acordo com “receita antiga e secreta” que até hoje se mantém no conhecimento exclusivo dos mestres pasteleiros.

Fabricados de forma artesanal na designada “Oficina do Segredo”, neles são utilizados ingredientes criteriosamente escolhidos pela sua qualidade. Meios técnicos avançados e a maior higiene possibilitam o fabrico e venda de mais de 12 mil pastéis diariamente.



Para degustar esta delícia da doçaria tradicional alfacinha desloque-se até perto dos Jardins de Belém. Mas nunca peça por pastéis de nata. Vem deliciar-se com Pastéis de Belém.

quinta-feira, março 23, 2006

nuvens de algodão

Núvens encasteladas de branco vestidas
Encantamento para o olhar
Deslumbramento

o senhor dos vinhos interessantes

Tenho a felicidade de ter como amigo o “Senhor dos Vinhos Interessantes”, que junta aos seus saberes sobre vinhos de qualidade uma prodigiosa capacidade inventiva e uma imaginação sem limites. Resolveu, então, elaborar fichas de prova de diversos vinhos existentes no mercado que se caracterizam por uma fascinante originalidade.

E as grandes amizades são assim... aceitou partilhar esse seu trabalho com a Oficina das Ideias e, consequentemente, com a roda de amigas e amigos que nos honram com as suas visitas. Aqui estaremos todas as quintas-feiras com uma nova proposta de vinho.



Estes vinhos estão disponíveis na Garrafeira do Jumbo Almada Fórum. Aconselhe-se com o Senhor dos Vinhos Interessantes.

quarta-feira, março 22, 2006

gota de água

Pela tranquilidade da noite a Natureza ofertou
Uma gota de água límpida
Cristalina como teu olhar

água, um bem colectivo

A água é um bem natural que faz parte do próprio direito à vida. Sendo um bem fundamental para a vida humana não resulta na sua produção de qualquer intervenção deliberada. É resultante do próprio equilíbrio da Natureza para a manutenção da VIDA HUMANA.

Para a sua utilização equilibrada por todos os seres humanos deveria existir a “globalização solidária” para que em qualquer parte do Mundo, em qualquer País, independentemente da sua situação geográfica, do seu regime político, da sua crença religiosa, cada pessoa tivesse disponível a água que necessita para viver.

A posse da água somente poderá ser entendida e aceite como sendo um bem colectivo. Á escala universal. Esse foi igualmente o entendimento dos países ditos desenvolvidos, quando a partir de meados do século passado assumiram a democratização do uso da água.

Mas o tempo não pára e a gula dos homens pelo lucro também não.

Em Portugal, foi aprovada pela Assembleia da República no Verão de 2005 a designada Lei da Água, em que o Governo assume o papel de “dono da água”. Com espírito mercantilista e evocando o liberalismo e a concorrência que afirma “salutar”, retira da alçada das autarquias a gestão das águas, impondo tarifários que inviabilizam a existência de preços sociais.

O negócio da água é algo aliciante para os grandes grupos financeiros, por essencial que é à vida, gerador de lucros imensos. Não é pois de estranhar que aguardem, quais abutres, que o Estado depois de destruir o cariz social que a água envolve, ponha à venda a parte que possui nas Águas de Portugal.

Quem vende a capacidade da nossa agricultura, a capacidade da nossa pesca, o património cultural construído, venderá também a água que a Natureza oferece no seu contínuo labor.


A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 22 de Março como o Dia Mundial da Água, tendo como objectivo dar a conhecer até que ponto o desenvolvimento dos recursos hídricos contribui para a produtividade económica e o bem-estar social.

terça-feira, março 21, 2006

21 de março


Comemoram-se hoje:

Dia da Mundial da Poesia UNESCO)


Dia Árvore e da Floresta


Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial (Nações Unidas)

Neste dia, em 1960, a polícia disparou contra uma manifestação pacífica que se realizava em Sharpville (África do Sul), para protestar contra as leis de livre-trânsito do apartheid.

Dia Mundial do Sono

viver é um poema

_Sabes o poema e o poeta que o escreve, fez-me lembrar o fotografo e a modelo....Aqueles fotógrafos que fotografam modelos em poses super sensuais, em todos os pormenores, mas não se podem envolver com as modelos senão estragam tudo
_Tem de haver distanciamento para se conseguir fotografar /escrever... é isso?
_Isso está muito bem observado. Mais do que distanciamento tem que haver alguma instabilidade.... algo muito estável, muito certo, acaba por não ser inspirador
_Pois mas o problema é essa instabilidade passar para os leitores...
_O fotógrafo encontra na sensualidade das imagens, mais as sua fantasias, a sua imaginação.... de facto se houver envolvimento perde-se o mistério, a procura, que é algo muito inspirador.
_Acho que com o poeta deve ser o mesmo não?
_Concordo totalmente.

Este diálogo é um pequeno trecho de um outro mais amplo travado entre duas pessoas que muito apreciam a poesia... A partilha de afectos já é, ela própria, uma poesia de rima difícil mas encantadora.

Para esta minha Amiga que tanto gosta de flores e que com este diálogo enriqueceu o meu sentir aqui fica um poema feito flor:


segunda-feira, março 20, 2006

pétalas verdes

Longo caminhar na procura de pétalas verdes
Será esta a flor desejada?
Tal como a Paz, a Solidariedade, a Liberdade

primavera

Hoje manhã cedo as avesitas que esvoaçam de árvore em árvore em terras de Valle do Rosal cantaram mais alto suas melodias incomparáveis, enquanto as flores mostram todo o esplendor dos seus cambiantes de cor. As próprias pessoas com quem me cruzo parecem mais joviais

As negras andorinhas esvoaçam na sua interminável tarefa de caçarem os desprevenidos insectos e o acacial já floresce em nuances de amarelo, desde o quase branco até ao doirado profundo.

A Natureza anuncia a chegada da Primavera.

O equinócio da Primavera marca, no hemisfério norte, o momento em que no mês de Março o dia e a noite têm igual duração. Este texto vai ser colocado no blogue Oficina das Ideias às 18 horas e 26 minutos momento em que, de acordo com o Borda d’Água, o verdadeiro almanaque, tem início cósmico a Primavera em terras de Portugal.

Em termos esotéricos e da tradição este é o início do tempo de procurar a verdade da vida e de nos libertarmos das mentiras acumuladas no ano passado. É o momento da purificação do corpo e do espírito. É época de recomeçar.É tempo de energia abundante, de intensidade e de persistência para atingirmos os nossos objectivos. É a época da dádiva espiritual e material. Aqui na Oficina contemplámos o nascer do Sol e ficámos mais ricos.Os antigos gregos, egípcios, sumérios, babilónios e celtas foram povos que agradeciam à "mãe terra" tudo o que ela lhes oferecia: alimentos, curas e riquezas. E agradeciam com festividades e cerimónias que eram realizadas no início e final de cada estação, ou seja, nos equinócios e solstícios.A Primavera, em quase todas as tradições, é tida como a fase de fertilidade e beleza da Natureza, é quando todos os seres, plantas e animais, acordam de seu repouso (inverno) para um novo ciclo de produtividade. É quando tudo se enfeita e se torna belo e fértil, para garantir a frutificação. Não é sem sentido que a Primavera é considerada a mais bela estação do ano.

A Primavera é tempo de afectos...


Faz hoje 3 anos que o Iraque foi ocupado pelo terrorismo do governo americano e do capitalismo mais violento estando o seu Povo sequestrado desde essa data

domingo, março 19, 2006

dia do pai manel

Dia de recordar o nosso Pai com amor
Vivo e companheiro
Onde quer que te encontres

aos pais de todo o mundo

O tempo que passa, marcado inexoravelmente pelos contadores universais, dá aos acontecimentos da nossa vivência uma dimensão no sentir muito esbatida em relação ao momento do acontecimento. A própria passagem do tempo é sentida de forma diversa consoante as circunstâncias.

Há, contudo, situações que pelo seu impacto no caminhar da vida nunca perdem a importância inicial. Já lá vão alguns anos, um Amigo, daqueles que sempre se escrevem com A grande, incentivou-me a escrever umas breves notas diárias que traduzissem a minha vivência do dia-a-dia. Desafio ao qual continuo a responder, agora através dos modestos escritos deste blogue.

No dia 1 de Dezembro de 2000, data da primeira resposta ao desafio de escrever breves apontamentos e porque coincidia com a data de nascimento desse meu Amigo eu escrevia:

O pai mais do que uma referência, é a nossa memória. Memória do que fomos e do que vivemos mas já não recordamos. Memória do nosso crescimento e formação, memória do tempo e de gentes que permanecem no nosso imaginário mas cujos contornos temos dificuldade em visualizar com nitidez. Quando perdemos o Pai muito do que somos se perde também. A razão de continuarmos a viver está no facto de sermos também, para os nossos filhos, mais do que uma referência, parte importante da sua memória.Havia nessa época perdido os meus pais há pouco mais de seis meses. Sentia bem forte o que na altura escrevi. Curiosamente esse sentimento de falta continua a fazer-se sentir, seis anos que já são passados. Todos os dias, não exagero, procuro uma referência, um saber, que já não encontro.

Aqui deixo a minha singela homenagem aos pais de todo o mundo, abstraindo-me de quaisquer outras considerações, e só pelo facto de algum dia terem participado no mais importante momento de cada ser humano, a gestação de outro ser humano e de representarem sempre a referência, a memória, o saber.

sábado, março 18, 2006

pesca de arrasto

A beleza da imagem esconde a tragédia
A destruição dos "fundos" do mar
Ganância

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


O tesouro dos sentires

Naquele fim de tarde a Lua já minguante
Piscou o olho, malandra, em cumplicidade
Convite ao passeio pelo areal deslumbrante
Lado a lado com o sonho caminha a realidade.

Teus olhos reflectem do mar o encantamento
Cantam segredos que a boca teima em ocultar
Brilham em cálido mistério de profundo sentimento
Enquanto caminhamos lentamente à beira-mar.

Teus pés desenham na areia singela caligrafia
Que dura o refluxo de uma onda e de outra mais
São fulgores que da alma emanam com alegria
Que o mar recolhe no tesouro dos eternos sinais.

A Lua que todo este trama construiu com seu saber
Foi testemunha do afecto que uniu estes dois entes
Onde a dádiva vale muito mais do que o receber
A amizade que é sentir faz germinar as sementes.

sexta-feira, março 17, 2006

orquídia de valle do rosal

Bela, elegante, de olhar penetrante
Uma "pérola" do jardim de Valle do Rosal
Um encanto de mulher

as cores da primavera

Quando pensamos em flores do campo, flores espontâneas que dão cor aos nossos prados mas, igualmente, às matas e aos espaços baldios, não nos poderemos abstrair do multicolorido que representam, da maravilhosa paleta da Natureza.

Um dia o poeta Hermann Hesse anotou no seu diário a propósito desta temática: “A Natureza tem mil cores e a nós meteu-se-nos na cabeça reduzir a gama a vinte”. Embora a ocupação dos amplos campos por monstros de cimento tenha vindo a reduzir cada vez mais os espaços onde a Natureza executa as suas “pinturas” a verdade é que ainda são muitas as tonalidades dos campos.

Por forma a possibilitar o agrupamento e a classificação das flores do campo pelas suas tonalidades cromáticas instituiu-se a designação de “cor floral”: Optou-se por definir quatro cores florais: Vermelho, Branco, Azul e Amarelo.

Vermelho - É difícil encontrar nos nossos campos flores de puro vermelho, pois é uma cor que os insectos não vêem impedindo assim a sua polinização. Os tons vermelhos estão misturados com as outras cores, desde o purpura intenso, passando pelo rosa, até ao lilás.

Branco – Não é exactamente uma cor floral, mas tão somente a capacidade que tem de reflectir a totalidade da luz solar que nela incide. Podem considerar-se abrangidas, igualmente, flores de tonalidades creme e rosa pálido.

Azul – Nunca aparecem em grandes manchas monocromáticas, mas como pequenos sinais em manchas florais amarelas e brancas. Na sua ampla gama de cores e tonalidades encontramos nesta definição flores violeta e uma grande gama de azuis.

Amarelo – São as mais frequentes abrangendo uma vasta gama de tonalidades, desde o amarelo quase branco até ao amarelo doirado.


Quando a Primavera se anuncia, muitas vezes ainda Inverno meado, as flores de cor floral amarela são as primeiras a despontarem nas vastas planuras, nos prados e nas encostas das matas, especialmente nas mais beneficiadas pelos raios solares. E assim se mantém Primavera fora.

Depois, na sequência do tempo que passa, nesta altura de março começam a despontar as flores de cor floral azul e aí estão elas a pintalgar os vastos tapetes amarelos. Deliciados andas os corvídeos do pinhal, já no seu contexto familiar de trio que tão bem contrastam com essas cores maravilhosas.

É altura de vermos com olhos de ver, de apreciarmos com deleite, todos os mais singelos pormenores dos vastos prados de flores do campo.

quinta-feira, março 16, 2006

o senhor dos vinhos interessantes

Tenho a felicidade de ter como amigo o “Senhor dos Vinhos Interessantes”, que junta aos seus saberes sobre vinhos de qualidade uma prodigiosa capacidade inventiva e uma imaginação sem limites. Resolveu, então, elaborar fichas de prova de diversos vinhos existentes no mercado que se caracterizam por uma fascinante originalidade.

E as grandes amizades são assim... aceitou partilhar esse seu trabalho com a Oficina das Ideias e, consequentemente, com a roda de amigas e amigos que nos honram com as suas visitas. Aqui estaremos todas as quintas-feiras com uma nova proposta de vinho.

Escreveu-me o Senhor dos Vinhos Interessantes:

“Alguns filhos de todo país, vieram-me pedir algumas sugestões de vinhos para o Dia do Pai. Vinhos adequados à sua região de origem e aos “cartões” que haviam escrito. Eis os cartões:

“-Pai,
como estás longe,
decidi escrever esta carta
para celebrar o teu dia
e aproveitei para te mandar um vinho. Espero que a encomenda tenha chegado bem. Se sobrar, podes mandar-me o resto.”

Luís, Douro

“-Tô…, Pai,
Sou eu… como é que tás?
Tás fixe… Ainda bem…
Tou-te a ligar, porque hoje
é o teu dia, velho… Ya!
Parabéns, ãh?!... Tem sido difícil
aturar-te, tava a brincar…
Deixei-te aí um vinho, muita cool.
Hoje venho tarde…não amues, tá.”

Zé, Estremadura

“-Pai, tás aí?
-…
- Tás, bem?
- …
- Hoje é dia de festa (…)!
- …
- Viste o vinho q t mandei?
- …
- Tens a certeza que sabes utilizar o pc. Tens que abanar o rato,...”

Victor, Dão

“-K, Pai,.
Solicito Mike
de um Victor Eco,
para Delta papa.
Diga-se Copiado,
até mais Lima.
Um Óscar Bravo…”

Luísa, Beiras

“-Pai,
Desculpa, estar a deixar um recado num papel, mas decidi construir a minha vida longe daqui. Um dia irás perceber.
Não te preocupes, estamos bem. Fica este vinho, para o abrires num dia especial.
É que vais ser avô…”

Maria, Alentejo

“-Pai,
Há tanto tempo que não te dou um abraço…
Há tanto tempo que não estamos juntos…
Há tanto tempo que não bebemos o mesmo vinho.”

António, Terras do Sado

Eis os vinhos recomendados pelo Senhor dos Vinhos Interessantes:



Estes vinhos estão disponíveis na Garrafeira do Jumbo Almada Fórum. Aconselhe-se com o Senhor dos Vinhos Interessantes.

quarta-feira, março 15, 2006

lua de ontem, lua de março

Lua Cheia de Março marçagão
Brilhou forte quando nasceu
Com uma pequena sombra da Terra

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


Que país é este?

De acordo com dados estatísticos, tenham origem no Instituto Nacional de Estatística, Eurostat, Banco Europeu ou Banco de Portugal, no grupo alargado dos 25 países da União Europeia, Portugal está posicionado:

Entre os três primeiros países, com direito a “podium”, sempre que a análise recai sobre os aspectos negativos de qualquer dos referenciais sociais e económicos que consideremos;

Entre os três últimos, espécie de “capacho” da Europa, sempre que a análise recai sobre os aspectos positivos de qualquer dos referenciais sociais e económicos que consideremos.

Perante esta catastrófica situação, sem falso pessimismo, qual o rumo que o actual governo está a dar ao desenvolvimento económico? Numa preocupação doentia no cumprimento das imposições degradantes que a Europa dos ricos impõem a Portugal, agrava cada vez mais a qualidade de vida dos portugueses, com a ilusória promessa de que melhores dias virão.

Entretanto, a riqueza encontra-se cada vez mais concentrada numa dúzia de “famílias” (o entre aspas é precisamente para sublinhar o sentido mafioso destas famílias), desenvolve-se sistematicamente uma faixa de gentes parasitas da sociedade, com chorudas compensações financeiras pelo seu concordar com este estado de coisas, e aumenta o número de desempregado, as dificuldades de vida das classes menos privilegiadas, a insegurança destes factos resultante.

Como há pouco me confidenciava pessoa ligada às forças de segurança deste País, “os roubos que se verificam, hoje em dia, são cada vez mais para comer...”.

O avanço do capitalismo, financeira e economicamente terrorista, pela mão dos socialistas no governo é de tal ordem que as forças mais retrógradas apoiam esse desenvolvimento e têm o despautério de afirmar que não fariam melhor.

Ainda muito recentemente, o lançamento da OPA do Banco Comercial Português sobre o Banco Português de Investimentos, que os analistas são unânimes em reconhecer que vai dar origem, a concretizar-se, a mais de um milhar de desempregados, mereceu do ministro da Economia o comentário de que tal facto “...só demonstra a confiança que existe na actual forma de governamentação...”. Resta perguntar: Confiança de quem? Dos senhores da riqueza e da guerra?

Para onde caminha este País?

terça-feira, março 14, 2006

uma flor para... a mikah

Parabéns minha querida comadre
Que a felicidade sempre te acompanhe
No caminho iluminado de tua Vida

número um

Hábito antigo de guardar os “número um” das revistas, quantas vezes o “número zero”, acaba por fazer história do que é publicado, dos êxitos editoriais e, igualmente, dos fracassos. Casos existem em que o projecto editorial não foi além desse mesmo exemplar de arranque. Reler edições antigas dá-nos a percepção da evolução técnica e social dos tempos recentes


Fotografia é Cultura

Depois de termos apresentado duas revistas “número um”, melhor uma “número zero” e outra “número um” dedicadas às tecnologias da informação, vamos hoje trazer à vossa presença uma das paixões desta Oficina: a fotografia.

No editorial da revista “Foto Cine Som, n.º 1 de Setembro de 1976", poderemos ler assinado por Mário B. Nogueira, director e proprietário da revista que tinha como objectivos as “Fotografia, Cinema de Amador, Alta Fidelidade, Audiovisuais”: “A fotografia pode ser encarada em dois aspectos fundamentais: - como actividade indispensável para o desenvolvimento das ciências e das técnicas; - como actividade complementar na comunicação entre os homens.”



Como curiosidade, eram publicitadas nesta revista as câmaras fotográficas “Agfamatic 50” e “Agfamatic 100” referindo “Estas são câmaras Agfamatic totalmente fabricadas em Portugal”. Que diferença dos tempos em que cada vez existem equipamentos “fabricados em Portugal”.

Na oportunidade que se comemoravam os 150 anos da primeira imagem fotográfica esta revista publicou um pequeno historial acerca dessa fotografia: “muros e telhados” da autoria de Joseph Niépce.

Numa época em que os equipamentos fotográficos digitais e de “apontar e carregar” se encontram amplamente divulgados entre as pessoas parece estranho tratar numa revista de fotografia temas como: “As películas fotográficas modernas”, “Vidros ópticos para efeitos especiais”, “Laboratório fotográfico”, “Filtros” e tantos outros. São resultado do tempo que passa e da evolução tecnológica contínua.

segunda-feira, março 13, 2006

almada, cidade da fusão

Terra fraterna e de gente solidária
Acolhe no seu seio o muito querer
Universal

coisas de amor

Hoje, manhã cedo, eu diria “ao nascer da aurora”, vento fresco a fustigar meu rosto, uma réstia de Sol a “alevantar-se” a nascente, deu-me para pensar no amor. De amores e desamores é o Mundo construído, a sua face e o verso, mas o que verdadeiramente despertou os meus “profundos” pensamentos foi uma pequena folha de hera colhida no caramanchão sobranceiro à curva da vereda por onde caminho.

O amor se já por si é uma palavra difícil de interpretar, não o é menos o sentir que envolve. “Amor de mãe”, “amor filial”, “amor há só um”, “amor perfeito”, “amor à primeira vista”, “o amor é louco”, “amor à camisola”, “morrer de amores”, “fazer amor” e tantas outras aplicações na linguagem corrente e nos lugares comuns.

Vou consultar o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia de Ciências de Lisboa... ah quanta erudição! Tendo como entrada a palavra amor:

“Predisposição da afectividade e da vontade, orientada para o objecto que a inspira, e é reconhecido como bem” ou então “Afeição profunda de uma pessoa por outra, de carácter passional e que, geralmente, implica atracção sexual” ou ainda “Sentimento intenso de afeição por alguém com quem se tem alguma afinidade ou empatia, podendo haver ou não laços de sangue”.

Na minha opinião, o amor contém e está contido na amizade. Por essa razão, a lógica linear do pensar tem a dificuldade maior de lhe dar uma definição concreta. O amor encontra o seu mais adequado terreno para germinar no muito querer e sentir. Com afecto, carinho e compreensão se alimenta o sentir, se fomenta o muito querer.

domingo, março 12, 2006

uma flor para... a jenny

Muitos parabéns netinha querida
Muitas felicidades e muita cor
Na tua vida

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Um livro especial

O Fotógrafo seguia calçada acima com passos determinados de quem sabe bem o destino que terá a sua caminhada. Na mão um pequeno livro de capa em variadas tonalidades de cinza onde sobressai um pequeno circulo vermelho, um selo talvez, autocolante dizendo somente “2ª edição”.

Tem a certeza que ao chegar lá mais acima ao largo empedrado onde brinca a criançada na liberdade daquele espaço comunitário vai encontrar a Escritora que com a sua costumada pontualidade já o esperará. Tem o Fotógrafo a certeza que a irá surpreender com a oferta daquele livro que transporta na sua mão.

_Minha querida Escritora, sabia que te iria aqui encontrar...
_Em que outro local se poderia dar este “ocasional” encontro? É aqui que os jasmineiros mais odor emanam...
_É verdade! O curioso é que nesta altura do ano em Portugal os jasmineiros cobrem-se de brancas flores... e o seu odor continua aqui na calçada.


O Fotógrafo estendeu a mão à escritora e entregou-lhe o pequeno livro: “Poemas de Fernando Pessoa”. Os olhos da Escritora brilharam de contentamento, procurou ansiosamente a dedicatória que acompanharia, por certo, a oferta...

“Doce (Escritora). Nos encontros e desencontros das palavras de Pessoa sempre encontramos a esperança que ele muitas vezes procurou ocultar. “Entre o Sono e o Sonho” foi o início duma profunda amizade. Um beijo.”

E um soneto de Pessoa na sua fase do Simbolismo e Pós-Simbolismo:

“Ó tocadora de harpa, se eu beijasse
Teu gesto, sem beijar tuas mãos!,
E, beijando-o, descesse plos desvãos
Do sonho, até que enfim eu o encontrasse

Tornado Puro Gesto, gesto-face
Da medalha sinistra – reis cristãos
Ajoelhando, inimigos e irmãos,
Quando processional o andor passasse!...

Teu gesto que arrepanha e se extasia...
O teu gesto completo, lua fria
Subindo, e embaixo, negros, os juncais...

Caverna em estalactites, o teu gesto...
Não poder prendê-lo, fazer mais
Que vê-lo e que perdê-lo!... E o sonho é o resto...”

sábado, março 11, 2006

florinha de lilás vestida

No recanto soalhento da mata
Desponta uma frágil flor
De lilás rosa sua cor

o brilho no olhar

_Tu eras um menino da cidade e eu uma moça do campo...
_Nestes anos todos sempre esperei um dia ver-te na televisão entre toda aquela gente que por lá passa... E agora, aqui!!


Foi um reencontro passados mais de quarenta anos. As palavras são sempre poucas quando a emoção é muita. Muitas ficam sempre por serem ditas, porque a seu tempo, o tempo de dizê-las já passou e pelo natural recato das pessoas nunca mais serão ditas.

Os olhos têm o brilho de sempre quando diz:
_Esta é a minha filha Isabel...
_És linda Isabel, como linda sempre foi a tua mãe desde que a conheci...
não resisti a responder.

Uma lágrima teimosa impede que algo mais seja acrescentado neste diálogo circunstancial. É desnecessário que algo seja acrescentado.

Saído de uma doença pulmonar naquele ano primeiro da década de 60 do século passado, a recomendação do meu médico assistente lá “fui a ares” para o campo pois praia nem dela me aproximar naquelas circunstâncias. Fui encaminhado para uma pequena aldeia nas faldas da Serra de Montachique, Sapataria de seu nome, terra de gente boa e honesta.

Encontrado o quarto de aluguer na casa da ti Genoveva, foi a ida, acompanhado como sempre acontecia da minha avó materna, a vó Esménia, e o acolhimento como se de família chegada fizéssemos parte.

A casa térrea à boa maneira da tradição saloia dos arrabaldes campesinos de Lisboa, a estrada que já serviu aos exércitos de Junot e de Wellington na batalha das Linhas de Torres e agora do “lá vai um”, os carros de bois com os rodados a rangerem madeira com madeira e as vacas de leite mugidas com arte diariamente, as hortas com leiras imensas de feijão verde encarrapitado.

E as gentes...

Mesmo ao lado num enorme casarão de gente por certo com haveres, vivia a afilhada da ti Genoveva, mais o marido e o pai, o filho Heitor já na labuta do dia-a-dia e a sua filha Zulmira, moça da minha idade, nos nossos quinze ou dezasseis anos.

_Tu eras o menino da cidade e eu a moça do campo...

sexta-feira, março 10, 2006

recortes

Recortes talhados na serra com arte
Enquadramentos de sonho criados
Natureza

"raio de luz" apela em canal 9

Na noite fora os barcos de pesca, os "barras náuticos" ou "pés de sal" deslocam se mar dentro numa labuta diária, tantas vezes enfrentando um mar perigoso e violento.

Ao largo da costa portuguesa surgem então pequenas luzes assinalando as suas presenças, dando a imagem de um céu muito estrelado, maravilhoso.

O "Raio de Luz" saíra do porto de abrigo ao cair da tarde, tinha navegado muitas milhas no oceano na procura do reflexo prateado dos cardumes.

Já havia mesmo tirado para bordo quantidade significativa de peixe que na manhã seguinte seria transaccionada na lota de Setúbal.

A navegação continuava; a noite calma e o mar chão era um aliciante, era o chamamento da própria natureza.

Os "mestres das pescarias" utilizando o rádio CB trocavam entre si informações não só sobre a navegação como também sobre a posição dos cardumes naquele mar sem fim.

O tempo, assim, passava mais depressa e sentiam se mais seguros.

Foi então que se deu o acidente.

Num balançar inesperado, o desequilíbrio e um dos homens da companha em queda ficou gravemente ferido.

Os primeiros socorros são desde logo ministrados pelos colegas a quem a dureza do trabalho muito ensinou em matéria de sobrevivência.

O "mestre" recorrendo, então, ao rádio CB põe em funcionamento o sistema de "ajuda rádio" apelando em canal 9 para a situação de emergência.

Tendo dificuldade em entrar em contacto directo com os Bombeiros Voluntárias recebe de imediato ajuda de uma outra estação de CB em terra que escutara o apelo e que consegue estabelecer o contacto com a entidade de socorro.

É acordada a forma de se efectuar o socorro, estabelecido o local onde o barco acostará por forma a que quando tal se verificar já lá se encontre uma ambulância para que com a mínima perda de tempo seja realizado o transporte para a unidade hospitalar.

Todas as comunicações estabelecidas, a traineira pôde avançar afoitamente para o porto de abrigo na certeza de que os meios de socorro aguardarão a sua chegada com a ajuda necessária.

Durante o tempo de regresso o "mestre das pescarias" manteve contacto via rádio CB com terra, facto que lhe deu tranquilidade de espírito necessária a que tudo corresse bem daí para a frente.

O rádio CB acabava de prestar, uma vez mais, um bom serviço, mostrando a amplitude da sua utilidade.

quinta-feira, março 09, 2006

amarelo

Em Março os campos cobrem-se de amarelo
Flores que beberam Sol no Inverno
Vital energia

o senhor dos vinhos interessantes

Tenho a felicidade de ter como amigo o “Senhor dos Vinhos Interessantes”, que junta aos seus saberes sobre vinhos de qualidade uma prodigiosa capacidade inventiva e uma imaginação sem limites. Resolveu, então, elaborar fichas de prova de diversos vinhos existentes no mercado que se caracterizam por uma fascinante originalidade.

E as grandes amizades são assim... aceitou partilhar esse seu trabalho com a Oficina das Ideias e, consequentemente, com a roda de amigas e amigos que nos honram com as suas visitas. Aqui estaremos todas as quintas-feiras com uma nova proposta de vinho.



Estes vinhos estão disponíveis na Garrafeira do Jumbo Almada Fórum. Aconselhe-se com o Senhor dos Vinhos Interessantes.

quarta-feira, março 08, 2006

dia internacional da mulher

Cento e quarenta e nove anos passaram desde que em 8 de Março de 1857 as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução do seu horário de trabalho para 10 horas, quando à época trabalhavam 16 horas por dia.

Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens para o mesmo trabalho, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objectivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque reivindicando o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade económica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia da Mulher".

O Dia Internacional da Mulher está intimamente ligado às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, justiça e igualdade social. O dia de hoje deverá ser sempre um momento de reflexão sobre os abusos históricos contra as mulheres, mas também sobre as conquistas e mudanças sociais conseguidas.



Mulher

Mulher força da Natureza
Ânimo do homem na luta pela Liberdade
Liberdade tu própria
Que lutas e sofres
Numa sociedade burguesa que te agride
Dizendo amar-te

Mas tu Mulher
Que sempre soubeste erguer bem alto a tua vontade
E o teu querer
Que na adversidade de uma sociedade machista
Lutaste pelo ideal de seres considerada Mulher
És agora justamente projectada
Para a vanguarda das forças progressistas

Tu
Mulher-mãe
Mulher-mulher
Mulher-lutadora
Mulher-companheira
Mulher-trabalhadora
Bendita sejas!

[O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher]

terça-feira, março 07, 2006

uma flor para... ana bela

Parabéns minha querida Amiga que és o Sol
Que aquece os sentires dos teus amigos
Beijo-te!

número um

Hábito antigo de guardar os “número um” das revistas, quantas vezes o “número zero”, acaba por fazer história do que é publicado, dos êxitos editoriais e, igualmente, dos fracassos. Casos existem em que o projecto editorial não foi além desse mesmo exemplar de arranque. Reler edições antigas dá-nos a percepção da evolução técnica e social dos tempos recentes


Sabe quem é a Microsoft

No editorial da revista “Microsoft, n.º 1 de Maio de 1992", poderemos ler assinado por Rodrigo Costa, à época Director da Microsoft Portugal: “A Microsoft foi fundada há 16 anos perto de Seattle no norte dos estados Unidos. A nossa principal actividade é a produção de software para computadores pessoais: sistemas operativos, linguagens de programação, folhas de cálculo e tratamento de texto, entre outros.”

A subsidiária portuguesa da Microsoft abrira o seu escritório em Novembro de 1990, um espaço com cerca de 20 metros quadrados, um empregado e com a preocupação inicial de organizar a sua rede de distribuição em Portugal.

Curiosamente, este número um da revista “Microsoft” é integralmente a preto e branco, com a periodicidade trimestral e com uma edição de 5.000 exemplares. A evolução da Microsoft, quer a casa-mãe, quer a subsidiária portuguesa foi algo de espantoso no mundo empresarial. Estamos a falar num horizonte de pouco mais de 15 anos.

Do conteúdo desta revista poderemos concluir do grande apoio que a Microsoft Portugal dava, já nessa época, à educação e à formação. Anunciava a criação breve dos Centros de Formação e o apoio ao Projecto Minerva. Aliás foi no Congresso do Projecto Minerva realizado em Bragança em Abril de 1992 que a Microsoft fez a apresentação em Portugal do LAN Manager que viria a revolucionar a microinformática empresarial com a implementação de redes de micro-computadores.

A Microsoft fazia igualmente a apresentação nacional, que era quase coincidente com a apresentação nos estados Unidos, da versão 3.1 do Microsoft Windows (“tornando o sistema operativo mais fácil de aprender e de utilizar”; “para computadores pessoais com microprocessador 80286 ou superior”), a versão 4.0 do Microsoft Excel, com facilidades para a transição dos utilizadores do Lotus 1-2-3 (que será feito desta folha de cálculo?) e da versão 2.0 do Microsoft Word (“vai ficar impressionado com a rapidez com que poderá criar documentos complexos e com uma óptima aparência”).

Três meses depois a Microsoft Portugal anunciava o lançamento do Centro de Formação e o Suporte a Clientes onde seriam ministrados os cursos de Windows, Excel, Word para Windows, FoxPro, Power Point, LAN Manager e Mail.

segunda-feira, março 06, 2006

uma visão da costa

No alto do aceiro que proteje a Mata
Debruço-me sobre a Arriba Fóssil
Magnífica visão

trinta e dois meses na blogoesfera

São trinta e dois meses de permuta de afectos que o pessoal da Oficina das Ideias tem privilegiado e donde tem resultado um manancial de aquisição de saberes e partilha de sentires de uma forma extraordinária e que somente este meio de comunicação tem capacidade para o conseguir.

Na procura de trazer novas temáticas para este espaço de amizade, contamos com a contribuição do meu amigo “Senhor dos Vinhos Interessantes” que espraia de igual modo a sua fantasia e imaginação nos trabalhos televisivos das Produções Megera TV. Muito em breve será a doçaria tradicional portuguesa a ter um espaço nesta Oficina.

A Oficina das Ideias recebeu até à data deste balanço cerca de 71.950 visitas, a uma média superior a 120 visitas por dia, tendo sido postados cerca de 1.990 textos e imagens, na grande maioria originais.

Os 47 comentários feitos no mês tiveram origem em 18 dos visitantes que nos deram a honra e o prazer de visitar a nossa Oficina em plena laboração.


QUADRO DE HONRA

Zeca, do Plagiadíssimo
Pedro, do Sintra-Gare
BB, do O Meu Anel
Repórter, do EmDirectoEACores
Claudia Perotti, do Meias Intimidades
Lila, do Des-Encantos
Lualil, do Traduzir-se...
Alves Fernandes, do O PreDatado
Riquita, do Contra Capa
... , do 1001 Maneiras de Poupar
Sara, de O Mundo à Janela
SaNunes, do Des-Encantos
Jacky, do Amorizade
Tiovivi, do Tiovivi.com
Lenore, do Verdades Cruéis
Paula Raposo, do As Romãs de Paula
Clarinha, do Brincando com Palavras
Yonara, do Templo de Hecate

A TODOS o muito obrigado do pessoal da Oficina das Ideias.

domingo, março 05, 2006

nos caminhos da mata

Pelos caminhos da Mata dos Medos
O Sol e a sombra a intervalos
São a nossa companhia

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Tempo de ressaca

Estamos agora na época do “Carnaval fora de tempo” e da “ressaca carnavalesca”, passada que foi a euforia maior dos folguedos vividos por todo o Brasil e, com encantamento especial, na cidade do Recife. É hora de encetar o sonho do Carnaval do próximo ano.

Na terça-feira que vem, conhecida no Recife por Terça Negra, a ressaca do Carnaval vai ser vivida no Pátio de São Pedro com a exibição do grupo de afoxé Ache Ilê Ifá onde serão reverenciados os orixás com a presença de muitos recifenses e não menos forasteiros.

_Querida Escritora terça-feira não poderemos faltar a este espectáculo que promete animação e muitas referências à tradição.
_Sim... não vamos faltar, faço questão para que assista a esta iniciativa que se realiza numa estreita parceria entre a Fundação de Cultura da Cidade do Recife e o Movimento Negro Unificado.
_Temos animação todos os dias, ainda hoje...

Realizou-se hoje na cidade de Surubim o tradicional Desfile das Virgens da cidade – uma tradição do carnaval de Pernambuco. É uma tradição que já dura quase 20 anos. Este ano, a festa popular contou com 14 trios eléctricos, além de caboclinhos e maracatus, numa grande homenagem ao centenário do compositor e carnavalesco Capiba, ilustre filho de Surubim.
As Virgens de Surubim saem as ruas da cidade sempre no domingo após o carnaval, festividade já integrada no designado “Carnaval fora de tempo”. O prefeito do Recife seguiu todo o trajecto do desfile em cima do trio eléctrico. No final do cortejo, houve a apresentação do Bloco Lírico Eu Quero Mais.

_Tem sido mesmo um folguedo e uma animação inesquecíveis...

O Fotógrafo e a Escritora caminhavam agora calçada acima, onde o Povo, pouco a pouco, vai regressando à laboriosa actividade do dia-a-dia. A criançada corre despreocupada nas praças e nos jardins. Os deveres escolares não tardam a moderar o seu desgaste de energias físicas.

Como dizia um turista italiano que este ano pela primeira vez participou no Carnaval recifense “_Não há Povo como este, de esfuziante força de viver...”. Pela primeira vez, também, o Prefeito João Paulo e a sua equipa organizaram ainda em clima de carnaval, ao som de muito frevo, na noite da última sexta-feira, na ala de embarque do Aeroporto Internacional dos Guararapes Recife-Gilberto Freyre, uma despedida aos turistas que vieram brincar o carnaval na cidade.

sábado, março 04, 2006

uma flor para... a yonara

Parabéns minha querida Amiga neste dia de felicidade
Quer percorras o caminho de vida
Com muitas venturas

espelho de sentires

Há leituras inspiradoras, disso não tenho qualquer dúvida, quer sejam feitas num livro ou num jornal, quer de entre os muitos textos que são publicados na blogoesfera. Aconteceu-me, e já não é a primeira vez que aí encontro inspiração, ao ler uma prosa-poema que a minha querida Amiga Claudia Perotti publicou no seu Meias Intimidades, não ter conseguido resistir a criar o “espelho sentido” deste maravilhoso texto:

“Chegou entre os tons verdes com o sol no largo sorriso. Sobre as rodas da fantasia fitou-me com seus olhos de estrelas. Ajeitou os cachos desalinhados e sorriu feito um menino. Os lábios rosados, húmidos e sedentos tomaram-me a boca em beijos carinhosos e afoitos. Apertei-me em seu peito, de olhos fechados, num abraço de longos sonhos. Mostrou o seu mundo: o céu, as nuvens, os ventos, os reflexos, os mistérios nos castanhos olhos e a sua euforia. Falou das alamedas do sentir e das fantasias, da brisa do amor e da alegria, dos desertos e campos e de tudo que gostaria. Entreguei-me aos carinhos e ao aconchego do corpo trémulo. Abandonei-me lânguida à canção sussurrada no ouvido. Dancei ao ritmo dos seus passos. As sensações deixaram-me suas nuances. Nunca senti e vi tantas cores. Nada antes me marcara tão intensamente...
É ... Você chegou ... e agora, está aqui ... em mim!“

E para cá do mar azul ficou assim...

Com o sol a dardejar a pele soube bem recolher-me à fresquidão da verde mata, da Mata do Zimbral. Senti o azul de teus olhos carentes das estrelas do meu olhar. Ajeitei teus cabelos e sorri. Beijei tua boca como nunca o havia feito e apertei teu corpo ao meu em total entrega de sentires. Deixei-te penetrar no meu mundo mais secreto, na minha euforia de viver. Livremente percorreste o meu horizonte marcado no contraste do mar e do céu. Sussurrei-te ao ouvido com languidez, cantando as carícias do muito querer. Penetrei-te numa dança de passos cadenciados, na explosão de colorido fogo de artifício possui-te intensamente.

sexta-feira, março 03, 2006

os caminhos da mata do zimbral

Caminhar trilhos da Mata do Zimbral
É viver espaços de Liberdade
Tu e a Natureza

o senhor dos vinhos interessantes

Tenho a felicidade de ter como amigo o “Senhor dos Vinhos Interessantes”, que junta aos seus saberes sobre vinhos de qualidade uma prodigiosa capacidade inventiva e uma imaginação sem limites. Resolveu, então, elaborar fichas de prova de diversos vinhos existentes no mercado que se caracterizam por uma fascinante originalidade.

E as grandes amizades são assim... aceitou partilhar esse seu trabalho com a Oficina das Ideias e, consequentemente, com a roda de amigas e amigos que nos honram com as suas visitas. Aqui estaremos todas as quintas-feiras com uma nova proposta de vinho.



Estes vinhos estão disponíveis na Garrafeira do Jumbo Almada Fórum. Preço: €4,97. Aconselhe-se com o Senhor dos Vinhos Interessantes.

quinta-feira, março 02, 2006

longo areal

Longo areal até ao místico Espichel
Arriba fossilizada pelo tempo que passa
Doiradas areias de prazer

em fevereiro de 2006 a oficina das ideias publicou:

Textos
Dia 1 – Em Janeiro de 2006 a Oficina das Ideias publicou
Dia 2 – O Senhor dos Vinhos Interessantes
Dia 3 – Sabor Mineiro, restaurante de eleição
Dia 4 – Com o “nuevo Barajas” para quê a Ota? [a minha opinião]
Dia 5 – Vamos “cair” no Frevo [sentir o povo que vive]
Dia 6 – Trinta e um meses na blogoesfera
Dia 7 – Banhas teu corpo... [espaço de poetar]
Dia 8 – G’anda caramelo
Dia 9 – O Senhor dos Vinhos Interessantes
Dia 10 – Néctar [espaço de poetar]
Dia 11 – Caminhada da Vida
Dia 12 – Andorinhas em Valle Rosal [minha terra é meu sentir]
Dia 13 – O Profeta do Terceiro Milénio
Dia 14 – Festa do Amor e da Amizade
Dia 15 – Uma prenda para a Oficina; Novos Indicadores de Leitura
Dia 16 – O Senhor dos Vinhos Interessantes
Dia 17 – Que mania... hem!
Dia 18 – Este livro que nos deixou...
Dia 19 – Virgens de Olinda [sentir o povo que vive]
Dia 20 – Pelas Terras de Arouce
Dia 21 – De amarelo vestida [minha terra é meu sentir]
Dia 22 – Bañas tu cuerpo... [espaço de poetar]
Dia 23 – O Senhor dos Vinhos Interessantes
Dia 24 – O alerta dos melros do pinhal
Dia 25 – Em tuas mãos [espaço de poetar]
Dia 26 – Da mecanografia à informática [número um]
Dia 27 – “Cair” no Papangu [sentir o povo que vive]
Dia 28 – Florinhas do Zimbral

Imagens
Dia 1 – Na rota dos prazeres
Dia 2 – Tulipa de paixão
Dia 3 – Arriba doirada
Dia 4 – A simplicidade da Natureza
Dia 5 - Multiculturalidade na calçada
Dia 6 – Olhos
Dia 9 – Senhora dos Navegantes
Dia 11 – Luminosidade em vitral
Dia 12 - Segredar
Dia 13 – Lua Cheia de esperança
Dia 14 – Descanso merecido
Dia 16 – Poente na Praia do Sol
Dia 17 – ...pescador em pé
Dia 18 – Lírios brancos
Dia 19 – Simplicidade das artes
Dia 21 – Janela de meia serra
Dia 22 – Arroz-doce de festa
Dia 23 – Arte na gastronomia
Dia 24 – A doçura da Lousã
Dia 25 – E aqui o trigo foi farinha
Dia 26 – Defender a vida selvagem
Dia 27 – Poente de Fevereiro

Uma Flor para...
Dia 07 - ...a BB, parabéns minha querida Amiga, Em teu anel de estrelas
Dia 08 - ...a Zulmira, Neste dia de celebrar, Na construção do caminho, Felicidades
Dia 10 - ...a Mariazinha, Felicidades minha querida amiga, O tempo que passa flui, Amizade perene

quarta-feira, março 01, 2006

poente na mata dos medos

Ao entardecer, quando o Sol desce sobre o mar
O mistério e a fantasia
Chegam à Mata dos Medos

protecção civil

A Defesa Civil e os Serviços de Emergência são impensáveis sem a Banda do Cidadão

"Quando a nossa caravana começou a oscilar todos pensámos estar ébrios, mas quando os nossos pés ficaram molhados demos conta da situação: toda a PONDEROSA estava debaixo de água, o dique de pedras havia cedido".

Assim consta em parte do relato efectuado pelo operador da estação de rádio CB "LÚCIFER I" sobre os acontecimentos de 11 de Fevereiro de 1980, numa ilha do rio Reno.

Tratava‑se de um acampamento do "Clube Naturista de Rein‑Main E.V." constituído por mais de 300 casas rolantes que tradicionalmente utilizavam aquela maravilhosa zona natural para férias e fins‑de‑semana.

Altas horas, quando muitos dos presentes, alguns dos quais cebeístas, confraternizavam alegremente foram surpreendidos por fantásticas quantidades de água que descendo desde o Lago Constanza haviam feito subir grandemente o leito do rio.

O rebentamento dos diques que protegiam a ilha agravou a situação.

"LÚCIFER I" conta: "Pegámos de imediato nos nossos emissores/receptores da Banda do Cidadão e alertámos todos os colegas ao nosso alcance, quer os que se encontravam acampados connosco, quer algumas estações em base do outro lado do rio".

Era impossível que lhes fosse prestado auxílio a partir das margens tendo em conta a forte corrente e a escuridão, muito menos alcançar a margem a partir da ilha, no entanto, a corrente de solidariedade foi estabelecida.

Para evitar maiores prejuízos os cebeístas, munidos dos seus emissores/receptores de CB e de lanternas, embarcaram em barcos pneumáticos indo de casa em casa. O objectivo era pôr a salvo as pessoas e os objectos mais valiosos.

Mantendo as comunicações através de equipamentos de CB conseguia‑se ter uma noção geral da situação em toda a zona.

Mais tarde, ao amanhecer, pôde ser apreciada toda a extensão dos estragos; mas os mais afectados estavam de acordo que tudo teria sido mais grave não fora a pronta e abnegada intervenção dos cebeístas.

"Fazia frio mas havia bom humor!"

Uma vez mais se verificou a importante acção da Banda do Cidadão nas operações de salvamento.

Os cebeístas tem a vantagem sobre os utentes de qualquer outra forma de radiocomunicação de poderem estar sempre no momento oportuno no lugar certo. Por outro lado, os seus equipamentos de radiocomunicações não carecem de alimentação eléctrica, além de uma boa bateria.


A ONU declarou o dia 1 de Março como o Dia Internacional da Protecção Civil

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