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sexta-feira, março 24, 2006

doces pensamentos

A doçaria tradicional portuguesa como justificação para uma viagem de afectos e de sabores aos lugares de culto dos conventuais e pagãos manjares


Pastéis de Belém

Na zona ocidental ribeirinha da cidade de Lisboa celebram-se os Descobrimentos Portugueses, a coragem dos navegantes que ultrapassando as suas próprias forças e o seu saber chegaram a longínquas paragens dando “novos mundos ao Mundo”. Ali, onde o Rio Tejo abraça com afecto o Oceano Atlântico, cada pedra, cada monumento, cada árvores, é uma evocação da epopeia naval dos portugueses.

No início do século XIX, nessa histórica e monumental zona, atravessando a rua que de Monsanto se dirige ao Rio Tejo, vindos do Mosteiro dos Jerónimos, encontrávamos uma refinação de cana-de-açúcar, associada a uma então chamada “loja”, pequeno comércio a retalho que vendia “de tudo um pouco”.



Conta a história e a tradição que quando da Revolução Liberal que pôs o clero em fuga alguém do Mosteiro trouxe uma receita de doçaria com a qual passaram a fabricar os designados “Pastéis de Belém” que na referida “loja” eram vendidos. A fama de tal delícia chegou a Lisboa, que à época ficava bastante distante sendo a ligação garantida por barcos a vapor.

Em 1837 tem início o fabrico regular dos “Pastéis de Belém”, em instalações anexas à refinação, de acordo com “receita antiga e secreta” que até hoje se mantém no conhecimento exclusivo dos mestres pasteleiros.

Fabricados de forma artesanal na designada “Oficina do Segredo”, neles são utilizados ingredientes criteriosamente escolhidos pela sua qualidade. Meios técnicos avançados e a maior higiene possibilitam o fabrico e venda de mais de 12 mil pastéis diariamente.



Para degustar esta delícia da doçaria tradicional alfacinha desloque-se até perto dos Jardins de Belém. Mas nunca peça por pastéis de nata. Vem deliciar-se com Pastéis de Belém.

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