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segunda-feira, outubro 31, 2005

animam o por-do-sol

ao por-do-sol os últimos voos para uma boa pescaria

tradição e cultura popular

A tradição resulta da memória colectiva de um Povo, autêntico património invísivel que se transmite entre gerações e representa o mais elevado expoente da cultura popular. Aqui se deseja dar conta desse repositório


Noite das Bruxas

Há muitos anos atrás, nas terras verdejantes e húmidas da Irlanda, vivia um camponês, de sue nome Jack, que ganhava a vida com um próspero negócio de nabos, de que possuía uma vasta plantação. O Diabo perseguia-o com tentações a que o camponês ia resistindo.

Usando das suas artimanhas o camponês conseguiu que o Diabo subisse para o alto de uma árvore. De pronto, empunhando um machado esculpiu na árvore um enorme crucifixo aprisionando o Satanás.

Este, velho e sabido, propôs um pacto ao camponês. O camponês limpava o crucifixo da árvore, libertando-o, que este nunca mais o perseguiria com tentações. O camponês aceitou e o pacto se cumpriu.

Um dia o camponês morreu. Como pecados não tinha dirigiu-se ao Céu. Mas aí não foi aceite pois tinha em vida feito um pacto com o Diabo. Sem alternativa, dirigiu-se ao Inferno onde foi, igualmente, rejeitado, pois em vida nunca tinha sido pecador.
Sem ter para onde ir, Jack foi condenado a andar na escuridão e a vaguear eternamente entre os vivos até o juízo final. Então, ele implorou a Satã que acendesse brasas para iluminar seu caminho. O Diabo deu-lhe um pequeno pedaço de carvão incandescente. Para proteger a luz, o irlandês colocou o carvão dentro do buraco de um nabo. Surgiu assim o "Jack o'Lantern" (Jack da Lanterna) como é conhecido.

Condenado a ser visível de 31 de Outubro para 1 de Novembro encontrou como solução disfarçar-se cobrindo a cabeça com um enorme nabo oco e onde abriu uns olhos e uma boca. E, assim, dessa forma, os irlandeses comemoram a noite de “halloweene” desde os tempos imemoriais.

Quando os irlandeses emigraram em massa para os "states" levando consigo as suas tradições depararam-se com a existência de coloridas abóboras que foram adaptando à tradição, em substituição dos nabos.

Os norte americanos, "povo culto e de profundas tradições", logo trataram de exportar esta festividade para a Europa, como sempre entrando pelo norte, especialmente Suécia, estando agora em moda em Portugal. Negócio é negócio!

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Uma outra origem da “Noite das Bruxas” encontra-se no facto de para os Celtas, o dia 31 de Outubro ser o dia fora do tempo, pois o calendário iniciava-se no dia 1 de Novembro e terminava no dia 30 de Outubro. Este dia então era considerado o dia em que o espaço entre os dois mundos deixava de existir, e os mortos vinham nos visitar.

A ideia de usar um nabo surgiu com os Celtas, povo que se espalhou pela Europa entre 2 000 e 100 a.C. Um dos símbolos do seu folclore era um grande nabo com uma vela espetada.

domingo, outubro 30, 2005

lanterna nuna rua de óbidos

já funcionaram com uma candeia a óleo, depois iluminação a gás, hoje em dia a elctricidade

o mistério e a fantasia

Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida


Hora de Inverno

Aguardei a chegada do tempo de mudança da hora legal viajando um pouco pela blogoesfera sentindo que o tempo que passa decorria da forma habitual. As 2 horas da madrugada estavam já aí e nessa ocasião havia que atrasar a hora legal uma hora. Significava que por artes mágicas de manipulação do contador de tempo me preparava para viver mais uma hora.

Lembrei-me, então, o que acontecera dois anos antes quando aqui na Oficina registámos uma manifestação de protesto dos relógios de Valle do Rosal. Os contadores de tempo de Valle do Rosal reuniram-se numa manifestação de protesto exigindo o abandono da HORA LEGAL e a sua substituição pela HORA DO SOL.

Este protesto foi promovido por um vetusto relógio de sol esculpido em calcário, tendo contado com a participação de relógios de corda e de quartzo, ampulhetas e até de um metrónomo. Também participaram, sem se deixarem fotografar, um relógio de sala estilo inglês, diversos relógios de parede e muitos swatch.



A minha boa amiga Quinita fez-me chegar a este propósito um texto muito curioso que quero convosco partilhar...


A temporização do corpo humano

Despertar – das 7 às 8:00 horas
Quem gosta de acordar tarde já começa o dia em desvantagem. A partir das 6:00 horas, o corpo produz um hormona que faz acordar, o cortisol. Entre 7 e as 8:00 horas a taxa de cortisol no corpo atinge a concentração máxima. Esta faixa de horário é ideal para acordar com facilidade e com boa disposição.
Atenção: Voltar a dormir é um erro; por volta das 9:00 horas o corpo começa a produzir endorfinas (analgésicos naturais) que encorajam um sono pesado do qual será difícil sair sem dor de cabeça ou mau-humor.

Prazer – das 9 às 10:00 horas
A hora certa para as folias amorosas, já que a taxa de serotonina (neuro-transmissor ligado ao prazer) está no seu apogeu. Por outro lado, também é a hora de marcar uma consulta para o dentista: as endorfinas, que também estão em alta nesse horário, funcionam como anestésicos naturais.

Trabalho – das 10 às 12:00 horas
O estado de vigilância atinge o seu pico e a memória de curto prazo (que guarda coisas como um número de telefone que se olha na lista, é retido por alguns segundos e esquecido de seguida) está mais activa. Depois que as endorfinas presentes entre 9 e 10:00 horas desaparecem, o organismo atinge a sua velocidade ideal. É o momento certo para reflectir, discutir ideias e encontrar inspiração.

Descanso – das 13 às 14:00 horas
A moleza que dá depois do almoço não se deve unicamente à digestão, mas também a uma queda de adrenalina que acelera o ritmo cardíaco. Para retomar a disposição, basta uma sesta de 20 minutos.

Movimento – das 15 às 16:00 horas
A forma física encontra o seu apogeu no meio da tarde, ao mesmo tempo em que a capacidade intelectual diminui. Como não há produção de hormonas específicos nesse horário, os cronobiologistas ainda não encontraram uma explicação para o fato.

Passeio a pé – das 18 às 19:00 horas
A partir das 18:00 horas o organismo fica particularmente vulnerável à poluição e ao monóxido de carbono. Convém então limitar o consumo de cigarros e evitar se possível, os engarrafamentos. Também é nesse horário que a actividade intelectual e o estado de vigilância atingem um novo pico - hora certa de mandar as crianças fazerem os trabalhos de casa.

Um bom copo – das 20 às 21:00 horas
Se esse horário costuma coincidir com o aperitivo de antes do jantar é bom saber que é também o momento em que as enzimas do fígado estão menos activas, o que faz com que se fique bêbado bem mais rápido.

Sono – a partir das 20:00 horas
A melatonina (hormona do sono) invade progressivamente o corpo a partir das 18:00 horas. Mas é às 20:00 horas que aparece o primeiro momento ideal para dormir, sucedido por outros iguais a cada duas horas. Para ajudar a cair no sono, fazer amor é uma excelente ideia: o prazer sexual desencadeia a secreção de endorfinas no cérebro, favorecendo o adormecimento.

Regeneração – das 21 à 1:00 hora
Esta fase do sono é muito importante porque coincide com o pico da produção da hormona do crescimento, indispensável para a renovação das células e a recuperação física. Essa hormona permite que os conhecimentos adquiridos na véspera sejam armazenados no cérebro.

sábado, outubro 29, 2005

repouso e vigilância

voaram espaços sem fim, um momento de descanso vigilante

sentir o povo que vive

O Fotógrafo e a Escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Uma ausência sentida

Bem perto situa-se o Marco Zero. O Fotógrafo sente-se atraído por esse local para onde se dirige a passos lentos. Já mais perto estuga a passada. No Marco Zero os braços abertos da Escritora esperam por ele para um afectuoso enleio.

_Sabia que voltarias!
_Sabia que me esperavas!


De tanto que têm para contar um ao outro resulta um silêncio profundo. A Escritora recorda em imagens contínuas largos meses de partilha de realizações literárias e artísticas, mas especialmente de sonhos e de sentires. O Fotógrafo parece estar a assistir a um filme de quereres nas recordações que a Escritora desbobina em sua mente.

Quantas vezes isso não aconteceu antes? Quando o que um escrevia era o que o outro estava pensando. Quando um fotografava resultava a imagem que o outro tinha em mente.

Quiseram falar, contar dos acontecimentos ocorridos no espaço e no tempo em que não tinham caminhado lado a lado pela calçada acima. Começaram a falar os dois ao mesmo tempo, numa excitação de tempo não perderem. Mas afinal o tempo passado estava totalmente espalmado no espaço.

Somente sorriram pelo encanto do reencontro...

Apoiados na vedação lateral da ponte Princesa Isabel sentiam o curvar do Rio Capibaribe e deixavam espraiar o olhar para o amplo leito do rio, que já tivera melhores dias quanto à qualidade da água mas que um dia dele a Prefeitura iria cuidar.

A Escritora continuava com a sua acção junto da criançada a quem através da arte de rua lhes ia dando formação base da maior importância do campo da defesa do ambiente. Uma destas crianças poderá um dia vir a ser um consciente Prefeito desta maravilhosa “Veneza do Brasil”.

O Fotógrafo continuava a deixar-se embalar no sonho de um Mundo melhor, fotografando os pôr-do-sol, sempre prenúncio de uma nova alvorada, um raiar de luz e de esperança que há que preservar e defender.

_Senti muito a tua ausência!
_Realizo o meu sonho com a tua presença!

sexta-feira, outubro 28, 2005

flores silvestres

percorrer serras e vales e observar a cor magnífica das flores silvestres

minha terra é meu sentir

Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho


Bulhão Pato, poeta do Monte

Quem parar a caminhada no chamado lugar da Torre da freguesia de Caparica, no concelho de Almada, voltado para poente, encontra à sua esquerda um edifício algo degradado onde figura uma placa “aqui faleceu o poeta Bulhão Pato em 24 de Agosto de 1912”. Estamos junto ao edifício onde viveu e faleceu o último dos poetas românticos portugueses.

No conjunto da sua obra é notória a influência do local em que viveu, então designado Monte de Caparica, especialmente da sua profunda vivência histórica e monográfica do sítio. No seu “Livro do Monte” escreveu Bulhão Pato em 1983 sobre as mulheres da praia:

Com a sardinha, empilhada,
Inda saltando vivaz
Vem de cestinha avergada;
E lá em baixo, da praia,
E sobe a pino o almaraz;
Mas nem por sombra cansada

Faz vista de nova a saia,
Corada ao Sol e puxada!
Descalça o pé regular
E branido pela areia
D’essas arribas do mar.

Não se pode chamar feia.
Descaída e longa a trança;
Afrontada de calor, O lencito desatado;
E os beiços com tanta cor
Como a d’um cravo encarnado
A mocidade é uma flor!

...............


Era um afamado caçador e amante das artes culinárias, donde a receita célebre de “Amêijoas à Bulhão Pato” que tem conhecido imensas versões. Apresentamos uma das mais simples...

Ingredientes
2 Kg de Amêijoas
2 dl de azeite
4 dentes de alho
1 molho de coentros
1 limão grande
Sal e pimenta q.b.

Confecção
Deixe as amêijoas de molho em água com sal durante duas ou três horas.
Escorra-as e passe-as por várias águas para lavar, antes de as cozinhar.
Corte os alhos às rodelas e pique os coentros.
Ponha um tacho ao lume com o azeite e os alhos e quando estiver quente junte os coentros até estalarem.
Junte então as amêijoas e tape.
Tenha o cuidado de ir virando as amêijoas para que todas passem por baixo.
Quando estiverem todas abertas retire-as do lume e tempere com pimenta e sumo de limão a gosto.

quinta-feira, outubro 27, 2005

fotografar óbidos

talvez seja umbiguismo... mas não resisti a publicar o lado de cá do fotógrafo

a suavidade do erotismo

São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer


À beira da piscina

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Entreabri, então, os olhos cerrados pela sonolência que me havia invadido e apercebi-se que a movimentação à minha volta tinha origem, precisamente, na referida mulher que protegendo a sua filha dos raios solares que se intensificavam com o meio-dia, colocara a sua toalha na sombra dos arbustos que bordejam aquele maravilhoso espaço, ficando mais perto de onde eu me encontrava.

A jovem deitou-se, primeiro de barriga para o ar, enrolando o tecido da parte de baixo do biquini, deixando-o reduzido ao mínimo, podendo, de tão perto que me encontrava, aperceber-me de um tufo de pêlos púbicos que atrevidamente afloravam do, agora, reduzidíssimo biquini.

Rolei sobre si próprio, olhando-a, primeiro bem fundo nos olhos e depois para todo o seu corpo de modo que não evidenciando publicamente o que estava a ver, a própria se apercebesse de que estava a ser devidamente apreciada.

Muito embora não me fosse de todo possível evitar a evidência que a reacção fisiológica ao acontecimento me provocava por debaixo do calção de banho, procurei ser discreto, pelo que tornei a rodar o meu corpo ficando ligeiramente voltado para a jovem..

Esta mostrou claramente, com o olhar e o sorriso maroto, que se apercebera do efeito que em mim provocara.

Passados alguns minutos, a jovem rolou sobre si, colocando-se de costas dando-me a possibilidade de apreciar as suas torneadas nádegas separadas unicamente por uma fina tira de tecido vermelho, em que transformara o calção do biquini após o ter enrolado.

Pouco depois, esticou os braços para as costas, desfez o laço do “soutien”, rolou ligeiramente para o meu lado deixando-me atónito ao ver os seus seios de bicos muito negros e extraordinariamente erectos, ao mesmo tempo que dirigiu uma das mãos na direcção da frente do seu biquini acariciando-se no tufo de pêlos púbicos e depois um pouco mais abaixo.

quarta-feira, outubro 26, 2005

rosa de outono

no Outono floriu uma rosa no jardim

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


No Outono floriu uma rosa

No Outono floriu uma rosa no jardim.
A mais bela e suave entre todas elas
Com tonalidades raras de cor carmim
As pétalas maravilhosas e muito belas.

O muito querer contrariou a Natureza.
O Outono é agora luminosa Primavera
No sentir dos amantes brilha a certeza
O sonho é a realidade de quem espera.

Olhos de mel, sensuais lábios de carmim
Desenho com as pétalas frescas e suaves
Artista inspirado em teu corpo sensual
Do profundo sentir esplendoroso festim.

Com tamanho esplendor e divinal beleza
Sonhei espaços infinitos, sublime sentir
Pétalas esvoaçam ao vento com leveza
Quais suaves beijos que iluminam o devir.

terça-feira, outubro 25, 2005

outono com céu azul

em tonalidades de verde e castanho as folhas outonais constrastam com o céu azul

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente


O pacote de açúcar de afecto

A colecção de pacotes de açúcar é uma das colecções que podemos chamar “pobres” não pelo seu conteúdo que é riquíssimo, mas pelo custo das peças, a maioria obtida nos cafés com o sacrifício de beber um café sem açúcar, o chamado café dos apreciadores. Há uns tempos atrás, durante a participação telefónica num programa de televisão das tardes, dei conta deste facto num diálogo que estabeleci com o Carlos Ribeiro, apresentador do mesmo.

Passados alguns meses recebi um telefonema de uma telespectadora que assistira ao programa dizendo-me que tinha ouvido a minha intervenção, que dava muito valor a quem se dedicava ao coleccionismo e como havia juntado muitos pacotes de açúcar gostaria de se encontrar comigo para me os entregar.

Encontro marcado. Na data e à hora combinada, pontualidade britânica, encontramo-nos num café de tradição em Almada. Apresentações feitas, tratava-se de duas senhoras, irmãs, de elevada educação e delicadeza, moçambicanas de origem indiana, vindas para Portugal depois da independência do seu país de nascimento.

Dois dedos de conversa e a concretização do objectivo do encontro. Foi-me entregue um saco com imensos pacotes de açúcar que tinham juntado cuidadosamente. Uma alegria imensa, mais ainda de quem oferecia do que de mim próprio que os recebia, surpreendido que fiquei.

Perguntei-me a mim próprio: “Mas ainda existe gente assim?” Que sentem tamanha alegria ao agradarem a outra pessoa sem nada esperarem em troca, a não ser reconhecimento. Não tenho, agora, quaisquer dúvidas que o “tal” mundo novo que está na vontade de muitos ainda é possível.

Ainda existe neste planeta pessoas que valorizam mais a amizade, a solidariedade, os afectos do que o poder, o dinheiro, o egoísmo.

O mais importante: estas pessoas têm um nome, Maria Cristina e Maria Luísa.

A imagem que se segue é de alguns pacotes de açúcar de Hong Kong e de Macau que tiveram a gentileza de me oferecer:


segunda-feira, outubro 24, 2005

ouriço com castanhas

um ouriço de castanheiro com três castanhas, o milagre da multiplicação

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


Armas à solta no Brasil

Nunca visitei o Brasil. Tem sido um sonho adiado pelos acontecimento da vida. Contudo, essas terras do outro lado do mar azul, as suas gentes e a sua cultura têm me compensado com a sua visita frequente, desde a minha juventude.

Muito antes de conhecer a acção política em Portugal, da importância da defesa de uma política social e da defesa das populações mais desprotegidas, já conhecia o pensamento desse cavaleiro da esperança que foi Luiz Carlos Prestes, nos tempos do Estado Novo no Brasil, pela pena de Jorge Amado.

A problemática da seca extrema no Nordeste Brasileiro, as implicações sociais, as debilidades mesmo incúria de governos sucessivos, foram tornando-se impressivas no meu espírito através das leituras de livros como “7 Palmos de Terra e um Caixão” e outros, de Josué de Castro.

A poesia de Vinícius de Moraes, a música de Edu Lobo, as leituras e as conversas trouxeram o Brasil até mim. Recentemente, três mulheres brasileiras, (Liliana, Catherine e Marley), criaram cumplicidades de saberes e de sentires sobre esse país tão desejado: o Brasil.

A eleição de Lula da Silva para presidente do Brasil veio trazer novos caminhos de esperança que durante muitos anos haviam sido interrompidos por ditadores e corruptos. A reacção internacional dos que se julgam “senhores do Mundo” era esperada. E não tardou a pôr as garras de fora.

No caminho da Paz uma lei brasileira aprovada já no consulado de Lula da Silva, proibiu a venda livre a particulares de armas letais embora ficando dependente de um referendo que se realizaria um ano depois. Uma excelente defesa acerca do NÃO à venda livre de armas pode ser lida em TRADUZIR-SE..., de Lualil. O Povo votou e votou SIM.

Alheio a este facto, um apelo à violência e ao desrespeito pela autoridade democrática, não está por certo a grande movimentação efectuada pelos fabricantes de armas, não só brasileiros como, muito em especial, dos Estados Unidos, tradicionais fornecedores de armas para o mercado brasileiro.

domingo, outubro 23, 2005

stonehenge mágico

na neblina de stonehenge respira-se a magia do princípio dos tempos

o mistério e a fantasia

Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida


Respirar magia em Stonehenge

Stonehenge é o mais importante monumento pré-histórico de toda a Britânia. É único e como ele nada existe de semelhante em todo o mundo. Desde sempre fez parte do imaginário de quem alguma vez pensou visitar esta região. O monumento que hoje podemos visitar constitui a fase final de ruína de Stonehenge, um templo pré-histórico que foi utilizado há mais de 3.500 anos. A religião, a astronomia, os druidas, a origem e a destruição de Stonehenge são mistérios que se respiram no local. O ambiente envolvente é, definitivamente, esotérico, sublinhado pelas centenas de corvídeos que aí vivem.

A mais antiga referência ao monumento, supõe-se, é a que faz o grego Hecateu de Abdera na sua "História dos Hiperbóreos", datada de 350 a.C. : "ergue-se um templo notável, de forma circular, dedicado a Apolo, Deus do Sol..."

Até hoje Stonehenge não abriu mão dos seus enigmas essenciais: Por que motivo as "pedras azuis" foram trazidas das montanhas de Gales, implicando um deslocamento de 400 Km, incluindo uma travessia marítima, quando não faltavam pedreiras na vizinhança? Que métodos usaram as pessoas da Idade do Bronze para transportar e erguer os colossais blocos, que chegam a pesar 50 toneladas? E, sobretudo, a que uso se destinava Stonehenge? Era um templo do Sol, no qual, uma vez por ano, se realizava um ritual cósmico da fertilização? Ou tratava-se, igualmente, de um gigantesco observatório celeste como sugerem uma série de alinhamentos astronómicos precisos? Há ainda quem veja nele um gerador de energias ocultas e mesmo uma base de emergência para “Ovnis” perdidos. Quanto à sua utilidade só não existe dúvida de uma coisa: Stonehenge serve para nos deixar estupefactos perante a sua grandiosidade e a força e engenho dos seus construtores.

Obra dos primitivos povos britânicos, Stonehenge é um exemplo clássico das civilizações megalíticas. Cientistas afirmam que Stonehenge foi construído entre os anos 2800 e 1100AC, em três fases separadas:

1ª Fase – Construção do Morro Circular que conhecemos como o círculo externo de Stonehenge e dos três círculos de buracos, cinquenta e seis ao todo, que cercam o monumento. As quatro "pedras de estação" que se supõe terem sido utilizadas como um Observatório Astronómico, cujo objectivo aparente seria observar o nascer e o pôr do Sol e da Lua, visando elaborar um calendário de estações do ano.

2ª Fase – Iniciou-se cerca de 2100AC com a construção do duplo círculo de pedras, em posição vertical no centro do monumento, bem como da larga avenida que leva a Stonehenge e da margem externa das planícies cobertas de relva que o rodeiam.

3ª e última fase – O duplo círculo de pedras foi separado e reconstruído, sendo erguidos muitos dos trilitos.
Ao meditar sobre os mistérios de Stonehenge, vale a pena lembrar que, naquela época, diferentes tribos e autoridades contribuíram para a construção de Stonehenge. Cada um pode ter tido objectivos diferentes para construir o monumento. Os Arqueólogos, no entanto, ainda consideram a hipótese de se tratar de uma construção religiosa...

Acredita-se que Stonehenge e outros sítios megalíticos hajam sido construídos pelos antepassados dos Druidas da actualidade, por acreditarem que fossem lugares de grande força para concretizarem seus rituais...em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge, Avebury, Silbury Hill e outros.

sábado, outubro 22, 2005

paleta em tons pastel

com estes tons de pastel pintei teu belo corpo de mulher

sentir o povo que vive

O Fotógrafo e a Escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


O Fotógrafo regressa ao Recife

O tempo que passa é mesmo assim. Quando olhamos o pretérito, o tempo parece espalmar-se reduzindo os acontecimentos à espessura de uma folha de papel. Parece ter sido ontem, mas há muito que o Fotógrafo se retirou das suas andanças pela calçada recifense na doce companhia da Escritora.

Regressou agora onde, no seu sentir, parece nunca se ter ausentado. O tempo pesa-lhe já nas pernas cansadas, o fogo da vida sempre vai consumindo energias na sua inexorável combustão avivada pelos sentires mais profundos.

Passa pela rua do Bom Jesus na zona mais antiga do Recife e espanta-se por ver no expositor de um dos muitos caricaturistas que por ali desenvolvem a sua arte, a sua própria caricatura. Folheia mais duas ou três gravuras e encontra a caricatura da Escritora.

Sente um daqueles arrepios que é premonição pura. Sabe que mais tarde ou mais cedo se irá encontrar com a Escritora de quem vai tendo notícias fugazes. Sabe dos projecto que esta tem vindo a sonhar com a criançada na pintura de maravilhosos murais

O seu olhar espraia-se pelas fachadas dos edifícios de arquitectura colonial e tem ali à sua beira a rua dos Judeus onde em 1637 foi construída a sinagoga Kahal Zur Israel desactivada poucos anos depois e reaberta ao público quase três séculos e meio depois, no ano de 2001.

Bem perto situa-se o Marco Zero. O Fotógrafo sente-se atraído por esse local para onde se dirige a passos lentos. Já mais perto estuga a passada. No Marco Zero os braços abertos da Escritora esperam por ele para um afectuoso enleio.

_Sabia que voltarias!
_Sabia que me esperavas!

sexta-feira, outubro 21, 2005

explosão de cor

os picos da figueira brava desvanecem-se perante o esplendor do colorido de suas flores

minha terra é meu sentir

Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho


Devoção religiosa

Gente laboriosa, dividindo o seu tempo de trabalho entre o mar e os pinhais, a população de Charneca (de Caparica) era bastante avessa a religiosidades e à prática do culto religioso. No entanto, os amplos espaços sem gente e o contacto íntimo com a Natureza eram propícios a que por aqui se instalassem algumas ordens religiosas. Também os senhores da nobreza não foram indiferentes a este apelo da tranquilidade.

Assim, não sendo o Povo um exemplo de religiosidade, por estas terras se instalaram alguns mosteiros, igrejas e capelas.


Capela de Nossa Senhora da Conceição da Charneca - Por devoção dos habitantes da povoação da Charneca de Caparica, nos anos setenta do Século passado, foi construída uma capela pública consagrada à Padroeira de Portugal, elevada, a seguir, à categoria de sede de vicariato.

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Capela de Nossa Senhora de Monserrate - Situada no pátio da quinta de Monserrate, na Charneca de Caparica. Além da Padroeira, venera-se aqui com especial devoção, a imagem de São Luís. Rei de França.

Na primeira metade do século XIX, pertencia a Francisco António Ferreira, conhecido por "Sola", por herança de seus avós; depois foi o general Manuel António de Araújo Veiga, a quem chamavam "o Capitão Rico" e é, actualmente, de seu bisneto Vasco Morgado Junior, o filho de empresário teatral Vasco Morgado. Encontra-se totalmente degradada.

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Ermida do Bom Jesus - Encontra-se junto da residência da Quinta da Regateira, na Charneca de Caparica. Está privada de culto há bastante tempo. Tem a data de 1774 nuns azulejos. Pertenceu a Domingos Rosa; depois a Domingos dos Santos e, actualmente, é propriedade dos herdeiros de Luís Álvaro.

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Igreja Conventual de Nossa Senhora da Rosa - Foi pertença dos frades paulistas que se estabeleceram, na Charneca de Caparica, junto de um vale por onde, no Inverno, corriam as águas para o mar, e aonde, por vezes, chegam as marés.
Desta igreja existe apenas o arco transepto, cravado na parede de uma casa que deveria ter sido a capela-mor.

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Capela de Nossa Senhora da Assunção - Fica anexa à antiga residência dos padres da Companhia de Jesus, na quinta do Vale do Rosal. Pertenceu primeiro ao Colégio de Santo Antão e, depois, ao de Campolide, ambos dos mesmos padres.

O Orago, representado num baixo-relevo colorido, obra-prima de um inacino, encontra-se, actualmente, na redacção da revista "Brotéria". Este retábulo foi um dia atingido por uma faísca que, chamuscando uns anjos que nele figuram, não atingiu a imagem da Virgem.

Auxiliou bastante a edificação deste templo o Padre Martim Gonçalves da Câmara, preceptor de El-Rei D. Sebastião e seu escrivão da puridade. Em 1889, a capela foi restaurada e, em 1910, escapou ao incêndio que devorou a residência. Actualmente, está transformada em dependência agrícola.

quinta-feira, outubro 20, 2005

magnífico granito

casas senhoriais e belos monumentos onde o granito impera

a suavidade do erotismo

São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer


Pés Sensuais

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Ainda mantivemos, naquele fim de tarde, uma longa conversa sobre pés que concluímos ser uma preferência dos três e que muito nos tocava na sensualidade, melhor ainda, na sexualidade.

Nove da noite bati à porta do apartamento da Cris e do Mat, envergando somente uma t-shirt e um calção bem largo e, claro, descalço… A Cris abriu a porta envergando somente uma saínha justa e curta e uma blusa semitransparente sem soutien deixando ver os biquinhos dos seios bem feitos… O Mat estava junto a ela somente com um short vestido… Ambos estavam descalços, claro…

Sem quaisquer formalismo, já muito havíamos conversado antes, fui-lhes mostrando o meu álbum de fotografias. Tinha fotos de mulheres sozinhas, casais, homens sozinhos, dois homens, duas mulheres e alguns grupos um pouco maiores, mas onde o tema principal era os pés. As fotos têm bastante sensualidade, visto as pessoas fotografadas envergarem roupas reduzidas e sensuais, com os seios nus ou até completamente nuas…

Não resisti a questionar: "- Não desejariam que também os fotografasse… ficariam com uma excelente recordação e eu enriqueceria a minha colecção… tenho aqui a máquina comigo…"

Por parte da Cris não houve qualquer resistência, antes pelo contrário, manifestou de imediato o desejo de ser fotografada. O Mat levantou a questão das fotografias poderem vir a ser um pouco ousadas, ao que respondi que só iríamos até onde todos estivessem de acordo.

E a sessão fotográfica começou. Primeiro foi a Cris que eu ia orientando nas poses a tomar. Pouco a pouco as suas roupas foram sendo tiradas até que ficou completamente nua, disfarçando a nudez com os lençóis da cama. O Mat estava nitidamente excitado e eu também ao vermos aquele belo corpo de mulher em poses sensuais e ousadas.

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quarta-feira, outubro 19, 2005

pétalas de encantamento

com as pétalas desta rosa desenhei teus lábios de encantar

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


Palavras

As palavras que se dizem, aquelas que não são ditas
Os silêncios que se calam, que são gritos de revolta
A esperança que se realiza, no sonho de que se solta
Um futuro construído, nas palavras que são escritas.

As palavras que se escrevem mais aquelas que são ditas
Formam frases de sentires, em sentimentos de revolta
Na luta pela igualdade que da solidariedade se solta
No rumo certo das verdades que no pensar ficam escritas.

A força do nosso âmago que se exterioriza em revolta
É solidariedade sentida nas palavras que são escritas
É a força de um sonho que a esperança liberta e solta

É o querer que vem da alma nas palavras que são ditas
É o cavalo alazão liberto, que em forte galopar se solta
Rumo à justiça e à verdade que nas palavras estão escritas.

terça-feira, outubro 18, 2005

goleo 06 portugal


registo da visita do "Goleo'06" de Portugal à Oficina das Ideias, junto à nossa "webcam"

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente


A passagem por Sernada do Vouga e a paragem sob o emaranhado de pontes e vias desniveladas algures na zona envolvente do IP5 representou uma lufada de ar puro e o apreciar da força imparável da Natureza que já faz verdejar floresta que há menos de dois meses foi violentada pelos fogos que grassaram na região.

Alguns quilómetros andados, um pequeno café a beira da estrada desafiava uma paragem para um reconfortante café. Café singelo que além de umas excelentes e fartas sandes de presunto oferecia aos passantes artigos de artesanato, sandálias em pele talhadas, de fabrico local.

Coleccionadores de pacotes de açúcar reparam sempre +para a marca de café que é servido. No caso concreto “café Bogani”, um produto Unicer, de Leça do Bailio. O pacote de açúcar que acompanhava o café publicitava uma outra linha de produtos da Unicer: águas Vidago e Pedras Salgadas.

Quatro pacotes de açúcar constituem esta série, já bastante conhecida dos coleccionadores, mas que logo ali foi tema de conversa. Reunidos os quatro pacotes desta série, vezes tantos quantos constituíam o nosso grupo de viajantes, fomos à conversa com o dono do café.

Soubemos, então, ser frequente coleccionadores de pacotes de açúcar pararem por ali e pedirem a cedência de uma daquelas séries. Alguns viajantes de passagem. Muitos, por certo, residentes nos arredores, nas aldeias próximas.

Ficou-nos a convicção já sentida e cada vez mais reforçada que um pouco em cada lugar e aldeia do nosso Portugal existem coleccionadores de pacotes de açúcar. Aqui fica a imagem da série que deu origem a todo este paleio.



O Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar pode ser contactado em PORTAL CLUPAC

segunda-feira, outubro 17, 2005

lua de outubro


depois de um dia pardacento e chuvoso a lua apresentou-se em todo o seu esplendor

a nossa opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilhamos a nossa análise modesta mas interessada


De acordo com um estudo realizado recentemente pela OIKOS, Portugal apresenta a mais profunda desigualdade entre ricos e pobres de entre todos os países da União Europeia. Cem grupos económicos representam 17% do PIB e 50% do Rendimento Nacional é detido por 20% das pessoas.

Não admira mais este posicionamento nos estudos europeus humilhante para Portugal. É, efectivamente, habitual que Portugal se encontre em último lugar ou entre os últimos quando se trata de indicadores positivos e em primeiro lugar ou entre os primeiros quando os indicadores se debruçam sobre aspectos negativos, como é o caso presente.

O mais espantoso é que os políticos com responsabilidades governamentais, na actualidade ou no passado, afirmem perante estes factos que há que tomar decisões de fundo, como se não estivéssemos presentes a situações recorrentes e não fossem eles os responsáveis pela errada gestão governamental.

Numa alternância sucessiva entre governos de centro-direita e os ditos de esquerda as políticas seguidas têm sido sempre lesivas de um desenvolvimento sustentado, impondo-se cada vez mais sacrifícios, cada vez mais o “apertar de cinto” àqueles que menos responsabilidades têm na governação, os trabalhadores por conta de outrém, os pequenos e médios comerciantes e industriais.

Um quinto dos portugueses encontram-se no limiar da pobreza, definição tecnocrata pois os mais atentos verificam e sentem quantos portugueses se encontram em pobreza profunda, sem que nada seja feito em sua defesa. Morre-se de fome em Portugal!!

Entretanto centenas, milhares mesmo, de famílias usufruem do facto de se encontrarem no círculo familiar, de amizade, ou partidário dos governantes para conseguirem chorudos rendimentos, indemnizações, reformas que ostentam despudoradamente na aquisição de veículos e moradias de grande luxo.

Toda a gente vê. Toda a gente pode ver, bastando para isso percorrer as zonas mais “in” da nossa costa Atlântica ou os locais tradicionais de morada dessa gente que continua a conduzir o País para o caos enquanto elevam as suas vivências próprias a níveis descomunais.

Hoje é o Dia Mundial da Erradicação da Pobreza

domingo, outubro 16, 2005

pedra parideira

pedra parideira na praia de porto dinheiro no concelho da lourinhã

o mistério e a fantasia

Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida



Pedras Parideiras


A magia, o mistério, a lenda vagueiam no planalto da Serra da Freita, para as bandas da povoação de Albergaria da Serra perto do ponto mais alto do maciço serrano. Por aqui passava em tempos idos a rota dos almocreves e recoveiros que atravessavam estes campos ermos com as suas caravanas de mulas ou cavalos. Nesta região faziam paragem para recuperar forças, das gentes e dos animais, encontrando abrigo numa estalagem de montanha no caminho de longas e perigosas viagens.

Nas proximidades da aldeia uma das mais vertiginosas quedas de água da península, a chamada Frecha da Mizarela, oferece-nos uma imagem de beleza única, inesquecível. Nos meses de invernia, quando o seu caudal é mais volumoso, o rio Caima, ainda próximo da nascente, precipita-se por abismo rochoso produzindo uma cascata de grande beleza.

Perto da povoação de Castanheira, do outro lado do rio Caima encontramos um dos mais raros fenómenos geológicos do Mundo. São as chamadas pedras parideiras, afloramentos graníticos que têm incrustados nódulos de biotite. Este mineral vai-se soltando da rocha-mãe por acção da erosão, libertando umas pequenas esferas escuras que parecem nascer da própria pedra.

A miudagem e o Povo em geral chamam “ovelhas” a estas pedras que a tradição designa por “jogas” e os cientistas por “encraves”.

O poeta Fernando Ramos cantou as “pedras parideira” num interessante e bem ritmado poema que pode ser lido na íntegra em www.meuslivros.weblog.com.pt e que aqui, com a devida vénia, transcrevemos uma passagem...

“Na serra da Freita, vive a pedra mãe,
que anda a parir pedras como filhos
Elas são de granito e redondinhas,
que se apanham nos seus trilhos”


Fenómeno de granitização único no país e raríssimo no mundo inteiro. Situa-se em plena serra da Freita, no lugar da Castanheira, próxima da famosa Frecha da Mijarela ou Mizarela. Ao que se sabe, idêntico fenómeno só será conhecido numa região da Ucrânia, na Rússia.
Trata-se de um afloramento granítico que tem incrustados nódulos envolvidos por uma capa de biotite em forma de disco biconvexo.

As pedras parideiras são rochas graníticas com numerosos nódulos de coloração dourada que, em determinadas circunstâncias de temperatura, se destacam da rocha-mãe, jazendo então no solo às centenas.

[para saber mais sobre este tema: (Revista Rotas e Destinos) (Escrito por Administrator, em 2 de Julho de 2005 em Notícias de Arouca) (blog Os Meus Livros, de 29.08.2005)]

sábado, outubro 15, 2005

tonalidades outonais


maravilhoso contraste em cores de outono

autarquias - recordar 2001/2002

Em 4 de Janeiro de 2002 escrevi no meu caderno de apontamentos, não um “Moleskine” mas um “caderno de capa preta A5 Ambar”:

“Perante diversos cenários possíveis, desde a partilha do Executivo, deixar a presidência isolada, até à distribuição equitativa que expressasse o sentido de voto popular, a nossa decisão recaiu sobre a solução que pensámos mais construtiva. Embora com maioria relativa na Assembleia de Freguesia a decisão foi a de viabilizar um Executivo totalmente constituído por elementos do Partido Socialista.”

Por forma a respeitar a vontade expressa no voto de não dar a maioria absoluta a uma força política, uma única exigência, em contrapartida ao compromisso de viabilização: a presidência da Assembleia de Freguesia.

Tudo acordado, no momento das votações o Partido Socialista traiu o acordado apresentando lista própria para a eleição da Mesa da Assembleia de Freguesia. Ainda fomos a tempo de, em termos regimentais, evitar que a traição se concretizasse.

No momento em que todo este cenário se repete é útil recordar o passado para defesa das populações que em nós confia.

sexta-feira, outubro 14, 2005

a promessa de uma castanha


entre folhagem cor de esperança o ouriço esconde deliciosas castanhas

arrumações na oficina

Uma paragem breve, a análise destes tempos presente na blogoesfera e aí está a nossa proposta para os próximos tempos. Os acontecimentos, as viagens, os sentires poderão alterar o projecto que aqui na Oficina foi traçado. Mas será sempre o sonho a conduzir a nossa vivência...

A nossa opinião
O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilhamos a nossa análise modesta mas interessada.

Espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento.

O Mistério e a Fantasia
Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida.

Sentir o Povo que vive
O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios.

Minha terra é meu sentir
Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho.

Coleccionar com doçura
Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente.

A suavidade do erotismo
São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer.

quinta-feira, outubro 13, 2005

cores e texturas


obra de arte de cores e de texturas da Natureza inspirada

um castelo no imaginário popular

Evocação histórica no Espinheiro

Depois de viajar serras e vales, perdendo muito do encantamento local, em troca da rapidez das auto-estradas que desde há anos rasgam a beleza do Portugal profundo, fiquei extasiado com o rio Vouga correndo sorrateiro, de mansinho, mesmo à minha beira.

Perdi meu olhar na verdejante paisagem maculada, aqui e mais além, pelas manchas de um fogo florestal que há menos de dois meses trazia as gentes locais com “o credo na boca”. A Natureza já tratou de fazer renascer a esperança em árvores que há bem pouco não passavam de troncos calcinados.

Um odor estranho, mas muito agradável, impregnava o ambiente enquanto a vista percorria o arvoredo descobrindo, aqui e ali, um castanheiro carregado de ouriços, alguns dos quais já mostravam o aflorar de algumas castanhas.

Lá mais à frente, em terras de Espinheiro, labutava-se arduamente na preparação dos festejos que têm lugar a partir do próximo fim-de-semana. Festejar antepassados milenares, num evocar histórico da vida diária no interior do castelo, que penso estar unicamente no imaginário da população.


quarta-feira, outubro 12, 2005

no horizonte a linha de esperança


longa fileira de eucaliptos que marca a linha do horizonte

caderno de viagens

Gastronomia húngara

Os húngaros vivem bem e comem com grande prazer. Segundo a opinião dos nutricionistas os húngaros alimentam-se de forma excessiva, pois é muito difícil resistir às comidas húngaras tradicionais, com a cor rubi da paprika, em que os seus aromas, por si só, são capazes de despertar o apetite.

A Hungria é a pátria do verdadeiro goulash, conhecido e apreciado desde o Canadá à Austrália, assim como os milhares de petiscos, como sejam as empadas de fígado de ganso e, ainda, os diferentes guisados e assados.

A história da gastronomia húngara vem desde centenas de anos atrás e foi influenciada tanto pela arte culinária turca e italiana, como pela cozinha francesa.

No Museu da Indústria Hoteleira e da Economia Húngara, situado no Castelo do bairro mais monumental de Budapeste, existe uma exposição que desperta o apetite: ela mostra-nos, em forma de retrospectiva, até ao ano de 1500, como e o que se cozinhava nas diferentes épocas. Um dos reis húngaros mais famoso, o rei Matias, no século XV, convidou cozinheiros italianos para ensinarem a arte de utilizar os diferentes condimentos.

Graças às condições geográficas da Hungria, os vegetais que usam são produzidos no seu solo: os tomates, a batata e o repolho.

Quanto à paprika muitos opinam que tem uma única pátria: a Hungria.

Segundo contam as crónicas a sua origem é a Península Ibérica onde a paprika foi produzida pela primeira vez, mas este fruto e condimento atingiu na Hungria a fama mundial, com um paladar e odor diferente e esquisito.


Aperitivos
Aguardente húngara – pálinka, de agradável sabor

Sopas
De gulash, em húngaro gulyás, confeccionada originalmente pelos pastores do campo e da pampa húngara: carne de vaca, com muita cebola, paprika vermelha, tomate, cominhos e pequenos feijões. De acordo com a tradição o gulash cozinha-se e serve-se num recipiente especial de ferro fundido, chamado bogrács.
De galinha, cozinha-se em fogo lento, com muitos legumes e feijão verde muito delgado.
De peixe, confeccionada em muitas variedades, consoante a região, havendo cinco tipos de sopa de peixe, somente nas margens do Danúbio.

Repolhos
Com os repolhos preparam-se numerosos guisados, de entre os quais o mais conhecido é o Repolho à Székely.

Peixe
Frito em paprika e carpa moleira à moda de Dorozsma e, ainda, um prato esquisito que é a gelatina de peixe.

Carnes
O coelho com paprika, os filetes de coelho à caçador e as carnes de porco e de javali são dos melhores do mundo. Frangos, patos e gansos e, especialmente, o fígado de ganso são servidos nas diferentes formas de cozinhado, assado, tostado e em patê.

Vinhos
Tojak, Badacsony, Tihany, Villány, Sopron, Pécs e Szekszárd.

Digestivos
Licor Unicon.

As csárdas
Restaurantes típicos húngaros, famosos graças aos bandoleiros. Os bandoleiros roubavam os ricos para dar aos pobres e refugiavam-se nestes locais, iludindo a perseguição dos guardas dos senhores da terra. Na maioria dos casos as csárdas tinham duas entradas, por uma vinham os guardas, por outra fugiam os bandoleiros. Actualmente, ainda existem muitas csárdas em Hortobágy, perto do Lago Balaton e nas províncias de Somogy e Zala e, ainda, perto da fronteira ocidental, nos territórios de Sopron e Koszeg.
Vale a pena pensarmos um pouco nestes lugares, pelas especialidades em condimentos, guisados e assados, como também pelo característico do seu mobiliário feito à mão, numa tradição de centenas de anos espelhada também nas cerâmicas e bordados da região.

Cafés e pastelarias
Quanto a cafés e pastelarias encontram-se em Budapeste algumas que são autênticos pontos de encontro entre o oriente e o ocidente: o café Hungaria, no boulevard Lenin, no coração da cidade, o café Gerbeaud, na Praça Vorosmarty, bem perto da rua Váci e a pastelaria Ruszwurm, no interior das muralhas do Castelo de Buda.

O Apostolok
Restaurante caracteristicamente húngaro, dá porta para a rua Kigyó, ali bem perto da rua Váci, no centro cosmopolita e comercial da cidade de Budapeste, na zona de Peste, a dois passos do doce Danúbio.
Uma lista variada de comida tradicional húngara dificulta a escolha, muito embora esta vá sendo ajudada por alguns golos de Unicon, o licor que tão agradável é, como digestivo ou como aperitivo.

terça-feira, outubro 11, 2005

esvoaçar beleza


de flor em flor contribuem para o colorido universal

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhes sentido e afecto procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar...


EN LA BÚSQUEDA

Caminar en el arco iris para las tierras de Gaudi
En la búsqueda del siendo deseado, mujer hermosa y sensual
Mi vicio, en ausencia más sentido, dulzura angelical
Ojos color de miel por quién un día me perdí

En la otra extremidad del arco celestial encontré el tesoro real
Pasado que habían sido mares, montañas y tormentos
Explosión de maravillosos cariños y sentimientos
Te encuentro en el amplio espacio del dorado arenal

Qué perla ofreció por el mar azul y profundo
Rodó entre mis dedos, fue abrazada en mis brazos
Excitó mi sentir en espacios tan amplios
Felicidad más grande se sentía en las vivencias del mundo

Tu melodiosa voz me encanta, cual serena
Murmuras palabras blandas de mucho cariño
Estoy asombrado con la belleza total de tu ser
Me entrego en tu cuerpo que con afecto me enlejía

segunda-feira, outubro 10, 2005

jardim das caldas


um sonho de dna. Leonor, a rainha, a carecer de cuidados da autarquia

o povo é quem mais ordena

Por vontade expressa da população de Charneca de Caparica termina aqui o SONHO autárquico do pessoal da Oficina.

Havia dito e escrito...

Como Presidente de Junta, o meu compromisso primeiro com as populações será o da utilização dos dinheiros públicos na melhoria das condições do bem estar e das condições de vida das pessoas

Como escreveu o meu amigo Manuel Lourenço: “Dizem que o povo é lúcido. Será...

Eu acrescento uma citação de mais de trinta anos: “O Povo é quem mais ordena!”

Deixo aqui expresso o meu reconhecimento às muitas mensagens e afectos que recebi dos meus amigos da blogoesfera de apoio à minha candidatura autárquica.

Bem hajam!

domingo, outubro 09, 2005

com abril no pensamento


o povo tem de novo em suas mãos o elixir da verdade

a pesca do grande areal

A Arte Xávega, também designada por Pesca do Grande Areal, é uma arte piscatória caracterizada pelo arrasto da rede junto à orla costeira, em fundos arenosos, praticada nas zonas de amplos areais.Esta arte piscatória tem origem na costa norte, tendo-se iniciado no Século XVI, quando os pescadores começaram a ir ao mar largar as redes, lutando contra a rebentação das praias, cercando o peixe com as redes que depois eram puxadas a braços para o areal.

Praticada nos períodos de invernia, era a única forma que os pescadores encontravam para conseguirem meios de subsistência, atendendo a que no Inverno, devido às baixas temperaturas da água do mar o peixe se encontrar a maiores profundidades.

Hoje em dia a arte xávega é praticada nas praias da Caparica, nos longos e doirados areais, especialmente, nas zonas da Fonte da Telha, das Acácias e da Frente Praia. É mais frequente nos períodos de mar calmo, sendo já reduzido o número de colónias de pescadores que a praticam como meio de daí retirarem proveito para a sua sobrevivência, antes utilizando esta arte nos períodos estivais, por prazer e tradição.

Desde há alguns anos que as autoridades, pressionadas por decisões da União Europeia, têm vindo a criar dificuldades a esta prática tradicional, evocando o facto de tratando-se de pesca de arrasto destruir os fundos e capturar peixe demasiado miúdo.

sábado, outubro 08, 2005

vermelho, resistência


resistir vermelho no sonho e na esperança

che guevara morreu faz 38 anos

Che Guevara morreu em 8 de Outubro de 1967. Trinta e oito anos depois transcrevo as primeiras linhas do seu diário, datadas de 7 de Novembro de 1966.

Hoje começa uma nova etapa. Pela noite, chegamos à propriedade. A viagem foi bastante boa. Depois de passar convenientemente disfarçados, por Cochabamba, Pachungo e eu fizemos os contactos e viajamos em jeep em dois dias e dois veículos.

Ao chegar perto da propriedade detivemos os carros, indo um só até lá para não atrair as suspeitas dum proprietário vizinho, que murmura sobre a possibilidade de que a nossa empresa esteja dedicada à fabricação da cocaína. Como indicação curiosa, o inefável Tumaini é indicado como o químico do grupo ao seguir até à propriedade, na segunda viagem. Bigotes, que acabava de informar-se da minha identidade, quase caiu por um barranco, deixando o jeep atravessado na borda do precipício. Caminhamos assim como uns 20 quilómetros; chegando à propriedade, onde há três trabalhadores do partido, passada meia hora.

Bigotes mostrou-se disposto a colaborar connosco, faça o que fizer o partido, mas mostra-se leal a Monge a quem respeita e parece estimar. Segundo ele, Rudolfo está na mesma disposição e outro tanto sucede com o Coco, mas há que tratar de que o partido se decida a lutar. Pedi-lhe que não informará ao partido até à chegada de Monje, que está de viagem para a Bulgária e que nos ajudará, acedeu a ambas as coisas.

sexta-feira, outubro 07, 2005

fonte de vida


pequenos estames contêm em si uma maravilhosa fonte de vida

agostinho

Agostinho era um músico de Grinzing que além fazer música apanhava tremendas bebedeiras nos heurige onde tocava. Conta-se que no tempo da peste negra, época em que as pessoas já não conseguiam enterrar os seus mortos, pondo-os às portas para serem recolhidos por uma carroça que os levava para uma vala comum, o Agostinho com uma bebedeira de “caixão à cova” caiu à saída de um heurige e ali ficou até alta madrugada. Quando a carroça passou, considerou-o mais um morto da peste negra e lá o levou para o destino final. O Agostinho ainda esbracejou e esperneou mas já os coveiros se haviam afastado às pressas não fosse caso de serem contagiados por tão terrível doença. O Agostinho lá ficou junto dos cadáveres até ter forças para sair pelos seus próprios meios.Consta que nunca foi tocado pela peste negra. Daí que alguém mais esclarecido deduza que quem bebe, e bebe bem, vinho de Grinzing, não apanha doença nem mesmo que seja a peste negra.

quinta-feira, outubro 06, 2005

porto ou ginjinha


no bar Ibn Errik do saudoso Nobre um cálice de Porto ou um copo de ginjinha

moscatel de setúbal

O Moscatel de Setúbal é um vinho licoroso, cuja graduação alcoólica varia entre os 18 e 20 graus, sendo preparado na região demarcada de Azeitão, donde têm origem as uvas que lhe servem de base.

Os vinhos mais jovens, engarrafados após permanecerem cerca de cinco anos em cascos de madeira, apresentam uma cor alaranjada raiada de ocre e um sabor com notas adocicadas a moscatel. Com 20 ou mais anos de reserva na madeira ganham em cor, mais profunda e intensa, prevalecendo os aromas a laranja, amêndoas e flores silvestres.

Existem dois tipos de Moscatel de Setúbal, o branco e o roxo, elaborados, respectivamente, a partir das castas Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo.

A área geográfica correspondente à Denominação de Origem "Setúbal" abrange os concelhos de Palmela, Setúbal e parte da freguesia de Nossa Senhora do Castelo, do concelho de Sesimbra.

Consoante o tempo de permanência na madeira, assim o Moscatel de Setúbal se torna mais raro e especial. Em primeiro lugar, situam-se os vinhos jovens, entre 5 e 10 anos de reserva em madeira; depois, com grande qualidade os que têm 20 anos de reserva; finalmente, os mais exclusivos, aqueles que permanecem 50 anos em reserva de envelhecimento.

Algumas raridades estão cotadas ao nível dos melhores vinhos do Mundo:
Vinho Moscatel de Setúbal 1934 - €299,50/75cl
Vinho Moscatel de Setúbal 1900 - €514,73/75 cl
Vinho Moscatel de Setúbal “Trilogia” (1900 + 1934 + 1965) - €124,86/50cl

quarta-feira, outubro 05, 2005

belo palacete do tecido urbano de aveiro


casas apalaçadas fazem parte da história recente da cidade de Aveiro. Palacetes e azulejos de encantar

vinte e sete meses na blogoesfera

O mistério do “tempo que passa” é sempre algo que me faz meditar e que torna especial importância num momento de comemoração de contagem. Esta avaliação mês a mês terá algum significado? Dependo, como em tantas outras coisas, do ponto de vista em que a questão é analisada.

Mais um mês, é tempo curto que por vezes parece longo em passar, qual matéria viscosa que lentamente se transfere de um meio para outro. Outras ocasiões há em que qual cristalina água do ribeiro ou fina areia do mar se passa velozmente por entre os dedos.

Tanto se passou nestes 27 meses, somatório de acontecimentos do mês e mesmo do dia que o calendário vai marcando para atenuar o efeito dos afectos e dos anseios.

A Oficina das Ideias recebeu já cerca de 54.500 visitas, a uma média actual de 93 visitas por dia, tendo sido postados cerca de 1.690 textos e imagens, sempre que possível, originais.


QUADRO DE HONRA

Jacky, do Amorizade
Adias/Reporter, do EmDirectoEACores
Lila
Mário Rodrigues
GNM, do Extranumerário
LuaLil, do Traduzir-se...
Riquita, do Contra Capa
Claudia Perotti, do Meias Intimidades
Yonara, do Templo de Hencate
Daniel Malafaia, do Tudo sobre Nada
Patrícia, do Vento na Praia
Ermelinda, do Sabor das Palavras
Lenore, do Verdades Cruéis
MFC, do Pé de Meia
Atento
Fernando B., do Fraternidade
Eduardo, do Bloguices
Cathy (Bailarina das Letras), do Bailar das Letras
(Im)Parcial, do (Im)parcialidades
Nélio
Chris, do Chris sein Tagesgescheche (Alemanha)
Gotinha, do Blogotinha
Marco, do Convento das Safadas

A TODOS o muito obrigado do pessoal da Oficina das Ideias.

terça-feira, outubro 04, 2005

táxi da ria


viajar de táxi na Ria de Aveiro é algo de inusitado e maravilhoso

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhes sentido e afecto procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar...


Ao Mundo que já não entende o Amor

Cabeça pousada entre as mãos
Olhos fixos no infinito
Cotovelos sobre a pedra fria da mesa
Pensamento vagueando nas terras do longe
Na busca de uma imagem
Que se nega tornar realidade.

Os dedos tamborilam no tampo de pedra
De tantos sonhos reflexo
Marcando ritmo de descontrolada emoção
Enquanto vai bebendo o negro café
Companheiro fiel dos momentos de tristeza
Dos momentos de solidão.

O fumo torna-lhe os olhos brilhante
Não de lágrimas
Justificação fácil para ocultar sentimentos
Ao Mundo que já não entende o amor
Ao Mundo que o amor nunca aceitou
Pelo que de sonho contém.

segunda-feira, outubro 03, 2005

posto de observação


com elevado sentido de colectivo o piar desta gaivota dá indicação às suas companheiros dos bons locais de pescaria

um eclipse muito especial

Em tempos de Lua Nova somos, por vezes, surpreendidos aqui no planeta Terra. Embora, em termos da ciência astronómica seja, hoje em dia, fazer previsões a longo prazo, tal não evita que a surpresa junto das pessoas seja mesmo uma realidade.

Alguns dias antes chega a notícia aos órgãos da Comunicação Social que lhe dão eco e aos fabricantes de “acessórios” que avançam com o respectivo fabrico e comercialização.

Temos hoje, concretamente, um Eclipse do Sol e a ansiedade das pessoas em observarem este fenómeno astronómico. A Lua passa hoje numa zona que se interpõe entre a Terra e o Sol possibilitando a observação de um fenómeno magnífico.

Este não será um Eclipse Solar normal, pois o posicionamento relativo dos astros envolvidos - Sol, Lua e Terra – dão-lhe uma característica muito especial, é um Eclipse Anular que tem a particularidade de a Lua não tapar completamente o Sol, pelo que apenas a zona central do disco solar será eclipsado deixando visível um maravilhoso anel de luz.

Em Portugal o “anel perfeito” será visível em Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real, sendo Bragança, pela sua posição central em relação ao cone de sombra especial o melhor local de observação.

Cientistas, astrónomos amadores e muitas pessoas curiosas acerca deste fenómeno astronómico viajaram para Bragança esgotando toda a oferta hoteleira da região. Vai ser uma verdadeira romaria...

Na Oficina elaborámos esta “graça” que aqui partilhamos...

domingo, outubro 02, 2005

água pura cristalina


vinda dali bebo água pura cristalina que me enche a alma de odor de rosas

flor amarela

A minha doce amiga Cathy, do Bailar das Letras, partilhou connosco este maravilhoso poeminha de Cecília Meireles sobre

A Flor Amarela

Olha a janela
da bela Arabela.
Que flor é aquela
que Arabela molha?
É uma flor amarela.


Aqui na Oficina correspondemos a tamanha ternura com...


para ti doce amiga Cathy

sábado, outubro 01, 2005

actividade geracional


coleccionar pacotes de açúcar é um entretimento de cariz geracional

em setembro de 2005 a oficina das ideias publicou:

Textos
Dia 1 – Em Agosto de 2005 a Oficina das Ideias publicou
Dia 2 – Marte espectacular; O doce olhar da loba Murta
Dia 3 – A Banda do Cidadão em acção
Dia 4 – A Magia do Número 7 [2]
Dia 5 – Vinte e seis meses na blogoesfera
Dia 6 – Ginja dos Monges do Convento da Rosa
Dia 7 – Malhoa e Bordalo
Dia 8 – O esoterismo de um Santuário
Dia 9 – Simples Palavras Simples [espaço de poetar]
Dia 10 – Novos Apontadores de Leitura [links]
Dia 11 – A Magia do Número 7 [3]
Dia 12 – Em Memória
Dia 13 – Mais do que um Amigo... um Irmão
Dia 14 – Bañas tu Cuerpo [espaço de poetar]
Dia 15 – Bocage – 240 Anos
Dia 16 – Iconografia da Oficina, 1
Dia 17 – Um café e um Claudino
Dia 18 – A Magia do Número 7 [4]
Dia 19 – A Natureza contra os Estados Unidos
Dia 20 - Saudações Açucaradas
Dia 21 – Aqui está o Mundo inteiro
Dia 22 – Equinócio de Outono
Dia 23 – Um dia tranquilo
Dia 24 – Olhos Verdes Esmeraldas de Água Fina [espaço de poetar]
Dia 25 – A Magia do Número 7 [5]
Dia 26 – Iconografia da Oficina, 2
Dia 27 – Buga paper, 1
Dia 28 – Buga paper, 2
Dia 29 – Na procura [espaço de poetar]
Dia 30 – A penitência da cerveja preta

Uma flor para...
Dia 4 - ... a São, homenagem à mulher
Dia 22 - ... o Pedro, parabéns amigo Pedro, muitas felicidades

Imagens
Dia 1 – O segredo de uma bola
Dia 2 – O segredo de uma bola
Dia 3 – Esta imagem deixou-me sem fala
Dia 5 – Bandeira Azul na Praia da Sereia
Dia 6 – Marte aqui tão perto
Dia 7 – Sonhar Óbidos
Dia 8 – Senhor Jesus da Pedra
Dia 9 – Óbidos
Dia 10 - Suavidade
Dia 11 – ...Choveu prata
Dia 12 – Hibisco Vermelho
Dia 13 – Espuma do Mar
Dia 14 – Mar da Caparica
Dia 15 – Ibn Errik Rex
Dia 16 – Janela com cortinas de renda
Dia 17 – Espaço...
Dia 18 – Lua de Setembro
Dia 19 – Lábios de sonho
Dia 20 – Suave odor das rosas
Dia 21 – Suave pensamento
Dia 23 – O jardim da flor amarela
Dia 24 – Voo em linha
Dia 25 – Farol da Barra (Aveiro)
Dia 26 – Janela de Aveiro
Dia 29 – Igreja de São Domingos (Sé de Aveiro)
Dia 30 – Radicalmente

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