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segunda-feira, outubro 24, 2005

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


Armas à solta no Brasil

Nunca visitei o Brasil. Tem sido um sonho adiado pelos acontecimento da vida. Contudo, essas terras do outro lado do mar azul, as suas gentes e a sua cultura têm me compensado com a sua visita frequente, desde a minha juventude.

Muito antes de conhecer a acção política em Portugal, da importância da defesa de uma política social e da defesa das populações mais desprotegidas, já conhecia o pensamento desse cavaleiro da esperança que foi Luiz Carlos Prestes, nos tempos do Estado Novo no Brasil, pela pena de Jorge Amado.

A problemática da seca extrema no Nordeste Brasileiro, as implicações sociais, as debilidades mesmo incúria de governos sucessivos, foram tornando-se impressivas no meu espírito através das leituras de livros como “7 Palmos de Terra e um Caixão” e outros, de Josué de Castro.

A poesia de Vinícius de Moraes, a música de Edu Lobo, as leituras e as conversas trouxeram o Brasil até mim. Recentemente, três mulheres brasileiras, (Liliana, Catherine e Marley), criaram cumplicidades de saberes e de sentires sobre esse país tão desejado: o Brasil.

A eleição de Lula da Silva para presidente do Brasil veio trazer novos caminhos de esperança que durante muitos anos haviam sido interrompidos por ditadores e corruptos. A reacção internacional dos que se julgam “senhores do Mundo” era esperada. E não tardou a pôr as garras de fora.

No caminho da Paz uma lei brasileira aprovada já no consulado de Lula da Silva, proibiu a venda livre a particulares de armas letais embora ficando dependente de um referendo que se realizaria um ano depois. Uma excelente defesa acerca do NÃO à venda livre de armas pode ser lida em TRADUZIR-SE..., de Lualil. O Povo votou e votou SIM.

Alheio a este facto, um apelo à violência e ao desrespeito pela autoridade democrática, não está por certo a grande movimentação efectuada pelos fabricantes de armas, não só brasileiros como, muito em especial, dos Estados Unidos, tradicionais fornecedores de armas para o mercado brasileiro.

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