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quinta-feira, dezembro 31, 2009

uma flor para... a cláudia




Cláudia é a minha querida Amiga Cláudia Perotti, artista plástica brasileira,
companheira na blogosfera durante muitos anos

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mês de lua azul

O mês de Dezembro deste ano de 2009 que agora termina, pode designar-se por “mês da Lua Azul”, não porque tenhamos tido a possibilidade de ver a Lua colorida de azul mas porque durante este mês podemos assistir a um fenómeno que apresenta algum grau de raridade, a muitas pessoas despercebido passará, devido ao facto de ser um mês de duas luas plenas.

É um fenómeno que só tem lugar com uma frequência de uma vez em cada dois ou três anos. Dois meses de “Lua Azul” no mesmo ano somente se verificam, em média, a cada 35 anos. O mês de Fevereiro, mesmo em anos bissextos, nunca poderá ser mês de Lua Azul.

No dia 2 de Dezembro, a Lua plena foi às 7 horas e 32 minutos (UTC), e fotografámo-la assim...




A Lua de hoje, dia 31 de Dezembro, foi Lua Cheia às 19 horas e 13 minutos UTC), assim a fotografámos…




Festejemos, pois, o mês da LUA AZUL.

A designação de “Lua Azul” nasce, segundo alguns documentos existente, de uma discussão verificada em pleno século XVI em que uns afirmavam ser a Lua azul e outros, cinzenta. Porque azul nunca poderia ser passou a ter o significado de “alguma coisa difícil”. O significado de “nunca” ou “raro” passou com ligeireza para a raridade de duas luas cheias no mesmo mês.

Hoje em dia popularizou-se chamar “Lua Azul” à segunda Lua Cheia do mesmo mês, embora historicamente Lua Azul fosse a quarta Lua Cheia de um trimestre, marcado ao ritmo das estações do ano, no respeito pelos solstícios e pelos equinócios.

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quarta-feira, dezembro 30, 2009

felicidade encontrada




cúpula do Panteão Nacional, Lisboa

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companheira de um ano inteiro

Chegou à minha mão a tempo de me poder fazer companhia um ano inteiro. Mão amiga me a entregou em tempos de nascimento do sol invencível, marca de um renascer de ideias e de conceitos, inspiradora nas palavras que colocadas em sintonia possam ter novos significados, abrir caminhos nunca anteriormente percorridos.

Fez as delícias, foi amante, nos dois últimos séculos de artistas e pensadores da Europa e do Mundo, como Van Gogh, Picasso, Bruce Chatwin e Ernest Hemingway, de quem foi companheira e confidente.

Foi cofre-forte e guardiã de esquissos, apontamentos e sugestões, de lembretes e de notas que deram origem a magníficos textos, a desenhos e pinturas de excepção que hoje iluminam os museus e fazem vibrar os sentidos dos eleitos que a elas têm acesso.

Antes de chegar à minha mão passeou-se nos mais chiques “boulevards” parisienses, frequentou as papelarias míticas onde tantos e tantos escritores adquiriram as folhas de papel que transformaram em poemas e pensamentos.

Esteve quase a desaparecer, mas em 1998, graças à cumplicidade de um pequeno editor de Milão, renasceu, tornou-se mais bela, sensual, atractiva e retomou a sua viagem pelo Mundo, capturando os detalhes das terras e das gentes com um extraordinário charme e encantamento.

Esta legendária agenda voltou ao seu fadário de passar de mão em mão, de bolso em bolso, acompanhando os trabalhos criativos, o imaginário do nosso tempo. A aventura da Moleskine não pára. Chegou a mim com as suas páginas de papel sem ácido em branco. Vai estar disponível todo o ano de 2010 para registar os meus apontamentos que vão marcar uma década do meu contentamento.

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terça-feira, dezembro 29, 2009

basta de egoísmo




muralhas do Castelo de Alandroal

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novos indicadores de leitura

De acordo com os critérios editoriais da Oficina das Ideias criamos, frequentemente, novos apontadores de leitura. Três razões fundamentais nos levam a essa decisão:

1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.

Esta permuta desinteressada de indicadores de leitura é uma das características mais positivas da blogoesfera e de quem a utiliza com espírito construtivo e solidário que coloca acima dos seus pessoais interesses a satisfação dos leitores.

Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.


Novos indicadores:

De Abril em Diante, de Tulipa (Portugal) – “Visite os amigos com frequência. O mato cresce depressa em caminhos pouco percorridos (Provérbio Escandinavo)

Nosso Cotidiano, de Hugo Oliveira (Brasil) –

Ave sem Asas, de Ana Martins (Portugal) – “Se pensas, ao pensar cansas o pensamento, Se olhas, ao olhares a imagem se vai com o vento. Pensa que não pensas, olha que não vês, não penses que pensas olhar, e logo vês!

Estímulos, de Rosan (Brasil) – “Amo a Natureza, flores, folhagens, jardins, montanhas, trilhas e amo muito cactus e suculentas, dos espinhos saem sempre lindas flores

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segunda-feira, dezembro 28, 2009

uma flor para... a alay




Alay é a minha querida amiga Alfonsina da Venezuela
uma bela mulher do Caribe
"en este dia de tus cumpleanos te deseo las mayores venturas"

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o olhar único de um lobo

A existência do maior carnívoro de Portugal - o lobo, encontra-se ameaçada por sucessivas acções predatórias da responsabilidade dos seres humanos, quer provocando directamente a sua morte, quer destruindo o seu “habitat” e os seus meios de sobrevivência. A perseguição desenfreada conduzida pelo homem associa-se à ausência de presas silvestres e à destruição e à fragmentação dos seus locais de vivência.

Actualmente a população lupina ibérica encontra-se fragmentada em três núcleos: um no Noroeste da Península Ibérica (Portugal e Espanha); outro na região Sul do rio Douro (Portugal); e uma terceira na Serra Morena (Espanha).

A população de lobos ibéricos é reduzida, tendo o núcleo a Sul do rio Douro cerca de 6 a 8 alcateias, com uma média de 2 a 3 indivíduos por cada agrupamento familiar. É nestas situações da reduzida dimensão e de isolamento que a acção do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico se torna determinante para a preservação do lobo ibérico.




a minha "afilhada" Loba Murta


O Centro de Recuperação do Lobo Ibérico encontra-se instalado numa zona com óptimas condições para os lobos e para os visitantes, em terrenos situados no Município da Malveira, onde um grupo de voluntários dá a sua preciosa contribuição. As pessoas ou instituições podem (e devem) contribuir para os elevados encargos financeiros desta iniciativa, para o que existe um esquema de “apadrinhamento” dos lobos.

Para saber mais sobre o C.R.L.I. consultar: Centro de Recuperação do Lobo Ibérico

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domingo, dezembro 27, 2009

ameaça a tormenta

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oitava... quarta

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Percorro insanos caminhos em que devasso,

Segredos guardados pelas pedras milenares.

São estreitas veredas, não o tempo a compasso,

Pois neste a viagem assenta nos mil pilares,

Que na vida eu construo e nunca mais desfaço,

Como a trama e a malha razão de ser dos teares.

Os mistérios milenares são riqueza e saber

Herança dos tempos que quero fazer crescer.

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sábado, dezembro 26, 2009

harmonia amorosa

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um clique solidário

Já repararam, por certo, que a Oficina das Ideias inclui, embora de forma discreta, alguns apelos publicitários, sensitivos à temática das imagens e dos textos apresentados, uma “facilidade” do sistema global da Google, esta designada “AdSense” e que resulta num retorno de cerca de 0,17 do dólar por cada clique e acesso a esse apelo publicitário.

Desde o primeiro dia em que passámos a incluir publicidade na Oficina das Ideias que declarámos que os proventos desta forma obtidos reverteriam integralmente para uma instituição particular de solidariedade social, no caso concreto para a CURPIC – Comissão Unitária de Reformados Pensionistas e Idosos de Charneca de Caparica, no concelho de Almada. E temos sempre cumprido tal desígnio.

Por protocolo e de acordo com a vontade da Google não podemos utilizar “cliques próprios” nem fazer apelo directo a que os nossos leitores o façam… na certeza de que cada clique que fizerem é uma contribuição solidária que estão a efectuar.



[Clarinda Mendes (Tesoureira da CURPIC), Rosário Quintas (presidente da Curpic
e do blogue Instantes da Vida) e Vicktor, da Oficina das Ideias]

Aproveitando a ocasião de uma “consoada solidária” levada a efeito no passado dia 24 de Dezembro pela CURPIC em colaboração com a comunidade comercial e industrial da Charneca de Caparica e com a Junta de Freguesia local, consoada destinada a todos aqueles que por dificuldades financeiras ou por estarem sós neste período de festa a não puderam ter nos seus próprios lares, a Oficina das Ideias realizou um modesto mas sentido donativo de 100 euros, fruto da generosidade de todos os que durante o ano nos visitaram e clicaram na publicidade apresentada no blogue.

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sexta-feira, dezembro 25, 2009

uma flor para... a zinda




a Zinda é a minha querida Amiga Adosinda com a paixão pelo ensino especial e mulher boa e solidária

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dia do sol invencível

O dia 25 de Dezembro de cada ano é data de celebração do Natalis Solis Invictus, o mesmo dizer do Nascimento do Sol Invencível, sendo o tempo de o Sol iniciar a sua triunfante ascensão, significando, a luz que nunca morre e sempre é vencedora, com o tempo que passa.

Foi o imperador Aureliano no ano de 274dC que determinou a celebração do Sol Invencível, após o seu triunfo no Oriente, celebrações militares que incluíam corridas de cavalos, mas igualmente populares, onde o vinho corria dos tonéis.

Contudo, estas celebrações encontram justificação mais profunda e ancestral como resposta do Povo às suas dúvidas, temores e preocupações resultantes de factos para os quais não encontravam, ao tempo, explicação.

Logo após o Equinócio do Outono, em que a duração do dia é igual à duração da noite, esta última começa a ganhar terreno rapidamente. Os dias vão sendo cada vez mais curtos e as noites mais longas. Os antigos Povos do norte da Europa, não tendo explicação para o que acontecia, temiam que a escuridão vencesse definitivamente a luz do dia, transformando o Mundo num espaço terrível sem luz nem calor.

Recorriam, então, a um ritual mágico para afastarem a ameaça das trevas, donde fazia parte decoravam os lares com azevinho, hera, visco, lauréis e outras sempre-vivas, pois estas plantas pareciam ter a capacidade sobrenatural de sobreviver a todas as desgraças. Velas e fogueiras eram acesas na tentativa de ressuscitar o sol moribundo.

Na Mesopotâmia, onde muitas civilizações posteriores sorveram costumes, chamada por essa razão “mãe da civilização”, inspirou-se a cultura de muitos povos, como os gregos, que assumiram muitas das celebrações antigas, como a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, através da Grécia, o costume chegou aos romanos, sendo absorvido pelas festividades chamadas Saturnais (em homenagem a Saturno).

Estas festividades de Inverno começavam em 17 de Dezembro e duravam até o dia 24 do mesmo mês. Outros estudiosos afirmam que se prolongavam até a 1 de Janeiro. A vida transformava-se em confusão nessa época, as pessoas deixavam as ocupações sérias, e quando não estavam a festejar na casa uns dos outros, deambulavam pelas ruas dizendo como saudação: “Io Saturnalia”, assim como dizemos hoje: “Feliz Natal”.

Ao tempo, os romanos enviavam presentes aos familiares e amigos, acompanhados de um papel com versos curtos, imaginando dar assim um cunho mais erudito numa época em que se vivia em pleno deboche. Aliás, muitos desses versos eram flagrantemente imorais apelando ao erotismo.

Mal terminavam as Saturnais, os romanos celebravam a festividade de Ano Novo, as Festas das Calendas, em autêntica folia geral, havendo um dia reservado para a adoração do Sol, cujo aparente renascimento no Solstício de Inverno fornecera originalmente a desculpa para todas estas desregradas festanças pagãs. O dia de adoração do Sol cai agora, feitas as adaptações dos calendários, no actual Dia de Natal.

O cristianismo recuperou tardiamente este Dia do Nascimento do Sol Invicto como Dia de Natal, dia do nascimento, dia do nascimento de Jesus. O actual Dia de Natal resulta, pois, da fusão das actividades populares, quer dos Povos do Norte da Europa, quer da antiga Roma.

A Igreja primitiva travou uma verdadeira batalha contra as Saturnais e as Calendas - estas realizadas quando o ano mudava e durante as quais se trocavam presentes como ritual. Os pais da Igreja, nomeadamente São João Crisóstomo, não apoiavam a transigência com o paganismo. Contudo, na dúvida da data exacta do nascimento de Jesus não hesitaram em utilizar a data das Saturnais. Assim, a simbologia do renascimento do Sol tornou-se na do nascimento de Jesus Cristo.

Apenas após a cristianização do Império Romano, o 25 de Dezembro passou a ser a celebração do nascimento de Cristo. Conta a Bíblia que um anjo, ao visitar Maria, disse que ela daria à luz o filho de Deus e que seu nome seria Jesus. Quando Maria estava prestes a ter o bebé, o casal viajou de Nazaré, onde viviam, para Belém a fim de realizar um recenseamento solicitado pelo imperador, chegando na cidade na noite de Natal. Como não encontraram nenhum lugar com vagas para passar a noite, eles tiveram de pernoitar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado numa manjedoura, usada para alimentar os animais.

O Natal é uma adaptação católica de antigas festas pagãs. Estas festas eram promovidas por culturas ancestrais para comemorar o Solstício de Inverno e trazer boa sorte na agricultura.
O Solstício de Inverno é a noite mais longa do hemisfério norte, e acontece nos finais de Dezembro. Depois do Solstício, o sol vai gradualmente aumentando o seu tempo de exposição no céu. A celebração do Solstício é atribuída a épocas anteriores ao nascimento de Cristo. Na antiguidade, significava uma mudança das trevas para a luz - o renascimento do Sol.

Até aos primeiros três séculos da era cristã, a humanidade não celebrava o Natal como conhecemos hoje. Foi preciso que o Império Romano adoptasse o cristianismo como religião oficial, no século IV. A partir desse momento, a Igreja passou a conferir significados católicos para as tradições e os simbolismos pagãos. Foi a apropriação destes cultos que acabou por criar o Natal, com a data de nascimento de Cristo, sendo celebrada no dia 25 de Dezembro.

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quinta-feira, dezembro 24, 2009

momentos de felicidade




o Vicktor Reis, o Olho de Lince e a Oficina das Ideias
desejam a tod@s @s AMIG@S
momentos felizes nesta festiva quadra

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o menino da mata

Habituara-se desde muito pequeno, quando começou a andar e a perceber o meio em que cresceu, a esconder-se no interior do casebre em que vivia com os seus progenitores e seus irmãos, sempre que pressentia a aproximação de estranhos pelo estalar da folhame existente no chão, pisada por quem se aproximava. Fazia o que via os mais velhos fazerem, com eles aprendeu a arte da dissimulação.

Quando chegou a idade escolar foi à escola, porque era rapaz, o mesmo não tendo acontecido com as raparigas da família que de muito novas estavam destinadas a ajudar as lidas da casa e dos campos. Ele também trabalhava nas terras de cultivo antes de ir e depois de regressar das obrigações escolares. Nem sequer conheciam a existência dos sábados e dos domingos.

Ia à escola situada num edifício de dois andares onde começava a estrada, pois até lá seguia por carreiros marcados pelo passar frequente em terrenos da mata, num sítio que chamavam “á do Mário Casimiro” por aí viver uma das famílias ricas do lugar e ser esse o nome do chefe de família. Caminhava descalço com os pés calejados pelo tojo e pela murta que eram lançados para formar o caminho.

Muitos dos meninos que frequentavam a escola iam igualmente descalços. Um ou outro de famílias de mais posses calçavam umas sandálias feitas pelo sapateiro que tinha porta aberta bem perto da escola e que a miudagem olhava com espanto na sua arte de trabalhar com a sola, a faca e a sovela.

Nos tempos frios e húmidos, quando necessário foi agasalhar-se com um casacão que já outros membros da família haviam usado quando mais novos e com o corpo da sua medida, ouviu falar na escola que se iria festejar o Natal, o nascimento do menino. Tempo de comida melhorada e de presentes para alguns, para outros, somente um dia diferente.

Nesse dia não via a hora de chegar a casa, de falar à sua mão nas estranhas conversas que ouvira na escola. Festa de Natal. Nascimento do menino. Prendas e comida melhorada e diferente. Na sua pequena cabeça fervilhavam perguntas, dúvidas que não sabia como as iria apresentar à mãe.

A mãe não soube que responder. Eram perguntas cujas respostas se encontravam muito longe de o seu viver. Pouco saía do pedaço de terra em que viviam bem no interior da Mata. Passava o tempo da lida da casa e nos trabalhos do campo onde obtinha os alimentos para a sobrevivência da família. Como poderia ele saber essas coisas da “festa de Natal”?

O menino sem respostas lá foi às suas tarefas reservadas para depois do regresso da escola. Dar de comer aos animais, cavar a terra ao lado do pai. Pela madrugada e até regressas à escola lá iria para os campos, feito espantalho humano, para enxotar a passarada que teimava em debicar as sementes que o seu pai havia lançado à terra.

Antes de dormir, no seu desassossego de não perceber o que ouvira na escola, ainda colocou as mesmas questões ao seu progenitor. O pai, escondendo uma lágrima furtiva, lá lhe foi dizendo: “_Quando chegar o dia do nascimento do menino logo saberás as respostas a essas dúvidas”.

Chegado o dia aprazado o pai chamou a si o menino e disse-lhe: “_Hoje é o dia em que nasceu o menino. Para ti vai ser um dia de brincadeira e ficas dispensado dos trabalhos do campo”. Dito isto, beijou-lhe a testa e viu com quanta felicidade ficou o seu menino.

Nesta sua vida, começada ainda há tão poucos anos, o único dia de festa que conhecera fora o dia do seu aniversário. E a única prenda que havia recebido e que alegrara esse dia fora a dispensa nesse dia festivo de ir trabalhar para os campos.

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quarta-feira, dezembro 23, 2009

princesa da adiça




"Princesa da Adiça" no areal da Trafaria

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oitava... terceira

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Percorro insanos caminhos em que me enlaço

Com o pensamento posto em quem mais sofre.

Neste mundo que com meu olhar trespasso,

Palpitante coração sofrido guardo em meu cofre.

No desejo imenso de perceber o que eu faço,

Para melhorar na tranquilidade e não de chofre.

Quando uma palavra tem mais valor que a riqueza,

Desenhamos veredas de luz, de cor e de beleza.

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terça-feira, dezembro 22, 2009

mensageiro da natureza




Mar do Grande Areal

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a sopa da pedra

Conta a lenda…

Um velho caminhante das terras do sem fim, andrajoso e cansado, sem forças e cheio de fome chegou a uma aldeia e procurou que lhe dessem algum comer. Tempo de míngua era esse que dificilmente encontrou resposta ao seu pedido.

Pediu, então, ao dono da casa de que se abeirou se lhe emprestava uma panela. Retirou do seu bornal uma pedra de alvura tamanha que ofuscava quem directamente a olhava e colocou-a dentro da panela, dizendo que já que outro alimento não conseguia que iria fazer uma “sopa da pedra”.

Perante o espanto da situação, o dono da casa permitiu que ele entrasse e que o seu lume de chão utilizasse para confeccionar a sopa. Acrescentou água à pedra que se encontrava no fundo da panela, enquanto dizia que algum tempero daria outro paladar à sopa. A dona da casa deu-lhe uma mão cheia de sal e o velho caminhante pediu algum unto ou chouriço que tornaria a sopa mais saborosa.

Para engrossar a sopa de pedra pediu algumas batatas e feijão mesmo sobras de anterior refeição. Para lhe dar mais cor, couves e cenouras… e alguma carne que havia sido no dia anterior cozinhada com o feijão.

O velho caminheiro partilhou aquela sopa, a “sopa da pedra” com os donos da casa que se deliciaram e antes de seguir caminho retirou a pedra do fundo da panela, limpou-a cuidadosamente e colocou-a no bornal para a “sopa do dia seguinte”.

No domingo passado comemos uma excelente “Sopa da Pedra” solidária com os mais desprotegidos que vivem no povoado de Vale Figueira, freguesia de Sobreda, concelho se Almada.




Notas:
1 - Existem registadas cerca de uma dezena de versões da “Lenda da Sopa da Pedra”, entre as quais uma que foi recolhida por Teófilo Braga.
2 – A Sopa da Pedra faz parte da cozinha regional portuguesa e, igualmente, brasileira, sendo servida em diversas localidades, com destaque para Almeirim, na sub-região Lezíria do Tejo, até Ao ano de 2002 pertencente ao Ribatejo.

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segunda-feira, dezembro 21, 2009

uma flor para... a ivone




a Ivone é uma querida amiga que tem o blogue Um Silêncio de Paixão,
artista plástica de elevado gabarito.
Muitas Felicidades, minha querida Amiga

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tempo de união

o mistério e a fantasia
Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida



Às 17 horas e 47 minutos de hoje – tempo quando este texto é publicado - começou o Inverno, coincidência astronómica com o Solstício de Inverno. O Solstício de Inverno marca a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Depois de se atingir o apogeu da noite inicia-se a decadência da escuridão, no caminho da luz, neste constante bascular do Universo.

As culturas europeias de época neolítica atribuíam grande importância a estas alterações nos ciclos do percurso do Universo, dedicando-lhes muitas construções megalíticas, ainda hoje discutindo-se se se tratavam de santuários ou de observatórios astronómicos. Ou de ambas as coisas em simultâneo. Quando tivemos oportunidade de visitar Stonehenge sentimos bem a força telúrica que emana deste monumento megalítico e todo o respirar esotérico.

A Primavera irá retornar em breve, passados que forem 88,99 dias, isto é a 20 de Março de 2010, às 17 horas e 32 minutos. Com ela virão os resultados do Solstício de Inverno, da união entre o masculino Sol e a feminina Lua, no esplendor do renascimento e da preservação da vida.

Os antigos ignoravam que existisse uma parte da Terra onde houvesse o Verão enquanto os europeus e asiáticos viviam o Inverno. Julgavam que o Solstício de Inverno marcava a época da mais longa noite para a Terra inteira.

Os ciclos solares eram então considerados uniformemente para todo o planeta Terra, o que dele se conhecia à época, pelo que consideravam o nascimento do deus Sol quando os dias começavam a crescer (Solstício de Inverno). A sua juventude era marcada pelo Equinócio da Primavera. O deus Sol atingia toda a sua força e pujança no Solstício de Verão, entrando depois na sua regressão de vida no Equinócio de Outono.

Entre os povos do Oriente, o sol nascente era representado por um menino no colo de uma Virgem celeste, sua mãe. Os egípcios, em especial, celebravam todos os anos, no Solstício de inverno, o nascimento do pequeno Horus, filho da virgem Isis, e sua imagem era exposta, num presépio à adoração do povo.

Foi no Império Romano que o Solstício passou a ser considerado em data fixa, tendo sido feito coincidir com o nascimento do “salvador da humanidade”, filho de Deus, e já não filho do Sol como as civilizações mais antigas consideravam. No ano 336 da nossa era, o imperador romano Constantino I, anunciou aos povos do Império, no decorrer dos festejos do Solstício da Luz, a nova religião, refazendo a história de forma adequada.

Quando Júlio César recorreu ao astrónomo alexandrino Sosígenes para refazer o calendário em uso à época e que se mostrava com muitas imperfeições, o dia 25 de Dezembro tornou-se, no novo calendário imposto ao império romano, como data oficial da festa que celebrava por toda a parte o nascimento do Sol, do Horus egípcio, do Mirtha persa, do Phebo grego e romano.

A Igreja, quando se sentou no trono imperial um século depois, aproveitou a festa do Solstício de inverno, do menino Horus nos braços da Virgem Isis para transformá-lo em festa do Natal, que se comemora até aos nossos dias.

A nova religião, então, emergente, hoje conhecida por Cristianismo, foi beber ideais religiosos aos antigos escritos encontrados na Índia, no Egipto, nas escolas iniciáticas antigas e nos templos sagrados dos territórios para onde o Império Romano se fora expandindo.

O Solstício de Inverno era um momento comemorado por todos os povos e por todas as religiões, pois estava intimamente ligado ao ciclo do Sol na Terra. Representa o momento de máxima escuridão e o início do crescer gradual da luz que vai atingir o seu apogeu no Solstício de Verão. As civilizações mais antigas consideravam o Sol como sendo filho da Luz, que significava para aqueles povos a própria Vida.

Os druidas comemoravam o Solstício de Inverno como o dia da fertilidade. Muitas virgens escolhiam essa data para perderem a virgindade e muitas mulheres procuravam engravidar nessa altura. Entre os asiáticos, o Solstício era representado por um velho de barbas brancas e roupagem vermelho e branca (origem do actual Pai Natal?). Era a imagem de Deus na Terra e seria quem vinha trazer o seu filho Sol, no pensar desses povos.

Os Egípcios festejavam o Solstício com rituais que envolviam o cultivo de sementes e a fecundação. Os Indianos festejavam o Solstício com rituais do próprio corpo que contorcionavam para tomarem estranhas formas.

Os Maias criaram o seu próprio calendário usando o Solstício como ponto de partida, início do ciclo solar na Terra e com base no período de permanência máxima da radiação solar na Terra “desenharam” um calendário perfeito que vai até ao ano 2012.

Diz-se, hoje em dia, recorrentemente “que devemos fazer de cada dia um Dia de Natal”. Mas, na verdade, já os povos antigos defendiam que deveríamos comemorar o renascimento todos os dia, da luz do Sol à luz da Lua... com alegria, danças, frutas, flores, amigos... e ao luar, o AMOR!

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domingo, dezembro 20, 2009

uma flor para... a lile




Lile é a minha querida amiga venezuelana Lileana Chacon,
modelo fotográfico, "dobladora", animadora cultural, atriz

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oitava... segunda


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Percorro insanos caminhos que desfaço

Os nós apertados duma vida de alguém.

No caminhar de gigante que é o meu passo

Desenho liras de amor de que sou refém,

Para atingir planuras de tão amplo espaço,

Onde corro nómada do ir ainda mais além.

E no doirado areal que o mar acaricia e beija

Olha minha sombra meu reflexo que me reveja.

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sábado, dezembro 19, 2009

tarro de cortiça

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saravá povo brasileiro

No dia 26 de Agosto de 2003 escrevemos na Oficina das Ideias o texto seguinte:

Brasil, brasileiro
Escrevi no meu livro de apontamentos de capa preta, com data de 2 de Janeiro de 2003, breves notas das quais transcrevo para aqui:
O ano começou sob o signo da esperança. Herança do “cavaleiro da esperança” e totalmente assumida por Lula da Silva...
“...o sinal está dado ao converter dinheiros destinados a armamento bélico em gastos para o desenvolvimento social...”
“...estou convencido que Lula vai não só mudar o Brasil, como mudar todo o Mundo...

Seis meses passados de governação do Brasil por Lula da Silva e podemos enumerar um conjunto de alterações na política brasileira no mínimo extraordinárias. Poder-se-ia ter feito mais? É sempre possível dizer isso. Mas antes não o foi feito e as dificuldades têm sido imensas, como reconhece o próprio Lula.
O Brasil lidera, neste momento, indiscutivelmente o projecto Mercosul, garante a intermediação no conflito interno da Venezuela, não cede às imposições norte-americanas no projecto ALCA. Por outro lado, mantém uma posição muito crítica relativamente ao proteccionismo europeu e norte-americano em relação aos produtos agrícolas dos países do Terceiro Mundo e conduz com firmeza a política económica e monetária.




Os anos foram passando e muitas vezes aqui foi referida a saga do Povo Brasileiro no caminho de uma vida melhor, com mais solidariedade e justiça social.

A Revista Visão do passado dia 17 de Dezembro de 2009, à semelhança do que aconteceu com muitos órgãos da comunicação social de todo o Mundo como “uma das figuras da década”, acrescentando…

Lula – Chegado ao poder em 2003, sob o epíteto de extremista de esquerda, Lula da Silva conquistou credibilidade nos meios económicos e pagou as dívidas do Brasil ao FMI. Com ele, o país descobriu que tinha petróleo e ganhou a organização do Jogos Olímpicos de 2016. Lançou inúmeros programas sociais e reformou as finanças. O Brasil é hoje “a” potência emergente.

Os jornalistas olvidaram escrever que Lula da Silva tal como preconizamos na Oficina das Ideias em 2003 é o herdeiro moral e político digno do “Cavaleiro da Esperança”.

Saravá Brasil! Saravá Povo Brasileiro!

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sexta-feira, dezembro 18, 2009

senda luminosa

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percorro insanos caminhos


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Percorro insanos caminhos que eu traço

Nos grãos de areia que uma mão enchem,

Deixo divagações profundas que enlaço

No sentir de solidões que me preenchem;

E no suave cântico das Tágides me embaço

Na busca das inspirações no peito crescem.

No firmamento está Nour em doce enleio

Acolhendo meus pensares em seu seio

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quinta-feira, dezembro 17, 2009

a sétima onda

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do tempo e das culturas

Recebi hoje o primeiro "postal" de 2009 com desejos se Novo Ano Feliz... Pela curiosidade e igualmente por ir ao encontro do que pensamos sobre "o tempo que passa" ou como "eu passo pelo tempo" aqui o damos à estampa.

"Caro Amigo Viktor,
Quero ser o primeiro a desejar-te um feliz ano novo no dia de hoje.
De facto, reforço a tradição de te dar estes votos de outros mundos e de outros tempos.
Depois de te der desejado um bom ano de 1415 do Bangladesh, escrevo-te agora de Nouakchott, capital da República Islâmica da Mauritânia, onde hoje se celebra o dia de ano novo muçulmano.
A verdade é que tem uma certa graça desejar um bom ano fora do tempo, mas isso é de facto um direito que temos. Acho que podemos começar um novo ano sempre que quisermos. Porque não fazer com os anos da nossa vida o que fazemos com os computadores, que é reiniciar, para resolver os impasses e os encravanços?
Meu caro Viktor,
UM BOM ANO NOVO...
... para ti e para todos os teus!
Um abração, RC
"

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quarta-feira, dezembro 16, 2009

solidariedade



Campos do Alentejo

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olho nas minhas mãos uma goiaba

Fruto de formas curvilíneas, suaves
Casca esverdeada
Polpa de vermelho que é Sol
Madura.
Delícia dos amantes
Que nela mergulham suas bocas
Sedentas da doçura prometida.
Desde os tempos imemoriais
Fruto de encantamento
Que as princesas recolhem
No recato de seu ser
Tesouro
Reservado ao eleito
Ao amor...

Olho nas minhas mãos uma goiaba

Outras mãos de virtuosa gente, delicadas
Maceram no almofariz
A polpa aromática e sedosa
Perfumada
Enlevo dos deuses
Que dançam bailares mágicos
Transformando o fruto em doce manjar
Goiabada dos amantes
Cúmplices e sensuais
Em carícias de muito querer
Em seu sentir
Êxtase
Cântico dos cânticos
Ao amor...

Olho nas minhas mãos uma goiaba

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terça-feira, dezembro 15, 2009

o oceano sempre azula



Torre do Bugio, frente ao Grande Areal, Praia do Sol

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o livro

Vamos fazer uma suposição…

O livro tal como o conhecemos que faz parte do nosso quotidiano e ocupa profusamente as estantes das bibliotecas e das livrarias, ainda não existe.

Johannes Gutenberg e o seu inventivo espírito de 1455 ainda não criaram a imprensa com tipos móveis reutilizáveis e o primeiro livro impresso, a Bíblia em latim, ainda não foi dada ao prelo.

Contudo, o avanço imparável das tecnologias emergentes já nos disponibiliza toda a panóplia informática e digital como suporte da criatividade dos escritores – prosadores e poetas, ensaístas e contistas – dos tempos actuais.

Os “e-book”, os “pdf”, os “acrobat reader”, são termos que já fazem parte da linguagem comum, estão banalizados e fazem parte do dia-a-dia de muita gente que os utiliza.

O termo, o conceito e a materialização de “o livro”, esse, no nosso pressuposto inicial, ainda não existe.

Livro, que é um termo que tem origem etimológica no facto de o papiro, material antiquíssimo de suporte de escrita, ser a parte liberada de uma planta (latim libere, livre), dando origem à palavra liber, libri em latim e, posteriormente, livro em português.

Na nossa suposição…

Fará, hoje em dia, perante a profusa utilização das tecnologias emergentes para materialização da criação intelectual de conteúdos, inventar o livro?

Na nossa modesta opinião a criação do livro, hoje em dia, tal como se encontra os estado da arte da comunicação do conhecimento e do saber, continuaria a ser a Invenção maior de sempre, tal como foi sentido em 1455.

O livro é…

O suporte do saber mais adequado ao manuseamento pelo ser humano
O suporte do saber de mais fácil leitura e onde esta se pode realizar com maior rapidez
O suporte do saber que permite desfolhar e parar onde desejamos
O suporte do saber mais adequado à visão humana
O suporte do saber mais sensual e que dá prazer tocar (acariciar?)
O suporte do saber que extasia o nosso olfacto e os sentidos em geral

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segunda-feira, dezembro 14, 2009

uma rosa branca para a mariazita



A Mariazita tem um blogue encantador "A Casa da Mariquinhas"
a agenda foi traiçoeira, mas como sou eu que passo pelo tempo
aqui está como de Dezembro faço Setembro
Beijinhos

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gente boa

Neste permanente caminhar, de terra em terra, de sentir em sentimento, nesta verdadeira compreensão de viajar na procura de, ao encontro de uma ideia ou de uma situação, o caminhante por muito tempo que tenha vivido, encontra sempre algo que o surpreende.

Porque para Oeste, na direcção do pôr-do-sol, havia viajado com compromissos institucionais, resolvi aproveitar algum tempo em que o sol ainda brilhava e aquecia o sentir, para percorrer caminhos da imaginação na procura de mais um relógio de sol que no alto da sua centenária vivência se deixasse fotografar.

Elegi da minha lista de referências sobre o assunto duas aldeias pertencentes à freguesia da Lourinhã, do concelho do mesmo nome e para lá me dirigi percorrendo estradas e caminhos por onde nunca antes tinha passado sendo isso por si só um valor acrescentado para o viajante que muito de nómada tem.

A primeira aldeia a que chegámos foi Zambujeira, de ruelas estreitas e confusas para que chega pela primeira vez. Nada como perguntar a um garoto que brincava na rua. “Sabes onde fica aqui um relógio de sol?”. Uma primeira hesitação e logo um “Sim!”. Anos antes as escolas da região haviam participado num projecto de construção de um relógio de sol e aproveitaram a ocasião para identificar os existentes em cada aldeia. “Claro que sei! Venha atrás de mim que eu vou na bicicleta…”. E lá me conduziu até ao adro da igreja onde estava implantado um relógio de sol.

Depois de obtidas as desejadas fotografias dirigi-me a Nadrupe, a outra aldeia que constava do meu “roteiro”. Aí iria ser mais difícil encontrar o relógio de sol procurado, pois sabia existir um numa “casa particular”

Ao fundo de uma rua, uma curiosa figura, homem de meia-idade, mochila às costas e capacete no braço foi por mim abordado com a pergunta habitual. “Aqui em Nadrupe onde existirá um relógio de sol?” Foi mote para percorrermos a pé toda a aldeia, uma visita à Sociedade Recreativa, perguntas aos mais idosos… e o relógio de sol lá estava numa casa particular na Rua de Santo António…

As estórias dos relógios de sol, propriamente ditas, ficarão para o nosso espaço “na senda do Tempo de Pedra”.

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domingo, dezembro 13, 2009

uma flor para... a são



A São é a minha Querida amiga Gaivota,
do blogue MarETerra,
com o sentir dividido entre o mar nazareno
e a terra de Dna. Leonor sentida
e que adora as suas "meninas"

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a força da ternura

Estendeu a palma da mão sobre a mesa e ela
Pousou a sua na dele, cinco dedos longos
E magros aprisionados com a força da ternura

[Margarida Gonçalves Marques, em Um Dia depois do Outro]



A linguagem das mãos é algo sublime pelo que espelha do estado de alma, do sentir, do momento em que a fragilidade do controlo do cérebro sobre o vibrar do coração é mais evidente. A linguagem das mãos acompanhada do olhar profundo tem mais sentido do que todas as palavras que sejam escritas ou ditas.

Quando ele pousou as mãos sobre a mesa e desviou o olhar furtando-se à carícia que a doçura do olhar da sua amada lhe pretendia transmitir, ela sentiu quão necessário se tornava o contacto físico e pousou a sua mão na dele suavemente.

Dedos esguios, de pianista como soe dizer-se, que tantas vezes no enlevo duma carícia ela sentiu todo o magnetismo, a suavidade, a exigência de cada vez mais se entrelaçarem nos seus, de comunicarem mensagens que as palavras se negavam a formular.

Agora sentiu-os frios, carentes, e quando os aprisionou com a força da ternura ele ouviu perfeitamente as suas “palavras” – amo-te!

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sábado, dezembro 12, 2009

uma flor para... a teresa




A Teresa é a companheira de viveres e de vivências há mais de quarenta anos.
Um beijinho de parabéns

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a paixão é desmediável

A paixão
é inadiável.
Surge
de rompante.
Não bate
na vidraça
da Alma.
Não pergunta.
É erupção,
Lava de vulcão.
Escorre
pelo corpo,
Acaricia
a pele,
Beija.
É luxúria.
Perdição
dos sentidos.
Não tem dimensão,
Não tem solução.
A paixão
é desmediável!

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sexta-feira, dezembro 11, 2009

uma flor para... a verônica



A Verônica,é a minha querida Amiga "Menina do Rio",
do blogue Momentos de Vida,
a quem desejo muitas felicidads neste festivo dia

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areias

Deixa-me contar-te um segredo...

Um dia, já lá vão muitos anos [que nestas coisas do tempo que passa um ano pode parecer uma chispa, como um segundo uma eternidade] numa das muitas conversas que sempre tenho com o “nosso” mar falei-lhe numa Ninfa do Tejo que amava guardar areias de todas as praias, de todos os rios e ribeiros.

O “nosso” mar apaixonou-se pela tal Ninfa que tanto amava as areias, as mesmas que o mar acariciava desde tempos imemoriais, no seu continuado e doce espraiar, desígnio marcado para todo o sempre, ao sabor da influência da força das marés e dos ciclos lunares que acompanham a vida e as vivências, o sentir e os sentimentos.

O “nosso” mar sabia, contudo, que ali por cerca da Trafaria, perto de Alma(da) ou de A(l)mada, existia uma barreira natural intransponível, pelo Povo chamada “quebra do mar”, “onde o Tejo beija o Mar”... e os namorados procuram imitar quando a Primavera dá os seus primeiros sinais.

Então, segredou-me o “nosso” mar: “Pede à Ninfa do Tejo que guarde sempre junto das areias que tanto me confortam ao ritmo das marés, algumas palavras, mesmo sentires que eu um dia possa conhecer no Grande Areal da Caparica”.

Muitas vezes, no passar dos tempos, escritos de amor foram vistos gravados nos amplos areais e que somente o espraiar das ondas em espuma prateada tinha capacidade de apagar.

Lá no alto da arriba, no limite dos jardins do Convento dos Capuchos, sobranceiros ao mar azul, os “Olhares” os “Mil Olhos” do poeta Neruda acompanham com compreensão este diálogo que é paixão, como o poeta tão bem entendia lá pelas lonjuras do Pacífico.

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quinta-feira, dezembro 10, 2009

uma flor para... a gasolina



A Gasolina,é a minha querida Amiga Ana (CG),
do blogue Árvore das Palavras,
com quem tantas vezes cruzámos caminhos de vida,
em terras de charneca, de camponeses e de pescadores

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alguma bibliografia bocagiana

Pouco a pouco vai aumentando a quantidade de obras da autoria ou referentes à vida e obra de Manuel Maria de Barbosa du Bocage existentes na modesta biblioteca da Oficina das Ideias.

É dsso que aqui damos conta a todos os nosso leitores amigos...




Bocage
Hernani Cidade
Lello & Irmão, Porto, 1936 – 104pp

Sonetos
Bocage, introdução selecção e notas de Vitorino Nemésio
Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1961 – 88pp

Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas
M. M. De Barbosa du Bocage, baseada na publicação de Paris de 1911
Editora Escriba, São Paulo, 1969 – 178pp

Bocage, Obra Completa, Volume I – Sonetos
Edição de Daniel Pires
Edições Caixotim, 2004 – 411pp

Bocage, Obra Completa, Volume II – Cantatas, Canções, Idílios, Epístolas, Odes e Cantos
Edição de Daniel Pires
Edições Caixotim, 2005 – 332pp

Bocage, Obra Completa, Volume IV – Sátiras, Madrigal, Poesias Várias, Epitáfios, Improvisos, Elogios, Dramas, Prólogos de Peças Teatrais, Fragmentos, Anexos
Edição de Daniel Pires
Edições Caixotim, 2007 – 301pp

Bocage, Obra Completa, Volume VII – Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas
Edição de Daniel Pires
Edições Caixotim, 2004 – 185pp

À descoberta de... Bocage
Sector de produção editorial
Texto Editores, 2006 – 44pp

Bocage, a vida apaixonada de um genial libertino (romance)
Luis Rosa
Editorial Presença, 2006 – 219pp

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quarta-feira, dezembro 09, 2009

profecias contadas




Trancoso - estátua a Bandarra
poeta, profeta e sapateiro - século XVI

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pensar o amor

Hoje, manhã cedo, eu diria “ao nascer da aurora”, vento fresco a fustigar meu rosto, uma réstia de Sol a “alevantar-se” a nascente, deu-me para pensar no amor. De amores e desamores é o Mundo construído, a sua face e o verso, mas o que verdadeiramente despertou os meus “profundos” pensamentos foi uma pequena folha de hera colhida no caramanchão sobranceiro à curva da vereda por onde caminho.

O amor se já por si é uma palavra difícil de interpretar, não o é menos o sentir que envolve. “Amor de mãe”, “amor filial”, “amor há só um”, “amor perfeito”, “amor à primeira vista”, “o amor é louco”, “amor à camisola”, “morrer de amores”, “fazer amor” e tantas outras aplicações na linguagem corrente e nos lugares comuns.

Vou consultar o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia de Ciências de Lisboa... ah quanta erudição! Tendo como entrada a palavra amor:

Predisposição da afectividade e da vontade, orientada para o objecto que a inspira, e é reconhecido como bem” ou então “Afeição profunda de uma pessoa por outra, de carácter passional e que, geralmente, implica atracção sexual” ou ainda “Sentimento intenso de afeição por alguém com quem se tem alguma afinidade ou empatia, podendo haver ou não laços de sangue”.

Na minha opinião, o amor contém e está contido na amizade. Por essa razão, a lógica linear do pensar tem a dificuldade maior de lhe dar uma definição concreta. O amor encontra o seu mais adequado terreno para germinar no muito querer e sentir. Com afecto, carinho e compreensão se alimenta o sentir, se fomenta o muito querer.

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terça-feira, dezembro 08, 2009

roda do equilíbrio




aqui se homenageia Isidoro Jeremias,
o homem que sonhou e criou o Museu Agrícola de Montemor-o-Novo

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caminha no arco-íris

Caminha no arco-íris
Até encontrares a felicidade.
Colhe doiradas flores de acácia
E guarda-as em teu regaço.
Vive a extravagância
De um momento
Até à eternidade.
Junta o saber,
O ser,
O estar,
O querer em doce enlaço.

No caminhar da vida
Que é sonho
E é muita esperança
Desenha com teus passos
Os trilhos de encantamento
Na colorida vereda,
No rumo duma doce temperança
Procura o pote da felicidade,
Do sentir,
Do pensamento.

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segunda-feira, dezembro 07, 2009

liberdade atalaia

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um sonho de trinta anos.

No trabalho profissional surgiu, primeiro de forma ténue, depois impondo-se imperiosamente, a necessidade de dar corpo ao sonho de partilhar com os seus semelhantes as peças que com carinho havia ido recolhendo e preservando no decorrer do tempo.

Homem de muitas amizades no mundo rural, desde os grandes agricultores aos estudiosos do tema, governantes e políticos, foi na solidão dos seus tempos livres que construiu o que sempre sonhou. Porque nunca “vendeu” a sua alma, não teve os oportunistas apoios, mas realizou, eventualmente, trabalho único de pesquisa ao realizar uma galeria de todos os “ministros da agricultura” desde os primórdios da I República.



O fundador e proprietário do Museu Agrícola de Montemor-o-Novo
junto à galeria dos ministros da Agricultura



O Museu Agrícola de Montemor-o-Novo, considerado um dos mais belos do género em toda a Europa, é a realização do sonho de Isidoro Jeremias que desde 25 de Agosto de 2001 está publicamente patente, mostrando os milhares de máquinas e alfaias usadas no mundo rural desde 1850.

São alguns milhares de peças em excelente estado de conservação, com destaque para um conjunto de caldeira a vapor, com o respectivo fagulheiro que acciona uma debulhadora e uma enfardadeira todas construídas em ferro.



Uma “cadeia de produção” agrícola – caldeira de vapor, debulhadora, enfardadeira



Com uma área de exposição de cerca de 1.600 metros quadrados que se desenvolve em dois pisos e três salas alberga no seu interior um espólio constituído por diversos milhares de peças, com destaque para os tractores, alfaias, máquinas e utensílios de tracção animal, outros para uso pelos trabalhadores dos campos e um importante acervo de quadros e fotografias sobre a agricultura.



Vista geral do salão de exposição do primeiro piso




Museu Agrícola
Quinta da Casa Velha, Estrada Nacional 4
Montemor-o-Novo
Telefone: 351.266896222
E-mail: museu_agricola_montemor@hotmail.com

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domingo, dezembro 06, 2009

solar cata-vento

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almanaques há muitos

Com o aproximar do final do ano civil, tal como sempre acontece, é época de realizar o balanço do tempo passado, avaliar “como correu o ano” em termos materiais mas, do mesmo modo, em termos afectivos… como correu a vida.

Mas é, igualmente, tempo de planear o novo ano, como se existisse uma real divisória a situar-se ali pelo dia 31 de Dezembro ou 1 de Janeiro que marcasse mudança sensível no curso dos acontecimentos. É um preconceito talvez melhor dizendo é a “força da tradição”.

É também por esta ocasião que aparecem no mercado da leitura os chamados “almanaques”, repositórios e informações que tiveram importância social no passado, para os mais letrados, que aí encontravam um auxiliar para a observação da Natureza, dando-lhe um carácter um pouco mais “científico”.

Desde Setembro ou Outubro passados que faz parte da documentação da Oficina das Ideias o almanaque “Borda d’Água”, o do “homem da cartolinha”, o “verdadeiro”, o “repositório útil a toda a gente”, para o ano comum de 2010. No dizer do editor “contendo todos os dados astronómicos e religiosos úteis de interesse geral”.

Este ano dispomos, igualmente, pela primeira vez, do Mandrágora, o almanaque pagão para 2010, como escreve o editor “um almanaque é uma janela do Tempo, que se abre e fecha à medida que o ritmo da vida das estações vai e vem”.

A este propósito encontrámos no Magazine Bertrand do Natal de 1930 um curioso anúncio:

Encontra-se à venda o
Almanach
Bertrand

Fundado por FERNANDES COSTA e coordenado por D. MARIA FERNANDES COSTA
Único no seu género
em Portugal
A mais antiga e de maior tiragem de todas as publicações em língua portuguesa - Recreativo, Ameno, Instrutivo – colaborado pelos melhores autores e desenhistas portugueses e estrangeiros – Passatempo e Enciclopédia de conhecimentos úteis, colaboração astronómica e matemática muito interessante por professores de grande autoridade nestes assuntos.
Um grosso volume de 400 páginas, cartonado 10$00
Encadernado luxuosamente 18$00
À venda em todas as livrarias.

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sábado, dezembro 05, 2009

forte paixão

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serras e desertos que lhes caibam

Com ele, sim, quer atravessar sem desfalecimentos
as serras e os desertos que lhes caibam.

Judite Jorge, em Afectos de Alma



Nessa noite, já passado o chamado “primeiro sono”, com o espírito tranquilo a usufruir do repouso necessário à recuperação de energias depois de um dia bastante atribulado, o sonho, o sonho recorrente aproximou-se de mansinho e sentiu-se flutuar sem que o mínimo esforço fosse necessário.

Com tamanha sensação de leveza foi fácil atravessar vales e serras, montanhas de grande altitude expostas ao sol e aos ventos, mas também vales aconchegados entre duas encostas onde lá no fundo um fio de água cantarolava harmoniosas modas de bem-querer.

Por mares sobrevoados seguiu, muitos deles autênticos desertos de água onde a vida já não existe por a temperatura das águas já ter ultrapassado o ponto crítico mas, de igual forma, o mar Atlântico prenhe de sentir, este nosso mar cúmplice de muitas andanças deste andarilho dos sonhos.

Consigo, em amplexo de afecto carregado, seguia seu ente querido, que a leveza valia para os dois e na noite que haviam transformado em dia foram-se aproximando do pôr-do-sol que nas lonjuras já pintava o firmamento de tons de azul, dourado e lilás.

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sexta-feira, dezembro 04, 2009

uma flor para... a jacky




a jacky é a minha querida Amiga Jacqueline, do blogue Amorizade, companheira na blogosfera desde os tempos dos começares

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o simbolismo das seteiras

imagem que vale oitocentas palavras
É frequente ouvir dizer-se que uma imagem vale mais do que mil palavras. As imagens do “Olho de Lince” valem somente oitocentas pelo que há que as fazer acompanhar por um texto de duzentas



Tempos difíceis esses em que os sarracenos desbaratados pelos exércitos de um Portugal nascente, onde os cruzados vindos das terras da Gália com destino à Terra Santa deram importante ajuda, quando não eram mortos em combate ou se convertiam ao cristianismo ou debandavam para terras de ninguém para se reorganizarem para uma possível reconquista.

Pontos determinantes na defesa dos territórios eram os castelos, praças-fortes na estratégia das lutas de conquista e de reconquista, onde todos os pormenores tinham grande importância pois o argumento principal da peleja era a força e o factor mobilizador a religião. Não surpreende, pois, a robustez das construções acasteladas e o recurso à simbologia visível pelo inimigo que pretendiam surpreender.




Épocas em que as principais armas eram as pedras arremessadas por aparatos destinados a esse fim, as catapultas, e as setas ou flechas lançadas por arcos elásticos operados à força dos braços, nas muralhas do castelo eram construídas com aberturas por onde as setas eram lançadas sem por em risco a integridade física do atirador.
Em muitas situações também o respectivo desenho era determinante, simbolizando muitas vezes a “cruz de Cristo” símbolo que os mouros ou sarracenos detestavam e sobre os quais provocavam fortes efeitos psicológicos.

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quinta-feira, dezembro 03, 2009

pequeno luzeiro

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o escritor desconhecido

Budapeste é a mais bela cidade do Danúbio (…) com uma densidade e uma vitalidade que faz frente à sua rival, Viena, escreveu Cláudio Magris.

Devido à sua história que a liga à capital austríaca ou à geografia que a faz partilhar com a Croácia a grande planície da Panónia, a Hungria parece ser o mais danubiano país da Europa central. Se os rios têm alma, a do Danúbio é, sem dúvida, magiar.

Mais ainda do que a Áustria, tornando-a sombra de si mesmo, a Hungria é, com efeito, impregnada pela civilização danubiana, com sua nostalgia dos tempos passados, anteriores aos tratados de Paz, que celebraram o fim do Império Austrohúngaro e o desmembramento da Hungria.

Foi um húngaro, o barão Miklos Wesselenyi, que imaginou dois dos mais belos sonhos à volta da velha ideia duma federação danubiana: o de uma confederação germano-magiar-eslavo-latina, que enunciou em 1842 e a de uma república federal do Danúbio, aberta a todas as nacionalidades, cuja proposta apresentou em 1949.

A verdadeira amante do Danúbio é a cidade de Budapeste, onde aquele assume o nome de Duna, com quem mantém um casamento tão perfeito como o Sena com Paris. A capital húngara é a única cidade que recebe o Danúbio com todo o seu vigor e nobreza. A única que nele se contempla sem complexos e que lhe oferece pontes com histórias inolvidáveis e cais admiráveis.

Todos os grandes hotéis estão implantados ao longo desta perspectiva fluvial. Mesmo o célebre estabelecimento termal Gellert que prefere colocar as suas cadeiras bem longe das margens do rio não pode evitar de abrir as suas pomposas janelas para este maravilhoso panorama.

A forma de melhor apreciar toda a beleza do Danúbio à passagem por Budapeste é subir até Buda e escolher um dos seus miradouros: a Cidadela, o Castelo ou o inacreditável Bastião dos Pescadores, uma muralha em pedra digna de receber o Romeu e Julieta.

Em Budapeste, o turista, grande consumidor de monumentos, passará por todos os estilos, desde o gótico ao neo-mourisco, mas demorará algum tempo a apreciar o indescritível Parlamento, um autêntico desvario de torres e campanários e um delírio de torreões muito floreados, mesmo à beira do Danúbio.

É necessário observá-lo, pelo menos uma vez, a emergir da bruma matinal para apreciar toda a sua extravagante beleza.

Os viajantes apaixonados e românticos procurarão as margens do rio e a Ilha de Margarida. Preservada ao trânsito automóvel, ela oferece relvados, matas, terraços, piscinas, mas também uma estátua… de um Anónimo, autor da primeira história do país.

Uma cidade capaz de homenagear não o soldado mas o escritor desconhecido, não é uma cidade coma as outras.

Talvez seja por isso que foi a única cidade capaz de compreender e de subjugar o rio impetuoso, para merecer a reputação de “rainha do Danúbio”.

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quarta-feira, dezembro 02, 2009

luar de azul




Lua Cheia às 7 horas e 32 minutos (100%) em mês de "Lua Azul", visto o mês de Dezembro de 2009 ter duas "luas cheias"

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caminhar a vida

Na caminhada da vida sem fingimento
O entusiasmo da alegria e da esperança
Firmes contra as dificuldades e o tormento
Fraternos nos afectos e na temperança.

Dos homens e dos anjos na linguagem
Da ciência e dos mistérios, a sabedoria
Transpõe montanhas com sonho e coragem
No sentido único do amor com alegria.

Na suave contemplação fortalecer o bem
Onde o mal não tem cabimento nem sentido
Nunca ceder ao orgulho que em si contém

A soberba, a injustiça e o paraíso perdido
Rejubilar pela verdade, pela vontade de quem
Constrói a vida com o seu ente querido.

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terça-feira, dezembro 01, 2009

tempo de tormenta

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lua azul

O mês de Dezembro deste ano de 2009 que hoje se inicia, pode designar-se por “mês da Lua Azul”, não porque iremos ter a possibilidade de ver a Lua colorida de azul mas porque durante este mês poderemos assistir a um fenómeno que apresenta algum grau de raridade, a muitas pessoas despercebido passará, devido ao facto de ser um mês de duas luas plenas.

É um fenómeno que só tem lugar com uma frequência de uma vez em cada dois ou três anos. Dois meses de “Lua Azul” no mesmo ano somente se verificam, em média, a cada 35 anos. O mês de Fevereiro, mesmo em anos bissextos, nunca poderá ser mês de Lua Azul.

Amanhã mesmo, dia 2 de Dezembro, a Lua será plena às 7 horas e 32 minutos (UTC), verificando-se uma segunda Lua Cheia no dia 31 de Dezembro, às 19 horas e 13 minutos (UTC). Festejemos, pois, o mês da LUA AZUL.

A designação de “Lua Azul” nasce, segundo alguns documentos existente, de uma discussão verificada em pleno século XVI em que uns afirmavam ser a Lua azul e outros, cinzenta. Porque azul nunca poderia ser passou a ter o significado de “alguma coisa difícil”. O significado de “nunca” ou “raro” passou com ligeireza para a raridade de duas luas cheias no mesmo mês.

Hoje em dia popularizou-se chamar “Lua Azul” à segunda Lua Cheia do mesmo mês, embora historicamente Lua Azul fosse a quarta Lua Cheia de um trimestre, marcado ao ritmo das estações do ano, no respeito pelos solstícios e pelos equinócios.

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