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segunda-feira, abril 30, 2007

rosa bela rosa


uma bela rosa de tons dobrados
colocada entre os seios de uma mulher
maravilhoso solitário de cristal


Rosa dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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cor lilás

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento



No meu desassossego de poeta fazedor
De versos livres e libertinos que me apraz
Com a espontaneidade da tonalidade do lilás
Rimei querer com luz difusa e muita cor.

Da paleta do artista palavras com o sabor
Suaves planuras minha boca acariciou audaz
Bonita reentrância, umbigo, visão fugaz
Promessa, delírio do jasmineiro, seu odor.

Eia, disse eu, que sou humano e vulnerável
Aos encantos duma bela ninfa de duas margens
Deste rio que corre em caudal imparável

Que futura o mar baú de mil mensagens
Banha seu corpo de sensualidade incomparável
Deliciosa visão do caleidoscópio das imagens

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domingo, abril 29, 2007

montra de peixe


uma montra expõe beleza
atrai olhares e desejo de degustar
peixe fresco de Sesimbra


Restaurante Sabor Mineiro, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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os “gémeos” são assim

Os “gémeos”, esses campeões da dualidade do querer e do sentir, são assim mesmo: Têm metade de si próprios entregue a uma grande afectividade e a outra metade nos braços do libertinismo do pensamento.

Na memória guardam o tempo e o espaço de recordações com que foram constituindo a sua paleta de afectos, na entrega total de que são capazes como ninguém mais.

No pensamento mantêm o desassossego permanente em que mergulham todos os sentidos, na procura constante de novas experiências, novas sensualidades.

Sempre libertinos pelo avanço que defendem em relação à vivência comum, quantas vezes acariciando as ténues fronteiras da luxúria.

São assim os “gémeos” que vivem a plenitude da Primavera, do renovar cíclico de energias e desígnios, mas que desejam sempre a chegada do Verão, energia solar estável e permanente que aquece o corpo e os sentidos.

Vivem, então, inteiramente essa dádiva única das forças da Natureza. O Sol quente, determinante para o amadurecimento do corpo e dos saberes. Mas, da mesma forma, o movimento compassado das ondas do mar no seu embalar contínuo e suave. O amparo e o aconchego é propiciado pelos milhões de grãos de doirados arenitos, leito dos mais sensuais devaneios.

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sábado, abril 28, 2007

somente uma florzinha


a candura do teu olhar
a ternura do teu sorriso
o erotismo do teu corpo



Flor do jasmineiro dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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casa da cerca

O Palácio da Cerca fica situado no extremo norte do núcleo de Almada Antiga, bem no topo da falésia, com vista privilegiada sobre o rio Tejo, junto à Rua da Cerca, com o “Passa Rego” e a “Boca do Vento” a separá-lo do Castelo.

Inserido num conjunto denominado “Quinta da Cerca”, composto por casa nobre de habitação, de dois pisos, pelo pátio de acesso, com portão de ferro a dar para a Rua da Cerca, por terras de semeadura e jardins, é considerado o maior e mais característico exemplar de arquitectura civil setecentista da Cidade de Almada, datável dos séculos XVII e XVIII, abrangendo uma área murada de cerca de 14 hectares.

Tal como a maioria das quintas de recreio da época na sua traça arquitectónica prevalece a linguagem barroca, muitas das vezes já na senda da romântica.

Em 1808, aquando da primeira invasão francesa, serviu de aquartelamento a um regimento francês.

Devido ao seu interesse histórico e arquitectónico e ao seu valor patrimonial, a Câmara Municipal de Almada, em 1988 adquiriu a Quinta da Cerca que entre Fevereiro de 1992 e Junho de 1993 foi alvo de profundas obras de recuperação mantendo a sua traça original.

Hoje denominada Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, passou a acolher um vasto projecto cultural, sob a direcção do pintor Rogério Ribeiro, que permite continuar e acrescentar novas perspectivas no âmbito da Galeria Municipal de Arte, ao mesmo tempo que visa promover acções direccionadas para a inserção do Centro na vida artística nacional, constituindo um importante contributo para o aprofundar da investigação e divulgação da arte contemporânea portuguesa.

Constituída, neste momento, pelo Centro de Documentação e Informação, pela galeria do Pátio, pelo Parque das Esculturas e pelo Jardim Botânico – o Chão das Artes, a Casa da Cerca possui um importante acervo de desenho dos mais importantes artistas portugueses contemporâneos.

Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea
Rua da Cerca, 2 ALMADA - Telefone: 212 724 950

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sexta-feira, abril 27, 2007

uma rosa, um beijo


com uma rosa beijo teus lábios
desenhados por artista inspirado
muito afecto



Rosa dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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as brasileiras

Vamos tomar café...


Desde muito jovem que diariamente frequentava a zona do Chiado deslumbrado com o movimento citadino que nada tinha a ver com o meu local de residência, então, a tranquila vila da Amadora nos arrabaldes da capital. Estávamos na segunda metade dos anos 50 do século passado e frequentava à época a Escola Comercial de Veiga Beirão.

A escola situada nas instalações da antiga Universidade de Lisboa, no Largo do Carmo, estava a dois passos do cosmopolita Chiado, bastava descer a Calçada do Sacramento, ainda de piso paralelepipédico de feição para as carroças que poucos anos antes ainda percorriam com frequência as ruas de Lisboa.

Sempre que passava pelo Chiado pasmava com a beleza arquitectónica de um café de culto que aí se situava, e situa, decorado com espelhos e cristais e pinturas que foram enobrecendo as paredes. Lugar de tertúlia de todos os tempos ainda à época por lá se encontravam escritores e artistas. Refiro-me ao Café A Brasileira do Chiado como já se aperceberam.

Anos mais tarde, ligado à minha actividade profissional relacionada com as tecnologias da informação, desloquei-me durante alguns períodos à cidade do Porto, por onde ficava alguns tempos. Quando as condições climatéricas o permitiam deixava-me encantar pelo Porto “de andar a pé”.

A Boavista, os Clérigos, Santa Catarina faziam parte do meu roteiro de caminhadas, de encontros e desencontros, de conversas sem fim... habituei-me às tertúlias nortenhas, documentei-me, por esses tempos, sobre os saberes relacionados com os “ovnis” e outros objecto de identificação difícil.

Quanto às comezainas, tirando as incursões às marisqueiras de Matosinhos e de Leça, e as loucuras de jantar no Degrau Chá, quedava-me pela zona mais tradicional do Porto, pela Abadia (que delícia as tripas enfarinhadas), pela Mamuda e por outros locais de culto da arte de degustar vitualhas.

O cafézinho, melhor, o cimbalino esse era degustado sentado a uma mesa de madeira e tampo de vidro de A Brasileira do Porto.

E em Coimbra? Em Coimbra o café era à época tomado no café da Rua Ferreira Borges...

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quinta-feira, abril 26, 2007

bandeira vermelha e mil cores


erguem-se no espaço
são esperança
de uma sociedade mais justa



lançamento de balões no "25 de Abril em Almada"

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grande eficácia da banda do cidadão

a banda do cidadão em acção
Vivências reais, contadas ao estilo de contos curtos, onde é posta a evidência a utilidade pública de um meio de comunicação rádio, muito em voga nas décadas de 80 e 90 do século passado. Chegaram a ser constituídas redes internacionais de emergência rádio com muitas acções humanitárias realizadas. Os governos dos diversos países do Mundo nunca viram com "bons olhos" este sistema, pois era um sistema de comunicações para todos, sem quaisquer tipo de fronteiras




Desde há alguns dias que corriam rumores da aproximação de um forte vendaval, quiçá furacão, da costa atlântica portuguesa, à semelhança do que estava a acontecer noutras paragens do Mundo.

As gentes alarmadas imaginavam situações catastróficas, na ignorância das medidas a tomar; as entidades oficiais bombardeavam os órgãos de informação com desmentidos, nem sempre muito convincentes.

O serviço de meteorologia mantinha, como habitualmente, uma posição cautelosa, escudando‑se numa linguagem hermética, em dados científicos que muito pouco diziam ao comum do cidadão.

Chegaram a estar marcados o dia e a hora em que tal se viria a verificar.

Os homens da Banda do Cidadão, mantinham‑se alerta, atentos, prontos a dar a sua colaboração se alguma daquelas más previsões se viesse a verificar.

Por essa altura rajadas fortes de vento assolaram o continente português, o rio Tejo apresentava‑se com uma agitação acentuada, mas... nada mais.

O dia passou‑se sem mais notícias, contudo durante a noite a intensidade do vento acentuou‑se e a chuva começou a cair em bátegas fortes. Os serviços da ponte sobre o Tejo cortaram o trânsito cerca da meia noite, tendo sido reaberto algumas horas depois.

Entretanto, os contactos via rádio CB entre Lisboa e a margem sul do Tejo eram intensos, especialmente porque muita gente estava preocupada com o estado dos materiais deixados nos parques de campismo.

A estação rádio CB "CRUZEIRO" por Lisboa tentava em vão o contacto com o Parque de Campismo Piedense; muito embora este parque de campismo estivesse equipado com rádio CB, a queda de um poste de iluminação pública provocara um corte de energia impedindo as comunicações rádio.

O CAPARICA CB, com grande movimentação de unidades moveis para controlo da situação fez deslocar uma delas ao referido parque de campismo, assim como aos restantes da Costa de Caparica tendo recolhido as informações desejadas que depois retransmitiu aos interessados.

Com o aumentar das informações disponíveis os ânimos foram acalmando. O rádio CB uma vez mais se mostrou de elevada eficácia quando todos os restantes meios de comunicação falharam.

Estávamos em Fevereiro de 1982.

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quarta-feira, abril 25, 2007

25 de abril sempre


estamos juntos...
escreveu uma querida amiga
juntos na senda duma sociedade mais justa



cravo vermelho de Abril

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em terras de salatia

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento



Naquele fim de tarde de tamanho encantamento
Quando o sol desenhava arabescos no sadino leito
Em terras da romana salatia senti contentamento
P’la visão de esbelta mulher, de corpo tão perfeito.

O doce olhar encurtou distâncias, doirado caminho
Sonhos nas asas de airosas cegonhas que esvoaçam
Pintando círculos de luz como as velas do moinho
Seguindo o caminho dos sinais que no rio acima passam.

Os rosados lábios calam o que os olhos teimam afirmar
Cúmplices das palavras que não são ditas mas sentidas
Que as esguias mãos num gesto expressivo deixam escapar

Numa tentação de moira encantada que do rio se abeirou
Seguindo o sonho de imagens por tantas vezes repetidas
Na mais afectuosa e doce partilha aqui me ofertou.

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terça-feira, abril 24, 2007

olhares profundos


"...de repente, os olhos são palavras..."
"...quem fui? O que fui? O que somos?
Não há resposta, passámos, não fomos éramos,
outros pés, outras mãos, outros olhos." P.N.



"Olhares" - Memorial a Pablo Neruda, jardins do Convento dos Capuchos, Almada - Portugal

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uma tábua de queijos muito especial

a suavidade do erotismo
São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer


[continuação]



Quando a Sally regressou à sala, já de novo vestida com as calças e o cai cai, choveram comentários jocosos à sua anatomia que tão em evidência estivera momentos antes.

O Tim permitiu se dizer que gostaria de ver o avental que a Sally envergara vestido ao contrário, pois assim poderia apreciar convenientemente tudo aquilo que as calças escondiam.

Resposta, de pronto, da Sally: "Meus queridos, tudo é possível numa base de reciprocidade, pois o Sam muitas vezes já tem comentado comigo se a Katty será "toda loirinha"... Nós também somos curiosos..."

A Katty deitou mais algumas achas para a fogueira: " Toda loirinha garanto que sou... Mas têm que acreditar na minha palavra pois as provas são muito poucas, visto ter que atender ao tamanho reduzido do biquini que costumo usar na praia..."

" Katty, se as tuas provas são poucas, eu sou bem escurinha e não tenho quaisquer provas... As razões são semelhantes, embora tenha outras..."
" Não digas que o Sam gosta do sabor a "pele de pêssego"!?"
" Gosta e não é pouco..."

A Katty não deixou morrer a conversa, nem tão pouco a ideia pelo que passando das palavras à acção fez descer muito lentamente sob a mini saia as cuequinhas muito reduzidas expondo à vista de todos o seu monte de Vénus coberto somente por uma penugem muito loira, quase translúcida. Bem desenhada a rachinha que era o prenúncio do seu ninho de amor.

" Que tal?? Sou ou não totalmente loirinha? Agora queremos a paga!"

A Sally baixou então lentamente a calça muito justa tendo imprimido alguns requebros sensuais para ajudar a que passasse pelas ancas bem redondas.

Seguiu se as cuequinhas muito reduzidas e a exposição da completa inexistência de pintelhinhos.

Pela minha parte não resisti a prestar lhe homenagem passando a língua pelo monte de Vénus e convidando os nossos amigos a fazerem lhe o mesmo.

Daí para a frente a loucura foi completa. Quebrado o gelo e excitado o grelo, diria melhor, os grelos penetrei ansiosamente a coninha da Sally, perante a excitação cada vez maior e mais visível dos nossos amigos.

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segunda-feira, abril 23, 2007

daqui olha o universo


Neruda contemplava o mar profundo
Recolhia dele inspiração e sentir
Homenagem de Almada ao Poeta



Memorial a Pablo Neruda, Jardins do Convento dos Capuchos, Almada - Portugal

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sant jordi dos namorados

Desço as Ramblas de Barcelona perdido no sonho imaginado de que poderei cruzar-me com a Faíza, a menina dos escritos do meu encantamento, com a Montse, corpo belo e cara angelical ou com a Marisa, uma mulher que me fez adorar as barcelonesas. Caminho sem pressas, a Diagonal que sempre cruzou a minha vida já ficou para trás e a estátua de Colón já ali de seguida com o Mediterrâneo à vista. Inalo o perfume único das buganvílias e das lindas mulheres com que me cruzo.

Hoje é um dia muito especial. Celebra-se Sant Jordi, o nosso São Jorge do castelo e dos dragões, que da Catalunha é o patrono e dos enamorados o protector. O dia em que os homens oferecem à sua mulher amada uma rosa. Tradição entre os namorados, o tempo tornou-a extensiva às filhas, às avós e às colegas. E, muito em especial, às amigas de verdade.As mulheres, contempladas com tão bela e ternurenta oferta, elas próprias maravilhosas rosas de um jardim imaginário, retribuem a rosa recebida com a oferta de um livro. Sensibilidade e cultura de mãos dadas.

Hoje é o verdadeiro Dia dos Namorados, no seu mais sentido significado de “todos que se querem bem”, que se gostam, que se respeitam e que juntos caminham a vida, muitas vezes a milhares de quilómetros de distância.Aqui deixo uma rosa para a Teresa, minha mulher, para a minha comadre Mikah, para as queridas Montse, Marisa e Faíza , meus sentires na Catalunha, para o outro lado do mar, a Lualil, a Claudia, a Cathy, a Lígia e a Yonara, para a Alfonsina e a Lile, lá para os lados do Caribe, para a Lila que adora o lilás e para TODAS as minhas Amigas, para TODAS as Mulheres do Mundo, especialmente para as que sofrem as agruras das “civilizações”.


Em 1995 a UNESCO por proposta da Generalitat de Catalunya instituiu o dia 23 de Abril como Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

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domingo, abril 22, 2007

uma flor para... o ricardo


É bom sentir um filho a nosso lado
Ontem menino, hoje Homem
Felicidade do tempo que passa



Rosa "Príncipe Negro" dos jardins de Valle do Rosal

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dia mundial da terra

Cada um de nós é um simples utilizador de um legado dos nosso antepassados, o planeta Terra, e temos a obrigação para manter as condições de vida para as gerações vindouras, pelo não temos qualquer direito de utilizar recursos naturais não renováveis, ou forçados a utilizá-los para a nossa subsistência deveremos fazê-lo com a maior parcimónia.

Para sensibilizar a população da Terra deste inequívoco desígnio foi instituído o Dia Mundial da Terra que se celebra a 22 de Abril de cada ano, desde 1970, e que deve ser procurar por sensibilizar as crianças, nas mãos de quem muito em breve estará entregue o destino do nosso planeta.

Julga-se que a Terra tenha cerca de 4,5 bilhões de anos de existência existindo para o seu surgimento várias teorias. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água.

Há cerca de 400 milhões de anos o planeta Terra era unicamente constituído por um continente, designado Pangéia, que por efeito do movimento lento das placas tectónicas de partiu em dois no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao Norte e a Godwana ao Sul. Há cerca de 60 milhões de anos a Terra assumiu a estrutura de continentes e mares que hoje conhecemos.

O relevo da Terra é resultante pela acção de diversos agentes físicos e químicos, como sejam os vulcões, os abalos sísmicos, os ventos e as chuvas, as marés, e a acção dos seres humanos, responsáveis pela sua formação, desgaste e modelação. O ponto mais alto da Terra é o Evereste no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar.

A população humana actual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a esperança de vida é de cerca de 65 anos nos países mais desenvolvidos.

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sábado, abril 21, 2007

o encantamento do rio côa


Por aqui passaram tantas civilizações
Neste espaço de encantos sem fim
Esta é a nossa oportunidade


Ribeira de Piscos, Rio Côa, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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redondo, no alentejo profundo

o meu caderno de viagens
Pequenos apontamentos rabiscados num caderno de viagem e agora partilhados com os leitores. Os sítios, as gentes, os costumes e as curiosidades observados por quem gosta mais de viajar do que de fazer turismo



Faz parte do ritual das visitas ao Redondo, no coração do Alentejo português, subir até ao Largo do Pelourinho e aí procurar caminho para o restaurante O Barro, para um almoço reconfortante. O local do repasto distribuído por dois pisos é agradável na decoração e acolhedor por parte das pessoas que lá trabalham.

Desta vez, a minha opção para o prato principal foi para uns Pézinhos de Coentrada, de longe a minha preferência na cozinha alentejana, confeccionados com arte e saber, a preceito como soe dizer-se, em que além dos coentros se sentia um ligeiro sabor a poejos. Uma delícia.

Nas entradas os mimos da região, queijos e enchidos, e na sobremesa a sericá com a ameixa a completar. Acompanhei a refeição com vinho da Adega Cooperativa do Redondo. O serviço é agradável e com o café vem a oferta da casa, nozes para partir ao momento ou bolinhos caseiros e o incomparável licor de poejo que tão bom é como digestivo como servido como aperitivo para fazer “boca” à deliciosa comida alentejana.

Estômago confortado, calçada abaixo na direcção da Olaria Maquinista, o próximo destino.

As peças de olaria que são produzidas pela família Maquinista aproximam-se mais do estilo da loiça de São Pedro do Corval do que da produzida localmente. Apresentam, contudo, muita inovação e bom gosto ao que não é estranha a presença e laboração de muitas jovens sentadas a roda do oleiro e na mesa de pintura.

Claro, que estas peças, moldadas com afecto e com arte, comportam muitos segredos que passam de geração em geração, no seio familiar. O pouco que conseguimos saber, os 14 passos da sua manufactura, aqui ficam partilhados.

1 - Moldar na roda do oleiro
2 - Seca ao sol forte do Alentejo
3 - Limpar com uma esponja húmida
4 - Tintar com caulino para marcar
5 - Secar a pintura do caulino
6 - Riscar o desenho pelo artista da casa
7 - Pintar o desenho; as ajudantes pintam os cheios
8 - Limpar os excessos de tinta
9 - Enformar para cozer
10 - Primeira cozedura a 960 graus
11 - Dar o vidrado
12 - Limpar os fundos
13 - Cozer no forno o vidrado a 1060 graus
14 - Desenformar

As belas peças da tradicional loiça do Redondo, com a variante de São Pedro do Corval, ficam prontas a serem apreciadas pelos amantes de tão bela cerâmica.

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sexta-feira, abril 20, 2007

interpretar o passado


O guia Luís companheiro na visita
Saberes da terra onde nasceu
Facilidade inata de partilha


Luís, guia de visita das Gravuras de Penascosa, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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paz, liberdade, amor

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


Paz, Liberdade, Amor
Palavras vãs e sem sentido
Enquanto a meu lado chorar uma criança com fome
Enquanto o desprezo for sentimento humano
E os velhos forem desprezados
E os fracos forem oprimidos
E o homem explorar o homem.

Paz, Liberdade, Amor
Palavras vãs e sem sentido
Enquanto a meu lado chorar uma criança com frio
Enquanto a arrogância for sentimento humano
E para os pobres houver só compreensão
E para os desprotegidos houver só piedade
E o homem explorar o homem.

Paz, Liberdade, Amor
Palavras vãs e sem sentido
Enquanto a meu lado chorar a Mãe
Que vê seu filho morrer de fome e de frio
E o desprezo e a arrogância forem sentimentos humanos
E a compreensão e a piedade
E o desprezo e a opressão forem as únicas atitudes.

E o homem explorar o homem.

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quinta-feira, abril 19, 2007

nas curvas do rio


Nas voltas do Rio Côa
Maravilhosa paisagem no vale de
belas montanhas do Douro vinhateiro


Ponte sobre o Rio Côa, EN222, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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o pai, a amante, a nova e a velha

histórias do povo simples

Saía de casa de madrugada, fazia um longo caminho a pé, era dura a vida desses tempos. Atravessava pinhais e pântanos, corria o risco diário de ser assaltado por um fora-da-lei. O sol nascente apanhava-o ainda pelo caminho. Sol rasante que ajudava a criar miragens e a aumentar os temores.

Um dia quando regressou a casa vinha afobado, desejoso de se encontrar com a mulher para desabafar:

_Nem queiras saber mulher... caminhava eu de madrugada para o trabalho quando olhei para o chão para uma poça de água das chuvas da noite e vi o meu pai!
_Pode lá ser...
_Verdade mulher acredita!

No dia seguinte o mesmo ritual da caminhada. Só que a mulher pouco depois do marido sair seguiu-lhe as pisadas... E lá chegou à zona pantanosa do caminho onde o marido dizia haver tido a visão do falecido pai.

Qual não é o espanto da mulher quando olha para a poça de água...

_Ai o malandro, então tinha encontrado o pai... encontrou foi a amante.

Regressou apressada a casa e logo desabafou com sua mãe:

_O malandro do meu marido disse que tinha encontrado o pai, o falecido pai, quando fazia o caminho para o trabalho. O que ele encontrou foi a amante...
_Deixa estar minha filha, quem vai amanhã seguir o teu marido vou ser eu...

Na manhã seguinte, a mesma cena... Só que desta vez quem perseguiu o homem foi a sogra. E lá chegou a malfadada zona dos encontros. Olhou para a poça de água e não resistiu a berrar:

_Ai o malandro, ainda se a amante fosse uma gaja boa, mas é uma velha.... Que malandro me saiu o meu genro!!!

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quarta-feira, abril 18, 2007

uma flor para... a montse


minha doce e querida amiga
te ofereço esta singela flor
no muito querer do meu sentir
dolç i bella amiga
et lliuro aquesta simples flor
no gaire voler de la meva sentir


Flor de amendoeira, Freixo do Numão, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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querida montse

hola querida Montse
hola Ojos de Miel
hola sol de Gaudi
hola mi vicio mayor
hola princesa de Cataluña
hola guapísima AMIGA

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terça-feira, abril 17, 2007

mó de tempos idos


Rodou milhões de vezes
Na força da água do rio
Ajudou a produzir farinha


Mó de moinho de água, Zona de gravuras rupestres, Penascosa, Castelo Melhor, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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reviver badajoz com a cb

a banda do cidadão em acção
Vivências reais, contadas ao estilo de contos curtos, onde é posta a evidência a utilidade pública de um meio de comunicação rádio, muito em voga nas décadas de 80 e 90 do século passado. Chegaram a ser constituídas redes internacionais de emergência rádio com muitas acções humanitárias realizadas. Os governos dos diversos países do Mundo nunca viram com "bons olhos" este sistema, pois era um sistema de comunicações para todos, sem quaisquer tipo de fronteiras



A viagem havia sido programada há muito. Não envolvia uma grande distância, pouco mais de 200 quilómetros, mas tinha sem qualquer dúvida uma grande carga sentimental.

Rever locais, rever amigos, rever situações estava no programa daquela deslocação à cidade espanhola fronteiriça que dá pelo nome de Badajoz e pelo designativo de "tierra de Dios".

Algo havia mudado profundamente em relação a viagens anteriores, efectuadas 10, 15 anos antes o automóvel estava equipado com um emissor/receptor de rádio CB.

Viagem iniciada, estabelecidos alguns contactos com colegas cebeístas madrugadores que quiseram estar na frequência para as despedidas e para o acompanhamento durante alguns quilómetros.

Depois, durante a viagem, feita a horas demasiado matutinas somente alguns contactos com camionistas que na sua actividade profissional se deslocavam pelas grandes vias europeias.

Já mais perto de Badajoz, quando Elvas ficava para trás e a fronteira (fronteira?) à vista foi estabelecido o primeiro contacto com os cebeístas pacenses (habitantes de Badajoz) que acolheram com entusiasmo a chamada daquele português que se deslocava para a sua terra.

Primeiro foi a estação K5, operador Pedro, que se soube mais tarde estar permanentemente em escuta na estação a funcionar no seu local de trabalho, um quiosque numa movimentada rua de Badajoz; depois uma segunda estação, a seguir mais outra.

Quando demos por nós uma boa dezena de estações de rádio CB nos estavam saudando, encaminhando para um café onde habitualmente se juntavam, convidando nos para um pequeno almoço na inesperada mas muito amiga companhia de diversas estações rádio CB da cidade de Badajoz. Depois foi a algazarra do encontro, a troca de opiniões de "como vai a Banda do Cidadão" nos dois países vizinhos, dos sonhos de realização de actividades se possível em comum.

Fraterna amizade se sedimentou de uma forma algo inesperada, mas que a Banda do Cidadão é fértil em possibilitar, quando o espírito da sua utilização é precisamente o de derrubar as barreiras da incomunicação que ficticiamente a sociedade cria entre as pessoas.

A promessa de voltar foi feita. A sua concretização uma realidade.

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segunda-feira, abril 16, 2007

o encanto da aquilegia


Beleza estranha que deixa o poeta sem palavras
O jardineiro em estado hipnótico
O amante a navegar o Arco-Íris


"Aquilegia dobrada", dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal

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uma tábua de queijos especial

a suavidade do erotismo
São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer




A Sally havia preparado uma apetitosa tábua de queijos, óptima para ser acompanhada com um vinhinho branco seco, de origem muito especial, que um amigo nos oferecera recentemente.

Sendo muito mais agradável este tipo de repasto feito com companhia, convidámos a Katty e o Tim, amigos de longa data, que chegaram à nossa casa por volta das 22 horas.

Bem dispostos como sempre, o Tim desportivo, blusa leve e calça de linho muito justa e a Katty, vestidinho curto que ao rodar deixava ver um palmo de coxa bem feita e que no quebra luz permitia vislumbrar a tanguinha que vestia por baixo ali estavam para passarmos um pedaço da noite de forma descontraída e desinibida.

A tarde estivera abrasadora, pelo que logo que chegara a casa havia tomado um duche reconfortante e envergara, tal como o Tim, uma simples blusa e calças claras igualmente justas e reveladoras da protuberância do meu sexo.

Aliás, o comentário da Katty, sempre brejeira, não se fez esperar: " Vocês hoje parecem gémeos... pelo menos no enchumaço que têm aí à frente...".

Por seu lado a Sally vestira um cai cai e calça de ganga elástica branca que, não só punha em evidência o seu corpo bem torneado e o umbigo bem redondinho, como deixava antever a marca das cuequinhas muito reduzidas.

Música agradável que fui seleccionando acompanhava a refeição que decorria na maior boa disposição, tagarelando se um pouco sobre todos os assuntos, a actualidade, o Mundo, a praia, o bom tempo que fazia.

A determinada altura, ao regressar à sala, a Sally tinha envergado um avental muito bonito e colorido, que pôs à consideração dos presentes: " Digam lá se este avental não é tão bonito?!"

Todos concordaram, pois era realmente bonito, fora do vulgar nas suas cores e nos desenhos.

Evidentemente ninguém mudou de opinião quando a Sally, retirando se, virou as costas, deixando à vista de todos que por baixo do avental estava completamente nuazinha, não tendo sequer qualquer marca mais clara do biquini no rabinho, visto muitas vezes na praia não o usar.

Ainda fui a tempo de lhe aplicar uma palmada no dito sítio, enquanto a Sally fugia, deixando no ar espanto e excitação pelo insólito da situação.

Katty com a voz ligeiramente rouca comentou: " Hoje estão todos muito atrevidos... A mim o vinhinho já está a fazer efeito... Daqui a pouco perco a cabeça e a culpa é vossa..."

Acto contínuo refrescou a garganta com mais um golo daquele vinho branco seco muito especial.

[continua]

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domingo, abril 15, 2007

bandarra profetizou...


Poeta popular e repentista
Suas profecias perduram no sentir das gentes
Bandarra, sapateiro de profissão


Estátua ao poeta, profeta e sapateiro, Bandarra que nasceu em Trancoso - Portugal, no Século XVI

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circular em contramão

a minha opinião
O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada



O que levará um jovem de pouco mais de 30 anos de idade a inverter o sentido de marcha em plena auto-estrada?

Chegam notícias amiúde de que acontece tal situação como desafio à sociedade, como o marcar de posição quanto às normas estabelecidas, mas tal acontece, na maioria das situações, em grupo, resultante da própria dinâmica contestatária do grupo ou com a finalidade quase única de criar uma situação de perigo, um acto de desafio para aumentar a adrenalina, muitas vezes sob o efeito da utilização de substâncias tóxicas.

Situações frequentes da utilização das auto-estradas em contramão têm origem na confusão que certos acessos bem conhecidos provocam em utentes mais idosos e com menor capacidade de discernimento para situações complicadas.

Conduzem, normalmente, a situações de estupefacção e de surpresa “como aconteceu isto?”.

Mas como tal pode acontecer com um jovem, pressupostamente na posse de todas as suas capacidades físicas e intelectuais?

E como é mantida essa atitude quando a situação é constatada? Situação que somente termina no desfecho menos desejado: o embate com outras viaturas que circulam no sentido correcto?

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sábado, abril 14, 2007

floral da mata


Verdes pinos bravos e mansos
em cama de maravilhoso floral
Branco, amarelo e lilás


Pinhal do Rei, Mata dos Medos, Almada - Portugal

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arriba fóssil

A Arriba Fóssil, sobranceira às chamadas Terras da Costa é o mais característico elemento natural da região da Caparica. Trata-se de uma formação geológica invulgar, constituída por rochas sedimentares, possuindo as mais antigas cerca de 15 milhões de anos, com belas formas provocadas pela erosão, variegadas tonalidades ocre e as ravinas abundantes - boqueirões - coroadas de vegetação luxuriante. É o testemunho presente de uma época em que a linha da costa se situava mais para o interior. Actualmente e devido à acumulação de grandes quantidades de areia junto à Arriba, o mar já não a atinge, sendo por isso designada por Fóssil. Para defesa deste património natural único foi legalmente constituída em 1984 a designada Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica.

A importância geológica da Arriba Fóssil é justificada pelo facto de ser constituída por uma sucessão de estratos de rochas sedimentares, das mais importantes da Europa Ocidental, caracterizados por um imenso conteúdo fossilífero.

Para além das características geológicas, muitos outros factores contribuem para que seja considerada um dos principais pólos de interesse natural da região. Possui locais muito favoráveis para a alimentação, reprodução e repouso de aves de rapina, de entre as quais se destacam a águia-de-asa-redonda, o peneireiro-comum, o mocho-galego e a coruja-do-mato. A variedade da fauna é completada com outros animais, desde o rato do campo ao coelho, da perdiz ao pintassilgo. As matas da Arriba são um local privilegiado de passagem para as aves migratórias, sendo ainda de assinalar a presença de uma importante colónia de corvídeos, com relevo para as famílias de corvos comuns, caracteristicamente constituídas por três elementos. Pode-se igualmente observar e admirar na zona envolvente a Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, também conhecida por Pinhal do Rei, o qual foi mandado semear pelo rei D. João V, com o objectivo de impedir a progressão das areias dunares para o interior.

No perímetro da Arriba Fóssil são visíveis os marcos com o símbolo da Casa de Palmela, ao longo da antiga estrada que o monarca utilizava nas suas deslocações de Lisboa para o Castelo de Palmela.

Neste importante espaço natural podemos encontrar, ainda, a Mata das Dunas da Costa de Caparica e Trafaria, na base da arriba, perfazendo com a Mata dos Medos, cerca de 600 ha. de área florestal que proporcionam bons momentos de repouso em contacto directo com a Natureza.

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sexta-feira, abril 13, 2007

o alerta do fim-de-tarde


repete-se diariamente este olhar para poente
assegurar a segurança do "lar"
lá no alto, de sentinela atentos


Ninho de cegonha branca, Cachopos, Alcácer do Sal - Portugal

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sexta-feira 13

tradição e cultura popular
A tradição resulta da memória colectiva de um Povo, autêntico património invisível que se transmite entre gerações e representa o mais elevado expoente da cultura popular. Aqui se deseja dar conta desse repositório



Simbologia

Sexta-feira, 13 é na tradição cristã considerado o símbolo de desgraça, já que 13 eram os convivas da última ceia de Cristo, tendo este morrido numa sexta-feira. Por essa razão pessoas mais sensíveis a estas questões evitam viajar nestes dias e recusam utilizar alojamentos ou lugares em teatros e cinemas que tenham o número 13. Aliás, por essa mesma razão, a numeração dos camarotes de teatro omite, por vezes, o 13, em alguns hotéis não há o quarto com esse número que é substituído pelo 12a. Há pessoas que pensam que participar num jantar com 13 pessoas traz má sorte porque uma delas morrerá no período de um ano. A sexta-feira 13 é considerada como um dia de azar, e toma-se muito cuidado quanto às actividades planeadas para este dia.

Como se vê, a crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é estimado como símbolo de boa sorte.

O argumento dos optimistas tem por base o facto de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de prosperidade e de sorte. Assim, na Índia o 13 é um número religioso muito apreciado, de tal forma que os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo, adorando por exemple as 13 cabras sagradas.

As lendas

Existem duas outras lendas relacionadas cos a superstição do número 13. Uma lenda escandinava diz que existia uma deusa do amor e da beleza chamada Friga, que deu origem a friadagr, sexta-feira. Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em uma bruxa exilada no alto de uma montanha. Para vingar-se, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas e mais o demónio - totalizando treze - para rogar pragas sobre os humanos. Da Escandinava a superstição se espalhou pela Europa.

A outra lenda é da mitologia nórdica. No valha, a morada dos deuses, houve um banquete para o qual foram convidados doze divindades. Loki o espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu o favorito dos deuses. Este episódio serviu para consolidar o relato bíblico da última ceia, onde havia treze à mesa, às vésperas da morte de Cristo. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.

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quinta-feira, abril 12, 2007

janela com cortinas de renda


cantaria de granito talhado a cinzel
madeiras de verde pintadas harmonia com a Natureza
cortinas de renda a arte de mãos sensíveis


Janela com cortinas de rendas, Sto. Amaro, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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senhora da rosa

“Tem esta Freguesia [Caparica] no seu destricto três Conventos, hum dos Religiosos de S. Paulo, de que he Orago N. S. da Rosa, fundado em 1410: outro dos Religiosos Arrabidos, dedicado a N. S. da Piedade, fundado no anno de 1558: o ultimo he dos Religiosos Agostinhos Descalços, de que he Padroeira N. S. da Assumpção, fundado no anno de 1677.”

Mantendo a grafia original aqui se transcreve um texto publicado em 2005 no boletim de fontes documentais, “Almada na História”, números 7-8, que dá conta da existência no termo de Charneca de Caparica de um convento devoto a Nossa Senhora da Rosa, cuja imagem faz parte do brasão desta Vila do Concelho de Almada.

Ainda tive oportunidade de visitar o referido Convento já em estado de adiantada degradação que veio a resultar, no tempo presente, na sua total destruição. Perdeu-se, desta forma, uma construção religiosa do século XV, provavelmente muito afectada na sua estrutura por efeito do Terramoto de 1775.

Diz-se que se situaria, à época da construção, num esteiro que do mar Atlântico entrava terra dentro por onde corre hoje um riacho de poucas águas mas que na direcção do mar caminha. Ali pelas zonas do Vale do rego e da Praia do Castelo.

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quarta-feira, abril 11, 2007

que bela vista p'ró mar


este amplo e tão belo mar azul
que beija ternamente o grande areal
nos cálidos dias de verão


Grande Areal visto do miradouro da Mata dos Medos, Almada - Portugal

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Noite de fim-de-ano

a suavidade do erotismo
São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer

Katty estava já conformada em passar o ano sozinha, possivelmente "nos braços de Morfeu", depois que se havia recentemente divorciado e perdera contacto com o seu habitual grupo de amigos.

O telefonema de Sally que com Sam constituía uma casal a quem estava ligada por íntima amizade veio, contudo, alterar tal estado de coisas.

O Sam trabalharia até tarde na véspera do novo ano mas o convite viera com a promessa de que ele tudo tentaria para chegar antes das zero horas, enquanto que Sally e Katty estariam juntas aproveitando para falarem de tudo e de nada, como tanto gostavam de fazer quando se encontravam.

As duas amigas jantaram em ambiente de boa disposição, tagarelando alegremente, e dando boas e salutares risadas, a propósito do picante que a comida tinha e a conversa também.

Sempre no desejo da chegada do Sam, que sabiam, contudo, que não se verificaria antes das 23 horas, sentaram‑se comodamente defronte do aparelho de TV vendo a programação especial que a emissora ia debitando.

O calorífero ligado, tornava o ambiente mais cálido, a que o vinhinho branco da refeição e o doce licor digestivo dava ajuda para afoguear os rostos e toldar ligeiramente o pensamento introduzindo mais uma pitada de desinibição.

A Sally já com muito calor propõe‑se despir os "collants" para o que levanta a saia descontraída e despudoradamente, efectuando a operação.

Do que se não livrou foi do comentário jocoso da Katty: "‑ Tens umas cuequinhas muito reduzidas... isso deve pôr o Sam completamente louco!" "‑ Podes crer que sim e hoje vai ficar mais do que nunca... apetece‑me muito!"
"‑Já vejo que estou a mais..." comentou Katty com voz rouca e com muito pouca vontade de abandonar o local onde se encontrava.

"‑ Nem penses querida, nunca senti isso em relação a ti... o que pode acontecer é teres um inesperado "show" erótico em início de novo ano, o que não é um mau começo..."

A tagarelice continuou, intervalada com alguns silêncios para prestarem atenção às partes mais interessantes do programa de fim‑de‑ano, bem regada com o licor que aquecia cada vez mais os corpos.

Sugestionadas pelo espectáculo que a televisão ia transmitindo e que continha elevada carga erótica, propuseram despir algumas peças de roupa o que veio deixar ambas somente envergando minúsculas cuequinhas e os "soutiens" a condizer em tamanho e transparência.

Quase que num desafio às artistas que iam passando pelo pequeno "écran" ensaiaram alguns passos de dança ao som da música ambiente, com longos requebros de ancas, com eróticos trejeitos dos rabinhos mal cobertos pelas cuequinhas que com todo este movimento se introduziam atrevidamente nos reguinhos.

A excitação era cada vez maior e a Sally não resistiu à tentação de passar as suas mãos carinhosamente pelas costas nuas de Katty, deixando‑as descair até à doce curvatura das nádegas.

Katty não pode deixar de retribuir tamanha ternura, o que faz de forma quente e excitada deixando pousar seus lábios nas maminhas de Sally, donde o "soutien" já fora retirado.

A excitação era grande e o controlo estava completamente perdido. Acariciavam‑se ternamente com o Sam no pensamento.

Este quando chega depara com um quadro celestial, não resistindo a desabafar "‑ que boa passagem de ano que irei ter junto de dois borrachinhos com tão pouca roupa!"

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terça-feira, abril 10, 2007

bela flor de cor garrida


mata verde que el-rei mandou plantar
para suster a força dos ventos
agora com a cor de tão bela flor


Flor (centaurea scabiosa) da Mata dos Medos, Almada - Portugal

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a escola

sentados à mesa... gostámos
Viajar pela rota dos saberes, feitos de odores e sabores, numa partilha da degustação de comidas e de bebidas em casas de pasto, ao ritmo do coração


Caminhar para Sul é uma tentação. Está sempre presente no meu sentir o chamamento das amplas planícies, onde o olhar se perde para lá da linha do horizonte na busca permanente da moira encantada, cabelo doirado cor de palha a contrariar os traços anatómicos da sua origem para lá do Mediterrâneo.

Uma vez mais, como tantas outras vezes aconteceu, a rota seguida faz-nos aproximar do Sado, rio azul a beijar a cidade de Setúbal, que é atravessado num dos diversos “ferries” que garantem a ligação às terras de Tróia, onde relíquias arqueológicas garantem a passagem e permanência dos romanos em tempos passados.

À Comporta vamos seguir na direcção de Alcácer do Sal, deixando o olhar acompanhar as largas dezenas de cegonhas que na região nidificam e onde, aliás, já se resolveram a permanecer o ano inteiro rejeitando a tradicional migração para terras de África quando a invernia chega com suas temperaturas baixas.

Em Cachopos que já foi herdade e é hoje aldeia de portas abertas, encontramos uma escola primária, arquitectura do centenário, transformada em sítio de comeres. A decoração do interior é sóbria, mantendo a tradição da região alentejana, enquanto o exterior mantém a traça do sítio de estudar as primeiras letras.

Serviço de mesas agradável, de salientar as toalhas e guardanapos de pano, de brancura impecável, depois de termos passado pelo lava-mãos onde as mesmas são enxutas com um atoalhado individual de turco, substituindo com charme os toalhetes de papel ou os inestéticos secadores eléctricos.

A boca começou a ser preparada com tirinhas de pimento assado, temperados com azeite envinagrado, alhos e coentros, e com um magnífico grão com bacalhau desfiado (meia-punheta da região saloia?), com delicioso pão alentejano fatiado.

O repasto foi constituído por iguarias escolhidas do capítulo “cozinha tradicional” donde salientamos:
Espetada de Choco [com gambas], acompanhado de feijão verde, cenoura e batata tudo cozido no vapor. O choco servido muito macio mostrou-se soberbo ao paladar mais exigente;

Batatas de Rebolão – carne de porco no alguidar, bem condimentada de maça de pimentão, servido com batatinhas [de rebolão].
Batatas de Rebolão

O vinho escolhido foi o “da casa”, vinho tinto Alandra da Herdade do Esporão.

O chefe cozinheiro merece o registo do nome, Henrique Galvão, pela forma soberba como confeccionou os manjares que foram servidos aos Reis, comensais Teresa e Victor, que almoçaram por cerca de 50 Euros.

A Escola – restaurante
Chefe de Cozinha: Henrique Galvão
Cachopos – 7580 Alcácer do Sal
Telef. 265 612 816
Encerra às segundas-feiras



Apreciação global da refeição bom/muito bom

Originalidade do prato 4
Sabor e apresentação 4
Carta de vinhos 4
Apresentação e atendimento 4
Higiene da mesa e das loiças 5
Higiene dos serviços 5
Ambiente e decoração 4

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segunda-feira, abril 09, 2007

sempre de pé


por montes e vales
amplos espaços, solidão
marco de vida, de pé


montes e vales durienses, Castelo Velho, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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um dia luminoso

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento



Numa manhã bela e luminosa
Quando a Primavera caminha rumo ao Sol
Uma bonita flor, vermelha rosa
Deu cor ao Mundo. Cantou o rouxinol.

Menina foi, depois bela mulher
Com doce olhar cativou os seus amigos
Segura caminha na senda do querer
Dos sentires seus seios são abrigo.

Seu falar é uma língua universal
Com estranha entoação e fantasia
Uma voz que nos leva pelo fresco roseiral
Ao encontro do sonho, da melodia.

Seu corpo talhado pela mão de um escultor
Cinzel mágico para tamanha obra-prima
Que moldou belas pernas com ardor
E talhou alvos seios sedentos de vindima.

Neste dia de glória, de caminhar a vida
Se encurtam distâncias pelo afecto
A taça se levanta, saúde! Bem nascida
E viver de felicidade e amor repleto.

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domingo, abril 08, 2007

páscoa feliz, felices pascoas


na tradição dos tempos
feliz páscoa, pascoas felices
para @s querid@s amig@s


fotografia de estúdio, adereços Angelique e Casa, amêndoas da Ajuda

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páscoa 2007

O dia de Páscoa festeja-se no primeiro Domingo depois da Lua Cheia que ocorre no ou após o equinócio da Primavera Boreal que este ano foi no dia 21 de Março, pelas zero horas e sete minutos. No ano corrente a Lua Cheia considerada teve lugar a 2 de Abril.

Tempo de Páscoa é na liturgia cristã e de muitos outros credos religiosos, actuais e de tempos passados, a ressurreição, o nascimento, a nova vida, um começar de novo. Algo que é cíclico na vida das gentes de todas as regiões do Mundo, em todos os tempos.

A Páscoa é simbolizada pelo ovo que em si contém todas as noções de um recomeço, a partir “sabe-se lá de onde”. O que nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Questão filosófica que se encontra arreigada no imaginário popular.

É tradição oferecer ovos na China. Há muitos séculos atrás os orientais embrulhavam os ovos em casca de cebola e cozinhavam-nos juntamente com beterraba. A cor dada pela beterraba entrava pelos interstícios das cascas de cebola criando desenhos suaves e estranhos. Os ovos eram oferecidos como presente na Festa da Primavera.

Este costume chegou ao Egipto. Tal como faziam os chineses, também os egípcios passaram a oferecer ovos no início da nova estação, no início da Primavera, onde começava um novo ciclo de vida.

Entretanto, os egípcios davam grande simbolismo aos animais, especialmente aos que viviam em comunhão nas suas casas, donde associavam o coelho ao símbolo da fertilidade. No antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. O mais importante é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. E a Páscoa é reprodução, ressurreição, vida nova.

Após a morte de Jesus Cristo, aquando da expansão do Cristianismo, deu-se a absorção natural dos usos e costumes populares, conde os cristãos passaram a consagrar esse hábito como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa.

A evolução dos tempos, a “mão dura” da Igreja Católica que proibia, durante a Quaresma, a alimentação que incluísse ovos, carne e derivados de leite, o início do desenvolvimento da indústria de chocolate, por volta de 1828 e o avanço do mercantilismo explicam, no seu conjunto, a substituição de ovos naturais pelos de chocolate

enriquecimentos:
A Páscoa na Roménia celebra-se no Domingo, segunda e terça-feira (cf. Reporter)
A Páscoa em Alfarim e no Meco (Sesimbra) celebra-se à segunda-feira (cf. Victor Faustino)

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sábado, abril 07, 2007

o odor do jasmineiro


na brancura do jasmim a pureza
no seu enleante odor
o muito querer, o amor


jasmineiro dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada-Portugal

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pés sensuais

a suavidade do erotismo
São eróticos os mais belos textos escritos pelo homem, pois o erotismo faz parte do sentir mais profundo do ser humano. Em prosa, em verso ou em imagem toda a suavidade do sentir e do querer



Naquela tarde de Verão, mês de Agosto já avançado, recostava-me languidamente numa cadeira da esplanada da Praia da Bela Vista, apanhando os raios de sol de fim de tarde, vestindo somente uma reduzida tanga, quando vi aproximar-se um casal, onde sendo notória a diferença de idades, não deixavam de ter um ar sensual e arejado e não passariam despercebidos a um observador mais atento.

Ele trajava um calção de praia bem largo e vermelho e uma t-shirt de uma qualquer universidade americana, aparentando uns 50 anos muito bem conservados; ela um reduzido biquini e um top a condizer, não teria mais de 30 anos. Ambos descalços com pés muito bonitos.

Tenho uma tara, um carinho especial por pés bonitos, e os daquele casal não me deixaram indiferente, sentindo que a tanga se tornava pequena para acomodar a minha ferramenta que sentia crescer.

Eu encontrava-me, igualmente, descalço e apercebi-me de que, depois de olharem fixamente para os meus pés, trocaram algumas palavras entre si. Os meus pés também os excitavam, por certo.

Com o pretexto de perguntar as horas aproximei-me da mesa do casal, sem minimamente disfarçar o tesão com que me encontrava e, na ocasião, ofereceram-me lugar na mesa e que tomasse algo com eles.

Apresentações feitas, a mulher chamava-se Cris e o marido Mat e como vim a saber pouco depois adoravam pés descalços. Prontifiquei-me a mostra-lhes a minha colecção de fotografias de pés descalços que fui eu próprio fotografando no decorrer do tempo, pelo que ficou acordada uma minha visita ao seu apartamento logo após o jantar, levando comigo as prometidas fotografias de pés.

Ainda mantivemos, naquele fim de tarde, uma longa conversa sobre pés que concluímos ser uma preferência dos três e que muito nos tocava na sensualidade, melhor ainda, na sexualidade.

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sexta-feira, abril 06, 2007

mar azul mar


do alto da arriba contemplo
este mar tão azul, tão belo
no suave espraiar nas doiradas areias


mar da Praia do Sol visto da Arriba Fóssil, Almada-Portugal

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novos indicadores de leitura

Um dos maiores aliciantes que o pessoal da Oficina das Ideias encontrou na blogoesfera foi a possibilidade de cruzar visitas sobre temas do seu agrado, com blogues preocupados com a partilha do saber, com a defesa dos patrimónios natural e construído, muito em especial, o património imaterial.

Por outro lado existe sempre a preocupação de visitar e recomendar a visita a todos os blogues que além de nos visitarem nos dão a honra de deixar um comentário construtivo, que muito ajuda a nossa inspiração e o enriquecimento do nosso trabalho.

Vamos acrescentar à nossa lista de “indicadores de leitura” os seguintes blogues companheiros desta viagem:

Atento, de Manuel Gomes – Ao que de meritório mereça ser lembrado, sempre em função de valores, nunca, pelo vazio da oportunidade.

Cantábile, de Luísa Margarida – Expressão usada na música para designar que a peça deverá ser executada de forma pura, com gosto, alma e simplicidade.

A Cantora, de Gwen - Uma mulher sensível, que ama a musica, a família e os amigos, e sobretudo a vida, sendo enfim o amor o sentido da vida.

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quinta-feira, abril 05, 2007

flor de amendoeira


campos cobertos de tonalidades rosa sobre branco
no encantamento das amendoeiras em flor
das lendas, do amor


Flor de amendoeira, Freixo do Numão, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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há 45 meses na blogoesfera

Passam hoje os quarenta e cinco meses de publicação contínua da Oficina das Ideias o que tem envolvido algum esforço do pessoal da escrita e das imagens, atendendo ao nosso “estatuto editorial” que aponta para a publicação de trabalhos originais e não a utilização de imagens e textos alheios, salvo raríssimas excepções.

O crescimento das visitas diárias que já havia sido anteriormente detectado continua a acentuar-se, tendo sido já atingida uma média diária superior a 500 visitas p que dentro das nossas modestas expectativas já tem o seu significado. À data de hoje a média situa-se em 470 visitas/dia.

Neste período vimo-nos forçados a introduzir um filtro aos comentários através do pedido de um código de confirmação atendendo a que estávamos a ser “bombardeados” com comentários span. Por outro lado, aderimos ao sistema de publicidade da Google, cuja receita obtida em resultado das entradas dos visitantes na publicidade apresentada será entregue a uma instituição particular de solidariedade social, IPSS, no caso concreto a CURPIC, Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de Charneca de Caparica.

Quanto a interactividade, o número de comentários no último mês foi de 57, a partir de 18 comentadores. É de grande importância para o enriquecimento da Oficina das Ideias esta contribuição dos dedicados e amigos leitores.

Visitas – 168.300 (desde 5 de Julho de 2003), a uma média de 470/dia e com origem em 124 países diferentes, valores facultados pelo SiteMeter e pelo NeoWORX
Comentários no mês - 57, de 18 comentadores
Total de posts – 2.782, onde cerca de 1.400 fotografias da autoria do nosso amigo Olho de Lince.

Um agradecimento especial a Blogger.com e a Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.


Quadro de Honra

Yonara, do Templo de Hécate (Brasil)
Jacky, do Amorizade (Portugal)
Lígia (Brasil)
CláudiaP, do Tudo ou Nada (Brasil)
Rui Manhente, do Viandante (Portugal)
Campusdelide (Portugal)
Reporter, do Pó de Ser (Portugal)
Gwen, do A Cantora (Brasil)
Lady, do YourLady (Brasil)
Luz Branca, do La Petit Vie (Portugal)
Maçã, do Maçã de Junho (Portugal)
Luísa Margarida, do Cantábile (Brasil)
Raquel, do Sex Appeal (Brasil)
Lenore, do Verdades Cruéis (Portugal)
Lila (Portugal)
João C. Fernandes, do Fumaças (Portugal)
MGomes, do Atento (Portugal)
Lualil, do Traduzir-se... (Brasil)


A TODOS o nosso Muito Obrigado

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quarta-feira, abril 04, 2007

cor e harmonia


árvores em flor de cor lilás
hamonia com o património construído
encanto para quem as vê


Igreja Matriz de Sto. Amaro, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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olhos de mel

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento



Teus belos olhos de mel
Duma tonalidade tão pura
São do Universo o anel
Do muito querer que perdura

Tua boca sem ter par
Qual amora já madura
A doçura no beijar
Num momento de ternura

Teus seios são frutos de ouro
Duas jóias preciosas
Fazem parte do tesouro
Das sensações valiosas

Teu umbigo sensual
Com um brilhante de sonho
Como ele não há outro igual
No Mundo que fazes risonho

No centro de teu lindo ser
Fulge o mais belo tosão
É sonho de enlouquecer
O mais nobre coração

De tão bonita mulher
A concluir o que penso
Feliz de quem merecer
Seu sorriso tão intenso

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terça-feira, abril 03, 2007

porta desenhada no xisto


trabalhar em xisto é uma arte
harmonia base de desenho
de porta agora degradada


Casa de xisto em Castelo Melhor, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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hoje como outrora

Da publicação “Posturas da Câmara Municipal de Almada, em 1750”, in Almada na História – Boletim de Fontes Documentais 2, Câmara Municipal de Almada, 2002, transcrevemos:

“Postura que nenhuã pessoa fassa estrequeiras na villa.

Acordarão porque foram notefficados os officiais homens bons que se farião muintas estrequeiras e sugidades na villa continuadamente o que não he bem feito por muntos respeitos, e doenças que disso se adquirirão, e querendo a isto prover, ordenarão e puzerão por postura que daqui em diante qualquer pessoa que fizer estrequeira na villa pague cem reis a metade para o concelho e a outra metade para quem o accuzar.”


Sobre este texto três breves comentários:

1. Já em 1750 se antecipava o uso de determinadas palavras que iam ter presença nos SMS do século XXI, por exemplo “he” por “é” [uma tentativa de humor desta Oficina]

2. No tempo dos reis D. João V e D. José I pagava-se aos delatores [...outra metade para quem o accuzar], hoje a delação é gratuita.

3. Antigamente como hoje em dia as pessoas tinham por hábito fazerem esterqueiras na via pública.

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segunda-feira, abril 02, 2007

luar de abril


lua de abril, o das águas mil
espreitar pela cortina de núvens
brilho intenso


Lua Cheia em Valle do Rosal, Chaneca de Caparica, Almada- Portugal

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as violetas

sentados à mesa... gostámos
Viajar pela rota dos saberes, feitos de odores e sabores, numa partilha da degustação de comidas e de bebidas em casas de pasto, ao ritmo do coração



Foi o acaso que nos conduziu até lá. Hora tardia em viagem que se prolongava levou-nos a concluir que sendo já cerca das 21 horas era altura de fazer uma paragem para o jantar, antes que as cozinhas começassem a cessar o seu funcionamento.

Próxima saída da auto-estrada seria Castelo Branco e por aí abandonámos a estrada principal rumo ao centro do burgo albicastrense, pela saída com indicação “centro”. Por entre as arcadas de um bairro residencial vislumbrámos a iluminação de uma casa de comidas. E por aí nos quedámos.

A decoração cuidada a recordar sítios antigos com madeiras e ferros forjados. Um toque de modernidade a emanar da paleta das cores e nas tonalidades adequadas ao nome da casa de comidas no aconchego de cerca de uma vintena de lugares para degustação tranquila.

Às mesas o Maurício (filho) a distribuir as ementas de boa apresentação que as explicações de mais pormenor logo seriam dadas pelo pai. Simpatia na recepção a registar desde logo. A lista apelou o nosso olhar para as “especialidades da casa”.

A boca começou a ser preparada com entradas originais e de grande qualidade: presunto pata negra no pondo ideal de cura; peixinhos da horta, o tradicional polme de farinha a vestir o feijão verde e a originalidade de igualmente vestir tirinhas de cenoura; ovos verdes de estalo e fatias muito finas de fígado grelhado. A sede da viagem pedia cerveja bem gelada, uma delas uma “abadia” na conta do frio.

Depois, o repasto com pratos escolhidos de entre as “especialidades da casa”, a primarem pela originalidade da confecção, com a apresentação esmerada e sabores retirados de paleta de artista.

Rolo de lulas com camarão
Filetes de Polvo com Arroz Exótico


Tranches de Polvo com Molho Verde


A artista que nos apresentou esta maravilhosa paleta de cheiros e de sabores em cores vivas do bom gosto é a Dona Elisa Gonçalves. Parabéns pela obra que connosco partilhou.

Quatro comensais: a Micá, a Teresa, o Carlos e este escriba da Oficina pagaram por esta excelente refeição menos de 50 Euros. E lá seguiram rumo a auto-estrada reconfortados e satisfeitos.

AS VIOLETAS - Café, Restaurante, Petisqueira
de: Maurício & Elisa Gonçalves
Rua Tomá Mendes da Silva Pinto, lote 3
Quinta das Violetas - 6000-285 CASTELO BRANCO
Telef. 272 347 907

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domingo, abril 01, 2007

pombais do vale do côa


em época de penúria garantiam alimento
a forma de ferradura afastava o mau olhado
luta diária pela subsistência familiar


Pombal em terras do Vale do Côa, Vila Nova de Foz Côa - Portugal

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em março de 2007 a oficina das ideias publicou:

Textos
Dia 1 – Em Fevereiro de 2007 a Oficina das Ideias publicou
Dia 2 – Ouvem-se já os tambores
Dia 3 – Eclipse total da Lua
Dia 4 – Passarinhos, passarinhos [do meu baú de memórias]
Dia 5 – 44 meses na blogoesfera
Dia 6 – Dois Mares
Dia 7 – O Dia da Televisão [do meu baú de memórias]
Dia 8 – Mulher [espaço de poetar]
Dia 9 – Novos indicadores de leitura
Dia 10 – O Marinheiro e a Andorinha
Dia 11 – O Pinhal do Rei de outros tempos
Dia 12 – Frutos do Alentejo [espaço de poetar]
Dia 13 – Globalização Solidária
Dia 14 – História de “Tonino Antonieta” [banda do cidadão em acção]
Dia 15 – Areias
Dia 16 – Um café no Gerbeaud [o meu caderno de viagens]
Dia 17 – Néctar [espaço de poetar]
Dia 18 – Conduzir em Lisboa e em Luanda [a minha opinião]
Dia 19 – Os pais, uma referência
Dia 20 – Nocturnos
Dia 21 – Primavera [o mistério e a fantasia]
Dia 22 – Pôr-do-Sol na Arriba Fóssil [minha terra é meu sentir]
Dia 23 – Deixar fluir o pensamento [espaço de poetar]
Dia 24 – Pensar Amor
Dia 25 – Hora de Verão em Portugal
Dia 26 – O seu a seu dono; Quatro anos do “Fumaças”
Dia 27 – Lenda da Capa-Rica das acácias em flor
Dia 28 – O Pinhal da Aroeira [dizedor de estórias]
Dia 29 – Dizeres sobre...
Dia 30 – Vencer a dor [espaço de poetar]
Dia 31 – Vénus, aqui tão perto

Imagens
Dia 1 – As cores do meu jardim
Dia 2 – No recanto do bar
Dia 3 – Lua de Março marçagão
Dia 5 – Flor do jasmineiro
Dia 6 – Sinfonia a duas cores
Dia 7 – Voo rasante
Dia 8 – Caminhar lado-a-lado
Dia 9 – Apetrechos das “artes”
Dia 10 - O grande areal
Dia 11 – Aqui tomei um chá
Dia 13 – Altíssima tensão
Dia 15 – Barco rio acima
Dia 16 – A paleta da Natureza
Dia 17 – Uma florzinha do Pinhal do Rei
Dia 18 – Promontório barbário
Dia 19 – Marco Zero
Dia 20 – Floral de amarelo
Dia 21 – Renovar a vida
Dia 22 – A suavidade duma rosa
Dia 23 – Alegria no jardim
Dia 24 – Luxúria natural
Dia 25 – Simplesmente lilás
Dia 26 – Tulipa flamejante
Dia 27 – Cheirinho a rosmaninho
Dia 28 – Altaneira
Dia 29 – Bordados em terra lavrados
Dia 30 – Até ao infinito
Dia 31 – Pastorícia serrana

Uma flor para...
Dia 04 - ...a Yonara
Dia 12 - ...a Jennifer
Dia 14 - ...a Micá

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