quinta-feira, abril 19, 2007
o pai, a amante, a nova e a velha
histórias do povo simples
Saía de casa de madrugada, fazia um longo caminho a pé, era dura a vida desses tempos. Atravessava pinhais e pântanos, corria o risco diário de ser assaltado por um fora-da-lei. O sol nascente apanhava-o ainda pelo caminho. Sol rasante que ajudava a criar miragens e a aumentar os temores.
Um dia quando regressou a casa vinha afobado, desejoso de se encontrar com a mulher para desabafar:
_Nem queiras saber mulher... caminhava eu de madrugada para o trabalho quando olhei para o chão para uma poça de água das chuvas da noite e vi o meu pai!
_Pode lá ser...
_Verdade mulher acredita!
No dia seguinte o mesmo ritual da caminhada. Só que a mulher pouco depois do marido sair seguiu-lhe as pisadas... E lá chegou à zona pantanosa do caminho onde o marido dizia haver tido a visão do falecido pai.
Qual não é o espanto da mulher quando olha para a poça de água...
_Ai o malandro, então tinha encontrado o pai... encontrou foi a amante.
Regressou apressada a casa e logo desabafou com sua mãe:
_O malandro do meu marido disse que tinha encontrado o pai, o falecido pai, quando fazia o caminho para o trabalho. O que ele encontrou foi a amante...
_Deixa estar minha filha, quem vai amanhã seguir o teu marido vou ser eu...
Na manhã seguinte, a mesma cena... Só que desta vez quem perseguiu o homem foi a sogra. E lá chegou a malfadada zona dos encontros. Olhou para a poça de água e não resistiu a berrar:
_Ai o malandro, ainda se a amante fosse uma gaja boa, mas é uma velha.... Que malandro me saiu o meu genro!!!
Um dia quando regressou a casa vinha afobado, desejoso de se encontrar com a mulher para desabafar:
_Nem queiras saber mulher... caminhava eu de madrugada para o trabalho quando olhei para o chão para uma poça de água das chuvas da noite e vi o meu pai!
_Pode lá ser...
_Verdade mulher acredita!
No dia seguinte o mesmo ritual da caminhada. Só que a mulher pouco depois do marido sair seguiu-lhe as pisadas... E lá chegou à zona pantanosa do caminho onde o marido dizia haver tido a visão do falecido pai.
Qual não é o espanto da mulher quando olha para a poça de água...
_Ai o malandro, então tinha encontrado o pai... encontrou foi a amante.
Regressou apressada a casa e logo desabafou com sua mãe:
_O malandro do meu marido disse que tinha encontrado o pai, o falecido pai, quando fazia o caminho para o trabalho. O que ele encontrou foi a amante...
_Deixa estar minha filha, quem vai amanhã seguir o teu marido vou ser eu...
Na manhã seguinte, a mesma cena... Só que desta vez quem perseguiu o homem foi a sogra. E lá chegou a malfadada zona dos encontros. Olhou para a poça de água e não resistiu a berrar:
_Ai o malandro, ainda se a amante fosse uma gaja boa, mas é uma velha.... Que malandro me saiu o meu genro!!!
Etiquetas: minha terra, pequenas estórias