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domingo, abril 29, 2007

os “gémeos” são assim

Os “gémeos”, esses campeões da dualidade do querer e do sentir, são assim mesmo: Têm metade de si próprios entregue a uma grande afectividade e a outra metade nos braços do libertinismo do pensamento.

Na memória guardam o tempo e o espaço de recordações com que foram constituindo a sua paleta de afectos, na entrega total de que são capazes como ninguém mais.

No pensamento mantêm o desassossego permanente em que mergulham todos os sentidos, na procura constante de novas experiências, novas sensualidades.

Sempre libertinos pelo avanço que defendem em relação à vivência comum, quantas vezes acariciando as ténues fronteiras da luxúria.

São assim os “gémeos” que vivem a plenitude da Primavera, do renovar cíclico de energias e desígnios, mas que desejam sempre a chegada do Verão, energia solar estável e permanente que aquece o corpo e os sentidos.

Vivem, então, inteiramente essa dádiva única das forças da Natureza. O Sol quente, determinante para o amadurecimento do corpo e dos saberes. Mas, da mesma forma, o movimento compassado das ondas do mar no seu embalar contínuo e suave. O amparo e o aconchego é propiciado pelos milhões de grãos de doirados arenitos, leito dos mais sensuais devaneios.

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