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segunda-feira, dezembro 14, 2009

gente boa

Neste permanente caminhar, de terra em terra, de sentir em sentimento, nesta verdadeira compreensão de viajar na procura de, ao encontro de uma ideia ou de uma situação, o caminhante por muito tempo que tenha vivido, encontra sempre algo que o surpreende.

Porque para Oeste, na direcção do pôr-do-sol, havia viajado com compromissos institucionais, resolvi aproveitar algum tempo em que o sol ainda brilhava e aquecia o sentir, para percorrer caminhos da imaginação na procura de mais um relógio de sol que no alto da sua centenária vivência se deixasse fotografar.

Elegi da minha lista de referências sobre o assunto duas aldeias pertencentes à freguesia da Lourinhã, do concelho do mesmo nome e para lá me dirigi percorrendo estradas e caminhos por onde nunca antes tinha passado sendo isso por si só um valor acrescentado para o viajante que muito de nómada tem.

A primeira aldeia a que chegámos foi Zambujeira, de ruelas estreitas e confusas para que chega pela primeira vez. Nada como perguntar a um garoto que brincava na rua. “Sabes onde fica aqui um relógio de sol?”. Uma primeira hesitação e logo um “Sim!”. Anos antes as escolas da região haviam participado num projecto de construção de um relógio de sol e aproveitaram a ocasião para identificar os existentes em cada aldeia. “Claro que sei! Venha atrás de mim que eu vou na bicicleta…”. E lá me conduziu até ao adro da igreja onde estava implantado um relógio de sol.

Depois de obtidas as desejadas fotografias dirigi-me a Nadrupe, a outra aldeia que constava do meu “roteiro”. Aí iria ser mais difícil encontrar o relógio de sol procurado, pois sabia existir um numa “casa particular”

Ao fundo de uma rua, uma curiosa figura, homem de meia-idade, mochila às costas e capacete no braço foi por mim abordado com a pergunta habitual. “Aqui em Nadrupe onde existirá um relógio de sol?” Foi mote para percorrermos a pé toda a aldeia, uma visita à Sociedade Recreativa, perguntas aos mais idosos… e o relógio de sol lá estava numa casa particular na Rua de Santo António…

As estórias dos relógios de sol, propriamente ditas, ficarão para o nosso espaço “na senda do Tempo de Pedra”.

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