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segunda-feira, outubro 17, 2005

a nossa opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilhamos a nossa análise modesta mas interessada


De acordo com um estudo realizado recentemente pela OIKOS, Portugal apresenta a mais profunda desigualdade entre ricos e pobres de entre todos os países da União Europeia. Cem grupos económicos representam 17% do PIB e 50% do Rendimento Nacional é detido por 20% das pessoas.

Não admira mais este posicionamento nos estudos europeus humilhante para Portugal. É, efectivamente, habitual que Portugal se encontre em último lugar ou entre os últimos quando se trata de indicadores positivos e em primeiro lugar ou entre os primeiros quando os indicadores se debruçam sobre aspectos negativos, como é o caso presente.

O mais espantoso é que os políticos com responsabilidades governamentais, na actualidade ou no passado, afirmem perante estes factos que há que tomar decisões de fundo, como se não estivéssemos presentes a situações recorrentes e não fossem eles os responsáveis pela errada gestão governamental.

Numa alternância sucessiva entre governos de centro-direita e os ditos de esquerda as políticas seguidas têm sido sempre lesivas de um desenvolvimento sustentado, impondo-se cada vez mais sacrifícios, cada vez mais o “apertar de cinto” àqueles que menos responsabilidades têm na governação, os trabalhadores por conta de outrém, os pequenos e médios comerciantes e industriais.

Um quinto dos portugueses encontram-se no limiar da pobreza, definição tecnocrata pois os mais atentos verificam e sentem quantos portugueses se encontram em pobreza profunda, sem que nada seja feito em sua defesa. Morre-se de fome em Portugal!!

Entretanto centenas, milhares mesmo, de famílias usufruem do facto de se encontrarem no círculo familiar, de amizade, ou partidário dos governantes para conseguirem chorudos rendimentos, indemnizações, reformas que ostentam despudoradamente na aquisição de veículos e moradias de grande luxo.

Toda a gente vê. Toda a gente pode ver, bastando para isso percorrer as zonas mais “in” da nossa costa Atlântica ou os locais tradicionais de morada dessa gente que continua a conduzir o País para o caos enquanto elevam as suas vivências próprias a níveis descomunais.

Hoje é o Dia Mundial da Erradicação da Pobreza

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