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sábado, março 04, 2006

espelho de sentires

Há leituras inspiradoras, disso não tenho qualquer dúvida, quer sejam feitas num livro ou num jornal, quer de entre os muitos textos que são publicados na blogoesfera. Aconteceu-me, e já não é a primeira vez que aí encontro inspiração, ao ler uma prosa-poema que a minha querida Amiga Claudia Perotti publicou no seu Meias Intimidades, não ter conseguido resistir a criar o “espelho sentido” deste maravilhoso texto:

“Chegou entre os tons verdes com o sol no largo sorriso. Sobre as rodas da fantasia fitou-me com seus olhos de estrelas. Ajeitou os cachos desalinhados e sorriu feito um menino. Os lábios rosados, húmidos e sedentos tomaram-me a boca em beijos carinhosos e afoitos. Apertei-me em seu peito, de olhos fechados, num abraço de longos sonhos. Mostrou o seu mundo: o céu, as nuvens, os ventos, os reflexos, os mistérios nos castanhos olhos e a sua euforia. Falou das alamedas do sentir e das fantasias, da brisa do amor e da alegria, dos desertos e campos e de tudo que gostaria. Entreguei-me aos carinhos e ao aconchego do corpo trémulo. Abandonei-me lânguida à canção sussurrada no ouvido. Dancei ao ritmo dos seus passos. As sensações deixaram-me suas nuances. Nunca senti e vi tantas cores. Nada antes me marcara tão intensamente...
É ... Você chegou ... e agora, está aqui ... em mim!“

E para cá do mar azul ficou assim...

Com o sol a dardejar a pele soube bem recolher-me à fresquidão da verde mata, da Mata do Zimbral. Senti o azul de teus olhos carentes das estrelas do meu olhar. Ajeitei teus cabelos e sorri. Beijei tua boca como nunca o havia feito e apertei teu corpo ao meu em total entrega de sentires. Deixei-te penetrar no meu mundo mais secreto, na minha euforia de viver. Livremente percorreste o meu horizonte marcado no contraste do mar e do céu. Sussurrei-te ao ouvido com languidez, cantando as carícias do muito querer. Penetrei-te numa dança de passos cadenciados, na explosão de colorido fogo de artifício possui-te intensamente.

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