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domingo, março 26, 2006

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Encontro com o Ministro

Muitas vezes se poderá por a questão de por onde andará o Fotógrafo na sua estada no Recife de Pernambuco que somente dá conta da sua presença uma vez por semana nas páginas da Oficina das Ideias. A mesma questão não se porá em relação à Escritora, pois os leitores atentos já se aperceberam do seu profundo envolvimento na comunidade local, especialmente ao colocar a Arte ao serviço do desenvolvimento social, na defesa da consciencialização dos mais novos para a problemática do saneamento básico, na formação global dos cidadãos.

Na realidade, o Fotógrafo ocupa o mais do seu tempo numa constante aprendizagem, realizada junto “do Povo que Vive”, que sorri na rua e trabalha laboriosamente por uma vida melhor. Aprende com a música que ouve sair do andar térreo daquele prédio de traça holandesa e com os perfumes que inala dos jasmineiros e dos jacarandás, igualmente com os odores fortes das especiarias à venda na loja que faz esquina numa das ruas que desemboca no largo de calçada acabado.

O Fotógrafo caminha calçada acima e vai saudando as pessoas com quem se cruza, conhecimentos e amizades feitos do tempo passado a calcorrear as ruas da Veneza brasileira, do Amsterdão pernambucano, rosto conhecido da criançada e dos mais velhos, muitos dos quais “não sabendo de onde”. Mas a saudação nunca é negada e é mesmo feita de forma prazenteira.

Um “_Bom dia” arrastado dito por alguém que ao Fotógrafo pareceu ser alguém de convívio antigo. A resposta e um acenar amigável e a caminhada continuou. Algum tempo depois tomou o Fotógrafo consciência de que se tratava. Sentiu-se a dizer: “_Era o Gilberto Gil...” E sorriu. Ministro da Cultura, homem simples que após ter assinado importante protocolo com a Prefeitura do Recife descia a calçada misturado com a população, sentindo o pulsar das gentes.

A hora do almoço estava próxima. Pouco tempo depois o Fotógrafo encontrou-se com a Escritora que fizera um breve intervalo nas suas tarefas para tomar a refeição. Hoje a conversa sempre animada e enriquecedora iria ter lugar à volta dum reconfortante repasto.

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