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segunda-feira, setembro 24, 2007

na ria de aveiro

Em tempo de equinócio embarcámos num pequeno ancoradouro da Gafanha da Nazaré com o objectivo de subirmos a Ria de Aveiro até à Torreira, não sem antes nos aproximarmos da barra onde o Rio Vouga mergulha afoitamente no mar Atlântico.

A temperatura amena do amanhecer prometia já um dia quente com o Sol a brilhar numa altura mediana próprio da época do ano, temperado com a brisa ligeira a soprar sobres as águas da Ria de Aveiro que não dava sequer para criar ondulação, por suave que estava.

Navegação tranquila, ora se aproximando das margens recortadas com pequenas praias que fazem as delícias dos banhistas de fim de Verão e dos pescadores à linha, para logo adiante rumar pelo meio do grande lago do braço maior da Ria.

No porto de pesca, acabado de chegar, um barco bacalhoeiro vindo dos mares da Terra Nova depois de seis meses de faina. Foi o primeiro desta safra a arribar à costa portuguesa, já descarregou o pescado que vai se seco e tratado num dos diversos fabricantes instalados na Gafanha. Sim, porque a seca artesanal ao Sol já caiu em desuso.

Em plena Ria de Aveiro entrámos no Outono cruzando a fina linha do tempo. No momento do atravessamento iluminou-se o meu sentir de tonalidades de lilás que há tão pouco uma amiga me deu a conhecer e a bem querer. É a síntese de todas as tonalidades do Outono feitas Primavera.

Mais para os lados da Torreira implantada num isto que separa o mar da Ria, esta povoa-se de inúmeras embarcações tradicionais: Chichorros, Pateiras e Moliceiros. Barcos que chegam com pescado, outros que vão na procura de algum rendimento que as águas “estão a dar”.

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