segunda-feira, setembro 17, 2007
restaurante ti lena
sentados à mesa... gostámos
Viajar pela rota dos saberes, feitos de odores e sabores, numa partilha da degustação de comidas e de bebidas em casas de pasto, ao ritmo do coração
Recebidos pelas proprietárias e fazedoras de iguarias, as irmãs Lisete e Amélia Dias, coadjuvadas pelo simpático Ricardo, instalámo-nos numa mesa de dois lugares colocada no pátio, em lugar de sombra permanente mesmo na canícula de Verão, e aguardámos tranquilamente a chegada dos prometidos manjares. O nosso olhar perdia-se na lonjura dos montes e vales profundos da serra lousanense enquanto apreciámos um queijo fatiado com o paladar e sal na conta, azeitonas cozidas e um vinho tinto da casa, que não sendo da região caía muito bem.
Quando para a mesa foram trazidas as vitualhas ficámos extasiados (como reza no ditado popular “a vista também come”): Cabrito assado com castanhas e Chanfana (como deve ser). Cozinhados em forno, ao ritmo do calor da lenha de castanho, todos os paladares ocultos foram evidenciados para nosso deleite e os odores partilhados entre os nosso sentires e o ar serrano que nos envolve.
Recebidos pelas proprietárias e fazedoras de iguarias, as irmãs Lisete e Amélia Dias, coadjuvadas pelo simpático Ricardo, instalámo-nos numa mesa de dois lugares colocada no pátio, em lugar de sombra permanente mesmo na canícula de Verão, e aguardámos tranquilamente a chegada dos prometidos manjares. O nosso olhar perdia-se na lonjura dos montes e vales profundos da serra lousanense enquanto apreciámos um queijo fatiado com o paladar e sal na conta, azeitonas cozidas e um vinho tinto da casa, que não sendo da região caía muito bem.
Quando para a mesa foram trazidas as vitualhas ficámos extasiados (como reza no ditado popular “a vista também come”): Cabrito assado com castanhas e Chanfana (como deve ser). Cozinhados em forno, ao ritmo do calor da lenha de castanho, todos os paladares ocultos foram evidenciados para nosso deleite e os odores partilhados entre os nosso sentires e o ar serrano que nos envolve.
A chanfana resulta de cozinhar a carne de cabra velha, que vive até ao seu limite de parideira, em vinho tinto que amacia a sua contextura que de outra forma seria impossível conseguir. É um cozinhar lento, cuidado, em panelas de barro preto e forno de lenha de carvalho ou de castanheiro.
O cabrito acompanha com batatinhas e castanha que vão ao forno de lenha em conjunto. É um cabrito estonado, como lhe chama o investigador Armando Fernandes. O cabrito é assado juntamente com a pele, pelo que primeiro há que mergulhar o cabrito em água fervente por forma a retirar-lhe lentamente o pelo sem afectar a pele. Esta depois e cozinhada fica estaladiça e saborosa e a carne muito mais suculenta. A castanha é acompanhamento “obrigatório” nas serranias da Lousã.
Da lista escrita em quadro de ardósia constava:
Creme de ervilhas com presunto
Bacalhau assado com batatas a murro
Chanfana
Cabrito assado com castanhas
Farófias
Mousse de chocolate
Tarte de abóbora
Bolo de chocolate com castanhas
Para garantir lugar de comidas neste restaurante dever-se-á cuidar da reserva em tempo pois os lugares à mesa são poucos e a procura muito grande.
Restaurante – Bar Típico Ti Lena
Talasnal – Serra da Lousã
Contactos para marcações: 933 832 624 / 917 045 608
Etiquetas: gastronomia, restaurantes
Comments:
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nham, nham...
Caro Victor: não duvido que as vitualhas fossem excepcionais, mas aquela mesinha no pátio e uma cerveja gelada (ou um queijinho enamorado de um bom vinho) já me deixavam no "céu"!
Um abraço,
Rui
Caro Victor: não duvido que as vitualhas fossem excepcionais, mas aquela mesinha no pátio e uma cerveja gelada (ou um queijinho enamorado de um bom vinho) já me deixavam no "céu"!
Um abraço,
Rui
Estimado Victor,
Este teu texto, bem como a ftografia, despertaram em mim profunda vontade de vistiar este lugar. Não sei porque, me fez lembrar de uma cena do filme "O carteiro e o poeta", com Pablo Neruda.
Imagino o quão gostoso seria degustar alguns queijos finos com um vinho tinto suave nesta estalagem.
É sempre uma satisfação lê-lo.
Um abração,
Ismael
Este teu texto, bem como a ftografia, despertaram em mim profunda vontade de vistiar este lugar. Não sei porque, me fez lembrar de uma cena do filme "O carteiro e o poeta", com Pablo Neruda.
Imagino o quão gostoso seria degustar alguns queijos finos com um vinho tinto suave nesta estalagem.
É sempre uma satisfação lê-lo.
Um abração,
Ismael
Amigo Rui
Sem dúvida... mesa de inspiração pura, ali voltada para os vales profundos da Serra da Lousã...
Acho que deveríamos combinar aí um fausto repasto... talvez para as bandas de "Arcos"... quem sabe?
Um abraço.
Sem dúvida... mesa de inspiração pura, ali voltada para os vales profundos da Serra da Lousã...
Acho que deveríamos combinar aí um fausto repasto... talvez para as bandas de "Arcos"... quem sabe?
Um abraço.
Amigo Ismael
Sem dúvida que foi bem trazido à conversa o Pablo Neruda... sempre bem vindo nests Oficina...
Um abraço.
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Sem dúvida que foi bem trazido à conversa o Pablo Neruda... sempre bem vindo nests Oficina...
Um abraço.
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