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sábado, agosto 30, 2003

um dia, uma ideia

Eles "borraram-se" todos

Ainda mantenho viva a imagem de repressão e de medo que a Guarda Nacional Republicana tinha junto da população portuguesa. Estávamos nos anos 60 e 70 do século passado. Constituíam uma força que em lugar de zelar pela segurança dos cidadãos, antes tomavam uma atitude repressiva e prepotente, braço forte de uma ditadura que se manteve mais de 40 anos.

Depois de 25 de Abril de 1974, destroçados e humilhados que foram, eventualmente de forma exagerada mas fruto dos muitos “ventos” que tinham semeado, procuraram que ninguém deles se lembrasse. Tentaram passar ao anonimato. Transiam de medo.

Os anos passaram com um renovar de quadros e o consequente aumento de formação e de qualidade na prestação. Esta melhoria foi notória em relação à Brigada de Trânsito, não tanto nas tropas territoriais onde se mantiveram muitos dos “broncos”.

Os governos com necessidade de impor algumas decisões menos populares com recurso à repressão foram “aquecendo as costas” a estes homens que vindos do Povo rapidamente deixam de se enxergar, como dizem os nossos irmãos brasileiros.

Aí estão eles de novo em plena forma repressiva prontos para tudo, ao ponto de serem escolhidos pelo Primeiro Ministro da Nação para integrarem uma força a enviar para o Iraque. Só depois foi pensado o que era necessário em equipamento, armamento, preparação.

Com o ataque terrorista recentemente realizado contra as instalações da ONU em Bagdade ficou mais visível a falta de segurança que existe naquela região do globo.

Então, os GNR “borraram-se todos”. Pela terceira ou quarta vez na sua existência como força de segurança (?).

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