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quinta-feira, agosto 14, 2003

um dia, uma ideia

Iva Ferreira Leite

Os portugueses foram sempre gente solidária, assumindo para o termo Solidariedade o seu verdadeiro significado, muito longe da comiseração e especialmente da caridade, da caridadezinha.

Sempre souberam unir esforços, mesmo nos tempos difíceis da Ditadura, especialmente à volta das cooperativas de consumo, das colectividades de cultura e recreio, onde desenvolveram trabalho para a defesa dos seus direitos e para ajuda dos mais desprotegidos pela sociedade, tantas vezes por esta excluídos pelas suas convicções políticas.

Quando se trata de serem solidários os portugueses avançam de peito aberto, dando muitas vezes o que a eles próprios faz falta na perspectiva da maior utilidade para terceiros. Mas sempre alguém se aproveita dessa força natural para a ajuda.

Ainda no tempo da Ditadura ficou na recordação de muitos o escândalo que resultou da Operação Pirâmide em que as dádivas mais importantes e valiosas foram indevidamente apropriadas por quem a elas não tinha direito. Nunca se veio a apurar totalmente as responsabilidades pois havia gente importante da sociedade e da política portuguesas envolvidas no assunto.

Mas o roubo, a apropriação indevida continua. Como é possível numa altura em que o estado de carência das populações afectadas pelos fogos devastadores é tremenda por cada 50 cêntimos do Euro 9,5 vão para o Estado?

Por cada 50 cêntimos do Euro que o cidadão anónimo contribuiu para o Povo carenciado somente 40,5 chegam ao seu destino.... se chegarem, digo eu!

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