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segunda-feira, agosto 11, 2003

um dia, uma ideia

O Povo é quem vai pagar

O simples observador, sem quaisquer responsabilidades técnicas ou políticas, já previa que tal pudesse acontecer. Arderam terras do Norte, arderam terras do Centro, logo se seguiriam as terras do Sul. Seria a Serra de Monchique o alvo seguinte. Maravilhosa manta verde onde o medronheiro vai rareando cada vez mais, mas onde os equilíbrios ecológico e climatérico muito dependem da sua densa arborização.

Que medidas foram tomadas no que concerne à vigilância e prevenção? Muito poucas.

Em Viana do Castelo ainda chove, logo, por que razão decretar a situação de emergência a nível nacional?

O Ministro do Ambiente fala grosso mas somente diz lugares comuns e olha fortemente o seu umbigo, eu fiz, eu disse, eu decidi, eu conheço os meandros da UE, eu sei tudo, eu sou o maior. Mentecapto será, porque o Povo continua a sofrer, e a sofrer cada vez mais.

O Ministro da Agricultura parece viver noutro país que não o nosso. Não sabe dizer nada, não tem conhecimento do sofrimento dos agricultores portugueses e da crise da agricultura que agora mais agravada será. E o Primeiro Ministro? Mantém-se calmo, com toda a situação sob controlo, mesmo que no terrenos os violentos fogos continuem a sua senda de destruição sem nenhuma possibilidade de serem circunscritos.

Bom... que grandes ajudas à incompetência!

Primeiro, o Governo anterior deixou o País de tanga, com o orçamento de estado completamente descontrolado, as finanças públicas num caos, a economia de pantanas....

Depois, a conjuntura internacional é totalmente negativa, foi o terrorismo do dia 11 de Setembro, foi a guerra “santa” do Iraque, é o dólar que entra em perda relativamente ao euro, é o euro que se transforma num incómodo universal...

Finalmente, os fogos florestais matam pessoas, queimam a floresta, consomem edifícios público, zonas históricas e milhares de habitações. Devoram a subsistência das pessoas e a riqueza da mancha florestal...

O Povo vai pagar tudo isto... Porque o Povo atreveu-se, algures no tempo, a ser Gonçalvista...

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