segunda-feira, agosto 04, 2003
o menino esperança
Nariz e mãos espalmadas na vidraça da montra da loja, olhos extasiados de encantamento, o menino deslumbrava-se com tamanha luminária como os seus olhos muito negros jamais haviam visto.
Dera alguns passos na direcção do desconhecido, saiu de onde nunca tinha saído, chegou onde jamais houvera chegado. O menino do bairro negro tomara coragem para vencer os seus próprios limites e ali estava vivendo uma aventura que nunca pensara lhe acontecesse.
No bairro negro, nome que lhe fora dado pelos populares porque a luz nunca lá entrara e, agora, em plena invernia ainda menos, nem a televisão alguma vez fora vista pelos olhos muito grandes do menino.
O que os seus olhos já viram foram terríveis armas que quando utilizadas deixavam marcas nos corpos e nas almas. Viram ambulâncias com luzes azuis horríveis que iam buscar algum dos seus vizinhos mais velhos. Viram sofrimento, tanto sofrimento que o menino sempre pensou ser essa a forma normal de viver.
Agora ali na montra da loja viu muita luz e muita cor, viu figuras ternas em barro esculpidas, viu o menino Jesus, e recordou que há tempos que agora lhe pareciam uma eternidade a sua mãe assim lhe chamara num momento de maior carinho.
E viu a Esperança...
O Mundo pode ser muito melhor se tivermos a coragem de dar um passo curto que seja mas na direcção certa.
Dera alguns passos na direcção do desconhecido, saiu de onde nunca tinha saído, chegou onde jamais houvera chegado. O menino do bairro negro tomara coragem para vencer os seus próprios limites e ali estava vivendo uma aventura que nunca pensara lhe acontecesse.
No bairro negro, nome que lhe fora dado pelos populares porque a luz nunca lá entrara e, agora, em plena invernia ainda menos, nem a televisão alguma vez fora vista pelos olhos muito grandes do menino.
O que os seus olhos já viram foram terríveis armas que quando utilizadas deixavam marcas nos corpos e nas almas. Viram ambulâncias com luzes azuis horríveis que iam buscar algum dos seus vizinhos mais velhos. Viram sofrimento, tanto sofrimento que o menino sempre pensou ser essa a forma normal de viver.
Agora ali na montra da loja viu muita luz e muita cor, viu figuras ternas em barro esculpidas, viu o menino Jesus, e recordou que há tempos que agora lhe pareciam uma eternidade a sua mãe assim lhe chamara num momento de maior carinho.
E viu a Esperança...
O Mundo pode ser muito melhor se tivermos a coragem de dar um passo curto que seja mas na direcção certa.