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terça-feira, agosto 12, 2003

um dia, uma ideia

Não percebemos nada do que dizem

Multiplicam-se os programas televisivos de apoio às populações destroçadas pelos fogos florestais que nos últimos dias têm grassado por todo o País. Da mesma forma, todos as televisões, quer pública quer privadas, têm procurado organizar debates com representantes das diversas entidades envolvidas no socorro nacional.

No que diz respeito aos programas de apoio e solidariedade, mais do que o objectivo de apoiar as populações, o que continua em causa é a luta pelas melhores audiências. Se assim não fosse os responsáveis pelos canais televisivos chegariam a acordo por forma a não haver sobreposições. Dessa forma se potenciariam os apoios, fosse esse o objectivo principal.

No que se refere aos debates, os intervenientes são os do costume. Pessoas muito palavrosas a defenderem, cada um por seu lado, a entidade que representam. Muitos, numa defesa cerrada ao completo descalabro que foi a intervenção governamental.

Aliás, e este é o eterno desafio dos directos, um popular a quem foi perguntada a opinião sobre o debate que estava, então, a decorrer, limitou-se a dizer na sua sabedoria de mártir: “Aqueles senhores falam muito mas ninguém percebe o que dizem. Parece que estão a ensinarem-se uns aos outros”.

É sempre assim, com os comentadores e com os falantes do costume. Atropelam-se nas palavras. Dão opiniões de cátedra, mas estão sempre muito longe da situação no terreno e das soluções necessárias.

Um açoreano sábio e telúrico, pertencente às gentes sofredoras dos cataclismos naturais das ilhas verdes, alertou com muita razão “Espero que não aconteça como com as indemnizações das catástrofes dos Açores em que as pessoas passados todos estes anos ainda esperam pela comparticipação governamental.

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