Partilhar
segunda-feira, dezembro 08, 2008

assim vai este mundo

Em Agosto de 2003 publicámos neste espaço da blogoesfera, como tal, volátil como toda a coisa virtual, daí a necessidade que sentimos em trazer de novo à ribalta da Oficina das Ideias, o seguinte texto de opinião:

Bassorá, no sul do Iraque, é o exemplo mais conseguido duma situação que qualquer observador minimamente informado saberia que iria acontecer e que o governo dos Estados Unidos com todo o seu potencial de informação não teve capacidade de prever.

A exigência de que os americanos abandonem o território, a pretensão de conduzir os destinos com as próprias mãos, traz o Povo para a rua em manifestações monumentais contra um invasor um opressor que destruiu uma terra e um Povo e que se nega a repor a legalidade.

Esta situação de revolta popular era de há muito esperada na região, uma vez que os Estados Unidos nunca conseguiram estabilizar o funcionamento das instituições, quer as oficiais, quer as privadas.

A região luta com uma tremenda falta de bens, inclusive de combustíveis, o que paralisa toda a actividade mercantil, enquanto que a gasolina é vendida no mercado negro para o Kwait.

Como sempre acontece nestas circunstâncias uns tantos, poucos, estão a ganhar fortunas à custa do sofrimento de um Povo continuando uma ditadura, agora sem ditador, que cilindra vontades e sonhos.


Daí para cá, e já passaram mais de cinco anos, a situação em termos mundiais não só se manteve, como se agravou profundamente, especialmente na vertente de cariz humanitária, criando em todas a regiões do planeta focos de tensão, autênticos “barris de pólvora” prontos a explodir com dramáticos efeitos sociais.

O governo norte-americano não é em nada alheio a estas situações pois cria sistematicamente centros de tensão onde os seus interesses geo-estratégicos são mais significativos, quer por imperativos de controlo económico, especialmente nas regiões ricas em hidrocarbonetos e minérios, quer por interesses militares de controlo do universo como “senhores do mundo” que se assumem.

A própria Europa está debaixo da mira do governo estadunidense, como aliás sempre esteve, de forma mais ou menos dissimulada, veja-se a intervenção contra-revolucionária do embaixador dos Estados Unidos em Portugal no pós-25 de Abril, cujo governo supranacional de Durão Barroso continua a ser servil súbdito.

Etiquetas:


Comments:
Tudo agravou, vai continuar infelizmente, as tendências económicas assim nos obrigam...
A indústria, a ecónomia, as bolsas, as politicas, os crescimentos é que não podem parar, nós? nós? que se "lixe".
 
Amigo Ibag
É bem verdade o que dizes. Mas temos que chamar às nossas mãos, às mãos do Povo sacrificado, os destinos deste País.
Um abraço.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?