domingo, dezembro 19, 2004
degustar afectos na sulitânia
Quando atravessámos a porta vermelha sangue de boi entrámos no mundo da taberna e veio-me à lembrança os tempos de menino e moço que de garrafa na mão lá ia à Cova Funda buscar a litrada de vinho tinto para a refeição de meu pai.
Nessa taberna onde o Amilcar entrou um dia fazendo o seu pedido habitual:
_ Ó Luís dá-me um copo de três!
Quando deitou a mão ao copo cheio que haviam colocado no tampo de mármore do balcão, o copo estilhaçou-se no chão espalhando todo o vinho.
_ Então Amilcar o que aconteceu?
_ Deste-me um copo de dois e eu já tenho a mão feita para o copo de três, então...
Bom... voltemos à taberna, à casa de comes-e-bebes, à Sulitânia. Acolhidos afavelmente pelo Joaquim Pulga que também é Isidoro e é de Manchede, lá nos fomos aconchegando no primeiro andar da taberna, lugar mais adequado aos comeres, na boa companhia dos amigos que iam chegando.

Rever amigos, conhecer novas caras de quem já apreciávamos os escritos, receber afectos mil. Como escreveu Carlos Alves, do Ideias Soltas: “Contente, contente fiquei por ver o Vicktor que, apesar da presença de bloquistos está com muito melhor aspecto após ter desquitado, quiçá fruto de alguma terapia que por lá se foi fazendo.”. Obrigado amigo pelo teu contentamento.
Lá nos fomos animando com as entradas onde não faltaram a manteiga de vaca, o azeite aromático, a cabeça de xara de porco, tapas de toucinho com alho, farinheira frita... Recomendado o Monte do Pintor 2001, tinto alentejano, foi aprovado e servido profusamente.
A cor de rubi – Ao olfacto respondeu com frutos vermelhos e um pouco de madeira – Ao paladar disse presente com a madeira apropriada, cheio de boca e a permanência adequada. Boa escolha, para vinho recomendado pela “casa”.
Quanto aos pratos principais caracterizaram-se, não só pela qualidade da cuidadosa confecção como, especialmente, por apresentar traços de tradição que nem mesmo os restaurantes ditos “alentejanos” respeitam. Aqui podem ser degustados pratos que em nenhum outro restaurante se encontram.
A escolha da Teresa foi para uma Sopa de Feijão com Pataniscas, estas últimas de “estalo” que eu bem as provei. Pela minha parte, optei por Carne de Porco do Alguidar com Miolos de Tomate. Sabor único. Mesmo ao nosso lado, a Margarida A., do Vemos, Ouvimos e Lemos, e marido escolheram a Açorda de Espinafres com Amêijoas e deliciaram-se.
No final do repasto a satisfação estava patente no rosto de todos e de cada um.

Nessa taberna onde o Amilcar entrou um dia fazendo o seu pedido habitual:
_ Ó Luís dá-me um copo de três!
Quando deitou a mão ao copo cheio que haviam colocado no tampo de mármore do balcão, o copo estilhaçou-se no chão espalhando todo o vinho.
_ Então Amilcar o que aconteceu?
_ Deste-me um copo de dois e eu já tenho a mão feita para o copo de três, então...
Bom... voltemos à taberna, à casa de comes-e-bebes, à Sulitânia. Acolhidos afavelmente pelo Joaquim Pulga que também é Isidoro e é de Manchede, lá nos fomos aconchegando no primeiro andar da taberna, lugar mais adequado aos comeres, na boa companhia dos amigos que iam chegando.

Rever amigos, conhecer novas caras de quem já apreciávamos os escritos, receber afectos mil. Como escreveu Carlos Alves, do Ideias Soltas: “Contente, contente fiquei por ver o Vicktor que, apesar da presença de bloquistos está com muito melhor aspecto após ter desquitado, quiçá fruto de alguma terapia que por lá se foi fazendo.”. Obrigado amigo pelo teu contentamento.
Lá nos fomos animando com as entradas onde não faltaram a manteiga de vaca, o azeite aromático, a cabeça de xara de porco, tapas de toucinho com alho, farinheira frita... Recomendado o Monte do Pintor 2001, tinto alentejano, foi aprovado e servido profusamente.
A cor de rubi – Ao olfacto respondeu com frutos vermelhos e um pouco de madeira – Ao paladar disse presente com a madeira apropriada, cheio de boca e a permanência adequada. Boa escolha, para vinho recomendado pela “casa”.
Quanto aos pratos principais caracterizaram-se, não só pela qualidade da cuidadosa confecção como, especialmente, por apresentar traços de tradição que nem mesmo os restaurantes ditos “alentejanos” respeitam. Aqui podem ser degustados pratos que em nenhum outro restaurante se encontram.
A escolha da Teresa foi para uma Sopa de Feijão com Pataniscas, estas últimas de “estalo” que eu bem as provei. Pela minha parte, optei por Carne de Porco do Alguidar com Miolos de Tomate. Sabor único. Mesmo ao nosso lado, a Margarida A., do Vemos, Ouvimos e Lemos, e marido escolheram a Açorda de Espinafres com Amêijoas e deliciaram-se.
No final do repasto a satisfação estava patente no rosto de todos e de cada um.
