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quinta-feira, dezembro 30, 2004

curiosidades 2

Completamos hoje a publicação de algumas curiosidades da vida na Idade Média, tal como nos chegou até hoje, acrescidas de algumas curiosidades linguísticas, com algum fundo de verdade, mas igualmente rodeadas de lenda e de deturpação que o “passar de boca em boca” sempre nos trazem.

Os créditos destes dados são devidos ao meu afilhado Alexandre que me fez chegar um correio electrónico com a compilação dos mesmos.

Não deite fora o bebé...
Naqueles tempos de escuridão cultural e de higiene os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água vinham os outros homens da casa por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças.
Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto! Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebé lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressados...

Acordas “morto ou vivo”?
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou outras beberagens. A combinação do óxido de estanho com o álcool deixava, por vezes, o indivíduo "k.o.". Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro.
O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha durante alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz wake, de "acordar".

Salvo pelo gongo
A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados para um ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Por vezes, ao abrir os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo.
Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.

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