terça-feira, julho 22, 2003
flores da madeira (conclusao)
VII
Camacha, em plena serra, é ponto obrigatório de turista ir. Contudo, quando a peregrinação é feita na boa companhia de um madeirense, bem conhecedor do local, é bastante mais aliciante. A Camacha é demais conhecida pelo seu rancho folclórico e pelos trabalhos de vime. Menos conhecida, mas não menos saborosa, é a “camacheira” - poncha de preparação especial que só ali se bebe.
“O Relógio” local de venda de artefactos de vime e que tem um cantinho que é um autêntico Museu do Vime é local de visita obrigatória na Camacha. Trabalhos maravilhosos, representando animais selvagens, fazem parte desse Museu que o visitante não deverá ignorar.
VIII
Percorrendo as sinuosas estradas da serra, deixando o olhar espraiar até às profundezas dos vales onde as aldeias mais parecem miniaturas de brincar, lá vamos descendo de novo em direcção a Santa Cruz, nossa terra de eleição para base de repouso (?). Bordejando o caminho e ladeando os ribeiros tufos imensos de vime aguardam a maturação para virem a servir de matéria-prima aos maravilhosos artefactos tradicionais da região.
Lá para trás, na Camacha, deixámos inolvidáveis recordações. Além da “poncha camacheira” e dos rostos bonitos das camacheiras só comparáveis em beleza com os das maravilhosas moçoilas do Santo da Serra, ficou também “O Relógio”, verdadeiro Museu do Vime.
IX
Continuámos a descer serra abaixo. Vínhamos a percorrer o que, sem forçar a nota, poderíamos chamar “a Rota da Poncha”. Em cada curva da estrada que parece não ter rectas uma tasquinha era uma sugestão de poncha. A seguinte sempre melhor do que a anterior, o que é da tradição ou talvez fosse sugestão.
O Freitas conhece em pormenor estes locais, trata por tu os donos. O viajante é recebido com carinho, como se de um velho amigo se tratasse. E sai mais uma poncha preparada na altura.
X
Um restaurante típico construído em madeira e implantado no meio da serra é paragem obrigatória. O ambiente é agradável, ali se cruzam raças, nacionalidades diversas, num cacharolete de idiomas, de costumes, de formas de estar. Estamos no antigo quartel-general da Flama, hoje restaurante, onde a par com a bandeira inglesa ainda se vê hasteada a bandeira daquele movimento separatista já caído em desuso.
Petiscar na serra é maravilhosamente agradável. Pedaços de queijo e de presunto, azeitona saborosa, poncha fresca preparada na altura, mais dois dedos de conversa e aí está um bocado bem passado na agradável companhia de alguns amigos.
XI
Aguardar serenamente o fim de tarde na “Varanda”, ali bem juntinho ao Aeroporto Internacional, deixando a vista repousar no azul oceano interrompido pelos agradáveis contornos das ilhas desertas. Movimento intenso e habitual no aeroporto, um vai-e-vém constante de aviões das mais diferentes nacionalidades. É a calma, a tranquilidade, após um dia cheio de surpresas e alegrias.
Conclui-se, ali, das razões da calma e pachorra dos madeirenses. Percorridos os escassos quilómetros que constituem a Ilha da Madeira, segue-se o mar, amplo e profundo, inacessível à maioria dos habitantes da ilha. Porquê, então, viver com maior velocidade?
XII
Manhã cedo, o sol brilhante desperta-nos duma noite bem dormida nas cómodos instalações que o sistema hoteleiro madeirense põe à disposição dos visitantes. O chamamento da Natureza faz-se sentir numa autêntica sinfonia de luz e cor. Garajau, lugar pitoresco ali a poucos quilómetros de Santa Cruz e já a caminho do Funchal é digno de visita atenta e interessada.
A Praia do Garajau, situada numa pequena enseada à beira do grande maciço rochoso onde se ergue o Cristo-Rei, é zona de veraneio, um autêntico paraíso. É constituída por uma larga faixa de calhau rolado junto à qual foram construídas cerca de meia centena de casas de praia. A pureza do ar que lá se respira aliada à tranquilidade, só interrompida pelo rebentar das ondas, são atractivo para quem procurar um pouco de mais contacto com a natureza.
Camacha, em plena serra, é ponto obrigatório de turista ir. Contudo, quando a peregrinação é feita na boa companhia de um madeirense, bem conhecedor do local, é bastante mais aliciante. A Camacha é demais conhecida pelo seu rancho folclórico e pelos trabalhos de vime. Menos conhecida, mas não menos saborosa, é a “camacheira” - poncha de preparação especial que só ali se bebe.
“O Relógio” local de venda de artefactos de vime e que tem um cantinho que é um autêntico Museu do Vime é local de visita obrigatória na Camacha. Trabalhos maravilhosos, representando animais selvagens, fazem parte desse Museu que o visitante não deverá ignorar.
VIII
Percorrendo as sinuosas estradas da serra, deixando o olhar espraiar até às profundezas dos vales onde as aldeias mais parecem miniaturas de brincar, lá vamos descendo de novo em direcção a Santa Cruz, nossa terra de eleição para base de repouso (?). Bordejando o caminho e ladeando os ribeiros tufos imensos de vime aguardam a maturação para virem a servir de matéria-prima aos maravilhosos artefactos tradicionais da região.
Lá para trás, na Camacha, deixámos inolvidáveis recordações. Além da “poncha camacheira” e dos rostos bonitos das camacheiras só comparáveis em beleza com os das maravilhosas moçoilas do Santo da Serra, ficou também “O Relógio”, verdadeiro Museu do Vime.
IX
Continuámos a descer serra abaixo. Vínhamos a percorrer o que, sem forçar a nota, poderíamos chamar “a Rota da Poncha”. Em cada curva da estrada que parece não ter rectas uma tasquinha era uma sugestão de poncha. A seguinte sempre melhor do que a anterior, o que é da tradição ou talvez fosse sugestão.
O Freitas conhece em pormenor estes locais, trata por tu os donos. O viajante é recebido com carinho, como se de um velho amigo se tratasse. E sai mais uma poncha preparada na altura.
X
Um restaurante típico construído em madeira e implantado no meio da serra é paragem obrigatória. O ambiente é agradável, ali se cruzam raças, nacionalidades diversas, num cacharolete de idiomas, de costumes, de formas de estar. Estamos no antigo quartel-general da Flama, hoje restaurante, onde a par com a bandeira inglesa ainda se vê hasteada a bandeira daquele movimento separatista já caído em desuso.
Petiscar na serra é maravilhosamente agradável. Pedaços de queijo e de presunto, azeitona saborosa, poncha fresca preparada na altura, mais dois dedos de conversa e aí está um bocado bem passado na agradável companhia de alguns amigos.
XI
Aguardar serenamente o fim de tarde na “Varanda”, ali bem juntinho ao Aeroporto Internacional, deixando a vista repousar no azul oceano interrompido pelos agradáveis contornos das ilhas desertas. Movimento intenso e habitual no aeroporto, um vai-e-vém constante de aviões das mais diferentes nacionalidades. É a calma, a tranquilidade, após um dia cheio de surpresas e alegrias.
Conclui-se, ali, das razões da calma e pachorra dos madeirenses. Percorridos os escassos quilómetros que constituem a Ilha da Madeira, segue-se o mar, amplo e profundo, inacessível à maioria dos habitantes da ilha. Porquê, então, viver com maior velocidade?
XII
Manhã cedo, o sol brilhante desperta-nos duma noite bem dormida nas cómodos instalações que o sistema hoteleiro madeirense põe à disposição dos visitantes. O chamamento da Natureza faz-se sentir numa autêntica sinfonia de luz e cor. Garajau, lugar pitoresco ali a poucos quilómetros de Santa Cruz e já a caminho do Funchal é digno de visita atenta e interessada.
A Praia do Garajau, situada numa pequena enseada à beira do grande maciço rochoso onde se ergue o Cristo-Rei, é zona de veraneio, um autêntico paraíso. É constituída por uma larga faixa de calhau rolado junto à qual foram construídas cerca de meia centena de casas de praia. A pureza do ar que lá se respira aliada à tranquilidade, só interrompida pelo rebentar das ondas, são atractivo para quem procurar um pouco de mais contacto com a natureza.