sexta-feira, julho 11, 2003
prof. joaquim roque, uma vida na defesa da cultura popular e do alentejo profundo
Dados pessoais
Joaquim Baptista Roque
Nasceu a 26 de Janeiro de 1913, em Peroguarda, concelho de Ferreira do Alentejo
Faleceu a 2 de dezembro de 1995, em Lisboa
Nome da mãe: Maria Carolina Pedras
Nome do pai: João Baptista Roque
Formação académica
Seminário Diocesano, em Serpa (1926 a 1931)
Magistério(1934 a 1936)
Profissão
Chefe de Secretaria do Tribunal de Trabalho de Beja (até Novembro de 1940)
Professor primário em Cuba
Professor Primário em Ervidel
Professor Primário em Beja (1943)
Adjunto de Director Escolar de Beja (Abril de 1951)
Professor secundário (particular)
Director do Distrito Escolar de Lisboa
Obras publicadas
Alentejo Cem por Cento
Subsídios para o estudo dos Costumes, Tradições, Etnografia e Folclore Regionais
1ª Edição, Beja, 1940
2ª Edição, Ferreira do Alentejo, 1990
Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo
195 páginas
Polemista
Recolheu e deu a conhecer à comunidade científica diversos vocábulos (p.e. RUAZ) usados com frequência no Baixo Alentejo e não registados em qualquer dicionário ou vocabulário, incluindo o da Academia das Ciências de Lisboa.
Estudos de Linguagem
Mondando em seara alheia... nos domínios da Filologia (uma denúncia de paternidade ilegítima
1ª Edição, Beja, Abril de 1945
Estudos de Linguagem II - Ainda, Roaz ou Ruaz?
resposta a uma crítica tendenciosa e mordaz...
1ª Edição - 1.000 exemplares, Beja, Agosto de 1945
Minerva Comercial
Carlos Marques & Cª. L.da - BEJA
32 páginas
Rezas e Benzeduras Populares (Etnografia Alentejana)
1ª Edição, Beja, 1946
Minerva Comercial
Carlos Marques & Cª. L.da - BEJA
117 páginas
Ciclo do Natal no Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo
Breves Considerações sobre a “História” da Batalha de Ourique
Comunicado ao II Congresso sobre o Alentejo
15 a 17 de Maio de 1987
18 páginas
Artigos dispersos em diversos jornais e revistas:
Jornal Médico (Arquivo de Medicina Popular), Porto
Arquivo de Beja
Diário do Alentejo
Notícias de Beja
Mensário das Casas do Povo
Ourivesaria de Portugal
Revista de Portugal
Alentejo Histórico, Artístico e Monumental
Almanaque Alentejano
Com o pseudónimo Joaquim d’Aldeia
A Nossa Casa do Povo
Peça de teatro em 3 Actos
Concurso do Secretariado da Propaganda Nacional, Teatro do Povo
Representada em 1941
Com o pseudónimo Joaquim Gaspar em parceria com o Professor Abílio Gaspar (Joaquim Roque e Abílio Gaspar) uma série de livros escolares para a instrução primária:
Livro de Leitura da 4ª classe - livro moderno, devidamente actualizado, com exercícios de interpretação dos trechos, gramática e redacção. (20$00)
Vocabulário do Livro de Leitura da 4ª classe - com significados, exercícios de interpretação, gramática e redacção. (6$50)
História de Portugal para a 4ª classe - já organizada segundo os novos programas de Julho de 1968 - Colecção Santa Cruz, Atlântida Editora, Coimbra 1968.
Membro das seguintes instituições Culturais e Científicas
Centro de Estudos do Baixo Alentejo - Beja
Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia - Lisboa
Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura - Rio de Janeiro
Clube Internacional de Folclore - Natal (Brasil)
Sociedade Luso-Brasileira de Etnologia - Rio de Janeiro
Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia da Faculdade de Ciências - Porto
************************************************
Os meus primeiros contactos pessoais com o professor Joaquim Roque remontam ao início da década de 70 e resultaram de circunstâncias perfeitamente decorrentes da vida do dia-a-dia de todos nós.
Sendo colega de trabalho da sua filha Maria do Carmo, que na altura se encontrava grávida, proporcionou-se em determinada altura ter-lhe dado transporte no meu carro para a casa de seus pais e, consequentemente, lhes ter sido apresentado.
O decorrer do tempo, o estreitamento das relações de amizade, sou padrinho de baptismo do seu neto Alexandre Bruno, que na altura se desenvolvia no ventre da mãe, concedeu-me a grande felicidade de melhor conhecer o professor Joaquim Roque, como Homem e como Intelectual.
Os meus encontros com o professor Joaquim Roque, especialmente quando me levava até ao seu escritório do 1º andar, eram sempre extraordinariamente enriquecedores pelo manancial de conhecimentos que naturalmente deixava fluir nas conversas, que me transmitia e que eu avidamente absorvia.
Sempre transparecia das suas sábias palavras um profundo amor pelo seu rincão de origem, o Alentejo, pelas suas gentes e pelos usos e costumes que tanto o interessaram.
A sua cultura profunda, a ânsia de conhecer novas terras e novas gentes e a seriedade do seu pensamento resultaram em muitas viagens pelo Mundo, cujo regresso era sempre esperado com ansiedade para ouvirmos o muito que sempre nos trazia para contar. E de que maneira o fazia!
O Professor Joaquim Roque foi, sem dúvida, uma das pessoas que mais influíram no meu gosto pelos usos e costumes do nosso Povo; que mais me levaram a desejar compreender o valor da nossa própria região.
(a não perder: Prof. Joaquim Roque, Colecção de Folclore Alentejano, CD+libreto ed. C.M. Portel)
Joaquim Baptista Roque
Nasceu a 26 de Janeiro de 1913, em Peroguarda, concelho de Ferreira do Alentejo
Faleceu a 2 de dezembro de 1995, em Lisboa
Nome da mãe: Maria Carolina Pedras
Nome do pai: João Baptista Roque
Formação académica
Seminário Diocesano, em Serpa (1926 a 1931)
Magistério(1934 a 1936)
Profissão
Chefe de Secretaria do Tribunal de Trabalho de Beja (até Novembro de 1940)
Professor primário em Cuba
Professor Primário em Ervidel
Professor Primário em Beja (1943)
Adjunto de Director Escolar de Beja (Abril de 1951)
Professor secundário (particular)
Director do Distrito Escolar de Lisboa
Obras publicadas
Alentejo Cem por Cento
Subsídios para o estudo dos Costumes, Tradições, Etnografia e Folclore Regionais
1ª Edição, Beja, 1940
2ª Edição, Ferreira do Alentejo, 1990
Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo
195 páginas
Polemista
Recolheu e deu a conhecer à comunidade científica diversos vocábulos (p.e. RUAZ) usados com frequência no Baixo Alentejo e não registados em qualquer dicionário ou vocabulário, incluindo o da Academia das Ciências de Lisboa.
Estudos de Linguagem
Mondando em seara alheia... nos domínios da Filologia (uma denúncia de paternidade ilegítima
1ª Edição, Beja, Abril de 1945
Estudos de Linguagem II - Ainda, Roaz ou Ruaz?
resposta a uma crítica tendenciosa e mordaz...
1ª Edição - 1.000 exemplares, Beja, Agosto de 1945
Minerva Comercial
Carlos Marques & Cª. L.da - BEJA
32 páginas
Rezas e Benzeduras Populares (Etnografia Alentejana)
1ª Edição, Beja, 1946
Minerva Comercial
Carlos Marques & Cª. L.da - BEJA
117 páginas
Ciclo do Natal no Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo
Breves Considerações sobre a “História” da Batalha de Ourique
Comunicado ao II Congresso sobre o Alentejo
15 a 17 de Maio de 1987
18 páginas
Artigos dispersos em diversos jornais e revistas:
Jornal Médico (Arquivo de Medicina Popular), Porto
Arquivo de Beja
Diário do Alentejo
Notícias de Beja
Mensário das Casas do Povo
Ourivesaria de Portugal
Revista de Portugal
Alentejo Histórico, Artístico e Monumental
Almanaque Alentejano
Com o pseudónimo Joaquim d’Aldeia
A Nossa Casa do Povo
Peça de teatro em 3 Actos
Concurso do Secretariado da Propaganda Nacional, Teatro do Povo
Representada em 1941
Com o pseudónimo Joaquim Gaspar em parceria com o Professor Abílio Gaspar (Joaquim Roque e Abílio Gaspar) uma série de livros escolares para a instrução primária:
Livro de Leitura da 4ª classe - livro moderno, devidamente actualizado, com exercícios de interpretação dos trechos, gramática e redacção. (20$00)
Vocabulário do Livro de Leitura da 4ª classe - com significados, exercícios de interpretação, gramática e redacção. (6$50)
História de Portugal para a 4ª classe - já organizada segundo os novos programas de Julho de 1968 - Colecção Santa Cruz, Atlântida Editora, Coimbra 1968.
Membro das seguintes instituições Culturais e Científicas
Centro de Estudos do Baixo Alentejo - Beja
Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia - Lisboa
Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura - Rio de Janeiro
Clube Internacional de Folclore - Natal (Brasil)
Sociedade Luso-Brasileira de Etnologia - Rio de Janeiro
Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia da Faculdade de Ciências - Porto
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Os meus primeiros contactos pessoais com o professor Joaquim Roque remontam ao início da década de 70 e resultaram de circunstâncias perfeitamente decorrentes da vida do dia-a-dia de todos nós.
Sendo colega de trabalho da sua filha Maria do Carmo, que na altura se encontrava grávida, proporcionou-se em determinada altura ter-lhe dado transporte no meu carro para a casa de seus pais e, consequentemente, lhes ter sido apresentado.
O decorrer do tempo, o estreitamento das relações de amizade, sou padrinho de baptismo do seu neto Alexandre Bruno, que na altura se desenvolvia no ventre da mãe, concedeu-me a grande felicidade de melhor conhecer o professor Joaquim Roque, como Homem e como Intelectual.
Os meus encontros com o professor Joaquim Roque, especialmente quando me levava até ao seu escritório do 1º andar, eram sempre extraordinariamente enriquecedores pelo manancial de conhecimentos que naturalmente deixava fluir nas conversas, que me transmitia e que eu avidamente absorvia.
Sempre transparecia das suas sábias palavras um profundo amor pelo seu rincão de origem, o Alentejo, pelas suas gentes e pelos usos e costumes que tanto o interessaram.
A sua cultura profunda, a ânsia de conhecer novas terras e novas gentes e a seriedade do seu pensamento resultaram em muitas viagens pelo Mundo, cujo regresso era sempre esperado com ansiedade para ouvirmos o muito que sempre nos trazia para contar. E de que maneira o fazia!
O Professor Joaquim Roque foi, sem dúvida, uma das pessoas que mais influíram no meu gosto pelos usos e costumes do nosso Povo; que mais me levaram a desejar compreender o valor da nossa própria região.
(a não perder: Prof. Joaquim Roque, Colecção de Folclore Alentejano, CD+libreto ed. C.M. Portel)
Comments:
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É para mim um orgulho ter tido um Pai que deixou marcas por onde passou. Só foi pena não ter podido continuar com os trabalhos de que tanto gostava após a vinda para Lisboa. Mas o que deixou feito foi o suficiente para enriquecer o Alentejo e deixar saudades a quem o conheceu de perto.
Obrigada por esta homenagem.
Maria de Ayres Roque
Obrigada por esta homenagem.
Maria de Ayres Roque
Querida Maria Ayres
O teu pai merece muito mais do que a modesta homenagem que aqui lhe fazemos na Oficina.
É um farol e uma luz para quem se interessa pela nossa cultura e património.
Beijinhos.
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O teu pai merece muito mais do que a modesta homenagem que aqui lhe fazemos na Oficina.
É um farol e uma luz para quem se interessa pela nossa cultura e património.
Beijinhos.
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