sábado, julho 12, 2003
venham ver as acácias em flor na caparica
A partir dos princípios de Fevereiro, quando as condições climatéricas são precocemente primaveris, ou no decorrer do mês de Março, quando estas são mais adversas e teimam em prolongar a invernia, toda a zona compreendida entre as designadas "terras da Costa" e o Mar Atlântico cobre-se profusamente de um manto amarelo dourado, com o florescer do acacial.
Esta zona de vegetação, ímpar no nosso País, além da função primordial de fixação do longo areal que vai da Trafaria à Fonte da Telha, protege as fecundas "terras da Costa" da brisa do mar e serve de tampão aos fogos florestais, tendo em conta a sua fraca capacidade combustível.
Designada "Mata das Dunas da Trafaria e da Costa de Caparica", integrada na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, foi instalada entre os finais do século passado e os anos 60, com a finalidade de fixar as areias de dunas móveis, estendendo-se pela zona fronteira à arriba, sendo constituída essencialmente por várias espécies de acácias (Acácia sp.), predominando a Acácia cianophyla.
Se a instalação cuidada e sistemática do acacial data de anos recentes, com existência entre os trinta e os cem anos, a sua florescência espontânea perde-se na bruma dos tempos imemoriais, encontrando-se referências lendárias dispersas, sem marco nem era determinados.
Na época da floração do acacial, quem percorre a Descida das Vacas, vindo da Charneca de Caparica na direcção da entrada para a Praia do Rei, ao virar na curva sobranceira ao mar, é agradavelmente surpreendido por uma paisagem sem igual, onde um vasto manto verde se apresenta profusamente salpicado de vários cambiantes de amarelo, dependendo do estado de maturação das suas flores.
O amarelo, contrastando com o azul do mar e do céu, com o verde da vegetação, reflectindo a luminosidade ímpar do Sol da Caparica, emana fulgores dourados que estão, por certo, ligados ao imaginário popular do ouro amoedado que enriquecia a capa da velha, uma "Capa-Rica", segundo a lenda, na origem do topónimo de Caparica.
Não é difícil de crer que a velha mulher que a lenda refere, descesse do interior onde vivia num pobre casebre até à borda d’água, até ao acacial onde colhia muitas flores douradas que transportava no interior da sua capa. Os vizinhos e outras pessoas com que se cruzava vislumbravam laivos dourados consoante a misteriosa mulher se deslocava, imaginando que transportava consigo ouro amoedado de não menos misteriosa origem. Daí à lenda foi um passo, não muito longo, por certo.
O Gabinete da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica tem instalado nesta zona, à beira da Praia da Rainha, um Centro de Informações que proporciona aos visitantes passeios guiados por esta maravilhosa zona, percorrendo trilhos e caminhos onde a observação do acacial é mais interessante.
Esta zona de vegetação, ímpar no nosso País, além da função primordial de fixação do longo areal que vai da Trafaria à Fonte da Telha, protege as fecundas "terras da Costa" da brisa do mar e serve de tampão aos fogos florestais, tendo em conta a sua fraca capacidade combustível.
Designada "Mata das Dunas da Trafaria e da Costa de Caparica", integrada na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, foi instalada entre os finais do século passado e os anos 60, com a finalidade de fixar as areias de dunas móveis, estendendo-se pela zona fronteira à arriba, sendo constituída essencialmente por várias espécies de acácias (Acácia sp.), predominando a Acácia cianophyla.
Se a instalação cuidada e sistemática do acacial data de anos recentes, com existência entre os trinta e os cem anos, a sua florescência espontânea perde-se na bruma dos tempos imemoriais, encontrando-se referências lendárias dispersas, sem marco nem era determinados.
Na época da floração do acacial, quem percorre a Descida das Vacas, vindo da Charneca de Caparica na direcção da entrada para a Praia do Rei, ao virar na curva sobranceira ao mar, é agradavelmente surpreendido por uma paisagem sem igual, onde um vasto manto verde se apresenta profusamente salpicado de vários cambiantes de amarelo, dependendo do estado de maturação das suas flores.
O amarelo, contrastando com o azul do mar e do céu, com o verde da vegetação, reflectindo a luminosidade ímpar do Sol da Caparica, emana fulgores dourados que estão, por certo, ligados ao imaginário popular do ouro amoedado que enriquecia a capa da velha, uma "Capa-Rica", segundo a lenda, na origem do topónimo de Caparica.
Não é difícil de crer que a velha mulher que a lenda refere, descesse do interior onde vivia num pobre casebre até à borda d’água, até ao acacial onde colhia muitas flores douradas que transportava no interior da sua capa. Os vizinhos e outras pessoas com que se cruzava vislumbravam laivos dourados consoante a misteriosa mulher se deslocava, imaginando que transportava consigo ouro amoedado de não menos misteriosa origem. Daí à lenda foi um passo, não muito longo, por certo.
O Gabinete da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica tem instalado nesta zona, à beira da Praia da Rainha, um Centro de Informações que proporciona aos visitantes passeios guiados por esta maravilhosa zona, percorrendo trilhos e caminhos onde a observação do acacial é mais interessante.