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segunda-feira, outubro 13, 2003

do fundo do baú da memória

Vou procurar e passar a escrito algumas das memórias que se encontram bem lá no fundo do baú onde guardamos recordações de situações vividas há muito ou que nos foram contadas pelos mais velhos. O pouco interesse que possam ter para os leitores dedicados pode bem ser compensado pelo afecto que pretendo colocar nesta partilha.


Depois dos avós os Pais

Meu pai, o Manel da drogaria, mais conhecido pelo “pau preto”, magrinho e muito escuro, cedo começou a contribuir para o rendimento da casa paterna, primeiro como marçano de drogaria, depois como empregado de balcão. Trabalhador e poupado chegou a ter negócio seu. A sua vida bem justificou o dito e lugar comum “por detrás de um homem realizado ha sempre uma mulher esforçada”.

Minha mãe, a São, moçoila saudável e bonita, vinda lá dos saloios de Torres Vedras, Veio com a mãe servir para casa de patroa nos arrabaldes de Lisboa, na então Porcalhota. Somente deixou a casa da patroa para casar, tendo sido acompanhada por minha avó que com ela foi viver. Justiça seja feita que minha avó foi mais do que minha mãe, pois ajudou na minha criação enquanto minha mãe acompanhava meu pai no trabalho.

Tinham um sonho grande, que pais o não têm?, que eu tirasse um curso superior. A Informática não permitiu que tal acontecesse. Foram casados por mais de cinquenta anos, faleceram com um mês exacto de diferença.

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