Partilhar
domingo, outubro 12, 2003

frutos de alentejo

Soprava o vento Suão
Dos confins do Alentejo
Com ele aumenta o pão
E exarceba o desejo.

Nas planuras sem fim
Onde o olhar não alcança
Em estranho passo de dança
Julguei ver-te junto a mim.

Teus cabelos esvoaçavam
Mais pareciam espigas raras
Eram espigas que deixavam
Doce aroma nas searas.

Teus olhos da cor do mar
Cintilavam vida e querer
Na luta de ver crescer
Os frutos do muito amar.

A tua boca brejeira
Sorria. Da alma espelho
Na planície bandeira
Bandeira de tom vermelho.

Os teus seios baloiçavam
Danças da fecundação
Docemente aparentavam
As espigas prenhes de pão.

O teu corpo, Liberdade
Nos campos do Alentejo
Trabalho, frutos, verdade
Vitória que em ti revejo.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?