sexta-feira, outubro 17, 2003
o flagelo da fome
No ano lectivo de 1965/66 um grupo de estudantes universitários constituiu um grupo de trabalho e reflexão designado “Comissão Fome no Mundo” com os objectivos de pensar sobre o grave problema da Fome e, posteriormente, passar à acção em Portugal realizando acções com o objectivo de minorar tal flagelo no nosso País.
Em pleno governo marcelista as dificuldades foram muitas, conseguindo-se, no entanto, a participação de especialistas na realização de diversos colóquios. O que nunca se conseguiu foi dinamizar o consumo de leite junto das escolas primárias, pois embora se contasse com o apoio de uma importante empresa de lacticínios, o ministério nunca o permitiu. Era uma tarefa para a “obra das mães”.
Recordo o que na época escrevemos sobre a Fome:
1. Alimentar-se é o primeiro dos direitos naturais do Homem;
2. A fome vista, quer sob o aspecto da nutrição, quer do da miséria, é moral e socialmente incompatível com a dignidade humana e com a igualdade de condições;
3. A fome constitui um perigo para a Paz mundial.
O resultado de um estudo recentemente realizado que veio hoje a público, hoje que se celebra o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, refere que 21 por cento da população portuguesa é pobre, tendo esta taxa estacionado no decorrer do último período considerado no estudo, 1998 a 2000.
Situação dramática num País onde é frequente assistirmos à ostentação depravada de riqueza, a negociatas de milhões, onde o que é extremamente caro se vende, onde o negócio dos Maseratti e dos Ferrari representam um autêntico maná.
Mais de trinta e cinco anos passados sobre o diagnóstico feito pela comissão de estudantes universitários, um regime democrático de quase trinta anos e a situação de pobreza mantém-se neste País, onde as previsões para o próximo ano são de aumento do desemprego.
Josué de Castro afirmou “a fome é um flagelo criado pelo homem”, mas basta dizer “a fome é um flagelo consentido pelo homem” para nos dar a obrigação de lutarmos uma vez por todas pela resolução do problema da Fome.
Em pleno governo marcelista as dificuldades foram muitas, conseguindo-se, no entanto, a participação de especialistas na realização de diversos colóquios. O que nunca se conseguiu foi dinamizar o consumo de leite junto das escolas primárias, pois embora se contasse com o apoio de uma importante empresa de lacticínios, o ministério nunca o permitiu. Era uma tarefa para a “obra das mães”.
Recordo o que na época escrevemos sobre a Fome:
1. Alimentar-se é o primeiro dos direitos naturais do Homem;
2. A fome vista, quer sob o aspecto da nutrição, quer do da miséria, é moral e socialmente incompatível com a dignidade humana e com a igualdade de condições;
3. A fome constitui um perigo para a Paz mundial.
O resultado de um estudo recentemente realizado que veio hoje a público, hoje que se celebra o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, refere que 21 por cento da população portuguesa é pobre, tendo esta taxa estacionado no decorrer do último período considerado no estudo, 1998 a 2000.
Situação dramática num País onde é frequente assistirmos à ostentação depravada de riqueza, a negociatas de milhões, onde o que é extremamente caro se vende, onde o negócio dos Maseratti e dos Ferrari representam um autêntico maná.
Mais de trinta e cinco anos passados sobre o diagnóstico feito pela comissão de estudantes universitários, um regime democrático de quase trinta anos e a situação de pobreza mantém-se neste País, onde as previsões para o próximo ano são de aumento do desemprego.
Josué de Castro afirmou “a fome é um flagelo criado pelo homem”, mas basta dizer “a fome é um flagelo consentido pelo homem” para nos dar a obrigação de lutarmos uma vez por todas pela resolução do problema da Fome.