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quarta-feira, outubro 08, 2003

o fumo desfez-se na imaginação

Tirou mais uma fumaça
Do cigarro que já lhe amargava a boca

Na ténue núvem de cinza
Moldou-se, imaginação...
Corpo querido, de muito amado
Que nas mãos quis recolher
Em doce carícia

Olhou então as mãos
Marcadas pelo viver

Crispadas com raiva

O fumo desfez-se
Na imaginação.

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