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sábado, outubro 04, 2003

um dia, uma ideia

Quem tem medo de Rui Teixeira?

Existe uma vontade deliberada da defesa do arguidos no processo de pedofilia, conhecido popularmente por “processo da Casa Pia”, em protelar pelo mais tempo possível o início do julgamento. Enquanto vão fazendo afirmações públicas de que é inconcebível um período tão prolongado de prisão preventiva.

Esta situação, que tão pouco tem sido explorada pelos órgãos de informação, é evidente pela análise dos sucessivos requerimentos tendentes a parar a evolução do processo, a retirar do processo o juiz Rui Teixeira, a por em dúvida a qualidade da justiça que se pratica em Portugal.

Todas as atitudes são tomadas com um objectivo, afirmando-se sempre o contrário desse desiderato.

No que se refere à utilização da videoconferência na inquirição para memória futura das 32 testemunhas, o juiz Rui Teixeira justificou-a “para não ferir a autenticidade dos testemunhos”. A defesa veio imediatamente a terreiro afirmando que o juiz não estava a ser coerente com afirmações anteriores e pondo em causa, uma vez mais, a sua imparcialidade.

O juiz Rui Teixeira uma vez mais esclareceu os seus objectivos que, inclusive, poderiam beneficiar a defesa com um maior esclarecimento das posições das testemunhas e conseguir assim a estabilização da prova.

A questão que eu ponho a mim próprio é de saber se, efectivamente, a defesa estará interessada mais na estabilização da prova ou em manter este ambiente de permanente suspeição, com mais um requerimento, com mais uma impugnação atrasando, cada vez mais, a data do julgamento.

Rui Teixeira, popularmente eleito como um juiz incorruptível está a ser incómodo para quem? Para os arguidos? Par os queixosos? Para os culpados? Para os inocentes?

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